Sociedade Bíblica do Brasil
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Dia 3 na Palavra

Texto(s) da Bíblia

A cura do servo de um centurião

Mt 8.5-13

1Tendo Jesus concluído todas as suas palavras dirigidas ao povo, entrou em Cafarnaum. 2E o servo de um centurião, a quem este muito estimava, estava doente, quase à morte. 3Quando o centurião ouviu falar a respeito de Jesus, enviou-lhe alguns anciãos dos judeus, pedindo-lhe que viesse curar o seu servo. 4Estes, aproximando-se de Jesus, lhe pediram com insistência:

— Ele merece a sua ajuda, 5porque é amigo do nosso povo, e ele mesmo construiu a nossa sinagoga.

6Então Jesus foi com eles. Quando Jesus já estava perto da casa, o centurião enviou-lhe alguns amigos, dizendo:

— Senhor, não se incomode, porque não sou digno de recebê-lo em minha casa. 7Por isso, não me julguei digno de ir falar pessoalmente com o senhor; porém diga uma palavra, e o meu servo será curado. 8Porque também eu sou homem sujeito à autoridade, tenho soldados às minhas ordens e digo a este: “Vá”, e ele vai; e a outro: “Venha”, e ele vem; e ao meu servo: “Faça isto”, e ele o faz.

9Ao ouvir estas palavras, Jesus ficou admirado com aquele homem e, voltando-se para o povo que o acompanhava, disse:

— Eu lhes digo que nem mesmo em Israel encontrei fé como esta.

10E, quando os que tinham sido enviados voltaram para casa, encontraram o servo curado.

A ressurreição do filho de uma viúva

11Pouco depois, Jesus foi para uma cidade chamada Naim, e os seus discípulos e numerosa multidão iam com ele. 12Ao aproximar-se do portão da cidade, eis que saía o enterro do filho único de uma viúva; e grande multidão da cidade ia com ela. 13Ao vê-la, o Senhor se compadeceu dela e lhe disse:

— Não chore!

14Chegando-se, tocou no caixão e os que o estavam carregando pararam. Então Jesus disse:

— Jovem, eu ordeno a você: levante-se!

15O que estava morto sentou-se e passou a falar; e Jesus o restituiu à sua mãe. 16Todos ficaram possuídos de temor e glorificavam a Deus, dizendo:

— Grande profeta se levantou entre nós. Deus visitou o seu povo.

17Esta notícia a respeito de Jesus se espalhou por toda a Judeia e por toda aquela região.

Os mensageiros de João Batista

Mt 11.2-19

18Todas estas coisas foram relatadas a João pelos seus discípulos. E João, chamando dois deles, 19enviou-os ao Senhor para perguntar:

— Você é aquele que estava para vir ou devemos esperar outro?

20Quando os homens chegaram a Jesus, disseram:

— João Batista nos enviou para perguntar: O senhor é aquele que estava para vir ou devemos esperar outro?

21Naquela mesma hora, Jesus curou muitas pessoas de doenças, de sofrimentos e de espíritos malignos; e deu vista a muitos cegos. 22Então Jesus lhes respondeu:

— Voltem e anunciem a João o que vocês viram e ouviram: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados e aos pobres está sendo pregado o evangelho. 23E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço.

24Quando os mensageiros de João se retiraram, Jesus começou a dizer ao povo a respeito de João:

— O que vocês foram ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento? 25O que vocês foram ver? Um homem vestido de roupas finas? Os que se vestem bem e vivem no luxo moram nos palácios reais. 26Sim, o que foram ver? Um profeta? Sim, eu lhes digo, e muito mais do que um profeta. 27Este é aquele de quem está escrito: “Eis que envio adiante de você o meu mensageiro, o qual preparará o caminho diante de você.”

28— E eu lhes digo: entre os nascidos de mulher, ninguém é maior do que João; mas o menor no Reino de Deus é maior do que ele.

29Todo o povo que o ouviu e até os publicanos reconheceram a justiça de Deus, tendo sido batizados com o batismo de João; 30mas os fariseus e os intérpretes da Lei rejeitaram, quanto a si mesmos, o plano de Deus, não tendo sido batizados por ele.

