Sociedade Bíblica do Brasil
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Dia 8 na Palavra

Texto(s) da Bíblia

Lucas 15

A parábola da ovelha perdida

Mt 18.12-14

1Aproximavam-se de Jesus todos os publicanos e pecadores para o ouvir. 2Os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo:

— Este recebe pecadores e come com eles.

3Então Jesus lhes contou esta parábola:

4— Qual de vocês é o homem que, possuindo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la? 5E, quando a encontra, põe-na sobre os ombros, cheio de alegria. 6E, indo para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: “Alegrem-se comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.” 7Digo a vocês que, assim, haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.

A parábola da dracma perdida

8— Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma delas, não acende a lamparina, varre a casa e a procura com muito empenho até encontrá-la? 9E, quando a encontra, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: “Alegrem-se comigo, porque achei a dracma que eu tinha perdido.” 10Eu afirmo a vocês que a mesma alegria existe diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.

A parábola do filho perdido

11Jesus continuou:

— Certo homem tinha dois filhos. 12O mais moço deles disse ao pai: “Pai, quero que o senhor me dê a parte dos bens que me cabe.” E o pai repartiu os bens entre eles.

13— Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá desperdiçou todos os seus bens, vivendo de forma desenfreada.

14— Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e ele começou a passar necessidade. 15Então foi pedir trabalho a um dos cidadãos daquela terra, e este o mandou para os seus campos a fim de cuidar dos porcos. 16Ali, ele desejava alimentar-se das alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada. 17Então, caindo em si, disse: “Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui estou morrendo de fome! 18Vou me arrumar, voltar para o meu pai e lhe dizer: ‘Pai, pequei contra Deus e diante do senhor; 19já não sou digno de ser chamado de seu filho; trate-me como um dos seus trabalhadores.’” 20E, arrumando-se, foi para o seu pai.

— Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou e, compadecido dele, correndo, o abraçou e beijou. 21E o filho lhe disse: “Pai, pequei contra Deus e diante do senhor; já não sou digno de ser chamado de seu filho.” 22O pai, porém, disse aos servos: “Tragam depressa a melhor roupa e vistam nele. Ponham um anel no dedo dele e sandálias nos pés. 23Tragam e matem o bezerro gordo. Vamos comer e festejar, 24porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.” E começaram a festejar.

25— Ora, o filho mais velho estava no campo. Quando voltava, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças. 26Chamou um dos empregados e perguntou o que era aquilo. 27E ele informou: “O seu irmão voltou e, por tê-lo recuperado com saúde, o seu pai mandou matar o bezerro gordo.”

28— O filho mais velho se indignou e não queria entrar. Saindo, porém, o pai, procurava convencê-lo a entrar. 29Mas ele respondeu ao seu pai: “Faz tantos anos que sirvo o senhor e nunca transgredi um mandamento seu. Mas o senhor nunca me deu um cabrito sequer para fazer uma festa com os meus amigos. 30Mas, quando veio esse seu filho, que sumiu com os bens do senhor, gastando tudo com prostitutas, o senhor mandou matar o bezerro gordo para ele!”

31— Então o pai respondeu: “Meu filho, você está sempre comigo; tudo o que eu tenho é seu. 32Mas era preciso festejar e alegrar-se, porque este seu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.”

Lucas 15NAAAbrir na Bíblia

Lucas 16

A parábola do administrador infiel

1Jesus disse também aos seus discípulos:

— Certo homem rico tinha um administrador. Um dia, ele recebeu uma denúncia de que esse administrador estava desperdiçando os bens dele. 2Então, chamando-o, lhe disse: “Que é isto que ouço a seu respeito? Preste contas da sua administração, porque você não pode mais ser o meu administrador.”

3— O administrador, então, se pôs a pensar: “Que farei, agora que estou sendo demitido pelo meu patrão? Trabalhar na terra, não posso. De mendigar, tenho vergonha. 4Já sei o que vou fazer, para que, quando for demitido, as pessoas me recebam em suas casas.”

5— Tendo chamado cada um dos devedores do seu patrão, perguntou ao primeiro: “Quanto você deve ao meu patrão?” 6Ele respondeu: “Cem barris de azeite.” Então o administrador disse: “Pegue a sua conta, sente-se depressa e escreva cinquenta.” 7Depois, perguntou a outro: “E você, quanto deve?” Ele respondeu: “Cem sacos de trigo.” O administrador lhe disse: “Pegue a sua conta e escreva oitenta.” 8E o patrão elogiou o administrador infiel por sua esperteza. Porque os filhos do mundo são mais espertos na sua própria geração do que os filhos da luz.

