Sociedade Bíblica do Brasil
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Dia 36 na Palavra

Texto(s) da Bíblia

Pedro e João diante do Sinédrio

1Enquanto Pedro e João ainda falavam ao povo, chegaram os sacerdotes, o capitão do templo e os saduceus, 2ressentidos porque os apóstolos estavam ensinando o povo e anunciando, em Jesus, a ressurreição dentre os mortos. 3Prenderam Pedro e João e os recolheram ao cárcere até o dia seguinte, pois já era tarde. 4Porém muitos dos que ouviram a palavra creram, subindo o número desses homens a quase cinco mil.

5No dia seguinte, as autoridades, os anciãos e os escribas se reuniram em Jerusalém 6com o sumo sacerdote Anás, com Caifás, João, Alexandre e todos os que eram da linhagem do sumo sacerdote. 7E, colocando os apóstolos diante deles, perguntaram:

— Com que poder ou em nome de quem vocês fizeram isso?

8Então Pedro, cheio do Espírito Santo, lhes disse:

— Autoridades do povo e anciãos, 9visto que hoje somos interrogados a propósito do benefício feito a um homem enfermo e do modo como ele foi curado, 10saibam os senhores todos e todo o povo de Israel que, em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, a quem vocês crucificaram e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, sim, em seu nome é que este está curado na presença de vocês. 11Este Jesus é a pedra que vocês, os construtores, rejeitaram, mas ele veio a ser a pedra angular. 12E não há salvação em nenhum outro, porque debaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.

13Ao verem a ousadia de Pedro e João, sabendo que eram homens iletrados e incultos, ficaram admirados; e reconheceram que eles haviam estado com Jesus. 14Vendo que o homem que havia sido curado estava com eles, nada tinham a dizer em contrário. 15E, mandando-os sair do Sinédrio, discutiam entre si, 16dizendo:

— Que faremos com estes homens? Pois todos os moradores de Jerusalém sabem que um sinal notório foi feito por eles, e não o podemos negar. 17Mas, para que não haja maior divulgação entre o povo, vamos ameaçá-los para não falarem mais neste nome a quem quer que seja.

18Chamando-os, ordenaram-lhes que de modo nenhum falassem nem ensinassem no nome de Jesus. 19Mas Pedro e João responderam:

— Os senhores mesmos julguem se é justo diante de Deus ouvirmos antes aos senhores do que a Deus; 20pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos.

21Depois, ameaçando-os mais ainda, os soltaram, não tendo achado como os castigar, por causa do povo, porque todos glorificavam a Deus pelo que tinha acontecido. 22Ora, o homem em quem tinha sido operado esse milagre de cura tinha mais de quarenta anos de idade.

A igreja em oração

23Uma vez soltos, Pedro e João procuraram os irmãos e lhes contaram tudo o que os principais sacerdotes e os anciãos lhes tinham falado. 24Ouvindo isto, unânimes, levantaram a voz a Deus e disseram:

— Tu, Soberano Senhor, fizeste o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há! 25Disseste por meio do Espírito Santo, por boca de Davi, nosso pai, teu servo:

“Por que se enfureceram

os gentios,

e os povos imaginaram

coisas vãs?

26Os reis da terra se levantaram,

e as autoridades se juntaram

contra o Senhor

e contra o seu Ungido.”

27— Porque de fato, nesta cidade, Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e gente de Israel, se juntaram contra o teu santo Servo Jesus, a quem ungiste, 28para fazerem tudo o que a tua mão e o teu propósito predeterminaram. 29Agora, Senhor, olha para as ameaças deles e concede aos teus servos que anunciem a tua palavra com toda a ousadia, 30enquanto estendes a tua mão para fazer curas, sinais e prodígios por meio do nome do teu santo Servo Jesus.

31Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com ousadia, anunciavam a palavra de Deus.

A comunidade cristã

32Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum. 33Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. 34Não havia nenhum necessitado entre eles, porque os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes 35e os depositavam aos pés dos apóstolos; então se distribuía a cada um conforme a sua necessidade.

A oferta de Barnabé

36Então José, a quem os apóstolos chamavam de Barnabé, que quer dizer filho da consolação, um levita natural de Chipre, 37vendeu um campo que possuía, trouxe o dinheiro e o depositou aos pés dos apóstolos.

