Sociedade Bíblica do Brasil
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Dia 33 na Palavra

Texto(s) da Bíblia

Jesus entregue a Pilatos

Mc 15.1; Lc 23.1-2; Jo 18.28-32

1Ao romper o dia, todos os principais sacerdotes e os anciãos do povo entraram em conselho contra Jesus, para o matarem; 2e, amarrando-o, levaram-no e o entregaram ao governador Pilatos.

A morte de Judas

3Então Judas, que o traiu, vendo que Jesus havia sido condenado, tocado de remorso, devolveu as trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e aos anciãos, dizendo:

4— Pequei, traindo sangue inocente.

Eles, porém, responderam:

— Que nos importa? Isso é com você.

5Então Judas, atirando as moedas de prata para dentro do templo, retirou-se e se enforcou. 6E os principais sacerdotes, pegando as moedas, disseram:

— Não é lícito colocá-las no cofre das ofertas, porque é preço de sangue.

7E, tendo deliberado, compraram com elas o campo do oleiro, para cemitério de forasteiros. 8Por isso, aquele campo é chamado, até o dia de hoje, Campo de Sangue. 9Então se cumpriu o que foi dito por meio do profeta Jeremias: “Pegaram as trinta moedas de prata, preço em que foi estimado aquele a quem alguns dos filhos de Israel avaliaram, 10e as deram pelo campo do oleiro, assim como me ordenou o Senhor.”

Jesus diante de Pilatos

Mc 15.2-5; Lc 23.3-5; Jo 18.33-38a

11Jesus estava em pé diante do governador, e este o interrogou, dizendo:

— Você é o rei dos judeus?

Jesus respondeu:

— O senhor está dizendo isso.

12E, sendo acusado pelos principais sacerdotes e pelos anciãos, Jesus nada respondeu. 13Então Pilatos perguntou:

— Não está ouvindo quantas acusações fazem contra você?

14Mas Jesus não respondeu nem uma palavra, a ponto de o governador ficar muito admirado.

Jesus é condenado à morte

Mc 15.6-15; Lc 23.13-25; Jo 18.38b—19.16

15Ora, por ocasião da festa, o governador costumava soltar ao povo um preso, conforme eles quisessem. 16Naquela ocasião, eles tinham um preso muito conhecido, chamado Barrabás. 17Estando, pois, o povo reunido, Pilatos lhes perguntou:

— Quem vocês querem que eu solte: Barrabás ou Jesus, chamado Cristo?

18Porque sabia que era por inveja que eles tinham entregado Jesus.

19E, estando Pilatos sentado no tribunal, a mulher dele mandou dizer-lhe:

— Não se envolva com esse justo, porque hoje, em sonho, sofri muito por causa dele.

20Mas os principais sacerdotes e os anciãos persuadiram o povo a que pedisse Barrabás e condenasse Jesus à morte. 21De novo, o governador perguntou:

— Qual dos dois vocês querem que eu solte?

Eles responderam:

— Barrabás!

22Pilatos lhes perguntou:

— Que farei, então, com Jesus, chamado Cristo?

Todos responderam:

— Que seja crucificado!

23Pilatos continuou:

— Que mal ele fez?

Porém eles gritavam cada vez mais:

— Que seja crucificado!

24Vendo Pilatos que nada conseguia e que, ao contrário, o tumulto aumentava, mandou trazer água e lavou as mãos diante do povo, dizendo:

— Estou inocente do sangue deste homem; fique o caso com vocês!

25E o povo todo respondeu:

— Que o sangue dele caia sobre nós e sobre os nossos filhos!

26Então Pilatos lhes soltou Barrabás. E, depois de mandar açoitar Jesus, entregou-o para ser crucificado.

Os soldados zombam de Jesus

Mc 15.16-20; Jo 19.2-3

27Logo a seguir, os soldados do governador, levando Jesus para o Pretório, reuniram em torno dele toda a tropa. 28Tiraram a roupa de Jesus e o vestiram com um manto escarlate. 29E, tecendo uma coroa de espinhos, a puseram na cabeça dele, e colocaram um caniço na sua mão direita. E, ajoelhando-se diante dele, zombavam, dizendo:

— Salve, rei dos judeus!

30E, cuspindo nele, pegaram o caniço e batiam na sua cabeça. 31Depois de terem zombado dele, tiraram-lhe o manto e o vestiram com as suas próprias roupas. Então o levaram para ser crucificado.

