Sociedade Bíblica do Brasil
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Dia 35 na Palavra

Texto(s) da Bíblia

A promessa do Espírito Santo

1Escrevi o primeiro livro, ó Teófilo, relatando todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar 2até o dia em que foi elevado às alturas, depois de haver dado mandamentos por meio do Espírito Santo aos apóstolos que tinha escolhido. 3Depois de ter padecido, Jesus se apresentou vivo a seus apóstolos, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas relacionadas com o Reino de Deus. 4E, comendo com eles, deu-lhes esta ordem:

— Não se afastem de Jerusalém, mas esperem a promessa do Pai, a qual vocês ouviram de mim. 5Porque João, na verdade, batizou com água, mas vocês serão batizados com o Espírito Santo, dentro de poucos dias.

A ascensão de Jesus

6Então os que estavam reunidos com Jesus lhe perguntaram:

— Será este o tempo em que o Senhor irá restaurar o reino a Israel?

7Jesus respondeu:

— Não cabe a vocês conhecer tempos ou épocas que o Pai fixou pela sua própria autoridade. 8Mas vocês receberão poder, ao descer sobre vocês o Espírito Santo, e serão minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até os confins da terra.

9Depois de ter dito isso, Jesus foi elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem o encobriu dos seus olhos. 10E, estando eles com os olhos fixos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois homens vestidos de branco se puseram ao lado deles 11e lhes disseram:

— Homens da Galileia, por que vocês estão olhando para as alturas? Esse Jesus que foi levado do meio de vocês para o céu virá do modo como vocês o viram subir.

A escolha de Matias

12Então os apóstolos voltaram do monte das Oliveiras para Jerusalém. A distância até a cidade é de cerca de um quilômetro. 13Quando entraram na cidade, subiram para o cenáculo onde se reuniam Pedro, João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelote, e Judas, filho de Tiago. 14Todos estes perseveravam unânimes em oração, com as mulheres, com Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos dele.

15Naqueles dias, Pedro se levantou no meio dos irmãos, que formavam um grupo de mais ou menos cento e vinte pessoas, e disse:

16— Irmãos, era necessário que se cumprisse a Escritura que o Espírito Santo predisse pela boca de Davi, a respeito de Judas, que foi o guia daqueles que prenderam Jesus. 17Ele era um dos nossos e teve parte neste ministério.

18Ora, este homem adquiriu um campo com o preço da iniquidade e, caindo de cabeça, rompeu-se pelo meio, e todos os seus intestinos se derramaram. 19Isto chegou ao conhecimento de todos os moradores de Jerusalém, de maneira que em sua própria língua esse campo era chamado Aceldama, isto é, Campo de Sangue.

E Pedro continuou:

20— Porque está escrito no Livro dos Salmos:

“Fique deserta a sua morada,

e não haja quem nela habite.”

— E:

“Que outro tome o seu encargo.”

21— Portanto, é necessário que, dos homens que nos acompanharam todo o tempo em que o Senhor Jesus andou entre nós, 22começando no batismo de João, até o dia em que foi tirado do nosso meio e levado às alturas, um destes se torne testemunha conosco da sua ressurreição.

23Então propuseram dois: José, chamado Barsabás, também conhecido como Justo, e Matias. 24E, orando, disseram:

— Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, revela-nos qual dos dois escolheste 25para preencher a vaga neste ministério e apostolado, do qual Judas se desviou, indo para o seu próprio lugar.

26Depois fizeram um sorteio, e a sorte caiu sobre Matias, que foi acrescentado ao grupo dos onze apóstolos.

A cura de um coxo em Jerusalém

1Pedro e João estavam se dirigindo ao templo para a oração das três horas da tarde. 2Estava sendo levado um homem, coxo de nascença, que diariamente era colocado à porta do templo chamada Formosa, para pedir esmolas aos que entravam. 3Quando ele viu Pedro e João, que iam entrar no templo, pediu que lhe dessem uma esmola. 4Pedro, fitando-o, juntamente com João, disse:

— Olhe para nós!