9— E eu recomendo a vocês: usem a riqueza injusta para fazer amigos, para que, quando a riqueza faltar, vocês sejam recebidos nos tabernáculos eternos.

10— Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é injusto no muito. 11Portanto, se vocês não forem fiéis na aplicação da riqueza injusta, quem lhes confiará a verdadeira riqueza? 12Se vocês não são fiéis na aplicação do que é dos outros, quem lhes dará o que é de vocês? 13Nenhum servo pode servir a dois senhores; porque irá odiar um e amar o outro ou irá se dedicar a um e desprezar o outro. Vocês não podem servir a Deus e à riqueza.

A Lei e o Reino de Deus

Mt 11.12-13

14Os fariseus, que eram avarentos, ouviam tudo isto e zombavam de Jesus. 15Mas Jesus lhes disse:

— Vocês são os que se justificam diante dos homens, mas Deus conhece o coração de vocês; pois aquilo que é elevado entre homens é abominação diante de Deus.

16— A Lei e os Profetas duraram até João; desde esse tempo o evangelho do Reino de Deus vem sendo anunciado, e todos se esforçam para entrar nele. 17E é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til sequer da Lei.

A respeito do divórcio

Mt 5.31-32; 19.9; Mc 10.10-12

18— Quem repudiar a sua mulher e casar com outra comete adultério; e aquele que casa com a mulher repudiada pelo marido também comete adultério.

O rico e o mendigo

19— Ora, havia certo homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo e que se alegrava todos os dias com grande ostentação. 20Havia também certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de feridas, que ficava deitado à porta da casa do rico. 21Ele desejava alimentar-se das migalhas que caíam da mesa do rico, e até os cães vinham lamber-lhe as feridas. 22E aconteceu que o mendigo morreu e foi levado pelos anjos para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado.

23— No inferno, estando em tormentos, o rico levantou os olhos e viu ao longe Abraão, e Lázaro junto dele. 24Então, gritando, disse: “Pai Abraão, tenha misericórdia de mim! E mande que Lázaro molhe a ponta do dedo em água e me refresque a língua, porque estou atormentado neste fogo.” 25Mas Abraão disse: “Filho, lembre-se de que você recebeu os seus bens durante a sua vida, enquanto Lázaro só teve males. Agora, porém, ele está consolado aqui, enquanto você está em tormentos. 26E, além de tudo, há um grande abismo entre nós e vocês, de modo que os que querem passar daqui até vocês não podem, nem os de lá passar para cá.” 27Então o rico disse: “Pai, eu peço que mande Lázaro à minha casa paterna, 28porque tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento.” 29Abraão respondeu: “Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos.” 30Mas ele insistiu: “Não, pai Abraão; se alguém dentre os mortos for até lá, eles irão se arrepender.” 31Abraão, porém, lhe respondeu: “Se não ouvem Moisés e os Profetas, também não se deixarão convencer, mesmo que ressuscite alguém dentre os mortos.”

Lucas 16NAAAbrir na Bíblia

Gênesis 29

Jacó se encontra com Raquel

1Jacó se pôs a caminho e foi à terra do povo do Oriente. 2Olhou, e eis um poço no campo e três rebanhos de ovelhas deitados junto dele, porque daquele poço davam de beber aos rebanhos. E havia uma grande pedra que tapava a boca do poço. 3Ajuntavam-se ali todos os rebanhos, os pastores removiam a pedra da boca do poço, davam de beber às ovelhas e tornavam a colocá-la no seu devido lugar.

4Jacó perguntou aos pastores:

— De onde são vocês, meus irmãos?

Responderam:

— Somos de Harã.

5Perguntou-lhes:

— Vocês conhecem Labão, filho de Naor?

Responderam:

— Conhecemos.

6Jacó perguntou ainda:

— Ele vai bem?

Eles responderam:

— Sim, vai bem. Olhe! Raquel, a filha dele, vem vindo aí com as ovelhas.

7Então Jacó disse:

— É ainda pleno dia, não é tempo de recolher os rebanhos. Deem de beber às ovelhas e vão apascentá-las.