A crucificação de Jesus

Mc 15.21-32; Lc 23.26-43; Jo 19.17-27

32Ao saírem, encontraram um cireneu, chamado Simão, a quem obrigaram a carregar a cruz de Jesus. 33E, chegando a um lugar chamado Gólgota, que significa “Lugar da Caveira”, 34deram vinho com fel para Jesus beber; mas ele, provando-o, não quis beber. 35Depois de o crucificarem, repartiram entre si as roupas dele, tirando a sorte. 36E, assentados ali, o guardavam. 37Por cima da cabeça de Jesus puseram por escrito a acusação contra ele: “Este é Jesus, o Rei dos Judeus”. 38E dois ladrões foram crucificados com ele, um à sua direita e outro à sua esquerda. 39Os que iam passando blasfemavam contra ele, balançando a cabeça e dizendo:

40— Ei, você que destrói o santuário e em três dias o reedifica! Salve a si mesmo, se você é o Filho de Deus, e desça da cruz!

41De igual modo, os principais sacerdotes com os escribas e anciãos, zombando, diziam:

42— Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar. É rei de Israel! Que ele desça da cruz, e então creremos nele. 43Confiou em Deus; pois que Deus venha livrá-lo agora, se, de fato, lhe quer bem; porque ele disse: “Sou Filho de Deus.”

44Também os ladrões que haviam sido crucificados com ele o insultavam.

A morte de Jesus

Mc 15.33-41; Lc 23.44-49; Jo 19.28-30

45A partir do meio-dia, houve trevas sobre toda a terra até as três horas da tarde. 46Por volta de três horas da tarde, Jesus clamou em alta voz, dizendo:

— Eli, Eli, lemá sabactani? — Isso quer dizer: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”

47Alguns dos que estavam ali, ouvindo isto, diziam:

— Ele chama por Elias.

48E, logo, um deles correu a buscar uma esponja e, tendo-a embebido em vinagre e colocado na ponta de um caniço, deu-lhe de beber. 49Os outros, porém, diziam:

— Espere! Vejamos se Elias vem salvá-lo.

50E Jesus, clamando outra vez em alta voz, entregou o espírito.

51Eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes, de alto a baixo; a terra tremeu e as rochas se partiram; 52os túmulos se abriram, e muitos corpos de santos já falecidos ressuscitaram; 53e, saindo dos túmulos depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos. 54O centurião e os que com ele guardavam Jesus, vendo o terremoto e tudo o que se passava, ficaram possuídos de grande temor e disseram:

— Verdadeiramente este era o Filho de Deus.

55Estavam ali muitas mulheres, observando de longe. Eram as que vinham seguindo Jesus desde a Galileia, para o servir. 56Entre elas estavam Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mulher de Zebedeu.

O sepultamento de Jesus

Mc 15.42-47; Lc 23.50-56; Jo 19.38-42

57Ao cair da tarde, veio um homem rico de Arimateia, chamado José, que era também discípulo de Jesus. 58Este foi até Pilatos e lhe pediu o corpo de Jesus. Então Pilatos mandou que o corpo lhe fosse entregue. 59E José, levando o corpo, envolveu-o num lençol limpo de linho 60e o depositou no seu túmulo novo, que ele tinha mandado abrir na rocha; e, rolando uma grande pedra para a entrada do túmulo, foi embora. 61Estavam ali, sentadas em frente do túmulo, Maria Madalena e a outra Maria.

A guarda do túmulo

62No dia seguinte, que é o dia depois da preparação, os principais sacerdotes e os fariseus se reuniram com Pilatos 63e lhe disseram:

— Senhor, nós lembramos que aquele enganador, enquanto vivia, disse: “Depois de três dias ressuscitarei.” 64Portanto, mande que o túmulo seja guardado com segurança até o terceiro dia, para que não aconteça que, vindo os discípulos dele, o roubem e depois digam ao povo: “Ressuscitou dos mortos.” E este último engano será pior do que o primeiro.

65Pilatos respondeu:

— Uma escolta está à disposição de vocês. Vão e guardem o túmulo como bem entenderem.

66Indo eles, montaram guarda ao túmulo, selando a pedra e deixando ali a escolta.

