Sociedade Bíblica do Brasil
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Dia 56 na Palavra

Texto(s) da Bíblia

Paulo recomenda Febe

1Recomendo-lhes a nossa irmã Febe, que está servindo na igreja de Cencreia, 2para que vocês a recebam no Senhor como convém aos santos e a ajudem em tudo o que de vocês vier a precisar; porque ela tem sido protetora de muitos, inclusive de mim.

Saudações pessoais

3Saúdem Priscila e Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus, 4os quais pela minha vida arriscaram a sua própria cabeça; e isto lhes agradeço, não somente eu, mas também todas as igrejas dos gentios. 5Saúdem igualmente a igreja que se reúne na casa deles. Saúdem meu querido Epêneto, primeiro fruto da fé em Cristo na província da Ásia. 6Saúdem Maria, que muito trabalhou por vocês. 7Saúdem Andrônico e Júnias, meus parentes e companheiros de prisão, os quais são bem conhecidos entre os apóstolos e estavam em Cristo antes de mim.

8Saúdem Amplíato, meu querido amigo no Senhor. 9Saúdem Urbano, que é nosso cooperador em Cristo, e também meu amado Estáquis. 10Saúdem Apeles, aprovado em Cristo. Saúdem os da casa de Aristóbulo. 11Saúdem meu parente Herodião. Saúdem os da casa de Narciso, que estão no Senhor. 12Saúdem Trifena e Trifosa, as quais trabalham no Senhor. Saúdem a querida Pérside, que também muito trabalhou no Senhor. 13Saúdem Rufo, eleito no Senhor, e igualmente a mãe dele, que também tem sido mãe para mim. 14Saúdem Asíncrito, Flegonte, Hermes, Pátrobas, Hermas e os irmãos que se reúnem com eles. 15Saúdem Filólogo, Júlia, Nereu e sua irmã, e também Olimpas e todos os santos que se reúnem com eles. 16Saúdem uns aos outros com um beijo santo. Todas as igrejas de Cristo mandam saudações.

Conselhos finais

17Irmãos, peço que notem bem aqueles que provocam divisões e escândalos, em desacordo com a doutrina que vocês aprenderam. Afastem-se deles, 18porque esses tais não servem a Cristo, nosso Senhor, e sim a seu próprio ventre. Com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração das pessoas simples. 19Pois a obediência de vocês é conhecida por todos; por isso, me alegro por causa de vocês. Quero que sejam sábios no que diz respeito ao bem e simples no que diz respeito ao mal. 20E o Deus da paz, em breve, esmagará Satanás debaixo dos pés de vocês. A graça de nosso Senhor Jesus esteja com vocês.

21Timóteo, meu cooperador, manda saudações, assim como Lúcio, Jasom e Sosípatro, meus parentes.

22Eu, Tércio, que escrevi esta carta, mando saudações no Senhor.

23Gaio, meu hospedeiro e de toda a igreja, manda saudações. Também mandam saudações Erasto, tesoureiro da cidade, e o irmão Quarto. 24[A graça de nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos vocês. Amém!]

Doxologia

25Ora, ao Deus que é poderoso para confirmar vocês segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério guardado em silêncio desde os tempos eternos, 26e que, agora, tornou-se manifesto e foi dado a conhecer por meio das Escrituras proféticas, segundo o mandamento do Deus eterno, para a obediência da fé, entre todas as nações, 27a este Deus único e sábio seja dada glória, por meio de Jesus Cristo, para sempre. Amém!

Romanos 16NAAAbrir na Bíblia

A pregação de João Batista

Mt 3.1-12; Lc 3.1-9,15-17; Jo 1.19-28

1Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus. 2Como está escrito na profecia de Isaías:

“Eis que envio o meu mensageiro

adiante de você,

o qual preparará o seu caminho.

3Voz do que clama no deserto:

Preparem o caminho do Senhor,

endireitem as suas veredas.”

4E foi assim que João Batista apareceu no deserto, pregando batismo de arrependimento para remissão de pecados. 5E toda a região da Judeia e todos os moradores de Jerusalém iam até ele. E, confessando os seus pecados, eram batizados por ele no rio Jordão. 6A roupa de João era feita de pelos de camelo. Ele usava um cinto de couro e se alimentava de gafanhotos e mel silvestre.

7E João pregava, dizendo:

— Depois de mim vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de, curvando-me, desamarrar as correias das suas sandálias. 8Eu batizei vocês com água; ele, porém, os batizará com o Espírito Santo.