Ananias e Safira

1Entretanto, certo homem chamado Ananias, com sua mulher Safira, vendeu uma propriedade, 2mas reteve uma parte do dinheiro. E Safira estava ciente disso. Levando o restante, depositou-o aos pés dos apóstolos.

3Então Pedro disse:

— Ananias, por que você permitiu que Satanás enchesse o seu coração, para que você mentisse ao Espírito Santo, retendo parte do valor do campo? 4Não é verdade que, conservando a propriedade, seria sua? E, depois de vendida, o dinheiro não estaria em seu poder? Por que você decidiu fazer uma coisa dessas? Você não mentiu para os homens, mas para Deus.

5Ouvindo estas palavras, Ananias caiu morto. E sobreveio grande temor a todos os que souberam do que tinha acontecido. 6Levantando-se os moços, cobriram o corpo de Ananias e, levando-o para fora, o sepultaram.

7Quase três horas depois, entrou a mulher de Ananias, sem saber o que tinha acontecido. 8Então Pedro, dirigindo-se a ela, perguntou:

— Diga-me: foi por este valor que vocês venderam aquela terra?

Ela respondeu:

— Sim, foi por esse valor.

9Então Pedro disse:

— Por que vocês entraram em acordo para tentar o Espírito do Senhor? Eis aí à porta os pés dos que sepultaram o seu marido, e eles levarão você também.

10No mesmo instante, ela caiu aos pés de Pedro e morreu. Entrando os moços, viram que ela estava morta e, levando-a, sepultaram-na ao lado do marido. 11E sobreveio grande temor a toda a igreja e a todos aqueles que ouviram falar destes acontecimentos.

Sinais e prodígios

12Muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos. E todos costumavam se reunir, de comum acordo, no Pórtico de Salomão. 13Mas, dos restantes, ninguém ousava juntar-se a eles; porém o povo tinha grande admiração por eles. 14E aumentava sempre mais o número de crentes no Senhor, uma multidão de homens e mulheres, 15a ponto de levarem os enfermos até pelas ruas e os colocarem sobre leitos e macas, para que, ao passar Pedro, ao menos a sua sombra se projetasse sobre alguns deles. 16Vinha também muita gente das cidades vizinhas de Jerusalém, levando doentes e atormentados por espíritos imundos, e todos eram curados.

A perseguição aos apóstolos

17Levantando-se, porém, o sumo sacerdote e todos os que estavam com ele, isto é, o partido dos saduceus, ficaram com muita inveja, 18prenderam os apóstolos e os recolheram à prisão pública. 19Mas, de noite, um anjo do Senhor abriu as portas da prisão e, levando-os para fora, lhes disse:

20— Vão ao templo e digam ao povo todas as palavras desta Vida.

21Tendo ouvido isto, logo ao amanhecer entraram no templo e ensinavam.

Quando chegaram o sumo sacerdote e os que estavam com ele, convocaram o Sinédrio e todo o conselho dos anciãos do povo de Israel e mandaram buscar os apóstolos na prisão. 22Mas, quando os guardas chegaram lá, não os encontraram no cárcere. E, voltando, relataram, 23dizendo:

— Encontramos a prisão fechada com toda a segurança e as sentinelas nos seus postos junto às portas; mas, abrindo as portas, não encontramos ninguém dentro.

24Quando o capitão do templo e os principais sacerdotes ouviram estas informações, ficaram perplexos a respeito deles e do que viria a ser isto. 25Nesse momento, alguém chegou e lhes comunicou:

— Vejam! Os homens que os senhores prenderam estão no templo ensinando o povo.

26Então o capitão e os guardas foram e os trouxeram sem violência, porque temiam ser apedrejados pelo povo. 27Trouxeram os apóstolos, apresentando-os ao Sinédrio. E o sumo sacerdote os interrogou, 28dizendo:

— Não é verdade que ordenamos expressamente que vocês não ensinassem nesse nome? No entanto, vocês encheram Jerusalém com a doutrina de vocês e ainda querem lançar sobre nós o sangue desse homem.

29Então Pedro e os demais apóstolos afirmaram:

— É mais importante obedecer a Deus do que aos homens. 30O Deus de nossos pais ressuscitou Jesus, a quem vocês mataram, pendurando-o num madeiro. 31Deus, porém, com a sua mão direita, o exaltou a Príncipe e Salvador, a fim de conceder a Israel o arrependimento e a remissão de pecados. 32E nós somos testemunhas destes fatos — nós e o Espírito Santo, que Deus deu aos que lhe obedecem.