Mateus 27NAAAbrir na Bíblia

Admoestações contra a infidelidade

Êx 34.10-17

1— Quando o Senhor, seu Deus, os levar para a terra que vocês vão possuir, e tiver expulsado muitas nações de diante de vocês: os heteus, os girgaseus, os amorreus, os cananeus, os ferezeus, os heveus e os jebuseus — sete nações mais numerosas e mais poderosas do que vocês; 2e, quando o Senhor, seu Deus, as tiver entregue nas mãos de vocês, para que as ataquem, vocês devem destruí-las totalmente. Não façam aliança com essas nações, nem tenham piedade delas. 3Não casem com pessoas dessas nações; não deem as suas filhas aos filhos dessa gente, nem tomem as filhas deles para os filhos de vocês, 4pois elas levariam os filhos de vocês a se desviar de mim, para que servissem outros deuses. Assim, a ira do Senhor se acenderia contra vocês e depressa ele os destruiria. 5Mas o que vocês devem fazer é derrubar os altares dessas nações, quebrar as suas colunas sagradas, cortar os postes da deusa Aserá e queimar as suas imagens de escultura.

6— Porque vocês são povo santo para o Senhor, seu Deus. O Senhor, seu Deus, os escolheu, para que, de todos os povos que há sobre a terra, vocês fossem o seu povo próprio. 7O Senhor os amou e os escolheu, não porque vocês eram mais numerosos do que outros povos, pois vocês eram o menor de todos os povos. 8Mas porque o Senhor os amava e, para cumprir o juramento que tinha feito aos pais de vocês, o Senhor os tirou com mão poderosa e os resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito. 9Portanto, saibam que o Senhor, seu Deus, é Deus; ele é o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e cumprem os seus mandamentos. 10Porém ele retribui diretamente aos que o odeiam, fazendo-os perecer. Ele não demora em castigar aqueles que o odeiam; prontamente lhes retribuirá. 11Portanto, guardem os mandamentos, os estatutos e os juízos que hoje lhes mando cumprir.

Bênçãos decorrentes da obediência

Lv 26.3-13; Dt 28.1-14

12— Portanto, se vocês derem ouvidos a estes juízos, e os guardarem e cumprirem, o Senhor, seu Deus, guardará a aliança e a misericórdia prometida sob juramento aos seus pais. 13Ele os amará, os abençoará e fará com que vocês se multipliquem. Também abençoará os filhos de vocês, o fruto da terra, o cereal, o vinho, o azeite e as crias das vacas e das ovelhas, na terra que prometeu dar a vocês, conforme o juramento que fez aos seus pais. 14Vocês serão mais abençoados do que todos os povos. Não haverá no meio de vocês nenhum homem ou mulher que seja estéril, nem entre os seus animais. 15O Senhor afastará de vocês toda enfermidade; não porá sobre vocês nenhuma das terríveis doenças dos egípcios, que vocês conheceram tão bem; pelo contrário, ele as porá sobre todos os que os odeiam. 16Vocês devem destruir todos os povos que o Senhor, seu Deus, entregar nas mãos de vocês. Não tenham piedade deles, nem adorem os seus deuses, pois isso seria uma armadilha para vocês.

17— Não fiquem pensando: “Estas nações são mais numerosas do que nós; como poderemos expulsá-las de lá?” 18Não tenham medo delas; lembrem-se do que o Senhor, seu Deus, fez a Faraó e a todo o Egito. 19Lembrem-se das grandes provas que vocês viram com os seus próprios olhos, dos sinais, das maravilhas, da mão poderosa e do braço estendido, com que o Senhor, seu Deus, os tirou do Egito; assim o Senhor, seu Deus, fará com todos os povos, dos quais vocês estão com medo. 20Além disso, o Senhor, seu Deus, mandará vespões para o meio deles, até que pereçam os que ficarem e se esconderem de vocês.

21— Não fiquem apavorados diante deles, porque o Senhor, seu Deus, está no meio de vocês, Deus grande e temível. 22O Senhor, seu Deus, expulsará estas nações, pouco a pouco, de diante de vocês. Vocês não poderão destruí-las todas de uma só vez, para que as feras do campo não se multipliquem contra vocês. 23Mas o Senhor, seu Deus, as entregará nas mãos de vocês e causará grande confusão entre elas, até que sejam destruídas. 24Entregará também nas mãos de vocês os reis dessas nações, para que vocês apaguem o nome deles da face da terra; ninguém poderá resistir a vocês, até que os destruam. 25Queimem as imagens de escultura dos deuses desses povos. Não cobicem a prata e o ouro que estão sobre essas imagens, nem fiquem com isso para vocês, para que não sejam uma armadilha para vocês; pois são abominação ao Senhor, seu Deus. 26Não levem nenhuma coisa abominável para casa, para que vocês não sejam amaldiçoados juntamente com ela; pelo contrário, devem, de todo, detestar e abominar essa coisa, pois é amaldiçoada.