O batismo de Jesus

Mt 3.13-17; Lc 3.21-22

9Naqueles dias, Jesus veio de Nazaré da Galileia e foi batizado por João no rio Jordão. 10Logo ao sair da água, Jesus viu os céus se abrindo e o Espírito descendo como pomba sobre ele. 11Então veio uma voz dos céus, que dizia:

— Você é o meu Filho amado; em você me agrado.

A tentação de Jesus

Mt 4.1-11; Lc 4.1-13

12E logo o Espírito conduziu Jesus ao deserto, 13onde ficou durante quarenta dias, sendo tentado por Satanás. Estava com as feras, e os anjos o serviam.

O começo do ministério na Galileia

Mt 4.12-17; Lc 4.14-15

14Depois de João ter sido preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o evangelho de Deus. 15Ele dizia:

— O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo; arrependam-se e creiam no evangelho.

Jesus chama quatro pescadores

Mt 4.18-22; Lc 5.1-11

16Caminhando junto ao mar da Galileia, Jesus viu os irmãos Simão e André, que lançavam a rede ao mar, porque eram pescadores. 17Jesus lhes disse:

— Venham comigo, e eu farei com que sejam pescadores de gente.

18Então eles deixaram imediatamente as redes e o seguiram. 19Pouco mais adiante, Jesus viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco consertando as redes, 20e logo os chamou. E eles seguiram Jesus, deixando o seu pai Zebedeu no barco com os empregados.

A cura de um endemoniado em Cafarnaum

Lc 4.31-37

21Depois, entraram em Cafarnaum, e, logo no sábado, Jesus foi ensinar na sinagoga. 22E maravilhavam-se com a sua doutrina, porque os ensinava como alguém que tem autoridade e não como os escribas. 23E logo apareceu na sinagoga um homem possuído de espírito imundo, o qual gritou:

24— O que você quer conosco, Jesus Nazareno? Você veio para nos destruir? Sei muito bem quem você é: o Santo de Deus!

25Mas Jesus o repreendeu, dizendo:

— Cale-se e saia desse homem.

26Então o espírito imundo, agitando-o violentamente e gritando em alta voz, saiu dele. 27Todos se admiraram, a ponto de perguntarem entre si:

— Que é isto? Uma nova doutrina! Com autoridade ele ordena aos espíritos imundos, e eles lhe obedecem!

28E a fama de Jesus se espalhou depressa em todas as direções, por toda a região da Galileia.

A cura da sogra de Pedro

Mt 8.14-15; Lc 4.38-39

29E, saindo da sinagoga, foram, com Tiago e João, para a casa de Simão e André. 30A sogra de Simão estava de cama, com febre; e logo deram essa notícia a Jesus. 31Então, aproximando-se, Jesus pegou na mão dela e fez com que ela se levantasse. A febre a deixou, e ela passou a servi-los.

Muitas outras curas

Mt 8.16-17; Lc 4.40-41

32À tarde, depois do pôr do sol, trouxeram a Jesus todos os enfermos e endemoniados. 33Toda a cidade estava reunida à porta da casa. 34E ele curou muitos que se achavam doentes de todo tipo de enfermidades. Também expulsou muitos demônios, não lhes permitindo que falassem, porque sabiam quem ele era.

Jesus prega nas sinagogas

Lc 4.42-44

35Tendo-se levantado de madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus saiu e foi para um lugar deserto, e ali orava. 36Simão e os que estavam com ele procuraram Jesus por toda parte. 37Quando o encontraram, lhe disseram:

— Todos estão à sua procura.

38Jesus, porém, lhes disse:

— Vamos a outros lugares, aos povoados vizinhos, a fim de que eu pregue também ali, pois foi para isso que eu vim.

39Então ele foi por toda a Galileia, pregando nas sinagogas deles e expulsando os demônios.

A cura de um leproso

Mt 8.1-4; Lc 5.12-16

40Um leproso se aproximou de Jesus e lhe pediu, de joelhos:

— Se o senhor quiser, pode me purificar.

41E Jesus, profundamente compadecido, estendeu a mão, tocou nele e disse:

— Quero, sim. Fique limpo!

