Sociedade Bíblica do Brasil
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Dia 10 na Palavra

Texto(s) da Bíblia

Lucas 19

Zaqueu, o publicano

1Entrando em Jericó, Jesus atravessava a cidade. 2Eis que um homem rico, chamado Zaqueu, chefe dos publicanos, 3procurava ver quem era Jesus, mas não podia, por causa da multidão, por ser ele de pequena estatura. 4Então, correndo adiante, subiu num sicômoro a fim de ver Jesus, porque ele havia de passar por ali. 5Quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, disse:

— Zaqueu, desça depressa, porque hoje preciso ficar na sua casa.

6Zaqueu desceu depressa e o recebeu com alegria. 7Todos os que viram isto murmuravam, dizendo que Jesus tinha se hospedado com um homem pecador. 8Zaqueu, por sua vez, se levantou e disse ao Senhor:

— Senhor, vou dar a metade dos meus bens aos pobres. E, se extorqui alguma coisa de alguém, vou restituir quatro vezes mais.

9Então Jesus lhe disse:

— Hoje houve salvação nesta casa, pois também este é filho de Abraão. 10Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido.

A parábola das dez minas

Mt 25.14-30

11Ouvindo eles estas coisas, Jesus contou uma parábola, visto estar perto de Jerusalém e lhes parecer que o Reino de Deus havia de manifestar-se imediatamente. 12Por isso, Jesus disse:

— Certo homem nobre partiu para uma terra distante, a fim de tomar posse de um reino e voltar. 13Chamou dez dos seus servos, confiou-lhes dez minas e disse-lhes: “Negociem até que eu volte.” 14Mas os seus concidadãos o odiavam e enviaram após ele uma embaixada, dizendo: “Não queremos que este reine sobre nós.”

15— Quando ele voltou, depois de ter tomado posse do reino, mandou chamar os servos a quem tinha dado o dinheiro, a fim de saber quanto tinham conseguido ganhar em seus negócios.

16— O primeiro se apresentou e disse: “Senhor, a sua mina rendeu dez.” 17O senhor lhe disse: “Muito bem, servo bom! E porque você foi fiel no pouco, terá autoridade sobre dez cidades.”

18— O segundo servo veio e disse: “Senhor, a sua mina rendeu cinco.” 19A este o senhor disse: “Você terá autoridade sobre cinco cidades.”

20— Então veio outro servo, dizendo: “Senhor, aqui está a sua mina, que eu guardei embrulhada num lenço. 21Porque tive medo do senhor, que é homem rigoroso. O senhor retira o que não depositou e colhe o que não semeou.” 22Mas o senhor respondeu: “Servo mau, eu o julgarei usando as suas próprias palavras. Você sabia que eu sou homem rigoroso, que retiro o que não depositei e colho o que não semeei. 23Por que você não pôs o meu dinheiro no banco? E, então, na minha vinda, eu o receberia com juros.”

24— E disse aos que estavam ali: “Tirem dele a mina e deem ao que tem as dez.” 25Eles ponderaram: “Senhor, ele já tem dez.” 26Ao que o senhor respondeu: “Pois eu declaro a vocês que a todo o que tem será dado ainda mais; mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. 27Mas quanto a esses meus inimigos, que não quiseram que eu reinasse sobre eles, tragam-nos aqui e os matem na minha presença.”

Jesus entra em Jerusalém

Mt 21.1-11; Mc 11.1-11; Jo 12.12-19

28E, depois de dizer isto, Jesus prosseguia a sua viagem para Jerusalém. 29E aconteceu que, ao aproximar-se de Betfagé e de Betânia, junto ao monte das Oliveiras, Jesus enviou dois dos seus discípulos, 30dizendo-lhes:

— Vão até a aldeia que fica ali adiante e, ao entrar, encontrarão preso um jumentinho, o qual ainda ninguém montou; desprendam o jumentinho e tragam aqui. 31Se alguém perguntar: “Por que o estão desprendendo?”, respondam assim: “Porque o Senhor precisa dele.”

