Sociedade Bíblica do Brasil
Sociedade Bíblica do Brasil

Dia 83 na Palavra

Texto(s) da Bíblia

A visão do trono de Deus

1Depois destas coisas, olhei, e eis que havia uma porta aberta no céu. E a primeira voz que ouvi, que era como de trombeta ao falar comigo, disse:

— Suba até aqui, e eu lhe mostrarei o que deve acontecer depois destas coisas.

2Imediatamente eu me achei no Espírito, e eis que havia um trono armado no céu, e alguém estava sentado no trono. 3E esse que estava sentado era semelhante, no aspecto, à pedra de jaspe e ao sardônio, e ao redor do trono havia um arco-íris semelhante, no aspecto, à esmeralda. 4Ao redor do trono havia também vinte e quatro tronos, e neles estavam sentados vinte e quatro anciãos, vestidos de branco e com coroas de ouro na cabeça. 5Do trono saíam relâmpagos, vozes e trovões, e, diante do trono, estavam acesas sete tochas de fogo, que são os sete espíritos de Deus. 6Diante do trono havia algo como um mar de vidro, semelhante ao cristal.

No meio do trono e à volta do trono havia também quatro seres viventes cheios de olhos por diante e por detrás. 7O primeiro ser vivente era semelhante a um leão, o segundo era semelhante a um novilho, o terceiro tinha o rosto semelhante ao de ser humano e o quarto ser vivente era semelhante à águia quando está voando. 8E os quatro seres viventes, tendo cada um deles, respectivamente, seis asas, estavam cheios de olhos, ao redor e por dentro. Não tinham descanso, nem de dia nem de noite, proclamando:

“Santo, santo, santo

é o Senhor Deus,

o Todo-Poderoso,

aquele que era, que é

e que há de vir.”

9Sempre que esses seres viventes davam glória, honra e ações de graças ao que está sentado no trono, ao que vive para todo o sempre, 10os vinte e quatro anciãos se prostravam diante daquele que está sentado no trono, adoravam o que vive para todo o sempre e depositavam as suas coroas diante do trono, proclamando:

11“Tu és digno,

Senhor e Deus nosso,

de receber a glória,

a honra e o poder,

porque criaste todas as coisas

e por tua vontade

elas vieram a existir

e foram criadas.”

Apocalipse 4NAAAbrir na Bíblia

O sétimo selo e o incensário de ouro

1Quando o Cordeiro quebrou o sétimo selo, houve silêncio no céu durante quase meia hora. 2Então vi os sete anjos que estão em pé diante de Deus, e lhes foram dadas sete trombetas.

3Veio outro anjo e ficou em pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e lhe foi dado muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que está diante do trono. 4E da mão do anjo subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos. 5Então o anjo pegou o incensário, encheu-o do fogo do altar e o atirou à terra. E houve trovões, vozes, relâmpagos e terremoto.

As sete trombetas

6Então os sete anjos que tinham as sete trombetas se prepararam para tocar.

A primeira trombeta

7O primeiro anjo tocou a trombeta, e houve granizo e fogo misturados com sangue, e foram atirados à terra. Então foi queimada a terça parte da terra, foi queimada a terça parte das árvores, e também toda a erva verde foi queimada.

A segunda trombeta

8O segundo anjo tocou a trombeta, e uma espécie de grande montanha em chamas foi atirada ao mar. Uma terça parte do mar se transformou em sangue, 9e morreu a terça parte das criaturas do mar, e foi destruída a terça parte das embarcações.

A terceira trombeta

10O terceiro anjo tocou a trombeta, e uma grande estrela, queimando como uma tocha, caiu do céu sobre a terça parte dos rios e sobre as fontes das águas. 11O nome da estrela é Absinto. E a terça parte das águas se transformou em absinto, e muitas pessoas morreram por causa dessas águas, porque se tornaram amargas.

A quarta trombeta

12O quarto anjo tocou a trombeta, e foi ferida a terça parte do sol, da lua e das estrelas, para que a terça parte deles escurecesse e uma terça parte do dia, e também da noite, ficasse sem luz. 13Então vi e ouvi uma águia que, voando pelo meio do céu, dizia com voz forte:

— Ai! Ai! Ai dos que moram na terra, por causa do som das outras trombetas que os três anjos ainda vão tocar!