42No mesmo instante, a lepra desapareceu dele, e ele ficou limpo. 43E, advertindo-o severamente, logo o despediu. 44E lhe disse:

— Olhe! Não conte nada a ninguém, mas vá, apresente-se ao sacerdote e ofereça, pela sua purificação, o sacrifício que Moisés ordenou, para servir de testemunho ao povo.

45Mas, tendo ele saído, começou a proclamar muitas coisas e a divulgar a notícia, a ponto de Jesus não poder mais entrar publicamente em nenhuma cidade. Por isso, permanecia fora, em lugares desertos. E de toda parte vinham ao encontro dele.

Marcos 1NAAAbrir na Bíblia

Isbosete é morto

1Quando Isbosete, o filho de Saul, soube que Abner tinha sido morto em Hebrom, as suas mãos desfaleceram; e todo o Israel ficou consternado. 2Esse filho de Saul tinha a seu serviço dois homens, capitães de tropas. Um se chamava Baaná e o outro, Recabe. Eram filhos de Rimom, o beerotita, dos filhos de Benjamim, porque também a cidade de Beerote era considerada como pertencente a Benjamim. 3Os beerotitas tinham fugido para Gitaim e ali vivem como estrangeiros até o dia de hoje.

4Jônatas, filho de Saul, tinha um filho aleijado dos pés. Ele tinha cinco anos de idade quando de Jezreel chegaram as notícias da morte de Saul e de Jônatas. Então sua ama o pegou e fugiu. Aconteceu que, apressando-se ela a fugir, ele caiu e ficou manco. Seu nome era Mefibosete.

5Recabe e Baaná, filhos de Rimom, beerotita, chegaram à casa de Isbosete, no maior calor do dia, estando este a dormir, ao meio-dia. 6Ali, entraram para o interior da casa, como que vindo buscar trigo, e o feriram na barriga. Depois, Recabe e Baaná, seu irmão, fugiram. 7Eles tinham entrado na casa enquanto Isbosete estava deitado em sua cama, no quarto de dormir, feriram-no e o mataram. Depois cortaram a cabeça dele e a levaram, andando toda a noite pelo caminho da planície. 8Levaram a cabeça de Isbosete ao rei Davi, em Hebrom, e lhe disseram:

— Aqui está a cabeça de Isbosete, filho de seu inimigo Saul, que queria matá-lo. Assim, hoje o Senhor Deus vingou o rei, meu senhor, de Saul e da sua descendência.

9Porém Davi respondeu a Recabe e a Baaná, seu irmão, filhos de Rimom, o beerotita, dizendo:

— Tão certo como vive o Senhor, que remiu a minha alma de toda a angústia, 10quando alguém me trouxe a notícia de que Saul estava morto, pensando que me trazia uma boa notícia, como recompensa eu o agarrei e matei em Ziclague. 11Muito mais agora que homens perversos mataram um homem justo em sua casa, deitado no seu leito, será que eu não requereria o sangue dele das mãos de vocês e não os exterminaria da face da terra?

12Então Davi deu ordem aos seus moços e eles mataram Recabe e Baaná. Depois, cortaram as mãos e os pés deles, e os penduraram junto à cisterna em Hebrom. Porém pegaram a cabeça de Isbosete e a sepultaram no túmulo de Abner, em Hebrom.

2Samuel 4NAAAbrir na Bíblia

Diversas vitórias de Davi

1Cr 18.1-13

1Depois disso, Davi atacou os filisteus, derrotou-os e tomou das mãos deles o controle daquela região. 2Também derrotou os moabitas. Fez com que se deitassem no chão e os mediu com uma corda: os que ficaram dentro de duas medidas foram mortos, e os que ficaram dentro da terceira medida foram deixados com vida. Assim, os moabitas se tornaram servos de Davi e lhe pagavam tributo. 3Davi também derrotou Hadadezer, filho de Reobe, rei de Zobá, quando aquele foi restabelecer o seu domínio sobre o rio Eufrates. 4Davi tomou-lhe mil e setecentos cavaleiros e vinte mil soldados de infantaria. Mutilou todos os cavalos dos carros de guerra, com exceção dos que puxavam cem deles.

5Os sírios de Damasco foram socorrer Hadadezer, rei de Zobá, mas Davi matou vinte e dois mil deles. 6Davi pôs guarnições na Síria de Damasco, e os sírios se tornaram servos de Davi e lhe pagavam tributo. E o Senhor dava vitórias a Davi por onde quer que ele ia. 7Davi tomou os escudos de ouro que eram usados pelos oficiais de Hadadezer e os trouxe a Jerusalém. 8De Betá e Berotai, cidades de Hadadezer, o rei Davi tomou grande quantidade de bronze.

