No vale da sombra | episódio 3
Quando chega a depressão
“Quase sempre subestimamos o poder de um toque, de um sorriso, de uma palavra amiga, de um ouvido atento, de um cumprimento honesto ou de um pequeno gesto de carinho, que têm o potencial de mudar uma vida ao nosso redor.” (Leo Buscaglia)
Texto(s) da Bíblia
Salmos 34
Precisamos aprender a lidar com a depressão. Seu poder é mais destrutivo quando deixamos que ela nos engane. A depressão se faz acompanhar pela culpa e nos martela com uma pergunta: “O que fizemos para estar assim?”
A depressão tem sempre à mão uma pílula de otimismo, segundo a qual basta que tenhamos força de vontade para ficar livres. A depressão nos seduz com a ideia de que, como somos inteligentes, sairemos sozinhos do seu labirinto, sem ajuda de ninguém.
A depressão criminaliza os psicólogos e os médicos. Os psicólogos porque querem nos libertar por meio apenas de palavras; os médicos porque prescrevem remédios que escravizam.
A depressão é charlatã: conhecedora de nossos desejos profundos, superficialmente nos promete que, de uma hora para outra, ficaremos saudáveis. Não nos deixemos enganar. Se a depressão chegou, não somos culpados. Ela não é o efeito de algo que podíamos ter evitado. Ela não veio em consequência da nossa ignorância. Ela não é um castigo que Deus nos enviou para nos punir ou para nos ensinar a viver. Mentiras como estas nos fazem sofrer ainda mais.
Quando a depressão chega, a primeira coisa que precisamos claramente afirmar, mesmo que aos trancos e barrancos, é que somos amados por Deus, que põe um exército para lutar conosco.