Apocalipse 8NAAAbrir na Bíblia

Os sacerdotes que vieram para Jerusalém

1Estes são os sacerdotes e levitas que voltaram do cativeiro com Zorobabel, filho de Sealtiel, e com Jesua: Seraías, Jeremias, Esdras, 2Amarias, Maluque, Hatus, 3Secanias, Reum, Meremote, 4Ido, Ginetoi, Abias, 5Miamim, Maadias, Bilga, 6Semaías, Joiaribe, Jedaías, 7Salu, Amoque, Hilquias e Jedaías. Estes foram os chefes dos sacerdotes e de seus irmãos, nos dias de Jesua.

8Também os levitas Jesua, Binui, Cadmiel, Serebias, Judá e Matanias; este e os seus irmãos dirigiam os louvores. 9Baquebuquias e Uni, seus irmãos, estavam diante deles, cada qual no seu serviço. 10Jesua gerou Joiaquim, Joiaquim gerou Eliasibe, Eliasibe gerou Joiada, 11Joiada gerou Jônatas, e Jônatas gerou Jadua.

12Nos dias de Joiaquim, foram sacerdotes, chefes de famílias: de Seraías, Meraías; de Jeremias, Hananias; 13de Esdras, Mesulão; de Amarias, Joanã; 14de Maluqui, Jônatas; de Sebanias, José; 15de Harim, Adna; de Meraiote, Helcai; 16de Ido, Zacarias; de Ginetom, Mesulão; 17de Abias, Zicri; de Miniamim e de Moadias, Piltai; 18de Bilga, Samua; de Semaías, Jônatas; 19de Joiaribe, Matenai; de Jedaías, Uzi; 20de Salai, Calai; de Amoque, Héber; 21de Hilquias, Hasabias; de Jedaías, Netanel.

22Dos levitas, nos dias de Eliasibe, foram inscritos como chefes de famílias Joiada, Joanã e Jadua, bem como os sacerdotes, até o reinado de Dario, o persa. 23Os filhos de Levi foram inscritos como chefes de famílias no Livro das Crônicas, até os dias de Joanã, filho de Eliasibe. 24Os chefes dos levitas foram Hasabias, Serebias e Jesua, filho de Cadmiel. Os irmãos deles ficavam diante deles para louvarem e darem graças, segundo o mandado de Davi, homem de Deus, um coro respondendo ao outro. 25Matanias, Baquebuquias, Obadias, Mesulão, Talmom e Acube eram porteiros e guardavam os depósitos dos portões. 26Estes viveram nos dias de Joiaquim, filho de Jesua, filho de Jozadaque, e nos dias de Neemias, o governador, e de Esdras, o sacerdote e escriba.

A dedicação das muralhas

27Na dedicação das muralhas de Jerusalém, procuraram os levitas em todos os lugares onde estavam morando, para fazê-los vir a Jerusalém a fim de que fizessem a dedicação com alegria, louvores, canto, címbalos, liras e harpas. 28Reuniram-se os cantores, tanto da campina dos arredores de Jerusalém como das aldeias dos netofatitas, 29bem como de Bete-Gilgal e dos campos de Geba e de Azmavete, porque os cantores tinham edificado para si aldeias nos arredores de Jerusalém. 30Os sacerdotes e os levitas purificaram a si mesmos, e depois purificaram o povo, os portões e a muralha.

31Então ordenei que as autoridades de Judá subissem sobre a muralha e formei dois grandes coros em procissão. Um deles foi para a direita sobre a muralha, em direção ao Portão do Monturo. 32Atrás deles ia Hosaías e a metade das autoridades de Judá, 33e Azarias, Esdras, Mesulão, 34Judá, Benjamim, Semaías e Jeremias; 35também alguns dos sacerdotes, com trombetas: Zacarias, filho de Jônatas, filho de Semaías, filho de Matanias, filho de Micaías, filho de Zacur, filho de Asafe, 36e seus irmãos, Semaías, Azarel, Milalai, Gilalai, Maai, Netanel, Judá e Hanani, com os instrumentos musicais de Davi, homem de Deus. Esdras, o escriba, ia na frente deles. 37À entrada do Portão da Fonte, subiram diretamente as escadas da Cidade de Davi, onde a muralha se eleva por sobre a casa de Davi, até o Portão das Águas, do lado leste.