8Mas eles responderam:

— Não podemos, enquanto não se ajuntarem todos os rebanhos, seja removida a pedra da boca do poço e demos de beber às ovelhas.

9Enquanto Jacó ainda falava, chegou Raquel com as ovelhas de seu pai, porque era pastora. 10Quando Jacó viu Raquel, filha de Labão, irmão de sua mãe, e as ovelhas de Labão, aproximou-se, removeu a pedra da boca do poço e deu de beber ao rebanho de Labão, irmão de sua mãe. 11Feito isso, Jacó beijou Raquel e, erguendo a voz, chorou. 12Então Jacó contou a Raquel que ele era parente de seu pai, pois era filho de Rebeca. Ela correu e o comunicou a seu pai.

13Quando Labão ouviu as notícias a respeito de Jacó, filho de sua irmã, correu ao encontro dele, abraçou-o, beijou-o e o levou para casa. E Jacó contou a Labão tudo o que havia acontecido. 14Então Labão disse:

— De fato, você é meu osso e minha carne.

Jacó casa com Lia e com Raquel

Jacó ficou na casa de Labão durante um mês.

15Depois, Labão disse a Jacó:

— Será que você vai trabalhar de graça, só por ser meu parente? Diga-me qual deve ser o seu salário.

16Ora, Labão tinha duas filhas: Lia, a mais velha, e Raquel, a mais nova. 17Lia tinha uns olhos sem brilho, porém Raquel era bonita e formosa. 18Como Jacó amava Raquel, disse a Labão:

— Trabalharei para o senhor durante sete anos para poder casar com Raquel, sua filha mais nova.

19Labão respondeu:

— É melhor dá-la a você do que a outro homem. Fique aqui comigo.

20Assim, por amor a Raquel, Jacó trabalhou durante sete anos. E esses anos lhe pareceram como poucos dias, pelo muito que a amava.

21Então ele disse a Labão:

— Dê-me a minha mulher, pois já venceu o prazo, para que eu me case com ela.

22Assim, Labão reuniu todos os homens do lugar e deu um banquete. 23À noite, ele trouxe Lia, sua filha, e a entregou a Jacó. E eles tiveram relações. 24(Labão tinha dado sua serva Zilpa para que fosse serva de Lia, sua filha.)

25Ao amanhecer, Jacó viu que era Lia. Por isso, disse a Labão:

— O que é isso que o senhor fez comigo? Não é verdade que eu trabalhei por amor a Raquel? Por que, então, o senhor me enganou?

26Labão respondeu:

— Em nossa terra não se costuma dar em casamento a mais nova antes da primogênita. 27Complete a semana de festa de casamento da primogênita. Depois, daremos a você também a outra, pelo trabalho de mais sete anos que você ainda me servirá.

28Jacó fez o que Labão pediu e completou a semana de festa da primogênita. Depois, Labão lhe deu por mulher a sua filha Raquel. 29(Labão tinha dado sua serva Bila para que fosse serva de Raquel, sua filha.) 30E Jacó teve relações também com Raquel. Ele amava Raquel mais do que amava Lia. E continuou trabalhando para Labão durante mais sete anos.

Os filhos de Jacó

31Quando o Senhor viu que Lia era desprezada, fez com que ela fosse fecunda, ao passo que Raquel era estéril. 32Assim, Lia ficou grávida e deu à luz um filho, a quem deu o nome de Rúben, pois disse:

— O Senhor viu a minha aflição. Por isso, agora meu marido vai me amar.

33Ela ficou grávida outra vez e deu à luz um filho. E disse:

— O Senhor ouviu que eu era desprezada e me deu mais este filho.

E deu-lhe o nome de Simeão.

34Lia ficou grávida ainda outra vez e deu à luz um filho. E disse:

— Agora, desta vez, o meu marido se unirá mais a mim, porque lhe dei à luz três filhos.

Por isso lhe deu o nome de Levi.

35Mais uma vez ela ficou grávida e deu à luz um filho. Então disse:

— Desta vez louvarei o Senhor.

E por isso lhe deu o nome de Judá. E depois disso não teve mais filhos.

Gênesis 29NAAAbrir na Bíblia

Gênesis 31

Jacó volta para a terra de seus pais

1Jacó ouvia os comentários dos filhos de Labão, que diziam:

— Jacó se apossou de tudo o que era de nosso pai. Ele juntou toda essa riqueza a partir do que era de nosso pai.