9Quando Toí, rei de Hamate, soube que Davi tinha derrotado todo o exército de Hadadezer, 10mandou seu filho Jorão ao rei Davi, para o saudar e cumprimentá-lo por ter lutado contra Hadadezer e por havê-lo vencido. Acontece que Hadadezer de contínuo fazia guerra a Toí. Jorão trouxe consigo objetos de prata, de ouro e de bronze, 11que o rei Davi consagrou ao Senhor, juntamente com a prata e o ouro que já havia consagrado de todas as nações que havia subjugado: 12da Síria, de Moabe, dos filhos de Amom, dos filisteus, de Amaleque e dos despojos de Hadadezer, filho de Reobe, rei de Zobá. 13Davi ficou ainda mais famoso quando, ao voltar do ataque aos sírios, matou dezoito mil homens no vale do Sal. 14Pôs guarnições em todo o Edom, e todos os edomitas se tornaram servos de Davi. E o Senhor dava vitórias a Davi por onde quer que ele ia.

Oficiais de Davi

2Sm 20.23-26; 1Cr 18.14-17

15Davi reinou sobre todo o Israel; julgava e fazia justiça a todo o seu povo. 16Joabe, filho de Zeruia, era comandante do exército; Josafá, filho de Ailude, era cronista. 17Zadoque, filho de Aitube, e Aimeleque, filho de Abiatar, eram sacerdotes, e Seraías, escrivão. 18Benaia, filho de Joiada, era o comandante da guarda real. Os filhos de Davi, porém, eram seus ministros.

2Samuel 8NAAAbrir na Bíblia

Daniel interpreta o sonho de Nabucodonosor

1No segundo ano do seu reinado, Nabucodonosor teve uns sonhos que o deixaram perturbado e sem poder dormir. 2Então o rei mandou chamar os magos, os encantadores, os feiticeiros e os caldeus, para que lhe dissessem o que ele havia sonhado. Eles vieram e se apresentaram diante do rei. 3Ele lhes disse:

— Tive um sonho e fiquei perturbado, querendo saber que sonho foi esse.

4Os caldeus disseram ao rei em aramaico:

— Que o rei viva eternamente! Conte o sonho a estes seus servos, e daremos a interpretação.

5Mas o rei respondeu aos caldeus:

— Uma coisa é certa: se não me contarem o sonho e a sua interpretação, vocês serão despedaçados, e as casas de vocês serão reduzidas a ruínas. 6Mas, se me contarem o sonho e a sua interpretação, vocês receberão de mim dádivas, prêmios e grandes honras. Portanto, contem-me o sonho e a sua interpretação.

7Os caldeus responderam pela segunda vez:

— Que o rei conte o sonho a estes seus servos, e nós lhe daremos a interpretação.

8O rei respondeu:

— Bem percebo que vocês estão querendo ganhar tempo, porque sabem que o que eu disse está resolvido, 9isto é, se não me contarem o sonho, todos vocês receberão a mesma sentença. Vocês combinaram dizer palavras mentirosas e perversas na minha presença, esperando que a situação mude. Portanto, contem-me o sonho, e saberei que vocês podem me dar a interpretação.

10Os caldeus responderam na presença do rei:

— Não há nenhum mortal sobre a face da terra que possa fazer o que o rei exige. Nunca houve um rei, por maior e mais poderoso que fosse, que tenha exigido semelhante coisa de um mago, encantador ou caldeu. 11Isso que o rei exige é difícil, e não há ninguém que o possa revelar diante do rei, a não ser os deuses, e estes não moram entre os mortais.

12Ao ouvir isto, o rei ficou tão irado e furioso, que mandou matar todos os sábios da Babilônia. 13Saiu o decreto, segundo o qual os sábios deviam ser mortos. Foram buscar também Daniel e os seus companheiros, para que fossem mortos.

14Então Daniel, com cautela e prudência, foi falar com Arioque, chefe da guarda do rei, que tinha saído para matar os sábios da Babilônia. 15Daniel perguntou a Arioque, encarregado do rei:

— Por que esse decreto do rei é tão urgente?

Então Arioque explicou o caso a Daniel. 16Daniel foi falar com o rei, para pedir que lhe desse tempo, e ele revelaria ao rei a interpretação.