38O segundo coro foi na direção oposta, e eu o seguia com metade do povo, sobre a muralha, passando pela Torre dos Fornos até a Muralha Larga. 39E desde o Portão de Efraim, passaram por cima do Portão Velho e do Portão dos Peixes, pela Torre de Hananel, pela Torre dos Cem, até o Portão do Gado; e pararam junto ao Portão da Guarda. 40Então os dois coros pararam na Casa de Deus, e o mesmo fizemos eu e a metade dos magistrados que estavam comigo. 41Os sacerdotes Eliaquim, Maaseias, Miniamim, Micaías, Elioenai, Zacarias e Hananias iam com as suas trombetas, 42e também Maaseias, Semaías, Eleazar, Uzi, Joanã, Malquias, Elão e Ezer. E os cantores se faziam ouvir sob a direção de Jezraías. 43No mesmo dia, ofereceram grandes sacrifícios e se alegraram, pois Deus os havia enchido de alegria. Também as mulheres e as crianças se alegraram, de modo que a alegria de Jerusalém podia ser ouvida de longe.

A manutenção dos sacerdotes e levitas

44Ainda no mesmo dia, foram nomeados homens para as câmaras dos tesouros, das ofertas, das primícias e dos dízimos, para recolherem nelas, dos campos ao redor das cidades, as porções designadas pela Lei para os sacerdotes e para os levitas. Porque o povo de Judá estava alegre por causa dos sacerdotes e dos levitas que ministravam ali 45e executavam o serviço do seu Deus e o serviço da purificação. Também os cantores e porteiros faziam o seu serviço, segundo o mandado de Davi e de seu filho Salomão. 46Pois já no passado, nos dias de Davi e de Asafe, havia chefes dos cantores, cânticos de louvor e ações de graças a Deus. 47Todo o Israel, nos dias de Zorobabel e nos dias de Neemias, dava aos cantores e aos porteiros as porções para cada dia. Também consagrava as coisas destinadas aos levitas, e os levitas consagravam as porções destinadas aos filhos de Arão.

Neemias 12NAAAbrir na Bíblia

Os estrangeiros são afastados de Israel

1Naquele dia, o Livro de Moisés foi lido para o povo, e nele achou-se escrito que os amonitas e os moabitas não deveriam jamais entrar na congregação de Deus, 2porque não tinham ido ao encontro dos filhos de Israel com pão e água. Em vez disso, contrataram Balaão para os amaldiçoar. Mas o nosso Deus transformou a maldição em bênção. 3Quando os israelitas ouviram esta lei, afastaram de Israel todos os estrangeiros.

Tobias é expulso do templo

4Antes disto, o sacerdote Eliasibe, encarregado dos depósitos do templo do nosso Deus, parente de Tobias, 5havia cedido para este uma grande sala. Anteriormente, era ali que se depositavam as ofertas de cereais, o incenso, os utensílios e os dízimos dos cereais, do vinho e do azeite, que eram destinados aos levitas, cantores e porteiros, bem como as contribuições para os sacerdotes. 6Mas, quando isso aconteceu, eu não estava em Jerusalém, porque no trigésimo segundo ano de Artaxerxes, rei da Babilônia, eu tinha voltado para junto do rei. Mas, depois de certo tempo, pedi licença ao rei e voltei para Jerusalém. 7Então soube do mal que Eliasibe havia feito para beneficiar Tobias, cedendo-lhe uma sala nos pátios da Casa de Deus. 8Isso me deixou tão irritado, que atirei todos os móveis de Tobias para fora da sala. 9Então ordenei que purificassem as salas, e coloquei ali outra vez os utensílios da Casa de Deus, com as ofertas de cereais e o incenso.