2Jacó, por sua vez, reparou que o rosto de Labão não lhe era favorável como anteriormente. 3E o Senhor disse a Jacó:

— Volte para a terra de seus pais e para a sua parentela; e eu estarei com você.

4Então Jacó mandou vir Raquel e Lia ao campo, para junto do seu rebanho, 5e lhes disse:

— Vejo que o rosto do pai de vocês não me é favorável como anteriormente; porém o Deus de meu pai tem estado comigo. 6Vocês mesmas sabem que com todo empenho tenho trabalhado para o pai de vocês, 7mas ele me tem enganado e por dez vezes mudou o meu salário; porém Deus não permitiu que ele me prejudicasse. 8Se ele dizia: “Os salpicados serão o seu salário”, então todos os rebanhos davam salpicados; e, se ele dizia: “Os listrados serão o seu salário”, então os rebanhos todos davam listrados. 9Assim, Deus tirou o gado do pai de vocês e o deu a mim.

10— Pois, chegado o tempo em que os animais acasalavam, levantei os olhos e vi em sonhos que os machos que cobriam as ovelhas eram listrados, salpicados e malhados. 11E o Anjo de Deus me disse em sonho: “Jacó!” E eu respondi: “Eis-me aqui!” 12Ele continuou: “Levante agora os olhos e veja que todos os machos que cobrem o rebanho são listrados, salpicados e malhados, porque vejo tudo o que Labão está fazendo com você. 13Eu sou o Deus de Betel, onde você ungiu uma coluna, onde me fez um voto. Levante-se agora, saia desta terra e volte para a terra de sua parentela.”

14Então Raquel e Lia disseram:

— Será que ainda existe para nós parte ou herança na casa de nosso pai? 15Não é verdade que ele nos considera como estrangeiras? Pois nos vendeu e consumiu tudo o que nos era devido. 16Porque toda a riqueza que Deus tirou de nosso pai é nossa e de nossos filhos; agora, pois, faça tudo o que Deus pediu que você fizesse.

17Então Jacó se levantou e, fazendo montar seus filhos e suas mulheres em camelos, 18levou todo o seu gado e todos os seus bens que chegou a possuir, o gado de sua propriedade que havia acumulado em Padã-Arã, para ir a Isaque, seu pai, à terra de Canaã. 19Enquanto Labão tinha ido fazer a tosquia das ovelhas, Raquel roubou os ídolos do lar que pertenciam a seu pai. 20E Jacó enganou Labão, o arameu, não revelando que tinha planos de fugir. 21E fugiu com tudo o que lhe pertencia. Levantou-se, passou o Eufrates e tomou o rumo dos montes de Gileade.

Labão segue no encalço de Jacó

22No terceiro dia, Labão foi avisado de que Jacó ia fugindo. 23Reuniu os seus parentes e saiu no encalço de Jacó, por sete dias de viagem, e o alcançou nos montes de Gileade. 24De noite, porém, Deus veio em sonhos a Labão, o arameu, e lhe disse:

— Cuidado! Não fale a Jacó nem bem nem mal.

25Labão alcançou Jacó. Este havia armado a sua tenda naqueles montes. Também Labão armou a sua tenda com os seus parentes, nos montes de Gileade. 26E Labão disse a Jacó:

— Que foi que você fez? Você me enganou e levou as minhas filhas como se fossem prisioneiras de guerra. 27Por que você fugiu em segredo, e me enganou, e não me disse nada? Eu o teria despedido com alegria, com cânticos, com tamborins e com harpa. 28E por que não permitiu que eu beijasse meus netos e minhas filhas? Nisso você agiu como um tolo. 29Tenho em minhas mãos poder para fazer mal a vocês, mas ontem à noite o Deus do pai de vocês me falou e disse: “Cuidado! Não fale a Jacó nem bem nem mal.” 30E agora que você partiu de vez, pois está com saudades da casa de seu pai, por que roubou os meus deuses?

31Jacó respondeu:

— Porque tive medo. Pensei assim: para que não aconteça que me tome à força as suas filhas. 32Que seja morto aquele com quem o senhor achar os seus deuses. Na presença de nossos parentes, verifique o que pertence ao senhor e, se estiver comigo, pode levar embora.