Deuteronômio 7NAAAbrir na Bíblia

O lugar do culto verdadeiro

1— São estes os estatutos e juízos que vocês devem ter o cuidado de cumprir todos os dias que viverem na terra que o Senhor, o Deus dos seus pais, lhes deu por herança. 2Destruam por completo todos os lugares onde as nações que vocês irão expulsar serviram os seus deuses, sobre as altas montanhas, sobre as colinas e debaixo de toda árvore frondosa. 3Derrubem os seus altares, quebrem as suas colunas sagradas, queimem os postes da deusa Aserá, despedacem as imagens esculpidas dos seus deuses e façam com que o nome desses deuses desapareça daquele lugar.

4— Não é assim que vocês devem adorar o Senhor, seu Deus. 5Pelo contrário, busquem o lugar que o Senhor, seu Deus, escolher entre todas as tribos, para ali pôr o seu nome e sua habitação; é para lá que vocês devem ir. 6A esse lugar vocês devem levar os seus holocaustos, os seus sacrifícios, os seus dízimos, as ofertas que vocês prepararam, as ofertas prometidas, as ofertas voluntárias e os primogênitos das vacas e das ovelhas de vocês. 7Ali, vocês comerão diante do Senhor, seu Deus, e se alegrarão em tudo o que fizerem, vocês e as suas famílias, no que o Senhor, seu Deus, os tiver abençoado.

8— Vocês não farão como hoje estamos fazendo aqui, cada um segundo melhor lhe parece, 9porque ainda não entraram no descanso e na herança que o Senhor, seu Deus, lhes dará. 10Mas vocês irão passar o Jordão e morar na terra que o Senhor, seu Deus, lhes dará por herança. Ele lhes dará descanso de todos os seus inimigos ao redor, e vocês viverão seguros. 11Então haverá um lugar que o Senhor, seu Deus, escolherá para ali fazer habitar o seu nome. A esse lugar vocês levarão tudo o que eu lhes ordeno: os seus holocaustos, os seus sacrifícios, os seus dízimos, as ofertas que vocês prepararam e tudo o que tiverem decidido oferecer ao Senhor em cumprimento a um voto. 12E vocês se alegrarão diante do Senhor, seu Deus, vocês, os seus filhos, as suas filhas, os seus servos e as suas servas e os levitas que moram nas cidades em que vocês vivem e que não têm porção nem herança entre vocês. 13Cuidado! Não ofereçam os seus holocaustos em qualquer lugar que encontrarem, 14mas, no lugar que o Senhor escolher numa das tribos de vocês, ali vocês devem oferecer os seus holocaustos e ali farão tudo o que lhes ordeno.

15— Porém, sempre que desejarem, vocês podem matar animais e comer carne nas cidades em que estiverem morando, segundo a bênção do Senhor, seu Deus. Todos vocês, tanto os que estiverem impuros como os que estiverem puros, poderão comer, assim como se come carne de gazela ou de veado. 16Tão somente não comam o sangue; este deve ser derramado na terra como se fosse água. 17Nas suas cidades, vocês não poderão comer o dízimo do cereal, nem do vinho, nem do azeite, nem os primogênitos das vacas e das ovelhas, nem nenhuma das ofertas que tiverem prometido, nem as ofertas voluntárias, nem as ofertas que vocês prepararam. 18Estas ofertas só poderão ser comidas diante do Senhor, seu Deus, no lugar que o Senhor, o Deus de vocês, escolher. Isto se aplica a vocês, a seus filhos e filhas, a seus servos e servas, e aos levitas que moram nas cidades onde vocês vivem. Vocês se alegrarão diante do Senhor, seu Deus, em tudo o que fizerem. 19Tenham o cuidado de não desamparar o levita durante todo o tempo em que vocês viverem naquela terra.