33Eles, porém, ouvindo isso, se enfureceram e queriam matá-los.

O parecer de Gamaliel

34Mas, levantando-se no Sinédrio um fariseu chamado Gamaliel, mestre da lei, respeitado por todo o povo, mandou que os apóstolos fossem levados para fora, por um momento. 35Então disse ao Sinédrio:

— Israelitas, tenham cuidado com o que vão fazer a estes homens. 36Porque algum tempo atrás se levantou Teudas, dizendo ser alguém muito importante, ao qual se juntaram cerca de quatrocentos homens. Mas ele foi morto, e todos os que lhe obedeciam se dispersaram e foram reduzidos a nada. 37Depois desse, levantou-se Judas, o galileu, nos dias do recenseamento, e levou muitos consigo. Também este foi morto, e todos os que lhe obedeciam foram dispersos. 38Neste caso de agora, digo a vocês: Não façam nada contra esses homens. Deixem que vão embora, porque, se este plano ou esta obra vem de homens, será destruído; 39mas, se vem de Deus, vocês não poderão destruí-los e correm o risco de estar lutando contra Deus.

E os membros do Sinédrio concordaram com Gamaliel. 40Então chamaram os apóstolos e os açoitaram. E, ordenando-lhes que não falassem no nome de Jesus, os soltaram. 41E eles se retiraram do Sinédrio muito alegres por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas por esse Nome. 42E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar que Jesus é o Cristo.

A pena de açoites

1— Quando houver desentendimento entre dois homens, e vierem a juízo, os juízes os julgarão, justificando o inocente e condenando o culpado. 2Se o culpado merecer açoites, o juiz mandará que ele se deite no chão e seja açoitado, na sua presença, com o número de açoites que o caso exigir. 3Poderá ordenar quarenta açoites, não mais; do contrário, se ordenasse mais do que isso, um compatriota seria humilhado aos olhos de vocês.

4— Não amarrem a boca do boi quando estiver pisando o trigo.

O levirato

5— Se dois irmãos morarem juntos, e um deles morrer sem filhos, a mulher do que morreu não se casará com um estranho, alguém de fora da família; seu cunhado a tomará, a receberá por mulher e exercerá para com ela a obrigação de cunhado. 6O primogênito que ela lhe der será sucessor do nome do seu irmão falecido, para que o nome deste não se apague em Israel.

7— Porém, se o homem não quiser se casar com a cunhada, ela irá ao portão da cidade para falar com os anciãos, e dirá: “Meu cunhado se recusa a dar continuidade ao nome de seu irmão em Israel; não quer exercer para comigo a obrigação de cunhado.” 8Então os anciãos da cidade devem chamá-lo e falar com ele. Se ele persistir e disser: “Não quero casar com ela”, 9então a cunhada chegará perto dele, na presença dos anciãos, e lhe descalçará a sandália do pé, e lhe cuspirá no rosto, e protestará, dizendo: “Assim se fará com o homem que não quer edificar a casa de seu irmão.” 10E, em Israel, se dará à casa daquele homem o nome de “A casa do descalçado”.

11— Quando dois homens estiverem brigando, um contra o outro, e a mulher de um chegar para livrar o marido da mão daquele que o fere, e ela estender a mão, e o pegar pelo órgão genital, 12vocês devem cortar a mão dela; não olhem para ela com piedade.

Pesos e medidas justos

13— Não levem na bolsa pesos diferentes, um grande e um pequeno. 14Não tenham em casa dois tipos de medidas, um grande e um pequeno. 15Usem um peso integral e justo, e uma medida integral e justa; para que se prolonguem os seus dias na terra que o Senhor, seu Deus, lhes dá. 16Porque todo aquele que pratica tal injustiça é abominação ao Senhor, o Deus de vocês.

A ordem para destruir os amalequitas

17— Lembrem-se do que os amalequitas fizeram no caminho, quando vocês estavam saindo do Egito. 18Eles saíram ao encontro de vocês no caminho e, quando vocês estavam abatidos e cansados, atacaram na retaguarda todos os desfalecidos que vinham atrás; e não temeram a Deus. 19Portanto, quando o Senhor, seu Deus, lhes houver dado sossego de todos os seus inimigos ao redor, na terra que o Senhor, seu Deus, lhes dá por herança, para que dela tomem posse, apaguem a memória dos amalequitas da face da terra; não se esqueçam disto.