17Então Daniel foi para casa e explicou a situação a Hananias, Misael e Azarias, seus companheiros, 18para que pedissem misericórdia ao Deus do céu sobre este mistério, a fim de que Daniel e os seus companheiros não fossem mortos com o resto dos sábios da Babilônia. 19Então o mistério foi revelado a Daniel numa visão de noite. Daniel bendisse o Deus do céu, 20dizendo:

“Bendito seja o nome de Deus,

de eternidade a eternidade,

porque dele é a sabedoria

e o poder!

21É ele quem muda o tempo

e as estações,

remove reis e estabelece reis;

ele dá sabedoria aos sábios

e entendimento aos inteligentes.

22Ele revela o profundo

e o escondido;

conhece o que está em trevas,

e com ele mora a luz.

23Ó Deus de meus pais,

eu te agradeço e te louvo,

porque me deste sabedoria

e poder,

e agora me revelaste

o que te pedimos,

porque nos fizeste saber

este caso do rei.”

24Por isso, Daniel foi falar com Arioque, a quem o rei tinha encarregado de exterminar os sábios da Babilônia. Daniel entrou e lhe disse:

— Não mate os sábios da Babilônia! Leve-me à presença do rei, e revelarei ao rei a interpretação.

25Então Arioque depressa levou Daniel à presença do rei e lhe disse:

— Achei um dos filhos dos exilados de Judá, que revelará ao rei a interpretação.

26O rei perguntou a Daniel, cujo nome era Beltessazar:

— Você é capaz de me contar o que vi no sonho e qual é a sua interpretação?

27Daniel respondeu na presença do rei:

— O mistério que o rei exige, nem sábios, nem magos nem encantadores o podem revelar. 28Mas há um Deus no céu, que revela os mistérios, pois fez saber ao rei Nabucodonosor o que vai acontecer nos últimos dias. O sonho e as visões que o senhor teve, quando estava em sua cama, são estes:

29— Quando o senhor, ó rei, estava na sua cama, surgiram em sua mente pensamentos a respeito do que vai acontecer no futuro. Deus, que revela os mistérios, revelou ao senhor o que vai acontecer. 30Quanto a mim, este mistério me foi revelado, não porque exista em mim mais sabedoria do que em todos os outros homens, mas para que a interpretação fosse revelada ao rei, e para que ele entenda o que passou pela sua mente.

31— O senhor, ó rei, estava olhando e viu uma grande estátua. Esta, que era imensa e de extraordinário esplendor, estava em pé, bem na sua frente; e a aparência dela era terrível. 32A cabeça era de ouro puro, o peito e os braços eram de prata, o ventre e os quadris eram de bronze; 33as pernas eram de ferro, e os pés eram em parte de ferro e em parte de barro. 34Enquanto o senhor estava olhando, uma pedra foi cortada sem auxílio de mãos humanas, atingiu a estátua nos pés de ferro e de barro e os despedaçou. 35O ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro foram despedaçados no mesmo instante, e se fizeram como a palha das eiras no verão. O vento os levou, e deles não se viu mais nenhum vestígio. Mas a pedra que atingiu a estátua se tornou uma grande montanha, que encheu toda a terra.

36— Este é o sonho; e também a sua interpretação diremos ao rei. 37O senhor, ó rei, que é rei de reis, a quem o Deus do céu conferiu o reino, o poder, a força e a glória; 38em cujas mãos foram entregues os filhos dos homens, onde quer que eles habitem, e os animais do campo e as aves do céu, para que dominasse sobre todos eles, o senhor, ó rei, é a cabeça de ouro.

39— Depois do senhor, se levantará outro reino, inferior ao seu; e um terceiro reino, de bronze, que terá domínio sobre toda a terra. 40O quarto reino será forte como o ferro; pois o ferro quebra e despedaça tudo; como o ferro quebra todas as coisas, assim esse reino fará em pedaços e destruirá todos os outros.

41— Quanto aos pés e aos dedos dos pés que o senhor viu, que eram em parte de barro de oleiro e em parte de ferro, isto significa que esse será um reino dividido. Contudo, haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro, porque o senhor viu o ferro misturado com barro. 42Como os dedos dos pés eram em parte de ferro e em parte de barro, assim, por um lado, o reino será forte e, por outro, será frágil. 43Quanto ao ferro misturado com o barro que o senhor viu, isto significa que procurarão se misturar por meio de casamentos, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro. 44Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que jamais será destruído e que não passará a outro povo. Esse reino despedaçará e consumirá todos esses outros reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre, 45assim como o rei viu que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos humanas, e ela despedaçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro. O Grande Deus revelou ao rei o que vai acontecer no futuro. Certo é o sonho, e fiel é a sua interpretação.