31E Jesus continuou:

— A que, pois, compararei as pessoas desta geração? A que são semelhantes? 32São semelhantes a meninos que, sentados na praça, gritam uns para os outros:

“Nós tocamos flauta,

mas vocês não dançaram;

entoamos lamentações,

mas vocês não choraram.”

33— Pois veio João Batista, não comendo pão nem bebendo vinho, e vocês dizem: “Ele tem demônio!” 34Veio o Filho do Homem, comendo e bebendo, e vocês dizem: “Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores!” 35Mas a sabedoria é justificada por todos os seus filhos.

A pecadora que ungiu os pés de Jesus

36Um dos fariseus convidou Jesus para que fosse jantar com ele. Jesus, entrando na casa do fariseu, tomou lugar à mesa. 37E eis que uma mulher da cidade, pecadora, sabendo que ele estava jantando na casa do fariseu, foi até lá com um frasco feito de alabastro cheio de perfume. 38E, estando por detrás, aos pés de Jesus, chorando, molhava-os com as suas lágrimas e os enxugava com os próprios cabelos. Ela beijava os pés de Jesus e os ungia com o perfume. 39Ao ver isto, o fariseu que o havia convidado disse consigo mesmo:

— Se este fosse profeta, bem saberia quem e que tipo de mulher é esta que está tocando nele, porque é uma pecadora.

40Jesus se dirigiu ao fariseu e lhe disse:

— Simão, tenho uma coisa para lhe dizer.

Ele respondeu:

— Diga, Mestre.

41Jesus continuou:

— Certo credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários, e o outro devia cinquenta. 42E, como eles não tinham com que pagar, o credor perdoou a dívida de ambos. Qual deles, portanto, o amará mais?

43Simão respondeu:

— Penso que é aquele a quem mais perdoou.

Jesus disse:

— Você julgou bem.

44E, voltando-se para a mulher, Jesus disse a Simão:

— Você está vendo esta mulher? Quando entrei aqui em sua casa, você não me ofereceu água para lavar os pés; esta, porém, molhou os meus pés com lágrimas e os enxugou com os seus cabelos. 45Você não me recebeu com um beijo na face; ela, porém, desde que entrei, não deixou de me beijar os pés. 46Você não ungiu a minha cabeça com óleo, mas esta, com perfume, ungiu os meus pés. 47Por isso, afirmo a você que os muitos pecados dela foram perdoados, porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama.

48Então Jesus disse à mulher:

— Os seus pecados estão perdoados.

49Os que estavam com ele à mesa começaram a dizer entre si:

— Quem é este que até perdoa pecados?

50Mas Jesus disse à mulher:

— A sua fé salvou você; vá em paz.

Lucas 7NAAAbrir na Bíblia

As mulheres que seguiam Jesus

1Aconteceu, depois disso, que Jesus andava de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando o evangelho do Reino de Deus. Iam com ele os doze discípulos, 2e também algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios; 3Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes; Suzana e muitas outras, as quais, com os seus bens, ajudavam Jesus e os seus discípulos.

A parábola do semeador

Mt 13.1-9; Mc 4.1-9

4Quando uma grande multidão se reuniu e pessoas de todas as cidades vieram até Jesus, ele disse por parábola:

5— Um semeador saiu a semear. E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho, foi pisada, e as aves do céu a comeram. 6Outra parte caiu sobre a pedra e, tendo crescido, secou por falta de umidade. 7Outra caiu no meio dos espinhos; e os espinhos, ao crescerem com ela, a sufocaram. 8Outra, enfim, caiu em boa terra; cresceu e produziu a cem por um.

Dizendo isto, Jesus clamou:

— Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.

Por que Jesus usava parábolas

Mt 13.10-17; Mc 4.10-12

9Então os discípulos de Jesus lhe perguntaram o que significava essa parábola. 10Jesus respondeu:

— A vocês é dado conhecer os mistérios do Reino de Deus, mas aos demais fala-se por parábolas, para que, vendo, não vejam e, ouvindo, não entendam.