5Ele os olhava atentamente, esperando receber alguma coisa. 6Pedro, porém, lhe disse:

— Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso lhe dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levante-se e ande!

7E, pegando na mão direita do homem, ajudou-o a se levantar. Imediatamente os seus pés e tornozelos se firmaram; 8e, dando um salto, ficou em pé, começou a andar e entrou com eles no templo, pulando e louvando a Deus. 9Todo o povo viu o homem andando e louvando a Deus, 10e reconheceram que ele era o mesmo que pedia esmolas, assentado à Porta Formosa do templo; e ficaram muito admirados e espantados com o que lhe tinha acontecido.

A pregação de Pedro no templo

11Enquanto aquele homem ainda se mantinha ao lado de Pedro e João, todo o povo, perplexo, correu para junto deles no pórtico chamado de Salomão. 12Quando Pedro viu isso, dirigiu-se ao povo, dizendo:

— Israelitas, por que vocês estão admirados com isto ou por que estão com os olhos fixos em nós como se pelo nosso próprio poder ou piedade tivéssemos feito este homem andar? 13O Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó, o Deus dos nossos pais, glorificou o seu Servo Jesus, a quem vocês traíram e negaram diante de Pilatos, quando este já havia decidido soltá-lo. 14Vocês negaram o Santo e o Justo e pediram que fosse solto um assassino. 15Vocês mataram o Autor da vida, a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, do que nós somos testemunhas. 16Pela fé no nome de Jesus é que esse mesmo nome fortaleceu a este homem que vocês estão vendo e bem conhecem. Sim, a fé que vem por meio de Jesus deu a este homem saúde perfeita na presença de todos vocês.

17— E agora, irmãos, eu sei que vocês fizeram isso por ignorância, como também as suas autoridades o fizeram. 18Mas Deus, assim, cumpriu o que tinha anunciado anteriormente pela boca de todos os profetas: que o seu Cristo havia de padecer. 19Portanto, arrependam-se e se convertam, para que sejam cancelados os seus pecados, 20a fim de que, da presença do Senhor, venham tempos de refrigério, e que ele envie o Cristo, que já foi designado para vocês, a saber, Jesus, 21ao qual é necessário que o céu receba até os tempos da restauração de todas as coisas, de que Deus falou por boca dos seus santos profetas desde a antiguidade. 22Porque Moisés disse: “O Senhor Deus fará com que, do meio dos irmãos de vocês, se levante um profeta semelhante a mim; a esse vocês ouvirão em tudo o que ele lhes disser. 23Quem não der ouvidos a esse profeta será exterminado do meio do povo.”

24— E todos os profetas, a começar com Samuel, assim como todos os que falaram depois dele, também anunciaram estes dias. 25Vocês são os filhos dos profetas e da aliança que Deus estabeleceu com os pais de vocês, dizendo a Abraão: “Na sua descendência, serão abençoadas todas as nações da terra.”

26— Tendo Deus ressuscitado o seu Servo, enviou-o primeiramente a vocês para abençoá-los, no sentido de que cada um abandone as suas maldades.

As cidades de refúgio

Nm 35.9-29; Dt 4.41-43

1— Quando o Senhor, seu Deus, eliminar as nações cuja terra dará a vocês, e quando vocês desalojarem essas nações e morarem nas cidades e nas casas deles, 2separem três cidades no meio da terra que o Senhor, seu Deus, dará a vocês para que dela tomem posse. 3Preparem o caminho e dividam em três partes a terra que o Senhor, seu Deus, lhes dará por herança. E isto será para que nelas se refugie todo homicida.

4— Este é o caso do homicida que nelas se refugiar, para que salve a sua vida: aquele que, involuntariamente, matar o seu próximo, a quem não odiava. 5Assim, se alguém entrar com o seu próximo na floresta, para cortar lenha, e, manejando com impulso o machado para cortar uma árvore, o ferro saltar do cabo e atingir o seu próximo, e este morrer, aquele homem poderá se refugiar numa dessas cidades e salvar a sua vida. 6Isto para que o vingador do sangue não persiga o homicida, quando ficar furioso, e o alcance, por ser longo o caminho, e lhe tire a vida, porque não merece morrer, pois não o odiava. 7Portanto, ordeno a vocês que separem três cidades.