Acontece que Jacó não sabia que Raquel os havia roubado.

33Labão entrou na tenda de Jacó, na tenda de Lia e na tenda das duas servas, mas não achou nada. Tendo saído da tenda de Lia, entrou na tenda de Raquel. 34Ora, Raquel havia pegado os ídolos do lar e, depois de colocá-los na sela de um camelo, estava sentada sobre eles. Labão apalpou toda a tenda e não os achou. 35Então Raquel disse ao pai:

— Não fique zangado, meu senhor, por eu não poder me levantar na sua presença, pois estou no meu período menstrual.

Ele procurou, mas não encontrou os ídolos do lar.

36Então Jacó ficou zangado e discutiu com Labão. Dirigiu-se a Labão, dizendo:

— Qual é a minha transgressão? Qual o meu pecado, para o senhor me perseguir com tanta fúria? 37Havendo apalpado todos os meus utensílios, quais foram os utensílios de sua casa que o senhor encontrou? Coloque-os aqui diante dos meus parentes e dos seus parentes, para que julguem entre nós dois. 38Vinte anos eu estive com o senhor. As suas ovelhas e as suas cabras nunca perderam as crias, e não comi um só carneiro do seu rebanho. 39Não lhe apresentei os animais que eram despedaçados pelas feras; assumi o prejuízo. Da minha mão o senhor o requeria, tanto o roubado de dia como de noite. 40De maneira que eu andava, de dia consumido pelo calor, de noite, pela geada; e o meu sono me fugia dos olhos. 41Vinte anos permaneci em sua casa. Catorze anos trabalhei para o senhor pelas suas duas filhas e seis anos trabalhei para conseguir o seu rebanho; dez vezes o senhor mudou o meu salário. 42Se não fosse o Deus de meu pai, o Deus de Abraão e o Temor de Isaque, por certo o senhor me despediria agora de mãos vazias. Mas Deus viu o meu sofrimento e o trabalho das minhas mãos e ontem à noite ele repreendeu o senhor.

A aliança entre Labão e Jacó

43Então Labão respondeu a Jacó:

— As filhas são minhas filhas, os filhos são meus netos, os rebanhos são meus rebanhos, e tudo o que você está vendo é meu. Que posso fazer hoje a estas minhas filhas ou aos filhos que elas deram à luz? 44Venha, pois, e façamos uma aliança, eu e você, que sirva de testemunho entre mim e você.

45Então Jacó tomou uma pedra e a erigiu por coluna. 46E disse aos seus parentes:

— Ajuntem pedras.

Eles foram ajuntar pedras e fizeram um montão, ao lado do qual comeram. 47Labão deu-lhe o nome de Jegar-Saaduta, mas Jacó lhe chamou Galeede. 48E Labão disse:

— Seja hoje este montão de pedras por testemunha entre mim e você.

Por isso foi chamado de Galeede 49e Mispa, pois disse:

— Que o Senhor vigie entre mim e você e nos julgue quando estivermos separados um do outro. 50Se você maltratar as minhas filhas e tomar outras mulheres além delas, não estando ninguém conosco, lembre-se de que Deus é testemunha entre mim e você.

51E Labão continuou:

— Eis aqui este montão de pedras e esta coluna que levantei entre mim e você. 52Seja o montão testemunha, e seja a coluna testemunha de que para mal não passarei para o lado de lá do montão e você não passará para o lado de cá do montão e da coluna. 53O Deus de Abraão e o Deus de Naor, o Deus do pai deles, julgue entre nós.

E Jacó jurou pelo Temor de Isaque, seu pai. 54E Jacó ofereceu um sacrifício na montanha e convidou seus parentes para uma refeição. Eles comeram e passaram a noite na montanha.

55Na manhã seguinte, Labão se levantou de madrugada, beijou os seus netos e as suas filhas e os abençoou. E, partindo, voltou para a sua casa.

Gênesis 31NAAAbrir na Bíblia

Salmos 22

Um grito de angústia e um salmo de louvor

Ao mestre de canto, segundo a melodia “Corça da manhã”. Salmo de Davi

1Deus meu, Deus meu,

por que me desamparaste?

Por que se acham longe

de minha salvação

as palavras de meu gemido?

2Deus meu, clamo de dia,

e não me respondes;

também de noite,

porém não tenho sossego.

3Contudo, tu és santo,

entronizado entre os louvores

de Israel.