A explicação da parábola

Mt 13.18-23; Mc 4.13-20

11— Este é o significado da parábola: a semente é a palavra de Deus. 12Os que estão à beira do caminho são os que a ouviram; depois vem o diabo e tira-lhes a palavra do coração, para não acontecer que, crendo, sejam salvos. 13Os que estão sobre a pedra são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria. Estes não têm raiz, creem apenas por algum tempo e, na hora da provação, se desviam. 14A parte que caiu entre espinhos, estes são os que ouviram e, no decorrer dos dias, foram sufocados com as preocupações, as riquezas e os prazeres desta vida; os seus frutos não chegam a amadurecer. 15A parte que caiu na terra boa, estes são os que, tendo ouvido de bom e reto coração, retêm a palavra; estes frutificam com perseverança.

A luz

Mc 4.21-25

16— Ninguém, depois de acender uma lamparina, a cobre com um vaso ou a põe debaixo de uma cama; pelo contrário, coloca-a num lugar em que ilumina bem, a fim de que os que entram vejam a luz. 17Não há nada oculto que não venha a ser manifesto, nem escondido que não venha a ser conhecido e revelado. 18Portanto, vejam como vocês ouvem. Porque ao que tiver, mais será dado; e ao que não tiver, até aquilo que julga ter lhe será tirado.

A mãe e os irmãos de Jesus

Mt 12.46-50; Mc 3.31-35

19A mãe e os irmãos de Jesus chegaram até onde ele estava, mas não podiam aproximar-se por causa da multidão. 20E lhe comunicaram:

— A sua mãe e os seus irmãos estão lá fora e querem vê-lo.

21Jesus, porém, lhes respondeu:

— Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a praticam.

Jesus acalma uma tempestade

Mt 8.23-27; Mc 4.35-41

22Aconteceu que, num daqueles dias, Jesus entrou num barco em companhia dos seus discípulos e lhes disse:

— Vamos passar para a outra margem do lago.

E partiram. 23Enquanto navegavam, ele adormeceu. E sobreveio uma tempestade de vento no lago, e eles corriam perigo. 24Chegando-se a Jesus, os discípulos o despertaram, dizendo:

— Mestre, Mestre, estamos perecendo!

Levantando-se, Jesus repreendeu o vento e a fúria da água. Tudo cessou e ficou bem calmo. 25Então Jesus lhes perguntou:

— Vocês não têm fé?

Eles, possuídos de temor e admiração, diziam uns aos outros:

— Quem é este que até manda nos ventos e nas ondas, e lhe obedecem?

A cura do endemoniado geraseno

Mt 8.28-34; Mc 5.1-20

26Então rumaram para a terra dos gerasenos, que fica de frente para a Galileia. 27Logo que Jesus desembarcou, veio da cidade ao seu encontro um homem possuído de demônios que, havia muito, não se vestia, nem habitava em casa alguma, porém vivia nos túmulos. 28Quando ele viu Jesus, prostrou-se diante dele, dizendo com voz forte:

— O que você quer comigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Peço-lhe que não me atormente.

29Porque Jesus havia ordenado ao espírito imundo que saísse do homem, pois muitas vezes se havia apoderado dele. E, embora procurassem conservá-lo preso com cadeias e correntes, despedaçava tudo e era impelido pelo demônio para o deserto. 30Jesus perguntou a ele:

— Qual é o seu nome?

Ele respondeu:

— Legião.

Isto porque muitos demônios tinham entrado nele. 31Estes pediram a Jesus que não os mandasse para o abismo. 32Ora, uma grande manada de porcos estava pastando ali no monte. E os demônios pediram a Jesus que os deixasse entrar naqueles porcos. E Jesus o permitiu. 33Tendo os demônios saído do homem, entraram nos porcos, e a manada precipitou-se despenhadeiro abaixo, para dentro do lago, e se afogou. 34Vendo o que tinha acontecido, os que tratavam dos porcos fugiram e foram anunciá-lo na cidade e pelos campos.

35Então o povo saiu para ver o que tinha acontecido. Aproximando-se de Jesus, encontraram o homem de quem tinham saído os demônios, vestido, em perfeito juízo, sentado aos pés de Jesus; e temeram. 36E algumas pessoas que tinham presenciado os fatos contaram-lhes também como o endemoniado tinha sido salvo. 37Todo o povo da terra dos gerasenos pediu a Jesus que se retirasse, pois ficaram com muito medo. E Jesus, entrando de novo no barco, voltou. 38O homem de quem tinham saído os demônios lhe pediu que o deixasse estar com ele. Jesus, porém, o despediu, dizendo:

39— Volte para a sua casa e conte tudo o que Deus fez por você.