A manutenção dos levitas é restaurada

10Também soube que as porções dos levitas não estavam sendo dadas a eles, de maneira que os levitas e os cantores, que faziam o serviço, tinham fugido cada um para o seu campo. 11Então repreendi os magistrados e perguntei:

— Por que a Casa de Deus ficou abandonada?

Reuni os levitas e os cantores e os restituí aos seus postos. 12Então todo o Judá trouxe os dízimos dos cereais, do vinho e do azeite aos depósitos. 13Por tesoureiros dos depósitos pus Selemias, o sacerdote, Zadoque, o escrivão, e um levita chamado Pedaías. Como assistente deles pus Hanã, filho de Zacur, filho de Matanias. Estes homens foram achados fiéis e ficaram encarregados de distribuir as porções entre os seus irmãos.

14“Lembra-te de mim, ó meu Deus, e não apagues o bem que eu fiz ao templo de meu Deus e ao seu serviço.”

A observância do sábado é restabelecida

15Naqueles dias, vi que em Judá havia homens que no sábado pisavam uvas nos lagares e traziam trigo que carregavam sobre jumentos. Também no dia de sábado traziam para Jerusalém vinho, uvas e figos e todo tipo de cargas. Protestei contra eles por venderem alimentos neste dia.

16Também moravam em Jerusalém homens de Tiro que traziam peixes e todo tipo de mercadorias, que no sábado vendiam aos filhos de Judá e em Jerusalém. 17Repreendi os nobres de Judá e lhes disse:

— Que coisa errada é esta que vocês estão fazendo? Estão profanando o dia de sábado! 18Por acaso os pais de vocês não fizeram o mesmo, levando o nosso Deus a trazer todo este mal sobre nós e sobre esta cidade? E vocês ainda estão trazendo ira maior sobre Israel, profanando o sábado.

19Quando os portões de Jerusalém começavam a projetar a sua sombra antes do sábado, ordenei que fossem fechados. E determinei que não fossem abertos, a não ser depois do sábado. Coloquei alguns dos meus servos junto aos portões, para que nenhuma carga entrasse no dia de sábado. 20Então os negociantes e os vendedores de todo tipo de mercadorias pernoitaram fora de Jerusalém, uma ou duas vezes. 21Eu os repreendi e lhes disse:

— Por que estão passando a noite diante da muralha? Se fizerem isso outra vez, eu usarei a força.

Daí em diante não voltaram mais no sábado. 22Também mandei aos levitas que se purificassem e viessem guardar os portões, para santificar o dia de sábado.

“Também nisto, lembra-te de mim, ó meu Deus. Tem piedade de mim por tua grande misericórdia.”

Condenação do casamento misto

23Vi também, naqueles dias, que judeus haviam casado com mulheres asdoditas, amonitas e moabitas. 24E seus filhos falavam metade das palavras na língua de Asdode ou na língua de seu respectivo povo, mas não sabiam falar a língua dos judeus. 25Eu os repreendi e os amaldiçoei; espanquei alguns deles e arranquei os seus cabelos. E os fiz jurar em nome de Deus, dizendo:

— Não deem mais as suas filhas em casamento aos filhos deles, nem escolham mais as filhas deles para os seus filhos ou para vocês mesmos. 26Não foi por causa disto que Salomão, rei de Israel, pecou? Entre muitas nações não havia rei semelhante a ele. Era amado por seu Deus, e Deus o colocou como rei sobre todo o Israel. Mas as mulheres estrangeiras o fizeram cair no pecado. 27Será que devemos dar ouvidos a vocês, para fazermos todo este grande mal, sendo infiéis ao nosso Deus, casando com mulheres estrangeiras?

28Um dos filhos de Joiada, filho do sumo sacerdote Eliasibe, era genro de Sambalate, o horonita. Por isso, eu o expulsei da minha presença.

29“Lembra-te deles, ó meu Deus, pois contaminaram o sacerdócio e a aliança sacerdotal e levítica.”

As reformas de Neemias

30Assim, eu os purifiquei de tudo o que era estrangeiro e organizei o serviço dos sacerdotes e dos levitas, cada um na sua função. 31Organizei também o fornecimento de lenha em tempos determinados, bem como das primícias.

“Lembra-te de mim, ó meu Deus, para o meu bem.”