20— Quando o Senhor, seu Deus, ampliar o território de vocês, como ele lhes prometeu, e vocês disserem: “Queremos comer carne”, porque este é o seu desejo, vocês poderão comer carne, segundo o seu desejo. 21Se estiver longe de vocês o lugar que o Senhor, seu Deus, escolher para ali fazer habitar o seu nome, vocês poderão matar das vacas e ovelhas que o Senhor lhes tiver dado, conforme lhes ordenei; e comerão a carne nas cidades em que estiverem morando, segundo todo o seu desejo. 22Porém, vocês devem comer destas carnes como se come carne de gazela ou de veado; e delas tanto as pessoas impuras como as puras podem comer. 23Somente tenham o cuidado de não comer o sangue, porque o sangue é a vida, e vocês não devem comer a vida com a carne. 24Não comam o sangue; este deve ser derramado na terra como se fosse água. 25Não o comam, para que tudo vá bem com vocês e com os seus filhos depois de vocês, quando fizerem o que é reto aos olhos do Senhor. 26Porém as coisas que tiverem consagrado daquilo que lhes pertence e as ofertas prometidas vocês devem pegar e levar para o lugar que o Senhor escolher. 27E ali, sobre o altar do Senhor, seu Deus, vocês oferecerão os seus holocaustos, a carne e o sangue. Derramem o sangue dos seus sacrifícios sobre o altar do Senhor, seu Deus; porém a carne vocês podem comer. 28Guardem e cumpram todas estas palavras que eu lhes ordeno, para que tudo vá bem com vocês e com os seus filhos depois de vocês, para sempre, quando fizerem o que é bom e reto aos olhos do Senhor, seu Deus.

Contra a idolatria

29— Quando o Senhor, seu Deus, eliminar de diante de vocês as nações que moram na terra em que vocês vão entrar para dela tomar posse, e vocês desalojarem essas nações para habitar na terra delas, 30cuidem para que vocês não caiam na cilada de imitar essas nações, depois que elas foram eliminadas de diante de vocês. Não procurem saber a respeito dos deuses dessas nações, dizendo: “Assim como estas nações serviram os seus deuses, também nós queremos fazer!” 31Não é assim que vocês devem adorar o Senhor, seu Deus, porque eles adoraram os seus deuses, fazendo tudo o que é abominável ao Senhor e que ele odeia; até seus filhos e suas filhas eles queimaram aos seus deuses.

32— Tudo o que eu lhes ordeno vocês devem observar; não acrescentem nem diminuam nada.

Deuteronômio 12NAAAbrir na Bíblia
A vida é uma luta sem fim

1“Não é verdade que a vida

do ser humano neste mundo

é uma luta sem fim?

Não são os seus dias como

os de um trabalhador diarista?

2Como o escravo

que suspira pela sombra

e como o trabalhador

que espera pelo seu salário,

3assim me deram por herança

meses de desengano

e me proporcionaram

noites de aflição.

4Ao deitar-me, pergunto:

quando me levantarei?

Mas a noite é longa,

e estou farto de me virar na cama,

até o amanhecer.

5O meu corpo está

vestido de vermes

e de crostas terrosas;

a minha pele racha

e de novo forma pus.

6Os meus dias são mais velozes

do que a lançadeira do tecelão

e se findam sem esperança.

7Lembra-te, ó Deus, de que

a minha vida é um sopro;

os meus olhos não tornarão

a ver a felicidade.

8Os olhos de quem agora me vê

não me verão mais;

os teus olhos me procurarão,

mas já terei desaparecido.”

Deixa-me em paz

9“Assim como a nuvem

se desfaz e passa,

aquele que desce à sepultura

jamais voltará a subir.

10Nunca mais voltará

para a sua casa,

e o lugar onde mora

nunca mais o conhecerá.

11Por isso, não reprimirei

a minha boca.

Na angústia do meu espírito,

falarei;

na amargura da minha alma,

eu me queixarei.

12Será que eu sou o mar

ou algum monstro marinho,

para que me ponhas sob guarda?

13Quando digo:

‘O meu leito me consolará,

a minha cama

aliviará a minha queixa’,

14então me assustas com sonhos

e me atemorizas com visões.

15Por isso, prefiro

ser estrangulado;

antes a morte do que esta tortura.

16Estou farto da minha vida;

não quero viver para sempre.