Então ele foi, proclamando por toda a cidade o que Jesus lhe tinha feito.

O pedido de Jairo

Mt 9.18-19; Mc 5.21-24a

40Quando Jesus voltou, a multidão o recebeu com alegria, porque todos o estavam esperando. 41Eis que veio um homem chamado Jairo, que era chefe da sinagoga, e, prostrando-se aos pés de Jesus, suplicou-lhe que fosse até a sua casa. 42Pois tinha uma filha única de uns doze anos, que estava morrendo.

A cura de uma mulher enferma

Mt 9.20-22; Mc 5.24b-34

Enquanto Jesus caminhava, as multidões o apertavam. 43Certa mulher que, havia doze anos, vinha sofrendo de uma hemorragia e que havia gastado todos os seus bens com os médicos, sem que ninguém a pudesse curar, 44veio por trás de Jesus e tocou na borda da capa dele. E logo a hemorragia dela estancou. 45Mas Jesus perguntou:

— Quem me tocou?

Como todos negassem, Pedro disse:

— Mestre, é a multidão que o rodeia e aperta!

46Mas Jesus insistiu:

— Alguém me tocou, porque senti que de mim saiu poder.

47A mulher, vendo que não podia passar despercebida, aproximou-se trêmula e, prostrando-se diante de Jesus, declarou, à vista de todo o povo, o motivo por que havia tocado nele e como imediatamente tinha sido curada. 48Então Jesus lhe disse:

— Filha, a sua fé salvou você. Vá em paz.

A ressurreição da filha de Jairo

Mt 9.23-26; Mc 5.35-43

49Enquanto Jesus ainda falava, veio uma pessoa da casa do chefe da sinagoga, dizendo:

— A sua filha já morreu; não incomode mais o Mestre.

50Mas Jesus, ouvindo isto, lhe disse:

— Não tenha medo; apenas creia, e ela será salva.

51Tendo chegado à casa, Jesus não permitiu que ninguém entrasse com ele, a não ser Pedro, João e Tiago, além do pai e da mãe da menina. 52E todos choravam e a pranteavam. Mas Jesus disse:

— Não chorem; ela não está morta, mas dorme.

53E riam-se dele, porque sabiam que ela estava morta. 54Mas Jesus, tomando-a pela mão, disse em voz alta:

— Menina, levante-se!

55Voltou-lhe o espírito, ela imediatamente se levantou, e Jesus mandou que lhe dessem de comer. 56Seus pais ficaram maravilhados, mas ele lhes advertiu que a ninguém contassem o que havia acontecido.

Lucas 8NAAAbrir na Bíblia

Abrão e Ló se separam

1Abrão saiu do Egito e foi para o Neguebe, ele e a sua mulher e tudo o que tinha. E Ló foi com ele. 2Abrão era muito rico; possuía gado, prata e ouro. 3Fez as suas jornadas do Neguebe até Betel, até o lugar onde primeiro tinha armado a sua tenda, entre Betel e Ai, 4até o lugar do altar, que anteriormente tinha feito. E ali Abrão invocou o nome do Senhor.

5Ló, que ia com Abrão, também tinha rebanhos, gado e tendas. 6E a terra não podia sustentá-los, para que morassem juntos, porque eram muitos os seus bens, de maneira que não podiam morar um na companhia do outro. 7Houve desentendimento entre os pastores do gado de Abrão e os pastores do gado de Ló. Nesse tempo os cananeus e os ferezeus habitavam essa terra.

8Então Abrão disse a Ló:

— Não deveria haver conflito entre mim e você e entre os meus pastores e os seus pastores, porque somos parentes chegados. 9Não está toda a terra aí diante de você? Peço que você se afaste de mim. Se você for para a esquerda, irei para a direita; se você for para a direita, irei para a esquerda.