Neemias 13NAAAbrir na Bíblia

O banquete de Assuero

1Isto aconteceu nos dias de Assuero, o Assuero que reinou sobre cento e vinte e sete províncias, desde a Índia até a Etiópia. 2Naqueles dias, quando Assuero reinava na cidadela de Susã, 3no terceiro ano do seu reinado, deu um banquete a todos os seus oficiais e servidores. O exército da Pérsia e da Média, bem como os nobres e os governadores das províncias estavam presentes. 4Então Assuero mostrou as riquezas da glória do seu reino e o esplendor da sua excelente grandeza durante muitos dias, durante cento e oitenta dias.

5Passados esses dias, o rei deu um banquete a todo o povo que estava na cidadela de Susã, tanto para os maiores como para os menores, durante sete dias, no pátio do jardim do palácio real. 6Havia cortinas de algodão, brancas e azuis, amarradas com cordões de linho e de púrpura a argolas de prata e a colunas de alabastro. A armação dos leitos era de ouro e de prata, sobre um piso de pórfiro, de mármore, de alabastro e de pedras preciosas. 7A bebida era servida em taças de ouro, de vários tipos, e havia muito vinho real, graças à generosidade do rei. 8Bebiam sem restrições, como estava prescrito, pois o rei havia ordenado a todos os oficiais da sua casa que fizessem segundo a vontade de cada um. 9Também a rainha Vasti deu um banquete às mulheres no palácio do rei Assuero.

A rainha Vasti desafia o rei Assuero

10No sétimo dia, quando o seu coração já estava alegre por causa do vinho, o rei Assuero ordenou a Meumã, Bizta, Harbona, Bigtá, Abagta, Zetar e Carcas, os sete eunucos que serviam na presença dele, 11que trouxessem à sua presença a rainha Vasti, com a coroa real. Ele queria mostrar aos povos e aos príncipes a beleza dela, pois ela era muito bonita. 12Porém a rainha Vasti se recusou a atender a ordem do rei, transmitida por meio dos eunucos. Diante disso, o rei muito se enfureceu e se inflamou de raiva.

13Então o rei consultou os sábios que entendiam dos tempos, porque era seu costume fazer isso na presença de todos os que conheciam a lei e o direito. 14E os mais chegados a ele eram: Carsena, Setar, Admata, Társis, Meres, Marsena e Memucã, os sete príncipes dos persas e dos medos, que tinham acesso direto ao rei e se assentavam como principais no reino. 15Ele perguntou:

— Segundo a lei, o que se deve fazer à rainha Vasti, por não haver cumprido a ordem do rei Assuero, transmitida por meio dos eunucos?

16Então Memucã disse na presença do rei e dos príncipes:

— A rainha Vasti não somente ofendeu o rei, mas também todos os príncipes e todos os povos de todas as províncias do rei Assuero. 17Porque a notícia do que a rainha fez chegará a todas as mulheres, de modo que desprezarão o seu marido, dizendo: “O rei Assuero mandou que a rainha Vasti fosse trazida à sua presença, mas ela não foi.” 18Hoje mesmo, as princesas da Pérsia e da Média, ao ouvirem o que a rainha fez, dirão o mesmo a todos os príncipes do rei. E assim haverá muito desprezo e indignação. 19Se for do agrado do rei, que ele baixe um decreto real, e que se inscreva nas leis dos persas e dos medos e não se revogue, que Vasti fica proibida de comparecer à presença do rei Assuero. E que o rei dê o reino dela a outra que seja melhor do que ela. 20Quando este decreto do rei for proclamado em todo o seu reino, que é tão vasto, todas as mulheres darão honra a seu marido, tanto ao mais importante como ao menos importante.

21O conselho agradou tanto ao rei como aos príncipes; e o rei fez o que Memucã havia sugerido. 22Enviou cartas a todas as províncias do reino, a cada província segundo o seu modo de escrever e a cada povo segundo a sua língua: que cada homem fosse senhor em sua casa, e que se falasse a língua do seu povo.