32E, indo os que foram mandados, acharam tudo conforme Jesus lhes tinha dito. 33Quando eles estavam soltando o jumentinho, os donos do animal disseram:

— Por que estão desprendendo o jumentinho?

34Eles responderam:

— Porque o Senhor precisa dele.

35Então trouxeram o jumentinho até Jesus e, pondo as suas capas sobre o animal, ajudaram Jesus a montar.

36À medida que Jesus avançava, as pessoas estendiam as suas capas no caminho. 37E, quando Jesus se aproximava da descida do monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos começou, com muita alegria, a louvar a Deus em alta voz, por todos os milagres que tinham visto. 38Diziam:

“Bendito é o Rei que vem

em nome do Senhor!

Paz no céu e glória

nas maiores alturas!”

39Alguns dos fariseus lhe disseram em meio à multidão:

— Mestre, repreenda os seus discípulos!

40Mas Jesus respondeu:

— Eu afirmo a vocês que, se eles se calarem, as próprias pedras clamarão.

Jesus chora ao ver Jerusalém

41Quando Jesus ia chegando a Jerusalém, vendo a cidade, chorou por ela, 42dizendo:

— Ah! Se você soubesse, ainda hoje, o que é preciso para conseguir a paz! Mas isto está agora oculto aos seus olhos. 43Pois virão dias em que os seus inimigos cercarão você de trincheiras e apertarão o cerco por todos os lados; 44e vão arrasar você e matar todos os seus moradores. Não deixarão pedra sobre pedra, porque você não reconheceu o tempo em que Deus veio visitá-la.

A purificação do templo

Mt 21.12-17; Mc 11.15-19; Jo 2.13-22

45Depois, entrando no templo, Jesus começou a expulsar os que ali vendiam, 46dizendo-lhes:

— Está escrito: “A minha casa será ‘Casa de Oração’.” Mas vocês fizeram dela um covil de salteadores.

47Diariamente, Jesus ensinava no templo. Os principais sacerdotes, os escribas e os maiorais do povo procuravam tirar-lhe a vida, 48mas não achavam uma forma de fazer isso, porque todo o povo, ao ouvi-lo, era cativado por ele.

Lucas 19NAAAbrir na Bíblia

Lucas 20

A autoridade de Jesus

Mt 21.23-27; Mc 11.27-33

1Aconteceu que, num daqueles dias, estando Jesus a ensinar o povo no templo e a evangelizar, chegaram os principais sacerdotes e os escribas, juntamente com os anciãos, 2e lhe perguntaram:

— Diga-nos com que autoridade você faz estas coisas? Ou quem lhe deu esta autoridade?

3Jesus respondeu:

— Eu também vou fazer uma pergunta a vocês. Digam: 4O batismo de João era do céu ou dos homens?

5Então discutiram entre si:

— Se dissermos: “Do céu”, ele dirá: “Por que não acreditaram nele?” 6Mas, se dissermos: “Dos homens”, o povo todo nos apedrejará, porque está convicto de que João era profeta.

7Por fim, responderam que não sabiam de onde era. 8E Jesus lhes disse:

— Então eu também não lhes digo com que autoridade faço estas coisas.

A parábola dos lavradores maus

Mt 21.33-46; Mc 12.1-12

9A seguir, Jesus passou a contar ao povo esta parábola:

— Certo homem plantou uma vinha, arrendou-a para uns lavradores e ausentou-se do país por prazo considerável. 10No devido tempo, mandou um servo aos lavradores para que lhe dessem do fruto da vinha. Mas os lavradores, depois de espancá-lo, o despacharam de mãos vazias. 11Em vista disso, enviou-lhes outro servo, mas também a este espancaram e, depois de insultá-lo, despacharam de mãos vazias. 12Mandou ainda um terceiro; também a este, depois de feri-lo, expulsaram. 13Então o dono da vinha disse: “Que farei? Enviarei o meu filho amado; talvez o respeitem.”

14— Mas, quando os lavradores viram o filho, começaram a discutir entre si: “Este é o herdeiro; vamos matá-lo, para que a herança seja nossa.” 15E, lançando-o fora da vinha, o mataram.

— Que lhes fará, pois, o dono da vinha? 16Virá, exterminará aqueles lavradores e entregará a vinha a outros.

Ao ouvir isto, disseram:

— Que tal não aconteça!

17Mas Jesus, com o olhar fixo neles, disse:

— Que quer dizer então o que está escrito: “A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a pedra angular”? 18Todo o que cair sobre esta pedra ficará em pedaços; e aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó.

19Naquela mesma hora, os escribas e os principais sacerdotes procuravam prender Jesus, porque entenderam que ele havia contado essa parábola contra eles; mas temiam o povo.

A questão do imposto

Mt 22.15-22; Mc 12.13-17

20Eles passaram a vigiar Jesus. Enviaram espiões que se fingiam de justos para ver se o apanhavam em alguma palavra, a fim de entregá-lo à jurisdição e à autoridade do governador. 21Então lhe perguntaram:

— Mestre, sabemos que o senhor fala e ensina corretamente e não se deixa levar pela aparência das pessoas, mas ensina o caminho de Deus segundo a verdade. 22É lícito pagar imposto a César ou não?

23Mas Jesus, percebendo a artimanha deles, respondeu:

24— Mostrem-me um denário. De quem é a figura e a inscrição?

Eles responderam:

— De César.

Então Jesus lhes disse:

25— Pois deem a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.

26Não puderam apanhá-lo em palavra alguma diante do povo; e, admirados da sua resposta, calaram-se.

Os saduceus e a ressurreição

Mt 22.23-33; Mc 12.18-27

27Chegando alguns dos saduceus, que dizem não haver ressurreição, 28perguntaram a Jesus:

— Mestre, Moisés nos deixou escrito que, se um homem casado morrer sem deixar filhos, o irmão desse homem deve casar com a viúva e gerar descendentes para o falecido. 29Ora, havia sete irmãos: o primeiro casou e morreu sem filhos; 30o segundo 31e o terceiro também casaram com a viúva, e assim foi com os sete. Todos morreram sem deixar filhos. 32Por fim, morreu também a mulher. 33Portanto, na ressurreição, de qual deles a mulher será esposa? Porque os sete casaram com ela.

34Jesus respondeu:

— Os filhos deste mundo casam e se dão em casamento, 35mas os que são considerados dignos de alcançar a era vindoura e a ressurreição dentre os mortos não casam, nem se dão em casamento. 36Pois não podem mais morrer, porque são iguais aos anjos e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição. 37E que os mortos ressuscitam, Moisés o indicou no trecho referente à sarça, quando afirma que o Senhor é o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. 38Ora, Deus não é Deus de mortos, e sim de vivos; porque para ele todos vivem.

39Então alguns dos escribas disseram:

— Boa resposta, Mestre!

40E não ousaram mais fazer perguntas a Jesus.

O Cristo, filho de Davi

Mt 22.41-46; Mc 12.35-37

41Mas Jesus lhes perguntou:

— Como se pode dizer que o Cristo é filho de Davi? 42Pois o próprio Davi afirma no Livro dos Salmos:

“Disse o Senhor ao meu Senhor:

‘Sente-se à minha direita,

43até que eu ponha os seus inimigos

por estrado dos seus pés.’”

44— Portanto, Davi o chama de Senhor. Então como ele pode ser filho de Davi?

Jesus censura os escribas

Mt 23.1-36; Mc 12.38-40; Lc 11.37-54

45Quando todo o povo estava ouvindo, Jesus disse aos seus discípulos:

46— Cuidado com os escribas, que gostam de andar com vestes talares e muito apreciam as saudações nas praças, as primeiras cadeiras nas sinagogas e os primeiros lugares nos banquetes. 47Eles devoram as casas das viúvas e, para o justificar, fazem longas orações. Estes sofrerão juízo muito mais severo.

Lucas 20NAAAbrir na Bíblia

Gênesis 37

José e seus irmãos

1Jacó habitou na terra das peregrinações de seu pai, na terra de Canaã. 2Esta é a história de Jacó.

Quando José tinha dezessete anos, apascentava os rebanhos com os seus irmãos. Sendo ainda jovem, acompanhava os filhos de Bila e os filhos de Zilpa, mulheres de seu pai; e trazia más notícias deles a seu pai.

3Ora, Israel amava mais José do que todos os seus outros filhos, porque era filho da sua velhice; e mandou fazer para ele uma túnica talar de mangas compridas. 4Quando os seus irmãos viram que o pai o amava mais do que todos os outros filhos, odiaram-no e já não podiam falar com ele de forma pacífica.

5José teve um sonho e o contou aos seus irmãos; por isso, o odiaram ainda mais. 6Ele lhes disse:

— Peço que ouçam o sonho que tive. 7Sonhei que estávamos amarrando feixes no campo, e eis que o meu feixe se levantou e ficou em pé, enquanto os feixes de vocês o rodeavam e se inclinavam diante do meu.

8Então os irmãos lhe disseram:

— Você pensa que vai mesmo reinar sobre nós? Pensa que realmente dominará sobre nós?

E com isso o odiavam ainda mais, por causa dos seus sonhos e de suas palavras.

9José teve ainda outro sonho, que ele contou aos seus irmãos, dizendo:

— Sonhei também que o sol, a lua e onze estrelas se inclinavam diante de mim.

10Quando José contou esse sonho ao pai e aos seus irmãos, o pai o repreendeu, dizendo:

— Que sonho é esse que você teve? Você está querendo dizer que eu, a sua mãe e os seus irmãos iremos e nos inclinaremos até o chão diante de você?

11Os irmãos tinham inveja dele; o pai, no entanto, guardou aquilo no coração.

José é vendido e levado para o Egito

12Como os irmãos foram apascentar o rebanho do pai, em Siquém, 13Israel perguntou a José:

— Os seus irmãos não estão apascentando o rebanho em Siquém? Venha, pois vou mandar você até eles.

José respondeu:

— Eis-me aqui.

14Israel continuou:

— Vá, agora, e veja se está tudo bem com os seus irmãos e com o rebanho; e traga-me notícias.

Assim, o enviou do vale de Hebrom, e ele foi a Siquém. 15E um homem encontrou José, que andava errante pelo campo, e lhe perguntou:

— O que você está procurando?

16Ele respondeu:

— Estou procurando os meus irmãos. Por favor, pode me dizer onde eles estão apascentando o rebanho?

17O homem respondeu:

— Foram embora daqui. Ouvi quando disseram: “Vamos a Dotã.”

Então José seguiu atrás dos irmãos e os encontrou em Dotã. 18De longe eles o viram e, antes que chegasse, conspiraram contra ele para o matar. 19Disseram uns aos outros:

— Lá vem o grande sonhador! 20Venham, pois, agora, vamos matá-lo e jogar o corpo numa destas cisternas. Diremos que um animal selvagem o devorou. Vejamos em que vão dar os sonhos dele.

21Mas Rúben, ouvindo isso, livrou-o das mãos deles e disse:

— Não lhe tiremos a vida.

22Rúben disse mais:

— Não derramem sangue. Joguem o rapaz naquela cisterna que está no deserto, e não lhe façam mal.

Rúben disse isto para o livrar deles, a fim de levá-lo de volta ao pai. 23Mas, logo que José chegou a seus irmãos, despiram-no da túnica, a túnica talar de mangas compridas que trazia, 24e o jogaram na cisterna. A cisterna estava vazia, sem água.

25Depois sentaram-se para comer. Levantando os olhos, viram que uma caravana de ismaelitas vinha de Gileade. Seus camelos traziam especiarias, bálsamo e mirra, que levavam para o Egito. 26Então Judá disse aos irmãos:

— O que vamos ganhar se matarmos o nosso irmão e depois escondermos a sua morte? 27Venham, vamos vendê-lo aos ismaelitas. Não lhe façamos mal, pois é nosso irmão, é do nosso sangue.

Seus irmãos concordaram. 28E, quando os mercadores midianitas passaram, os irmãos de José o tiraram da cisterna e o venderam aos ismaelitas por vinte moedas de prata. E os ismaelitas levaram José para o Egito.

29Quando Rúben voltou à cisterna, eis que José não estava nela; então rasgou as suas roupas. 30E, voltando aos seus irmãos, disse:

— O rapaz não está mais lá! E agora, o que eu vou fazer?

31Então pegaram a túnica de José, mataram um bode e molharam a túnica no sangue. 32E enviaram a túnica de mangas compridas ao pai com este recado:

— Achamos isto. Veja se é ou não a túnica de seu filho.

33Ele a reconheceu e disse:

— É a túnica de meu filho. Um animal selvagem o devorou. Certamente José foi despedaçado.

34Então Jacó rasgou as suas roupas, vestiu-se de pano de saco e lamentou o filho durante muitos dias. 35Todos os seus filhos e todas as suas filhas vieram, para o consolar; ele, porém, recusou ser consolado e disse:

— Chorando, descerei à sepultura para junto do meu filho.

E continuou a chorar pelo filho.

36Enquanto isso, no Egito, os midianitas venderam José a Potifar, oficial de Faraó, comandante da guarda.

Gênesis 37NAAAbrir na Bíblia

Gênesis 39

José na casa de Potifar

1José foi levado para o Egito, e Potifar, oficial de Faraó, comandante da guarda, egípcio, comprou-o dos ismaelitas que o tinham levado para lá. 2O Senhor Deus estava com José, que veio a ser homem próspero e estava na casa de seu dono egípcio. 3Potifar viu que o Senhor estava com José e que tudo o que ele fazia o Senhor prosperava em suas mãos. 4Assim, José achou favor diante dos olhos de seu dono e o servia. E ele pôs José por mordomo de sua casa e lhe passou às mãos tudo o que tinha. 5E, desde que Potifar o fez mordomo de sua casa e encarregado de tudo o que tinha, o Senhor abençoou a casa do egípcio por causa de José. A bênção do Senhor estava sobre tudo o que tinha, tanto em casa como no campo. 6Potifar confiou tudo o que tinha às mãos de José, de maneira que não se preocupava com nada, a não ser com o pão que comia.

José tinha um belo porte e boa aparência. 7Assim, depois de algum tempo, a mulher de Potifar pôs os olhos em José e lhe disse:

— Venha para a cama comigo.

8Ele, porém, recusou e disse à mulher do seu dono:

— Escute! O meu senhor não se preocupa com nada do que existe nesta casa, porque eu estou aqui; tudo o que tem ele passou às minhas mãos. 9Não há ninguém nesta casa que esteja acima de mim. Ele não me vedou nada, a não ser a senhora, porque é a mulher dele. Como, pois, cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus?

10Ela falava com José todos os dias, mas ele não lhe dava ouvidos, recusando-se a ir para cama com ela e a ficar perto dela. 11Aconteceu, porém, que, certo dia, José entrou na casa para fazer o seu serviço, e ninguém dos de casa se achava presente. 12Então ela o pegou pela roupa e lhe disse:

— Venha para a cama comigo.

Ele, porém, deixando a roupa nas mãos dela, saiu, fugindo para fora. 13Quando notou que José tinha fugido para fora, mas havia deixado a roupa nas mãos dela, 14chamou pelos homens de sua casa e lhes disse:

— Vejam! Meu marido nos trouxe este hebreu para nos humilhar. Ele entrou no meu quarto, querendo me levar para a cama, mas eu gritei bem alto. 15Quando ele ouviu que eu levantava a voz e gritava, deixou a roupa ao meu lado e saiu, fugindo para fora.

16Ela conservou junto de si a roupa de José, até que o dono dele voltasse para casa. 17Então lhe falou, segundo as mesmas palavras, e disse:

— O escravo hebreu, que você nos trouxe, entrou no meu quarto para me humilhar. 18Mas, quando levantei a voz e gritei, ele deixou a roupa ao meu lado e fugiu para fora.

19Quando o dono ouviu as palavras de sua mulher, que lhe disse: “Foi assim que o seu escravo me tratou”, ele ficou irado. 20E o dono de José o tomou e o lançou na prisão, no lugar onde os presos do rei estavam encarcerados; ali José ficou na prisão. 21O Senhor, porém, estava com José, foi bondoso com ele e fez com que encontrasse favor aos olhos do carcereiro. 22Este confiou às mãos de José todos os presos que estavam no cárcere. E José fazia tudo o que se devia fazer ali. 23O carcereiro não se preocupava com nada do que tinha sido entregue às mãos de José, porque o Senhor estava com ele, e tudo o que ele fazia o Senhor prosperava.

Gênesis 39NAAAbrir na Bíblia

Salmos 28

Súplica e ações de graças

Salmo de Davi

1A ti clamo, ó Senhor;

rocha minha, não sejas surdo

para comigo;

porque, se te calares

quanto a mim,

serei semelhante

aos que descem à cova.

2Ouve a voz das minhas súplicas,

quando a ti clamar por socorro,

quando erguer as mãos

para o teu santuário.

3Não me arrastes com os ímpios,

com os que praticam a iniquidade.

Eles falam de paz ao seu próximo,

porém no coração

têm perversidade.

4Paga-lhes segundo as suas obras,

segundo a maldade dos seus atos.

Dá-lhes conforme a obra

de suas mãos,

retribui-lhes o que merecem.

5E, visto que não compreendem

os feitos do Senhor,

nem o que as suas mãos fazem,

ele os derrubará

e não os reedificará.

6Bendito seja o Senhor,

porque ouviu a voz

das minhas súplicas!

7O Senhor é a minha força

e o meu escudo;

nele o meu coração confia,

nele fui socorrido;

por isso, o meu coração exulta,

e com o meu cântico o louvarei.

8O Senhor é a força do seu povo,

o refúgio salvador do seu ungido.

9Salva o teu povo

e abençoa a tua herança;

apascenta-os

e exalta-os para sempre.

Salmos 28NAAAbrir na Bíblia

Salmos 30

Ação de graças pela libertação da morte

Salmo de Davi. Cântico da dedicação da casa

1Eu te exaltarei, Senhor,

porque tu me livraste

e não permitiste

que os meus inimigos

se alegrassem contra mim.

2Senhor, meu Deus,

clamei a ti por socorro,

e tu me curaste.

3Senhor, da sepultura

fizeste subir a minha alma;

preservaste-me a vida

para que não descesse

ao abismo.

4Cantem louvores ao Senhor,

vocês que são os seus santos,

e deem graças ao seu santo nome.

5Porque a sua ira dura

só um momento,

mas o seu favor dura a vida inteira.

O choro pode durar uma noite,

mas a alegria vem pela manhã.

6Eu disse na minha prosperidade:

“Jamais serei abalado.”

7Tu, Senhor, por teu favor

fizeste permanecer forte

a minha montanha;

apenas voltaste o rosto,

fiquei logo com medo.

8Por ti, Senhor, clamei;

ao Senhor implorei.

9Que proveito obterás

no meu sangue,

quando baixo à cova?

Será que o pó

é capaz de te louvar?

Poderá ele declarar a tua verdade?

10Ouve, Senhor,

e tem compaixão de mim;

sê tu, Senhor, o meu auxílio.

11Tornaste o meu pranto

em dança alegre;

tiraste o meu pano de saco

e me cingiste de alegria,

12para que o meu espírito

te cante louvores

e não se cale.

Senhor, Deus meu,

graças te darei para sempre.

Salmos 30NAAAbrir na Bíblia
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