46Então o rei Nabucodonosor se inclinou e se prostrou com rosto em terra diante de Daniel. Ordenou que oferecessem a Daniel uma oferta de cereais e incenso. 47O rei disse a Daniel:

— Certamente o Deus que vocês adoram é o Deus dos deuses e o Senhor dos reis. Ele é quem revela os mistérios, pois você foi capaz de revelar este mistério.

48Então o rei engrandeceu Daniel e lhe deu muitos e grandes presentes. Ele o pôs como governador de toda a província da Babilônia. Também o fez chefe supremo de todos os sábios da Babilônia. 49A pedido de Daniel, o rei pôs Sadraque, Mesaque e Abede-Nego como administradores da província da Babilônia; mas Daniel permaneceu na corte do rei.

Daniel 2NAAAbrir na Bíblia

O decreto do rei

1O rei Nabucodonosor às pessoas de todos os povos, nações e línguas, que habitam em toda a terra:

“Que a paz lhes seja multiplicada! 2Pareceu-me bem tornar conhecidos os sinais e as maravilhas que Deus, o Altíssimo, tem feito para comigo.”

3“Como são grandes os seus sinais,

e como são poderosas

as suas maravilhas!

O seu reino é um reino eterno,

e o seu domínio se estende

de geração em geração.”

O segundo sonho de Nabucodonosor e a sua loucura

4— Eu, Nabucodonosor, estava tranquilo em minha casa e feliz no meu palácio. 5Tive um sonho que me espantou. Quando eu estava na minha cama, os pensamentos e as visões que passaram diante dos meus olhos me perturbaram. 6Por isso, expedi um decreto, ordenando que fossem trazidos à minha presença todos os sábios da Babilônia, para que me revelassem a interpretação do sonho. 7Então vieram os magos, os encantadores, os caldeus e os feiticeiros. Eu lhes contei o sonho, mas eles não puderam me revelar a sua interpretação. 8Por fim, apresentou-se Daniel, que é chamado de Beltessazar, em honra ao nome do meu deus. Ele tem o espírito dos santos deuses, e eu lhe contei o sonho, dizendo: 9“Beltessazar, chefe dos magos, eu sei que você tem o espírito dos santos deuses e que não há mistério que você não possa explicar. Vou lhe contar o sonho que eu tive, para que você me diga o que ele significa. 10Estas foram as visões que passaram diante dos meus olhos quando eu estava deitado na minha cama: eu estava olhando e vi uma árvore no meio da terra, cuja altura era enorme. 11A árvore cresceu e se tornou forte, de maneira que a sua altura chegou até o céu; ela podia ser vista desde os confins da terra. 12A sua folhagem era bela, o seu fruto era abundante, e nela havia sustento para todos. Debaixo dela os animais selvagens achavam sombra, e as aves do céu faziam morada nos seus ramos; e todos os seres vivos se alimentavam dela. 13No meu sonho, quando eu estava na minha cama, vi um vigilante, um santo, que descia do céu, 14gritando em alta voz: ‘Derrubem a árvore, cortem os seus ramos, arranquem as folhas e espalhem os seus frutos. Espantem os animais que estão debaixo dela e as aves que fazem morada nos seus ramos. 15Mas o toco, com as raízes, deixem na terra, amarrado com correntes de ferro e de bronze, em meio à erva do campo. Que esse toco seja molhado pelo orvalho do céu, e que a parte que lhe cabe seja a erva da terra, junto com os animais. 16Que o coração dele seja mudado, para que não seja mais coração humano, e lhe seja dado coração de animal; e passem sobre ele sete tempos. 17Esta sentença é por decreto dos vigilantes, e esta ordem é por mandado dos santos, para que os que vivem saibam que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens. Ele dá esse reino a quem quer, e põe sobre ele até o mais humilde dos homens.’”

18— Este foi o sonho que eu, rei Nabucodonosor, tive. Você, Beltessazar, diga a interpretação, porque todos os sábios do meu reino não puderam me revelar a interpretação. Mas eu sei que você pode, porque você tem o espírito dos santos deuses.