Ester 1NAAAbrir na Bíblia

Ester é feita rainha

1Depois disto, quando a raiva do rei Assuero já havia passado, ele se lembrou de Vasti e do que ela havia feito, e do que havia sido decretado contra ela. 2Então os servos do rei, que o serviam, lhe disseram:

— Que se procurem moças virgens de boa aparência para o rei. 3Que o rei nomeie comissários em todas as províncias do seu reino, que reúnam todas as moças virgens e de boa aparência no harém da cidadela de Susã, sob os cuidados de Hegai, eunuco do rei, guarda das mulheres. E que se dê a elas os produtos de beleza que desejarem. 4A moça que cair no agrado do rei, essa reine em lugar de Vasti.

O rei concordou com isto, e assim se fez.

5Ora, na cidadela de Susã havia um judeu da tribo de Benjamim chamado Mordecai, filho de Jair, filho de Simei, filho de Quis. 6Ele tinha sido levado de Jerusalém com os exilados que foram deportados com Jeconias, rei de Judá, a quem Nabucodonosor, rei da Babilônia, havia levado para o exílio. 7Mordecai havia criado Hadassa, que é Ester, filha de seu tio, que era órfã de pai e mãe. A jovem era bonita e formosa. Depois que o pai e a mãe dela morreram, Mordecai a adotou como filha.

8Quando a ordem e o decreto do rei foram divulgados, muitas moças foram levadas para a cidadela de Susã, sob os cuidados de Hegai. Levaram também Ester ao palácio real e a entregaram aos cuidados de Hegai, guarda das mulheres. 9A moça lhe pareceu formosa e alcançou favor diante dele. Por isso Hegai se apressou em dar-lhe os produtos de beleza e a alimentação especial. Também lhe deu sete moças escolhidas do palácio real e a transferiu com essas moças para os melhores aposentos do harém. 10Ester não havia declarado o seu povo nem a sua parentela, pois Mordecai lhe havia ordenado que não dissesse nada a respeito disso. 11Mordecai passeava todos os dias diante do pátio do harém, para saber como Ester estava passando e o que ia acontecer com ela.

12Depois de doze meses de tratamento seguindo as prescrições para as mulheres, que eram embelezadas seis meses com óleo de mirra e seis meses com óleos aromáticos, essências e perfumes em uso entre as mulheres, chegava a vez de cada moça ser levada ao rei Assuero. 13Então a moça ia ao encontro do rei e podia levar consigo tudo o que quisesse do harém para o palácio. 14À tarde, ela entrava no palácio e, pela manhã, voltava para o segundo harém, sob os cuidados de Saasgaz, eunuco do rei, guarda das concubinas. A moça não voltava mais ao rei, a menos que o rei a desejasse, e ela fosse chamada pelo nome.

15Quando chegou a vez de Ester, filha de Abiail, tio de Mordecai, que a tinha adotado como filha, ela não pediu nada além do que Hegai, eunuco do rei, guarda das mulheres, lhe havia aconselhado. E Ester alcançou favor de todos os que a contemplavam. 16Assim, Ester foi levada ao rei Assuero, ao palácio real, no décimo mês, que é o mês de tebete, no sétimo ano do seu reinado. 17O rei amou Ester mais do que todas as mulheres, e ela alcançou diante dele favor e aprovação mais do que todas as virgens. E o rei pôs a coroa real na cabeça dela e a fez rainha em lugar de Vasti.

18Então o rei deu um grande banquete a todos os seus oficiais e servidores; era o banquete de Ester. Concedeu alívio às províncias e distribuiu presentes segundo a sua generosidade real.

19Quando as virgens foram reunidas pela segunda vez, Mordecai estava sentado junto à porta do rei. 20Ester ainda não havia declarado a sua linhagem e o seu povo, como Mordecai lhe havia ordenado. E Ester continuava a cumprir as ordens de Mordecai, como tinha feito quando este a criava.

Mordecai descobre uma conspiração

21Naqueles dias, quando Mordecai estava sentado junto à porta do rei, dois eunucos do rei, que se chamavam Bigtã e Teres e eram do corpo da guarda, ficaram indignados e planejaram matar o rei Assuero. 22Isto chegou ao conhecimento de Mordecai, que o revelou à rainha Ester, e Ester o disse ao rei, em nome de Mordecai. 23Investigou-se o caso, e era fato; e os dois conspiradores foram pendurados numa forca. Isso foi escrito no Livro das Crônicas, diante do rei.