10Ló ergueu os olhos e viu toda a campina do Jordão, que era toda bem-regada, como o jardim do Senhor, como a terra do Egito, até a região de Zoar. Isto foi antes de haver o Senhor destruído Sodoma e Gomorra. 11Então Ló escolheu para si toda a campina do Jordão e partiu para o Oriente. E assim separaram-se um do outro. 12Abrão habitou na terra de Canaã, e Ló foi morar nas cidades da campina. E ia armando as suas tendas até Sodoma. 13Ora, os moradores de Sodoma eram maus e grandes pecadores contra o Senhor.

Deus promete a Abrão a terra de Canaã

14O Senhor disse a Abrão, depois que Ló se separou dele:

— Erga os olhos e olhe de onde você está para o norte, para o sul, para o leste e para o oeste; 15porque toda essa terra que você está vendo, eu a darei a você e à sua descendência, para sempre. 16Farei a sua descendência como o pó da terra, de maneira que, se alguém puder contar o pó da terra, então será possível também contar os seus descendentes. 17Levante-se e percorra essa terra no seu comprimento e na sua largura, porque eu a darei a você.

18E Abrão, mudando as suas tendas, foi morar nos carvalhais de Manre, que estão junto a Hebrom. E ali edificou um altar ao Senhor.

Gênesis 13NAAAbrir na Bíblia

Sarai e Agar

1Ora, Sarai, mulher de Abrão, não lhe dava filhos. Mas tinha uma serva egípcia, chamada Agar. 2Então Sarai disse a Abrão:

— Eis que o Senhor me impediu de dar à luz filhos. Tome, pois, a minha serva; talvez assim eu possa ter filhos por meio dela.

E Abrão concordou com o plano de Sarai. 3Então Sarai, mulher de Abrão, tomou Agar, sua serva egípcia, e a deu por mulher a Abrão, seu marido, depois que ele já estava morando durante dez anos na terra de Canaã. 4Ele teve relações com Agar, e ela ficou grávida. Ao saber que estava grávida, Agar começou a olhar com desprezo para a sua senhora. 5Então Sarai disse a Abrão:

— Seja sobre você a afronta que é feita a mim. Eu mesma pus a minha serva em seus braços; ela, porém, vendo que engravidou, me olha com desprezo. Que o Senhor julgue entre mim e você.

6Abrão respondeu a Sarai:

— Você continua a ter controle sobre a sua serva. Faça com ela o que melhor lhe parecer.

Então Sarai a humilhou, e Agar fugiu da presença dela.

7Quando o Anjo do Senhor a encontrou junto a uma fonte de água no deserto, junto à fonte no caminho de Sur, 8perguntou-lhe:

— Agar, serva de Sarai, de onde você vem e para onde vai?

Ela respondeu:

— Fujo da presença de Sarai, minha senhora.

9Então o Anjo do Senhor lhe disse:

— Volte para a sua senhora e sujeite-se a ela.

10E o Anjo do Senhor disse também:

— Aumentarei em muito a sua descendência, de maneira que, de tão numerosa, não poderá ser contada.

11E o Anjo do Senhor continuou:

— Você está grávida e dará à luz um filho, a quem chamará Ismael, porque o Senhor ouviu o seu grito de aflição. 12Ele será, entre os homens, como um jumento selvagem; a sua mão será contra todos, e a mão de todos será contra ele; e habitará diante de todos os seus irmãos.

13Então Agar deu ao Senhor, que havia falado com ela, o nome de “Tu és o Deus que vê”. Porque ela dizia: “Neste lugar eu olhei para Aquele que me vê!” 14Por isso, aquele poço se chama Beer-Laai-Roi. Fica entre Cades e Berede.

O nascimento de Ismael

15Agar deu à luz um filho a Abrão; e Abrão chamou de Ismael o filho que Agar lhe deu. 16Abrão tinha oitenta e seis anos, quando Agar lhe deu à luz Ismael.

Gênesis 16NAAAbrir na Bíblia

Oração pedindo justiça

Cântico de Davi. Entoado ao Senhor, com respeito às palavras de Cuxe, benjamita

1Senhor, meu Deus,

em ti me refugio;

salva-me de todos

os que me perseguem

e livra-me,

2para que ninguém, como leão,

me arrebate,

despedaçando-me, não havendo

quem me livre.