Deuteronômio 25NAAAbrir na Bíblia

Promessas de misericórdia

1— Quando todas estas coisas vierem sobre vocês, a bênção e a maldição que pus diante de vocês, se vocês se lembrarem delas entre todas as nações para onde o Senhor, seu Deus, os lançar 2e voltarem para o Senhor, seu Deus, vocês e os seus filhos, de todo o seu coração e de toda a sua alma, e derem ouvidos à sua voz, segundo tudo o que hoje lhes ordeno, 3então o Senhor, seu Deus, mudará a sorte de vocês, e se compadecerá de vocês, e os reunirá de todos os povos entre os quais o Senhor, o Deus de vocês, os havia espalhado. 4Ainda que os desterrados estejam nos lugares mais distantes da terra, desde aí o Senhor, seu Deus, os ajuntará e os trará de volta. 5O Senhor, seu Deus, introduzirá vocês na terra que seus pais possuíram, e dela vocês tomarão posse. Ele fará bem a vocês e os multiplicará mais do que aos seus pais. 6O Senhor, seu Deus, circuncidará o coração de vocês e o coração dos seus descendentes, para que vocês amem o Senhor, seu Deus, de todo o coração e de toda a alma, para que vocês tenham vida. 7O Senhor, seu Deus, porá todas estas maldições sobre os inimigos de vocês e sobre aqueles que os odeiam e os perseguiram. 8De novo vocês darão ouvidos à voz do Senhor e cumprirão todos os seus mandamentos que hoje lhes ordeno. 9O Senhor, seu Deus, dará a vocês abundância em tudo o que fizerem, no fruto do seu ventre, no fruto dos seus animais e no fruto da terra, e os beneficiará. Porque o Senhor voltará a se alegrar em vocês, para lhes fazer bem, como se alegrou nos pais de vocês, 10se derem ouvidos à voz do Senhor, seu Deus, guardando os seus mandamentos e os seus estatutos, escritos neste Livro da Lei, se vocês se converterem ao Senhor, seu Deus, de todo o coração e de toda a alma.

11— Porque este mandamento que hoje lhes ordeno não é demasiadamente difícil, nem está longe de vocês. 12Não está no céu, para que tenham de dizer: “Quem subirá até o céu por nós, para nos trazer o mandamento e anunciá-lo a nós, para que o cumpramos?” 13Nem está do outro lado do mar, para que tenham de dizer: “Quem irá atravessar o mar por nós, para nos trazer o mandamento e anunciá-lo a nós, para que o cumpramos?” 14Pois esta palavra está bem perto de vocês, na sua boca e no seu coração, para que vocês a cumpram.

A vida ou a morte

15— Vejam! Hoje coloco diante de vocês a vida e o bem, a morte e o mal. 16Se guardarem o mandamento que hoje lhes ordeno, que amem o Senhor, seu Deus, andem nos seus caminhos e guardem os seus mandamentos, os seus estatutos e os seus juízos, então vocês viverão e se multiplicarão, e o Senhor, seu Deus, os abençoará na terra em que estão entrando para dela tomar posse. 17Mas, se o coração de vocês se desviar, e não quiserem ouvir, mas forem seduzidos, se inclinarem diante de outros deuses e os servirem, 18então hoje lhes declaro que, certamente, perecerão; não permanecerão muito tempo na terra na qual, passando o Jordão, vocês vão entrar para dela tomar posse. 19Hoje tomo o céu e a terra por testemunhas contra vocês, que lhes propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolham, pois, a vida, para que vivam, vocês e os seus descendentes, 20amando o Senhor, seu Deus, dando ouvidos à sua voz e apegando-se a ele; pois disto depende a vida e a longevidade de vocês. Escolham a vida, para que habitem na terra que o Senhor, sob juramento, prometeu dar aos pais de vocês, a Abraão, Isaque e Jacó.

Deuteronômio 30NAAAbrir na Bíblia

Resposta de Jó

Caps.16—17

Um montão de palavras

1Então Jó respondeu:

2“Tenho ouvido muitas coisas

como estas.

Todos vocês são consoladores

que só aumentam

o meu sofrimento.

3Será que não terão fim

essas palavras vazias?

Ou o que é que instiga você

a responder assim?

4Eu também poderia falar

como vocês falam.