Ester 2NAAAbrir na Bíblia

Louvor ao Deus Criador

1Bendiga, minha alma, o Senhor!

Senhor, Deus meu,

como tu és grandioso!

Estás revestido de glória

e majestade,

2coberto de luz

como de um manto.

Tu estendes o céu

como uma cortina,

3pões nas águas

o vigamento da tua morada,

tomas as nuvens por carruagem

e voas nas asas do vento.

4Fazes a teus anjos ventos

e a teus ministros,

labaredas de fogo.

5Lançaste os fundamentos da terra,

para que ela não se abale

em tempo nenhum.

6Tomaste o abismo

por vestuário e a cobriste;

as águas ficaram

acima das montanhas.

7Com a tua repreensão,

as águas fugiram,

com a voz do teu trovão,

bateram em retirada.

8Elevaram-se os montes,

desceram os vales,

até o lugar

que lhes havias preparado.

9Puseste às águas divisa

que não ultrapassarão,

para que não voltem

a cobrir a terra.

10Tu fazes rebentar fontes no vale,

cujas águas correm

entre os montes;

11dão de beber

a todos os animais do campo;

os jumentos selvagens

matam a sua sede.

12Junto delas as aves do céu

têm o seu pouso

e, por entre a ramagem,

elas se põem a cantar.

13Do alto de tua morada,

regas os montes;

a terra farta-se

do fruto de tuas obras.

14Fazes crescer a relva

para os animais

e as plantas que o ser humano

cultiva,

para que da terra

tire o seu alimento:

15o vinho, que alegra o coração,

o azeite, que lhe dá brilho ao rosto,

e o pão, que lhe sustém as forças.

16São saciadas

as árvores do Senhor

e os cedros do Líbano

que ele plantou,

17em que as aves

fazem os seus ninhos;

quanto à cegonha,

a sua casa é nos ciprestes.

18Os altos montes

são das cabras-monteses,

e as rochas,

o refúgio dos arganazes.

19Fez a lua para marcar o tempo;

o sol conhece a hora de se pôr.

20Envias as trevas e vem a noite,

na qual vagueiam

os animais da selva.

21Os leõezinhos rugem pela presa

e buscam de Deus o sustento;

22em vindo o sol, eles se recolhem

e se acomodam nos seus covis.

23Então as pessoas saem

para o seu trabalho

e para o seu serviço até a tarde.

24Que variedade, Senhor,

nas tuas obras!

Fizeste todas elas com sabedoria;

a terra está cheia das tuas riquezas.

25Eis o mar vasto, imenso,

no qual se movem seres sem conta,

animais pequenos e grandes.

26Por ele transitam os navios

e o Leviatã que formaste

para nele brincar.

27Todos esperam de ti

que lhes dês de comer

a seu tempo.

28Se lhes dás, eles o recolhem;

se abres a mão,

eles se fartam de bens.

29Se escondes o rosto,

eles se perturbam;

se lhes cortas a respiração,

morrem

e voltam ao pó.

30Envias o teu Espírito,

eles são criados,

e assim renovas a face da terra.

31Que a glória do Senhor

dure para sempre!

Exulte o Senhor por suas obras!

32Com só olhar para a terra,

ele a faz tremer;

toca as montanhas,

e elas fumegam.

33Cantarei ao Senhor

enquanto eu viver;

cantarei louvores ao meu Deus

durante a minha vida.

34Seja-lhe agradável

a minha meditação;

eu me alegrarei no Senhor.

35Desapareçam da terra

os pecadores,

e que os perversos

deixem de existir.

Bendiga, minha alma, o Senhor!

Aleluia!

Salmos 104NAAAbrir na Bíblia

Deus e o seu povo

1Cr 16.8-22

1Deem graças ao Senhor,

invoquem o seu nome;

tornem conhecidos entre os povos

os seus feitos.

2Cantem a Deus,

cantem louvores a ele;

falem de todas as suas maravilhas.