3Senhor, meu Deus, se eu fiz isso

de que me culpam,

se cometi alguma injustiça,

4se paguei com o mal

a quem estava em paz comigo,

eu, que poupei aquele

que sem razão me oprimia,

5então que o inimigo me persiga

e me alcance,

pisoteie no chão a minha vida

e reduza a pó a minha glória.

6Levanta-te, Senhor,

na tua indignação,

mostra a tua grandeza contra

a fúria dos meus adversários

e desperta-te em meu favor,

segundo o juízo que designaste.

7Reúnam-se os povos

ao redor de ti,

e das alturas domina sobre eles.

8O Senhor julga os povos;

julga-me, Senhor,

segundo a minha justiça

e segundo a integridade

que há em mim.

9Que cesse a maldade dos ímpios.

Fortalece o justo,

pois sondas a mente e o coração,

ó Deus justo.

10Deus é o meu escudo;

ele salva os retos de coração.

11Deus é justo juiz,

Deus que sente indignação

todos os dias.

12Se alguém não se converter,

Deus afiará a sua espada;

já armou e deixou pronto

o seu arco;

13para ele já preparou

armas mortais,

fez as suas setas inflamadas.

14Eis que o ímpio está com dores

de iniquidade;

concebeu a maldade

e dá à luz a mentira.

15Abre e aprofunda uma cova,

e cai nesse mesmo poço que faz.

16A sua maldade recai

sobre a cabeça,

e sobre o próprio crânio

desce a sua violência.

17Eu, porém, louvarei o Senhor,

segundo a sua justiça,

e cantarei louvores

ao nome do Senhor Altíssimo.

Salmos 7NAAAbrir na Bíblia

Louvor a Deus pela sua justiça

Ao mestre de canto, segundo a melodia “A morte para o filho”. Salmo de Davi

1Eu te louvarei, Senhor,

de todo o meu coração;

contarei todas as tuas maravilhas.

2Em ti me alegrarei e exultarei;

ao teu nome, ó Altíssimo,

eu cantarei louvores.

3Pois, ao retrocederem

os meus inimigos,

tropeçam e somem

da tua presença.

4Porque defendes o meu direito

e a minha causa;

no trono te assentas

e julgas retamente.

5Tu repreendes as nações,

destróis o ímpio

e para todo o sempre

lhes apagas o nome.

6Quanto aos inimigos,

estão consumidos,

suas ruínas são perpétuas;

arrasaste as suas cidades;

até a memória deles pereceu.

7Mas o Senhor permanece

no seu trono eternamente,

trono que erigiu para julgar.

8Ele mesmo julga o mundo

com justiça;

julgará os povos com retidão.

9O Senhor é também

alto refúgio para o oprimido,

refúgio nas horas de angústia.

10Em ti, pois, confiam

os que conhecem o teu nome,

porque tu, Senhor,

não desamparas

os que te buscam.

11Cantem louvores ao Senhor,

que habita em Sião;

proclamem entre os povos

o que ele tem feito.

12Pois aquele que requer o sangue

lembra-se deles

e não se esquece

do clamor dos aflitos.

13Compadece-te de mim, Senhor;

vê a que sofrimentos

me reduziram

os que me odeiam,

tu que me levantas

das portas da morte;

14para que, às portas

da filha de Sião,

eu proclame

todos os teus louvores

e me alegre na tua salvação.

15As nações se afundaram

na cova que fizeram,

no laço que esconderam

ficou preso o seu pé.

16O Senhor se dá a conhecer

pelo juízo que executa;

os ímpios ficam enredados

nas obras

de suas próprias mãos.

17No inferno serão lançados

os perversos,

todas as nações

que se esquecem de Deus.

18Pois o necessitado não será

esquecido para sempre,

e a esperança dos aflitos

não será frustrada

perpetuamente.

19Levanta-te, Senhor;

não deixes que

os mortais prevaleçam.

Sejam as nações julgadas

na tua presença.

20Infunde-lhes o medo, Senhor;

saibam as nações que não passam

de simples mortais.

Salmos 9NAAAbrir na Bíblia
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