Daniel explica o sonho

19Então Daniel, cujo nome era Beltessazar, ficou perplexo por algum tempo, e os seus pensamentos o perturbavam. Então o rei lhe disse:

— Beltessazar, não deixe que o sonho ou a sua interpretação o perturbem.

Beltessazar respondeu:

— Meu senhor, quem dera o sonho fosse a respeito daqueles que o odeiam, e a sua interpretação se aplicasse aos seus inimigos! 20A árvore que o senhor viu, que cresceu e se tornou forte, cuja altura chegou até o céu, que foi vista por toda a terra, 21cuja folhagem era bela, cujo fruto era abundante, na qual havia sustento para todos, debaixo da qual os animais selvagens achavam sombra, e em cujos ramos as aves do céu faziam morada, 22aquela árvore é o senhor, ó rei, que cresceu e veio a ser forte. A sua grandeza, ó rei, cresceu e chega até o céu, e o seu domínio se estende até a extremidade da terra. 23Quanto ao vigilante ou santo que o rei viu, que descia do céu e que dizia: “Cortem e destruam a árvore, mas deixem o toco com as raízes na terra, amarrado com correntes de ferro e de bronze, em meio à erva do campo; que esse toco seja molhado pelo orvalho do céu, e que a parte que lhe cabe seja com os animais selvagens, até que passem sobre ele sete tempos”, 24esta é a interpretação, ó rei, e este é o decreto do Altíssimo, que virá contra meu senhor, o rei: 25o senhor será expulso do meio das pessoas, e a sua morada será com os animais selvagens; o senhor comerá capim como os bois, e será molhado pelo orvalho do céu; e passarão sete tempos, até que o senhor, ó rei, reconheça que o Altíssimo tem domínio sobre os reinos do mundo e os dá a quem ele quer. 26Quanto ao que foi dito, que se deixasse o toco da árvore com as suas raízes, isto significa que o seu reino voltará a ser seu, depois que o senhor tiver reconhecido que o Céu domina. 27Portanto, ó rei, aceite o meu conselho: abandone os seus pecados, praticando a justiça, e acabe com as suas iniquidades, usando de misericórdia para com os pobres; assim talvez a sua tranquilidade se prolongue.

O sonho se cumpre

28Tudo isso, de fato, aconteceu com o rei Nabucodonosor. 29Passados doze meses, quando estava passeando no terraço do palácio real da cidade da Babilônia, 30o rei disse:

— Não é esta a grande Babilônia que eu construí para a casa real, com o meu grandioso poder e para glória da minha majestade?

31Enquanto o rei ainda falava, veio uma voz do céu, que disse:

— A você, rei Nabucodonosor, se anuncia o seguinte: Este reino lhe foi tirado. 32Você será expulso do meio das pessoas, e a sua morada será com os animais selvagens; você comerá capim como os bois, e passarão sete tempos, até que você reconheça que o Altíssimo tem domínio sobre os reinos do mundo e os dá a quem ele quer.

33No mesmo instante, se cumpriu a palavra sobre Nabucodonosor. Ele foi expulso do meio das pessoas e começou a comer capim como os bois. O seu corpo foi molhado pelo orvalho do céu, até que lhe cresceram os cabelos como as penas da águia, e as suas unhas, como as garras das aves.

34— Mas ao fim daqueles dias, eu, Nabucodonosor, levantei os olhos ao céu, e recuperei o entendimento. Então eu bendisse o Altíssimo, e louvei e glorifiquei aquele que vive para sempre:

“O seu domínio é eterno,

e o seu reino se estende

de geração em geração.

35Todos os moradores da terra

são considerados como nada,

e o Altíssimo faz o que quer

com o exército do céu

e com os moradores da terra.

Não há quem possa deter

a sua mão,

nem questionar o que ele faz.”

36— Nesse tempo, recuperei o entendimento e, para a dignidade do meu reino, recuperei também a minha majestade e o meu resplendor. Os meus conselheiros e os homens importantes vieram me procurar, fui restabelecido no meu reino, e a minha grandeza se tornou ainda maior. 37Agora eu, Nabucodonosor, louvo, engrandeço e glorifico o Rei do céu, porque todas as suas obras são verdadeiras, e os seus caminhos são justos. Ele tem poder para humilhar os orgulhosos.

Daniel 4NAAAbrir na Bíblia
Sociedade Bíblica do Brasilv.4.19.0
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