Sociedade Bíblica do Brasil
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Dia 76 na Palavra

Texto(s) da Bíblia

A morte de Lázaro

1Um homem chamado Lázaro estava doente. Ele era de Betânia, da aldeia de Maria e de sua irmã Marta. 2Esta Maria, cujo irmão Lázaro estava doente, era a mesma que ungiu o Senhor com perfume e lhe enxugou os pés com os seus cabelos. 3Por isso, as irmãs de Lázaro mandaram dizer a Jesus:

— Aquele que o Senhor ama está doente.

4Ao receber a notícia, Jesus disse:

— Essa doença não é para morte, mas para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja glorificado por meio dela.

5Ora, Jesus amava Marta e a irmã dela, e também Lázaro. 6Quando soube que Lázaro estava doente, ainda se demorou dois dias no lugar onde estava. 7Depois, disse aos seus discípulos:

— Vamos outra vez para a Judeia.

8Os discípulos disseram:

— Mestre, ainda há pouco os judeus queriam apedrejá-lo! E o senhor quer voltar para lá?

9Jesus respondeu:

— Não é verdade que o dia tem doze horas? Se alguém andar de dia, não tropeça, porque vê a luz deste mundo. 10Mas, se andar de noite, tropeça, porque nele não há luz.

11Tendo dito isso, acrescentou:

— Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo.

12Então os discípulos disseram:

— Senhor, se dorme, estará salvo.

13Jesus falava da morte de Lázaro, mas eles pensavam que tivesse falado do repouso do sono. 14Então Jesus lhes disse claramente:

— Lázaro morreu. 15Por causa de vocês me alegro de que não estivesse lá, para que vocês possam crer. Mas vamos até ele.

16Então Tomé, chamado Dídimo, disse aos outros discípulos:

— Vamos também nós para morrer com o Mestre!

Jesus é a ressurreição e a vida

17Quando Jesus chegou, encontrou Lázaro já sepultado havia quatro dias. 18Ora, Betânia ficava a mais ou menos três quilômetros de Jerusalém. 19Muitos dos judeus vieram visitar Marta e Maria, a fim de consolá-las por causa do irmão. 20Marta, quando soube que Jesus estava chegando, foi encontrar-se com ele; Maria, porém, ficou sentada em casa. 21Então Marta disse a Jesus:

— Se o Senhor estivesse aqui, o meu irmão não teria morrido. 22Mas também sei que, mesmo agora, tudo o que o senhor pedir a Deus, ele concederá.

23Jesus disse a ela:

— O seu irmão há de ressurgir.

24Ao que Marta respondeu:

— Eu sei que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia.

25Então Jesus declarou:

— Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá. 26E todo o que vive e crê em mim não morrerá eternamente. Você crê nisto?

27Marta respondeu:

— Sim, Senhor! Eu creio que o senhor é o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao mundo.

Jesus chora

28Depois de dizer isto, Marta foi chamar Maria, a sua irmã, e lhe disse em particular:

— O Mestre chegou e está chamando você.

29Quando Maria ouviu isso, levantou-se depressa e foi até ele, 30pois Jesus ainda não tinha entrado na aldeia, mas permanecia onde Marta o havia encontrado. 31Os judeus que estavam com Maria em casa e a consolavam, vendo-a levantar-se depressa e sair, seguiram-na, pensando que ela ia ao túmulo para chorar. 32Quando Maria chegou ao lugar onde Jesus estava, ao vê-lo, lançou-se aos seus pés, dizendo:

— Se o Senhor estivesse aqui, o meu irmão não teria morrido.

33Quando Jesus viu que ela chorava, e que os judeus que a acompanhavam também choravam, agitou-se no espírito e se comoveu. 34E perguntou:

— Onde vocês o puseram?

Eles responderam:

— Senhor, venha ver!

35Jesus chorou. 36Então os judeus disseram:

— Vejam o quanto ele o amava.

37Mas alguns disseram:

— Será que ele, que abriu os olhos ao cego, não podia fazer com que Lázaro não morresse?

A ressurreição de Lázaro

38Jesus, agitando-se novamente em si mesmo, foi até o túmulo, que era uma gruta em cuja entrada tinham colocado uma pedra. 39Então Jesus ordenou:

— Tirem a pedra.

Marta, irmã do falecido, disse a Jesus:

— Senhor, já cheira mal, porque está morto há quatro dias.

40Jesus respondeu:

— Eu não disse a você que, se cresse, veria a glória de Deus?

41Então tiraram a pedra. E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse:

— Pai, graças te dou porque me ouviste. 42Eu sei que sempre me ouves, mas falei isso por causa da multidão presente, para que creiam que tu me enviaste.

43E, depois de dizer isso, clamou em alta voz:

— Lázaro, venha para fora!

44Aquele que tinha morrido saiu, tendo os pés e as mãos amarrados com ataduras e o rosto envolto num lenço. Então Jesus lhes ordenou:

— Desamarrem-no e deixem que ele vá.

O plano para matar Jesus

Mt 26.1-5; Mc 14.1-2; Lc 22.1-2

45Muitos dos judeus que tinham vindo visitar Maria, vendo o que Jesus havia feito, creram nele. 46Outros, porém, foram até os fariseus e lhes contaram o que Jesus havia feito.

47Então os principais sacerdotes e os fariseus convocaram o Sinédrio e disseram:

— O que estamos fazendo, uma vez que este homem opera muitos sinais? 48Se o deixarmos assim, todos crerão nele; depois, virão os romanos e tomarão não só o nosso lugar, mas a própria nação.

49Mas um deles, Caifás, que era sumo sacerdote naquele ano, advertiu-os, dizendo:

— Vocês não sabem nada, 50nem entendem que é melhor para vocês que morra um só homem pelo povo e que não venha a perecer toda a nação.

51Ora, Caifás não disse isto por conta própria, mas, sendo sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus estava para morrer pela nação. 52E não somente pela nação, mas também para reunir em um só corpo os filhos de Deus, que andam dispersos.

53Desde aquele dia, resolveram matar Jesus. 54Assim sendo, Jesus já não andava publicamente entre os judeus, mas retirou-se para uma região vizinha ao deserto, para uma cidade chamada Efraim, onde permaneceu com os discípulos.

55Estava próxima a Páscoa dos judeus, e muitos daquela região foram a Jerusalém antes da Páscoa para se purificar. 56Lá, procuravam Jesus e, estando eles no templo, diziam uns aos outros:

— O que vocês acham? Ele não virá à festa?

57Ora, os principais sacerdotes e os fariseus haviam ordenado que, se alguém soubesse onde ele estava, o denunciasse, para que pudessem prendê-lo.

João 11NAAAbrir na Bíblia

Jesus é ungido em Betânia

Mt 26.6-13; Mc 14.3-9

1Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi para Betânia, onde estava Lázaro, a quem ele tinha ressuscitado dentre os mortos. 2Prepararam-lhe, ali, uma ceia. Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com Jesus. 3Então Maria, pegando um frasco de perfume de nardo puro, muito precioso, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos. E toda a casa se encheu com o cheiro do perfume. 4Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que estava para trair Jesus, disse:

5— Por que este perfume não foi vendido por trezentos denários e o valor não foi dado aos pobres?

6Ele disse isso não porque se preocupava com os pobres, mas porque era ladrão e, tendo a bolsa do dinheiro, tirava o que era colocado nela. 7Mas Jesus disse:

— Deixe-a! Que ela guarde isto para o dia do meu sepultamento. 8Porque os pobres estão sempre com vocês, mas a mim vocês nem sempre terão.

O plano para matar Lázaro

9Uma numerosa multidão dos judeus ficou sabendo que Jesus estava em Betânia. Eles foram até lá não só por causa dele, mas também para ver Lázaro, a quem ele tinha ressuscitado dentre os mortos. 10Mas os principais sacerdotes resolveram matar também Lázaro, 11porque muitos dos judeus, por causa dele, voltavam crendo em Jesus.

Jesus entra em Jerusalém

Mt 21.1-11; Mc 11.1-11; Lc 19.28-40

12No dia seguinte, a numerosa multidão que tinha vindo à festa, tendo ouvido que Jesus estava a caminho de Jerusalém, 13pegou ramos de palmeiras e saiu ao encontro dele, clamando:

“Hosana!

Bendito o que vem

em nome do Senhor

e que é Rei de Israel!”

14E Jesus, tendo conseguido um jumentinho, montou-o, segundo está escrito:

15“Não tema, filha de Sião,

eis que o seu Rei está vindo,

montado num filho de jumenta.”

16Seus discípulos a princípio não compreenderam isso. Mas, quando Jesus foi glorificado, então eles se lembraram de que essas coisas estavam escritas a respeito dele e também de que tinham feito isso com ele. 17A multidão que estava com Jesus quando ele chamou Lázaro do túmulo e o levantou dentre os mortos dava testemunho. 18Por causa disso, também, a multidão saiu ao encontro de Jesus, pois ouviu que ele tinha feito esse sinal. 19Então os fariseus disseram entre si:

— Vocês podem ver que não estão conseguindo nada! Eis que o mundo vai atrás dele.

Alguns gregos desejam ver Jesus

20Ora, entre os que foram para adorar durante a festa, havia alguns gregos. 21Estes se dirigiram a Filipe, que era de Betsaida da Galileia, e lhe pediram:

— Senhor, queremos ver Jesus.

22Filipe foi dizê-lo a André, e André e Filipe o comunicaram a Jesus. 23Então Jesus se dirigiu a eles, dizendo:

— É chegada a hora de ser glorificado o Filho do Homem. 24Em verdade, em verdade lhes digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto. 25Quem ama a sua vida perde-a; mas aquele que odeia a sua vida neste mundo irá preservá-la para a vida eterna. 26Se alguém me serve, siga-me, e, onde eu estou, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, meu Pai o honrará.

Jesus fala da sua morte

27— Agora a minha alma está angustiada, e o que direi? “Pai, salva-me desta hora”? Não, pois foi precisamente com este propósito que eu vim para esta hora. 28Pai, glorifica o teu nome.

Então veio uma voz do céu:

— Eu já o glorifiquei e ainda o glorificarei.

29A multidão que ali estava e que ouviu aquela voz dizia ter havido um trovão. Outros diziam:

— Foi um anjo que lhe falou.

30Então Jesus explicou:

— Não foi por minha causa que veio esta voz, e sim por causa de vocês. 31Chegou o momento de este mundo ser julgado, e agora o seu príncipe será expulso. 32E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim.

33Ele dizia isto, significando com que tipo de morte estava para morrer. 34A multidão disse:

— Nós ouvimos da Lei que o Cristo permanece para sempre. Como, então, você diz que é necessário que o Filho do Homem seja levantado? Quem é esse Filho do Homem?

35Jesus respondeu:

— Ainda por um pouco a luz está com vocês. Andem enquanto vocês têm a luz, para que não sejam surpreendidos pelas trevas. E quem anda nas trevas não sabe para onde vai. 36Enquanto vocês têm a luz, creiam na luz, para que se tornem filhos da luz.

A incredulidade dos judeus

Depois de dizer isso, Jesus foi embora e ocultou-se deles. 37E, embora tivesse feito tantos sinais na presença deles, não creram nele, 38para se cumprir a palavra do profeta Isaías, que diz:

“Senhor, quem creu

em nossa pregação?

E a quem foi revelado

o braço do Senhor?”

39Por isso, não podiam crer, porque Isaías disse ainda:

40“Cegou os olhos deles

e endureceu-lhes o coração,

para que não vejam com os olhos,

nem entendam com o coração,

e se convertam,

e sejam por mim curados.”

41Isaías disse isso porque viu a glória dele e falou a respeito dele. 42No entanto, muitos dentre as próprias autoridades creram em Jesus, mas, por causa dos fariseus, não o confessavam, para não serem expulsos da sinagoga. 43Porque amaram mais a glória dos homens do que a glória de Deus.

O resumo do ensino de Jesus

44E Jesus clamou, dizendo:

— Quem crê em mim crê não em mim, mas naquele que me enviou. 45E quem vê a mim vê aquele que me enviou. 46Eu vim como luz para o mundo, a fim de que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas. 47Se alguém ouvir as minhas palavras e não as guardar, eu não o julgo. Porque eu não vim para julgar o mundo, e sim para salvá-lo. 48Quem me rejeita e não recebe as minhas palavras tem quem o julgue; a própria palavra que falei, essa o julgará no último dia. 49Porque eu não falei por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, esse me ordenou o que dizer e o que anunciar. 50E sei que o seu mandamento é a vida eterna. Portanto, as coisas que eu digo, digo exatamente assim como o Pai me falou.

João 12NAAAbrir na Bíblia

As profecias dos falsos profetas

1Rs 22.1-12

1Josafá tinha riquezas e glória em abundância, e tornou-se genro de Acabe. 2Passados alguns anos, Josafá foi visitar Acabe, em Samaria. Acabe matou ovelhas e bois em abundância, para Josafá e para o povo que o acompanhava; e o persuadiu a ir com ele atacar Ramote-Gileade. 3Acabe, rei de Israel, perguntou a Josafá, rei de Judá:

— Você vai comigo a Ramote-Gileade?

Josafá respondeu:

— Sou como você é, e o meu povo é como o seu povo. Iremos com você à guerra.

4Josafá disse mais ao rei de Israel:

— Consulte primeiro a palavra do Senhor.

5Então o rei de Israel reuniu os profetas, quatrocentos homens, e lhes perguntou:

— Devemos ir e lutar contra Ramote-Gileade ou devo me conter?

Eles responderam:

— Vá, porque Deus a entregará nas mãos do rei.

6Mas Josafá perguntou:

— Não há aqui ainda algum profeta do Senhor, para o consultarmos?

7O rei de Israel respondeu a Josafá:

— Há um ainda, por meio de quem podemos consultar o Senhor. Mas eu o odeio, porque nunca profetiza de mim o que é bom, mas somente o que é mau. 8O nome dele é Micaías, filho de Inlá.

Josafá disse:

— O rei não deveria falar assim.

Então o rei de Israel chamou um oficial e disse:

— Traga-me depressa Micaías, filho de Inlá.

9O rei de Israel e Josafá, rei de Judá, estavam assentados, cada um no seu trono, vestidos de trajes reais, numa eira à entrada do portão da cidade de Samaria; e todos os profetas profetizavam diante deles. 10Zedequias, filho de Quenaana, fez para si uns chifres de ferro e disse:

— Assim diz o Senhor: “Com estes você dará chifradas nos sírios até que estejam destruídos.”

11Todos os profetas profetizaram assim, dizendo:

— Suba a Ramote-Gileade! Você triunfará! O Senhor a entregará nas mãos do rei.

A profecia de Micaías

1Rs 22.13-28

12O mensageiro que tinha ido chamar Micaías falou-lhe, dizendo:

— Eis que as palavras dos profetas a uma voz predizem coisas boas para o rei. Portanto, que a sua palavra seja como a de um deles; fale o que é bom.

13Micaías respondeu:

— Tão certo como vive o Senhor, o que o meu Deus me disser, isso falarei.

14Quando ele chegou à presença do rei, este lhe perguntou:

— Micaías, devemos ir a Ramote-Gileade para a batalha ou devo me conter?

Ele respondeu:

— Vá! Você triunfará! Eles serão entregues nas mãos de vocês.

15O rei lhe disse:

— Quantas vezes devo fazer você jurar que não me fale a não ser a verdade em nome do Senhor?

16Então Micaías disse:

— Vi todo o Israel disperso pelos montes, como ovelhas que não têm pastor. E o Senhor Deus disse: “Estes não têm dono; que cada um volte em paz para a sua casa.”

17Então o rei de Israel disse a Josafá:

— Eu não disse a você que a meu respeito ele não profetiza o que é bom, mas somente o que é mau?

18Micaías prosseguiu:

— Portanto, ouçam a palavra do Senhor: Vi o Senhor assentado no seu trono, e todo o exército do céu estava à sua direita e à sua esquerda. 19Então o Senhor perguntou: “Quem enganará Acabe, o rei de Israel, para que vá e seja morto em Ramote-Gileade?” E um dizia uma coisa, e outro dizia outra coisa. 20Então um espírito saiu, se apresentou diante do Senhor e disse: “Eu o enganarei.” O Senhor perguntou: “Como?” 21Ele respondeu: “Sairei e serei um espírito mentiroso na boca de todos os profetas do rei.” Então o Senhor disse: “Você conseguirá enganá-lo. Vá e faça assim.” 22E agora eis que o Senhor pôs esse espírito mentiroso na boca destes seus profetas e o Senhor declarou que um mal vai lhe acontecer.

23Então Zedequias, filho de Quenaana, chegou, deu uma bofetada em Micaías e perguntou:

— Por qual caminho passou o Espírito do Senhor ao sair de mim para falar com você?

24Micaías respondeu:

— Eis que você o verá no dia em que estiver correndo de quarto em quarto, tentando se esconder.

25Então o rei de Israel disse:

— Prendam Micaías e levem-no de volta a Amom, governador da cidade, e a Joás, filho do rei. 26E digam: “Assim diz o rei: Metam este homem na cadeia e o ponham a pão e água, até que eu volte em paz.”

27Micaías disse:

— Se o rei de fato voltar em paz, é porque o Senhor não falou por meio de mim.

E acrescentou:

— Que todos os povos ouçam isto!

A morte de Acabe

1Rs 22.29-40

28O rei de Israel e Josafá, rei de Judá, foram atacar Ramote-Gileade. 29O rei de Israel disse a Josafá:

— Eu vou me disfarçar e entrar no combate, mas você use os seus trajes reais.

E assim o rei de Israel se disfarçou, e eles entraram no combate.

30Ora, o rei da Síria havia ordenado aos capitães dos seus carros de guerra que não lutassem nem contra pequeno nem contra grande, mas somente contra o rei de Israel. 31Quando os capitães dos carros viram Josafá, disseram:

— Aquele é o rei de Israel.

E se dirigiram até ele para o atacar. Porém Josafá gritou, e o Senhor o socorreu; Deus os desviou dele. 32Quando os capitães dos carros de guerra viram que não era o rei de Israel, deixaram de persegui-lo. 33Então um homem entesou o arco e, atirando ao acaso, atingiu o rei de Israel por entre as juntas da sua armadura. Então o rei Acabe disse ao condutor do seu carro:

— Dê a volta e leve-me para fora do combate, porque estou gravemente ferido.

34A batalha se intensificou naquele dia. Quanto ao rei de Israel, segurou-se em pé no carro de frente para os sírios, até a tarde. Mas, ao pôr do sol, morreu.

2Crônicas 18NAAAbrir na Bíblia

O reinado de Acazias, de Judá

2Rs 8.25-29

1Em lugar de Jeorão, os moradores de Jerusalém fizeram rei a Acazias, o filho mais moço de Jeorão. Isso porque a tropa que tinha vindo com os árabes e invadido o arraial tinha matado todos os filhos mais velhos do rei. Assim Acazias, filho de Jeorão, rei de Judá, se tornou rei. 2Acazias tinha vinte e dois anos de idade quando começou a reinar e reinou um ano em Jerusalém. 3A mãe dele, que era filha de Onri, se chamava Atalia. Acazias também andou nos caminhos da casa de Acabe, porque a mãe dele o aconselhava a cometer iniquidades. 4Fez o que era mau aos olhos do Senhor, como os da casa de Acabe, porque eles foram os seus conselheiros depois da morte de seu pai, para a sua perdição. 5Também andou nos conselhos deles e foi com Jorão, filho de Acabe, rei de Israel, a Ramote-Gileade, para guerrear contra Hazael, rei da Síria; e os sírios feriram Jorão. 6Então ele voltou para Jezreel, para curar-se das feridas que lhe fizeram em Ramá, quando lutou contra Hazael, rei da Síria. E Acazias, filho de Jeorão, rei de Judá, foi a Jezreel visitar Jorão, filho de Acabe, que estava doente.

7Foi da vontade de Deus que Acazias, para a sua ruína, fosse visitar Jorão. Porque, quando chegou, saiu com Jorão para encontrar-se com Jeú, filho de Ninsi, a quem o Senhor tinha ungido para exterminar a casa de Acabe. 8Quando Jeú estava executando juízo contra a casa de Acabe, encontrou os príncipes de Judá e os filhos dos irmãos de Acazias, que estavam ao serviço do rei, e os matou. 9Depois, mandou procurar Acazias e o encontrou em Samaria, onde se havia escondido. Eles o levaram a Jeú e o mataram. Então o sepultaram, porque disseram:

— Ele é neto de Josafá, que buscou o Senhor de todo o coração.

E não havia mais ninguém na casa de Acazias que pudesse ser rei.

Atalia usurpa o trono de Judá

2Rs 11.1-3

10Quando Atalia, mãe de Acazias, viu que seu filho era morto, levantou-se e destruiu toda a descendência real da casa de Judá. 11Mas Jeosabeate, filha do rei, raptou Joás, filho de Acazias, do meio dos filhos do rei que seriam mortos e o escondeu, juntamente com a sua babá, numa câmara interior. Assim Jeosabeate, a filha do rei Jeorão, mulher do sacerdote Joiada e irmã de Acazias, o escondeu de Atalia, e ele não foi morto. 12Joás esteve com eles, escondido na Casa de Deus, durante seis anos; e Atalia reinava no país.

2Crônicas 22NAAAbrir na Bíblia

Deus e o seu povo

Salmo didático de Asafe

1Meu povo, escute a minha lei;

dê ouvidos às palavras

da minha boca.

2Abrirei os meus lábios

para proferir parábolas

e publicarei enigmas

dos tempos antigos.

3O que ouvimos e aprendemos,

o que os nossos pais

nos contaram,

4não o encobriremos

a seus filhos;

contaremos à geração vindoura

os louvores do Senhor,

e o seu poder,

e as maravilhas que fez.

5Ele estabeleceu

um testemunho em Jacó,

e instituiu uma lei em Israel,

e ordenou aos nossos pais

que os transmitissem a seus filhos,

6a fim de que a nova geração

os conhecesse,

e os filhos que ainda hão de nascer

se levantassem e, por sua vez,

os contassem

aos seus descendentes;

7para que pusessem

a sua confiança em Deus

e não se esquecessem

dos feitos de Deus,

mas lhe observassem

os mandamentos;

8e que não fossem,

como seus pais,

geração obstinada e rebelde,

geração de coração inconstante,

e cujo espírito não foi fiel a Deus.

9Os filhos de Efraim,

embora armados com arcos,

bateram em retirada

no dia do combate.

10Não guardaram

a aliança de Deus,

não quiseram andar na sua lei;

11esqueceram-se das suas obras

e das maravilhas

que lhes havia mostrado.

12Deus fez prodígios

na presença de seus pais

na terra do Egito, no campo de Zoã.

13Dividiu o mar

e os fez passar por ele;

fez parar as águas

como um montão.

14Durante o dia,

os guiou com uma nuvem

e de noite,

com um clarão de fogo.

15No deserto, fendeu rochas

e lhes deu de beber

abundantemente

como de abismos.

16Da pedra fez brotar torrentes,

fez manar água como rios.

17Mas, ainda assim, continuaram

a pecar contra ele

e se rebelaram, no deserto,

contra o Altíssimo.

18Tentaram a Deus no seu coração,

pedindo alimento

que lhes fosse do gosto.

19Falaram contra Deus, dizendo:

“Será que Deus pode preparar-nos

uma mesa no deserto?

20É verdade que ele feriu a rocha,

e dela manaram águas,

transbordaram as torrentes.

Mas será que ele pode

dar-nos pão também?

Ou fornecer carne

para o seu povo?”

21Ouvindo isto,

o Senhor ficou indignado;

acendeu-se fogo contra Jacó,

e também se levantou

o seu furor contra Israel,

22porque não creram em Deus,

nem confiaram na sua salvação.

23Mesmo assim,

deu ordens às nuvens

e abriu as portas dos céus;

24fez chover maná sobre eles,

para alimentá-los,

e lhes deu cereal do céu.

25Todos comeram o pão dos anjos;

ele enviou-lhes comida à vontade.

26Fez soprar no céu

o vento do Oriente

e pelo seu poder conduziu

o vento do Sul.

27Também fez chover sobre eles

carne como poeira

e aves numerosas

como a areia do mar.

28Fez com que caíssem

no meio do arraial deles,

ao redor de suas tendas.

29Então comeram

e se fartaram a valer;

pois lhes fez o que desejavam.

30Porém não reprimiram o apetite.

Ainda tinham o alimento na boca,

31quando se elevou contra eles

a ira de Deus,

e entre os seus mais robustos

semeou a morte,

e prostrou os jovens de Israel.

32Apesar de tudo isso,

continuaram a pecar

e não creram

nas maravilhas de Deus.

33Por isso, ele fez

com que os seus dias

se dissipassem num sopro

e os seus anos, em súbito terror.

34Quando os fazia morrer,

eles o buscavam;

arrependidos, procuravam Deus.

35Lembravam-se de que Deus

era a sua rocha

e o Deus Altíssimo, o seu Redentor.

36Lisonjeavam-no, porém de boca,

e com a língua lhe mentiam.

37Porque o coração deles

não era firme para com ele,

nem foram fiéis à sua aliança.

38Ele, porém, que é misericordioso,

perdoa a iniquidade e não destrói;

muitas vezes desvia a sua ira

e não desperta

toda a sua indignação.

39Lembra-se de que eles são

simples mortais,

vento que passa e não volta mais.

40Quantas vezes se rebelaram

contra ele no deserto

e nos lugares áridos

lhe causaram tristeza!

41Tornaram a pôr Deus à prova,

ofenderam o Santo de Israel.

42Não se lembraram do poder dele,

nem do dia em que os resgatou

do adversário;

43de como no Egito

ele operou os seus sinais

e os seus prodígios,

no campo de Zoã;

44e transformou em sangue

os rios deles,

para que das suas correntes

não bebessem.

45Enviou contra eles

enxames de moscas

que os devorassem

e rãs que os destruíssem.

46Entregou às lagartas

as suas colheitas

e aos gafanhotos,

o fruto do seu trabalho.

47Com chuvas de pedra

lhes destruiu as vinhas

e os seus sicômoros, com geada.

48Entregou ao granizo o gado deles

e aos raios, os seus rebanhos.

49Lançou contra eles

o furor da sua ira:

cólera, indignação e calamidade,

legião de anjos

portadores de males.

50Deu livre curso à sua ira;

não poupou da morte a alma deles,

mas entregou a vida deles à peste.

51Matou todos

os primogênitos no Egito,

as primícias do vigor

nas tendas de Cam.

52Fez sair o seu povo como ovelhas

e o guiou pelo deserto,

como um rebanho.

53Dirigiu-o com segurança,

e não tiveram medo,

ao passo que o mar

submergiu os seus inimigos.

54Levou-os até a sua terra santa,

até o monte que

a sua mão direita adquiriu.

55Da presença deles

expulsou as nações,

cuja região repartiu com eles

por herança;

e nas suas tendas fez habitar

as tribos de Israel.

56Ainda assim, tentaram

o Deus Altíssimo,

e a ele resistiram,

e não lhe guardaram

os testemunhos.

57Tornaram atrás e foram infiéis

como os seus pais;

desviaram-se

como um arco enganoso.

58Pois o provocaram à ira

com os seus lugares altos

e com as suas imagens de escultura

despertaram o seu ciúme.

59Deus ouviu isso e se indignou;

rejeitou completamente

o povo de Israel.

60Por isso, abandonou

o tabernáculo de Siló,

a tenda de sua morada

aqui na terra,

61e passou a arca da aliança

ao cativeiro,

e a sua glória, à mão do adversário.

62Entregou o seu povo à espada

e se encolerizou

contra a sua própria herança.

63O fogo devorou os jovens deles,

e as suas donzelas

não tiveram canto nupcial.

64Os seus sacerdotes

caíram à espada,

e as suas viúvas

não fizeram lamentações.

65Então o Senhor despertou

como de um sono,

como um valente que grita

excitado pelo vinho;

66fez recuar a golpes

os seus adversários

e os entregou

a perpétuo desprezo.

67Além disso, rejeitou

a tenda de José

e não elegeu a tribo de Efraim.

68Pelo contrário,

escolheu a tribo de Judá,

o monte Sião, que ele amava.

69E construiu o seu santuário

durável como os céus

e firme como a terra

que estabeleceu para sempre.

70Também escolheu

o seu servo Davi,

e o tirou do aprisco das ovelhas,

71do cuidado das ovelhas

e suas crias,

para ser o pastor de Jacó, seu povo,

e de Israel, sua herança.

72E ele os apascentou

segundo a integridade

do seu coração

e os dirigiu com sábias mãos.

Salmos 78NAAAbrir na Bíblia

Apelo à misericórdia divina

Salmo de Asafe

1Ó Deus, as nações invadiram

a tua herança,

profanaram o teu santo templo,

reduziram Jerusalém

a um montão de ruínas.

2Deram os cadáveres

dos teus servos

por alimento às aves dos céus

e a carne dos teus santos,

às feras da terra.

3Derramaram como água

o sangue deles

ao redor de Jerusalém,

e não houve quem

lhes desse sepultura.

4Tornamo-nos objeto de deboche

para os nossos vizinhos,

de escárnio e de zombaria

dos que nos rodeiam.

5Até quando, Senhor?

Será para sempre a tua ira?

Queimará como o fogo o teu zelo?

6Derrama o teu furor

sobre as nações

que não te conhecem

e sobre os reinos

que não invocam o teu nome.

7Porque eles devoraram Jacó

e destruíram as suas moradas.

8Não nos faças pagar

pelas iniquidades

de nossos pais;

que as tuas misericórdias

venham depressa

ao nosso encontro,

pois estamos muito abatidos.

9Ajuda-nos, ó Deus

e Salvador nosso,

pela glória do teu nome;

livra-nos e perdoa

os nossos pecados,

por amor do teu nome.

10Por que diriam as nações:

“Onde está o Deus deles?”

Seja manifesta entre as nações

e diante dos nossos olhos

a vingança do sangue

dos teus servos,

que foi derramado.

11Chegue à tua presença

o gemido dos prisioneiros;

com o teu grande poder,

preserva os que estão

condenados à morte.

12Retribui, Senhor,

aos nossos vizinhos

sete vezes mais

as afrontas com que te afrontaram.

13Quanto a nós, teu povo

e ovelhas do teu pasto,

para sempre te daremos graças;

de geração em geração

proclamaremos

os teus louvores.

Salmos 79NAAAbrir na Bíblia
Sociedade Bíblica do Brasilv.4.19.0
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