Deixa-me em paz,

porque os meus dias

são um sopro.”

Que é o homem?

17“Que é o homem,

para que tu lhe dês

tanta importância,

para que dês a ele atenção,

18para que a cada manhã o visites,

e que a cada momento

o ponhas à prova?

19Até quando não desviarás

de mim o teu olhar?

Até quando não me darás tempo

de engolir a minha saliva?

20Se pequei, que mal fiz a ti,

ó Espreitador da humanidade?

Por que fizeste de mim o teu alvo,

tornando-me um peso

para mim mesmo?

21Por que não perdoas

a minha transgressão

e não tiras a minha iniquidade?

Pois agora me deitarei no pó;

e, se me procuras,

já terei desaparecido.”

Resposta de Jó

Caps.9—10

Quem ousa desafiar a Deus?

1Então Jó respondeu:

2“Na verdade, sei que assim é;

porque, como pode o mortal

ser justo diante de Deus?

3Se quiser discutir com ele,

nem a uma de mil coisas

lhe poderá responder.

4Ele é sábio de coração

e grande em poder;

quem ousou desafiá-lo

e sobreviveu?

5Ele é quem remove os montes,

sem que saibam

que na sua ira ele os transtorna.

6Deus remove a terra do seu lugar,

e faz as suas colunas estremecerem.

7Ele dá uma ordem ao sol,

e este não sai,

e sela as estrelas.

8Sozinho ele estende os céus

e anda sobre as costas do mar.

9Ele fez a Ursa Maior, o Órion,

o Sete-estrelo

e as constelações do Sul.

10Deus faz coisas grandes

e insondáveis,

e maravilhas

que não se podem enumerar.

11Eis que ele passa por mim,

e não o vejo;

segue diante de mim,

e não o percebo.

12Eis que arrebata a presa!

Quem o pode impedir?

Quem lhe dirá:

‘O que estás fazendo?’

13Deus não revogará

a sua própria ira;

debaixo dele se curvam

os ajudantes

do monstro Raabe.”

Sou justo e íntegro

14“Como então poderei

eu responder a ele?

Como escolher as minhas palavras,

para argumentar com ele?

15Ainda que eu fosse justo,

não lhe responderia;

pelo contrário, pediria misericórdia

ao meu Juiz.

16Ainda que eu o chamasse

e ele me respondesse,

nem por isso eu creria

que ele deu ouvidos

à minha voz.

17Porque me esmaga

com uma tempestade

e sem motivo multiplica

as minhas feridas.

18Não me permite respirar,

porque me enche de amargura.

19Se é uma questão de força,

ele é o forte;

se é uma questão de justiça, ele dirá:

‘Quem pode me intimar?’

20Ainda que eu seja justo,

a minha boca me condenará;

embora eu seja íntegro,

ela me declarará culpado.

21Eu sou íntegro,

mas não me importo comigo,

não faço caso da minha vida.

22Para mim, é tudo a mesma coisa;

por isso, digo:

ele destrói tanto os íntegros

como os perversos.

23Se um flagelo mata de repente,

ele rirá do desespero

dos inocentes.

24A terra está entregue

nas mãos dos ímpios,

e Deus ainda cobre o rosto

dos juízes.

Se ele não é o causador disso,

quem seria?”

Deus não me considerará inocente

25“Os meus dias são mais velozes

do que um corredor;

fogem sem ter visto a felicidade.

26Passam como barcos de junco,

como a águia que se lança

sobre a presa.

27Se eu disser: ‘Vou esquecer

a minha queixa,

deixarei o meu ar triste

e ficarei contente’;

28ainda assim

todas as minhas dores

me apavoram,

porque bem sei que

não me considerarás inocente.

29Eu serei condenado;

por que, pois, trabalho em vão?

30Ainda que me lave

com água de neve

e purifique as minhas mãos

com sabão,

31mesmo assim me submergirás

no lodo,

e as minhas próprias roupas

terão nojo de mim.

32Porque ele não é ser humano,

como eu,

a quem eu responda,

se formos juntos ao tribunal.

33Não há entre nós árbitro

que ponha a mão sobre nós dois.

34Que ele tire a sua vara

de cima de mim,

e que o seu terror

não me amedronte!

35Então falarei sem o temer;

do contrário,

eu não estaria em mim.”

Sociedade Bíblica do Brasilv.4.19.0
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