Se vocês estivessem em meu lugar,

eu poderia dirigir-lhes

um montão de palavras

e balançar a cabeça

na presença de vocês.

5Poderia fortalecê-los

com as minhas palavras,

e a consolação dos meus lábios

abrandaria a dor de vocês.

6Se eu falar,

a minha dor não cessa;

se me calar, qual é o meu alívio?”

Deus me esmagou

7“Na verdade, esgotaste

as minhas forças;

tu, ó Deus, destruíste

toda a minha família.

8Testemunha disto

é que me deixaste enrugado;

a minha magreza

já se levanta contra mim

e me acusa cara a cara.”

9“Na sua ira me despedaçou

e me perseguiu;

rangeu os dentes contra mim

e, como meu adversário,

aguça os olhos.

10Homens abrem a sua boca

contra mim,

com desprezo me esbofeteiam;

todos se ajuntam contra mim.

11Deus me entrega aos ímpios

e me faz cair nas mãos

dos perversos.

12Eu vivia em paz,

porém ele me esmagou;

pegou-me pelo pescoço

e me despedaçou;

ele fez de mim o seu alvo.

13As suas flechas me atingem

de todos os lados;

atravessa-me os rins,

e não me poupa,

derrama o meu fel sobre a terra.

14Ele me fere com golpes

e mais golpes;

arremete contra mim

como um guerreiro.”

15“Costurei uma roupa

feita de pano de saco

sobre a minha pele

e enterrei o meu orgulho no pó.

16O meu rosto está vermelho

de tanto chorar,

e sobre as minhas pálpebras

está a sombra da morte,

17embora não haja violência

nas minhas mãos,

e seja pura a minha oração.”

A minha testemunha está no céu

18“Ó terra, não cubra

o meu sangue,

e não haja lugar em que se oculte

o meu clamor!

19Já agora a minha testemunha

está no céu,

e nas alturas se encontra

quem advoga a minha causa.

20Os meus amigos

zombam de mim,

mas os meus olhos se desfazem

em lágrimas diante de Deus,

21para que ele mantenha

o direito do homem

contra o próprio Deus

e o do filho do homem

contra o seu próximo.

22Porque dentro de poucos anos

eu seguirei o caminho

de onde não voltarei.”

Segunda fala de Bildade

Cap. 18

A terra será abandonada por sua causa?

1Então Bildade, o suíta, tomou a palavra e disse:

2“Até quando você andará

à caça de palavras?

Considere bem,

e então falaremos.

3Por que somos considerados

como animais

e passamos por tolos

aos seus olhos?

4Você, que se despedaça

em sua ira,

pensa que a terra será abandonada

por sua causa?

Você pensa que as rochas

devem ser tiradas

do seu lugar?”

O fim do ímpio

5“Na verdade, a luz do ímpio

se apagará,

e a chama do seu fogo

não resplandecerá.

6A luz se escurecerá na sua tenda,

e a sua lâmpada sobre ele

se apagará.

7Os seus passos vigorosos

se estreitarão,

e a sua própria trama o derrubará.

8Porque por seus próprios pés

é lançado na rede

e andará sobre as suas malhas.

9A armadilha o apanhará

pelo calcanhar,

e o laço o prenderá.

10A corda está escondida na terra

para apanhá-lo,

a armadilha se encontra

no seu caminho.

11Terrores o amedrontam

de todos os lados

e o perseguem a cada passo.

12A calamidade virá faminta

sobre ele,

e a miséria estará alerta

ao seu lado.

13Ela devorará os membros

do seu corpo;

serão devorados

pelo primogênito da morte.

14O ímpio será arrancado

da segurança de sua tenda,

e será levado ao rei dos terrores.

15Nenhum dos seus irá morar

na sua tenda;

enxofre será espalhado

sobre a sua habitação.

16Por baixo secarão as suas raízes,

e por cima murcharão

os seus ramos.

17A sua memória desaparecerá

da terra,

e pelas praças não terá nome.

18Da luz o lançarão nas trevas

e o afugentarão do mundo.

19Não terá filho nem posteridade

entre o seu povo,

nem sobrevivente algum ficará

nas suas moradas.

20Do seu dia se espantarão

os do Ocidente,

e os do Oriente serão tomados

de horror.

21Tais são, na verdade,

as moradas do ímpio,

e este é o paradeiro

daquele que não conhece Deus.”

Sociedade Bíblica do Brasilv.4.19.0
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