3Gloriem-se no seu santo nome;

alegre-se o coração

dos que buscam o Senhor.

4Busquem o Senhor e o seu poder;

busquem continuamente

a sua presença.

5Lembrem-se das maravilhas

que ele fez,

dos seus prodígios e dos juízos

de seus lábios,

6vocês, descendentes de Abraão,

seu servo,

vocês, filhos de Jacó,

seus escolhidos.

7Ele é o Senhor, nosso Deus;

os seus juízos permeiam

toda a terra.

8Lembra-se perpetuamente

da sua aliança,

da palavra que empenhou

para mil gerações;

9da aliança que fez com Abraão

e do juramento que fez a Isaque;

10o qual confirmou a Jacó

por decreto

e a Israel por aliança perpétua,

11dizendo: “Eu lhe darei

a terra de Canaã

como porção da sua herança.”

12Quando eles eram

em pequeno número,

pouquíssimos e estrangeiros

na terra de Canaã;

13quando andavam

de nação em nação,

de um reino para outro reino,

14Deus não permitiu

que ninguém os oprimisse,

e, por amor deles, repreendeu reis,

15dizendo: “Não toquem

nos meus ungidos,

nem maltratem os meus profetas.”

16Deus fez vir fome sobre a terra

e cortou os meios de se obter pão.

17Adiante deles enviou um homem,

José, que foi vendido

como escravo.

18Apertaram os seus pés

com correntes

e puseram uma coleira de ferro

no seu pescoço,

19até cumprir-se a profecia

a respeito dele,

e tê-lo provado

a palavra do Senhor.

20O rei mandou soltá-lo;

o dominador dos povos o pôs

em liberdade.

21Constituiu-o senhor de sua casa

e administrador de tudo

o que possuía,

22para, como bem quisesse,

sujeitar os seus príncipes

e ensinar a sabedoria

aos seus anciãos.

23Então Israel entrou no Egito,

e Jacó peregrinou na terra de Cam.

24Deus fez sobremodo fecundo

o seu povo

e o tornou mais forte

do que os seus opressores.

25Mudou o coração dos egípcios

para que odiassem o seu povo

e usassem de astúcia

para com os seus servos.

26Deus lhes enviou Moisés,

seu servo,

e Arão, a quem havia escolhido,

27por meio dos quais fez,

entre eles,

os seus sinais e maravilhas

na terra de Cam.

28Enviou trevas, e tudo escureceu;

e Moisés e Arão não foram

rebeldes à sua palavra.

29Transformou-lhes

as águas em sangue

e assim lhes fez morrer os peixes.

30A terra deles produziu rãs

em abundância,

até nos aposentos dos reis.

31Deus falou, e vieram

nuvens de moscas e piolhos

em toda a terra do Egito.

32Por chuva deu-lhes granizo

e fogo chamejante, naquela terra.

33Devastou-lhes os vinhedos

e os figueirais

e quebrou as árvores

da terra deles.

34Ele falou, e vieram gafanhotos

e lagartas sem conta,

35que devoraram

toda a vegetação do país

e comeram o fruto

dos seus campos.

36Também feriu de morte

todos os primogênitos

da terra deles,

as primícias do seu vigor.

37Então Deus fez sair o seu povo,

com prata e ouro,

e entre as suas tribos

não havia um só inválido.

38O Egito se alegrou

quando eles saíram,

porque lhe tinham

infundido terror.

39Deus estendeu uma nuvem

que lhes servisse de toldo

e um fogo para os iluminar

de noite.

40Pediram,

e Deus fez vir codornizes

e os saciou com pão do céu.

41Fendeu a rocha,

e dela brotaram águas,

que correram como um rio

pelo deserto.

42Porque estava lembrado

da sua santa palavra

e de Abraão, seu servo.

43Ele conduziu o seu povo

com alegria

e, com júbilo, os seus escolhidos.

44Deu-lhes as terras das nações,

e eles se apossaram do fruto

do trabalho dos povos,

45para que lhe guardassem

os preceitos

e lhe observassem as leis.

Aleluia!

Salmos 105NAAAbrir na Bíblia
Sociedade Bíblica do Brasilv.4.19.0
SIGA A SBB: