Sociedade Bíblica do Brasil
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Plano de leitura da Bíblia – dia 334

Texto(s) da Bíblia

Gálatas 4

Sara e Agar, alegoria das duas alianças

21Digam-me vocês, os que querem estar sob a lei: será que vocês não ouvem o que a lei diz? 22Pois está escrito que Abraão teve dois filhos: um da mulher escrava e outro da mulher livre. 23O filho da escrava nasceu segundo a carne; o filho da mulher livre nasceu mediante a promessa. 24Estas coisas são alegóricas, porque essas mulheres são duas alianças. Uma se refere ao monte Sinai, que gera para a escravidão; esta é Agar. 25Ora, Agar é o monte Sinai, na Arábia, e corresponde à Jerusalém atual, que está em escravidão com os seus filhos. 26Mas a Jerusalém lá de cima é livre e ela é a nossa mãe. 27Porque está escrito:

“Alegre-se, ó estéril,

você que não dá à luz;

exulte e grite,

você que não sente

dores de parto;

porque os filhos

da mulher abandonada

são mais numerosos do que

os filhos da que tem marido.”

28Mas vocês, irmãos, são filhos da promessa, como Isaque. 29Como, porém, no passado, aquele que nasceu segundo a carne perseguia o que nasceu segundo o Espírito, assim também acontece agora. 30Mas o que diz a Escritura? Ela diz: “Mande embora a escrava e seu filho, porque de modo nenhum o filho da escrava será herdeiro com o filho da mulher livre.” 31Portanto, irmãos, somos filhos não da escrava, mas da livre.

Gálatas 4:21-31NAAAbrir na Bíblia

Lamentações 3

Castigo, arrependimento e esperança

Álefe — 1Eu sou o homem

que viu a aflição

causada pela vara

do furor de Deus.

2Ele me levou e me fez andar

nas trevas e não na luz.

3Certamente ele voltou

a sua mão contra mim,

sem parar, todo o dia.

Bete — 4Fez envelhecer

a minha carne

e a minha pele,

e despedaçou os meus ossos.

5Construiu rampas de ataque

contra mim

e me cercou de amargura e dor.

6Ele me faz habitar na escuridão,

como aqueles que morreram

há muito tempo.

Guímel — 7Cercou-me de um muro,

e já não posso sair;

prendeu-me

com pesadas correntes.

8Mesmo quando clamo e grito,

ele fecha os ouvidos

à minha oração.

9Fechou os meus caminhos

com blocos de pedra,

fez tortuosas as minhas veredas.

Dálete — 10Foi para mim como

um urso à espreita,

como um leão pronto para atacar.

11Desviou os meus caminhos

e me fez em pedaços;

depois me abandonou.

12Entesou o seu arco

e me pôs como alvo

de suas flechas.

Hê — 13As flechas da sua aljava

atingiram o meu coração.

14Fui feito motivo de riso

para todo o meu povo,

e a sua canção de deboche

o dia inteiro.

15Fartou-me de amarguras,

e me saciou de absinto.

Vau — 16Quebrou os meus dentes

nas pedras,

e cobriu-me de cinza.

17Já não sei o que é ter paz

e esqueci o que é

desfrutar do bem.

18Então eu disse:

“Não tenho mais forças.

A minha esperança

no Senhor acabou.”

Zaine — 19Lembra-te

da minha aflição

e do meu andar errante,

do absinto e da amargura.

20Minha alma continuamente

se lembra disso

e se abate dentro de mim.

21Quero trazer à memória

o que pode me dar esperança.

Hete — 22As misericórdias

do Senhor são a causa

de não sermos

consumidos,

porque as suas misericórdias

não têm fim;

23renovam-se cada manhã.

Grande é a tua fidelidade.

24“A minha porção é o Senhor”,

diz a minha alma;

“portanto, esperarei nele.”

Tete — 25O Senhor é bom

para os que esperam nele,

para aqueles que o buscam.

26Bom é aguardar

a salvação do Senhor,

e isso, em silêncio.

27Bom é para o homem

suportar o jugo na sua mocidade.

Iode — 28Que ele se assente solitário

e fique em silêncio,

porque esse jugo

Deus pôs sobre ele.

29Ponha a sua boca no pó;

talvez ainda haja esperança.

30Dê a face ao que o fere

e suporte todas as afrontas.

Cafe — 31O Senhor não rejeitará

para sempre.

32Ainda que entristeça alguém,

terá compaixão

segundo a grandeza

das suas misericórdias.

33Porque não aflige

nem entristece de bom grado

os filhos dos homens.

Lâmede — 34Pisar debaixo dos pés

todos os prisioneiros da terra,

35perverter o direito do homem

diante do Altíssimo,

36subverter a justiça num processo

— será que o Senhor

não veria tais coisas?

Mem — 37Quem é aquele que diz,

e assim acontece,

sem que o Senhor

o tenha ordenado?

38Por acaso, não é

da boca do Altíssimo

que procedem

tanto o mal como o bem?

39Por que se queixa o homem?

Queixe-se cada um

dos seus próprios pecados.

Num — 40Examinemos bem

os nossos caminhos

e voltemos para o Senhor.

41Levantemos o coração,

juntamente com as mãos,

para Deus nos céus, dizendo:

42“Nós pecamos

e fomos rebeldes,

e tu não nos perdoaste.”

Sâmeque — 43“Cobriste-nos de ira

e nos perseguiste;

nos mataste sem dó

nem piedade.

44De nuvens te encobriste

para que a nossa oração

não passe.

45Como lixo e refugo nos puseste

no meio dos povos.”

Pê — 46“Todos os nossos inimigos

abriram a boca contra nós.

47Sobre nós vieram

o temor e a cova,

a desolação e a ruína.”

48Dos meus olhos

correm rios de lágrimas,

por causa da destruição

da filha do meu povo.

Aim — 49Os meus olhos choram,

não cessam, e não há descanso,

50até que o Senhor atenda

e veja lá do céu.

51O que vejo entristece

a minha alma:

o sofrimento de todas

as filhas da minha cidade.

Tsadê — 52Aqueles que sem motivo

são meus inimigos

caçaram-me

como se eu fosse uma ave.

53Lançaram-me vivo numa cova

e atiraram pedras sobre mim.

54Águas correram

sobre a minha cabeça;

então eu disse: “Estou perdido!”

Cofe — 55Da mais profunda cova, Senhor,

invoquei o teu nome.

56Ouviste a minha voz,

quando pedi:

“Não feches os teus ouvidos

aos meus lamentos,

ao meu clamor.”

57No dia em que te invoquei,

chegaste perto de mim

e disseste: “Não tenha medo.”

Rexe — 58Defendeste a minha causa,

Senhor;

remiste a minha vida.

59Viste, Senhor, a injustiça

que me fizeram;

julga a minha causa.

60Viste toda a sua vingança,

todos os seus planos contra mim.

Chim — 61Ouviste as suas afrontas,

Senhor,

todos os seus planos contra mim,

62as acusações que me fazem

e o que murmuram contra mim,

o dia todo.

63Observa-os quando se assentam

e quando se levantam;

eu sou motivo de zombaria

para eles.

Tau — 64Tu, Senhor, lhes retribuirás

segundo a obra das mãos deles.

65Tu lhes darás dureza de coração,

que é a tua maldição sobre eles.

66Na tua ira, os perseguirás,

e eles serão eliminados

de debaixo dos céus do Senhor.

Lamentações 3NAAAbrir na Bíblia

Lamentações 4

Os sofrimentos do cerco

Álefe — 1Como se escureceu o ouro!

Como o ouro refinado

perdeu o seu brilho!

Como estão espalhadas

as pedras do santuário

pelas esquinas de todas as ruas!

Bete — 2Os nobres filhos de Sião,

comparáveis a ouro puro,

agora são tratados

como simples objetos de barro,

obra das mãos de oleiro!

Guímel — 3Até os chacais

dão o peito,

dão de mamar aos seus filhotes;

mas a filha do meu povo

tornou-se cruel

como as avestruzes no deserto.

Dálete — 4A língua do bebê

que mama

fica pegada, pela sede,

ao céu da boca;

as crianças pedem pão,

mas não há quem as alimente.

Hê — 5Os que se alimentavam

de comidas finas

desfalecem nas ruas;

os que se criaram entre escarlate

agora vivem entre montes de lixo.

Vau — 6Porque a maldade

da filha do meu povo

é maior do que o pecado

de Sodoma,

que foi destruída num momento,

sem intervenção humana.

Zaine — 7Os seus príncipes

eram mais alvos do que a neve,

mais brancos do que o leite;

eram mais ruivos de corpo

do que os corais

e tinham a formosura da safira.

Hete — 8Mas agora o aspecto deles

é mais escuro do que a fuligem;

não são reconhecidos nas ruas.

A sua pele grudou nos ossos,

secou-se como a madeira.

Tete — 9Mais felizes foram

as vítimas da espada

do que as vítimas da fome;

porque estas se definham

atingidas mortalmente

pela falta do produto

dos campos.

Iode — 10As mãos das mulheres

que antes eram compassivas

cozinharam

os seus próprios filhos;

estes lhes serviram de alimento

quando a filha do meu povo

foi destruída.

Cafe — 11O Senhor deu cumprimento

à sua indignação,

derramou o furor da sua ira;

acendeu fogo em Sião,

que consumiu os seus alicerces.

Lâmede — 12Nem os reis da terra,

nem todos os moradores

do mundo acreditavam

que o adversário ou inimigo

pudesse entrar

pelos portões de Jerusalém.

Mem — 13Tudo isso aconteceu

por causa dos pecados

dos seus profetas

e por causa das maldades

dos seus sacerdotes,

que derramaram no meio dela

o sangue dos justos.

Num — 14Vagueiam como cegos

pelas ruas,

andam contaminados de sangue,

de maneira que ninguém

pode tocar na roupa deles.

Sâmeque — 15E o povo grita:

“Afastem-se, impuros!

Afastem-se, afastem-se,

não toquem em nada!”

Quando fugiram

e andaram errantes,

dizia-se entre as nações:

“Aqui eles não podem morar.”

Pê — 16A ira do Senhor os espalhou;

ele já não dá atenção a eles.

Não respeitaram os sacerdotes,

nem se compadeceram

dos anciãos.

Aim — 17Os nossos olhos

ainda desfalecem,

esperando socorro

que nunca chega;

de nossas torres,

temos olhado para um povo

que não nos pode livrar.

Tsadê — 18Espreitavam

os nossos passos,

de maneira que

não podíamos andar

pelas nossas ruas.

Nosso fim se aproximava,

os nossos dias estavam contados,

era chegado o nosso fim.

Cofe — 19Os nossos perseguidores

foram mais ligeiros

do que as águias nos céus;

sobre os montes nos perseguiram,

no deserto nos armaram ciladas.

Rexe — 20O ungido do Senhor,

que era o nosso alento,

foi preso nas armadilhas deles.

Dele dizíamos:

“Debaixo da sua sombra,

viveremos entre as nações.”

Chim — 21Exulte e alegre-se agora,

ó filha de Edom,

você que habita na terra de Uz.

Logo chegará a sua hora

de beber do cálice;

você ficará embriagada e despida.

Tau — 22O castigo por causa

da sua maldade

está consumado,

ó filha de Sião;

o Senhor nunca mais a levará

para o exílio.

Mas ele castigará a sua maldade,

ó filha de Edom;

porá a descoberto os pecados

que você cometeu.

Lamentações 4NAAAbrir na Bíblia

Salmos 146

Confiança em Deus

1Aleluia!

Louve, ó minha alma, o Senhor.

2Louvarei o Senhor

durante a minha vida;

cantarei louvores ao meu Deus

enquanto eu viver.

3Não confiem em príncipes,

nem nos filhos dos homens,

em quem não há salvação.

4Sai-lhes o espírito,

e eles voltam ao pó;

nesse mesmo dia,

acabam todos os seus planos.

5Bem-aventurado aquele que tem

o Deus de Jacó por seu auxílio,

cuja esperança está no Senhor,

seu Deus,

6que fez os céus e a terra,

o mar e tudo o que neles há

e mantém para sempre

a sua fidelidade.

7Que faz justiça aos oprimidos

e dá pão aos que têm fome.

O Senhor liberta os encarcerados.

8O Senhor abre os olhos aos cegos,

o Senhor levanta os abatidos,

o Senhor ama os justos.

9O Senhor guarda o estrangeiro,

ampara o órfão e a viúva,

porém transtorna

o caminho dos ímpios.

10O Senhor reina para sempre;

o seu Deus, ó Sião, reina

de geração em geração.

Aleluia!

Salmos 146NAAAbrir na Bíblia
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