4Nossos pais confiaram em ti;

confiaram, e tu os livraste.

5A ti clamaram e escaparam;

confiaram em ti

e não foram envergonhados.

6Mas eu sou verme

e não um ser humano;

afrontado pelos homens

e desprezado pelo povo.

7Todos os que me veem

zombam de mim;

fazem caretas e balançam

a cabeça, dizendo:

8“Confiou no Senhor!

Ele que o livre!

Salve-o, pois nele tem prazer.”

9Contudo, tu és quem

me fez nascer;

e me preservaste,

estando eu ainda

ao seio de minha mãe.

10A ti me entreguei

desde o meu nascimento;

desde o ventre de minha mãe,

tu és o meu Deus.

11Não te distancies de mim,

porque a tribulação está próxima,

e não há quem me ajude.

12Muitos touros me cercam,

fortes touros de Basã me rodeiam.

13Contra mim abrem a boca,

como faz o leão

que despedaça e ruge.

14Derramei-me como água,

e todos os meus ossos

se desconjuntaram;

meu coração fez-se como cera,

derreteu-se dentro de mim.

15Secou-se o meu vigor,

como um caco de barro,

e a língua se me apega

ao céu da boca;

assim, me deitas no pó da morte.

16Cães me cercam;

um bando de malfeitores

me rodeia;

traspassaram-me as mãos e os pés.

17Posso contar

todos os meus ossos;

os meus inimigos

estão olhando para mim

e me encarando.

18Repartem entre si

as minhas roupas

e sobre a minha túnica

lançam sortes.

19Tu, porém, Senhor,

não te afastes de mim;

força minha, apressa-te

em me socorrer.

20Livra a minha alma da espada,

e, das presas do cão, a minha vida.

21Salva-me da boca do leão

e dos chifres dos búfalos;

sim, tu me respondes.

22A meus irmãos declararei

o teu nome;

no meio da congregação

eu te louvarei.

23Louvem o Senhor,

vocês que o temem;

glorifiquem-no, todos vocês,

descendência de Jacó;

temam-no, todos vocês,

posteridade de Israel.

24Porque não desprezou

nem detestou

a dor do aflito,

nem ocultou dele o seu rosto,

mas o ouviu, quando lhe gritou

por socorro.

25De ti vem o meu louvor

na grande congregação;

cumprirei os meus votos

na presença dos que o temem.

26Os sofredores hão de comer

e fartar-se;

louvarão o Senhor

aqueles que o buscam.

Que o coração de vocês

viva para sempre!

27Os confins da terra

se lembrarão do Senhor

e a ele se converterão;

diante dele se prostrarão

todas as famílias das nações.

28Pois do Senhor é o reino,

é ele quem governa as nações.

29Todos os ricos da terra

hão de comer e adorar,

e todos os que descem ao pó

se prostrarão diante dele,

até aquele que não pode

preservar a própria vida.

30A posteridade o servirá,

e se falará do Senhor

à geração vindoura.

31Virão e anunciarão a justiça dele;

ao povo que há de nascer,

contarão que foi ele

quem o fez.

Salmos 22NAAAbrir na Bíblia

Salmos 24

A vinda do Rei da glória

Salmo de Davi

1Ao Senhor pertence

a terra e a sua plenitude,

o mundo e os que nele habitam.

2Porque ele fundou-a

sobre os mares

e sobre as correntes

a estabeleceu.

3Quem subirá

ao monte do Senhor?

Quem há de permanecer

no seu santo lugar?

4O que é limpo de mãos

e puro de coração,

que não entrega a sua alma

à falsidade,

nem faz juramentos

com a intenção de enganar.

5Este receberá do Senhor

a bênção

e a justiça do Deus

da sua salvação.

6Esta é a geração

dos que o buscam,

dos que buscam

a face do Deus de Jacó.

7Levantem as suas cabeças,

ó portas!

Levantem-se, ó portais eternos,

para que entre o Rei da glória.

8Quem é o Rei da glória?

O Senhor, forte e poderoso,

o Senhor, poderoso nas batalhas.

9Levantem as suas cabeças,

ó portas!

Levantem-se, ó portais eternos,

para que entre o Rei da glória.

10Quem é esse Rei da glória?

O Senhor dos Exércitos,

ele é o Rei da glória.

Salmos 24NAAAbrir na Bíblia
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