8— Se o Senhor, seu Deus, ampliar o território de vocês, como jurou aos pais de vocês, e lhes der toda a terra que prometeu a eles, 9desde que vocês guardem e cumpram todos estes mandamentos que hoje lhes ordeno, amando o Senhor, seu Deus, e andando nos seus caminhos todos os dias, então vocês devem acrescentar mais três cidades além destas três, 10para que não se derrame sangue inocente na terra que o Senhor, seu Deus, lhes está dando por herança, pois vocês seriam culpados da morte de homens inocentes.

11— Mas, se houver alguém que odeia o seu próximo, arma-lhe ciladas, levanta-se contra ele e o mata, e então se refugia numa dessas cidades, 12os anciãos da sua cidade mandarão tirá-lo dali e entregá-lo na mão do vingador do sangue, para que seja morto. 13Não olhem para ele com piedade; pelo contrário, exterminem de Israel a culpa do sangue inocente, para que tudo vá bem com vocês.

A respeito das divisas e das testemunhas

14— Não mudem os marcos de divisa do seu próximo, que os antigos fixaram na herança de vocês, na terra que o Senhor, seu Deus, lhes dá para que dela tomem posse.

15— Uma só testemunha não poderá se levantar contra alguém por qualquer iniquidade ou por qualquer pecado, seja qual for que cometer; pelo depoimento de duas ou três testemunhas se estabelecerá o fato. 16Quando se levantar testemunha falsa contra alguém, para o acusar de alguma transgressão, 17então os dois homens que tiverem a demanda se apresentarão diante do Senhor, diante dos sacerdotes e dos juízes que houver naqueles dias. 18Os juízes examinarão o caso com cuidado e, se a testemunha for falsa e tiver testemunhado falsamente contra o seu irmão, 19receberá o castigo que tinha em vista para o seu irmão. E assim exterminarão o mal do meio de vocês, 20para que os que ficarem ouçam, temam e nunca mais tornem a fazer semelhante mal no meio de vocês. 21Não olhem para ele com piedade: vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé.

Deuteronômio 19NAAAbrir na Bíblia

A respeito do divórcio

1— Se um homem tomar uma mulher e se casar com ela, e se ela não for agradável aos seus olhos, por ter ele achado coisa indecente nela, e se ele escrever uma carta de divórcio e a entregar à mulher, e a mandar embora; 2e se ela, saindo da casa dele, for e se casar com outro homem; 3e se este passar a odiá-la, e escrever uma carta de divórcio e a entregar à mulher, e a mandar embora de sua casa ou se este último homem, que a tomou para si por mulher, vier a morrer, 4então o primeiro marido dessa mulher, que a mandou embora, não poderá casar-se de novo com ela, depois que foi contaminada, pois é abominação diante do Senhor. Assim, vocês não farão pecar a terra que o Senhor, seu Deus, lhes dá por herança.

Leis de caráter humanitário

5— Um homem recém-casado não sairá à guerra, nem lhe será imposto qualquer encargo. Durante um ano ficará livre em casa e fará feliz a mulher com quem se casou.

6— Não se tomarão em penhor as duas pedras de moinho, nem apenas a de cima, porque assim se acabaria penhorando a própria vida.

7— Caso seja encontrado alguém que, tendo raptado um de seus irmãos, dos filhos de Israel, o trata como escravo ou o vende, esse ladrão deve morrer. Assim vocês eliminarão o mal do meio de vocês.

8— Em caso de lepra, tenham todo o cuidado de fazer segundo tudo o que lhes ensinarem os sacerdotes levitas. Como lhes tenho ordenado, vocês terão cuidado de o fazer. 9Lembrem-se do que o Senhor, seu Deus, fez com Miriã no caminho, quando vocês saíram do Egito.

10— Se você emprestar alguma coisa a seu próximo, não deve entrar na casa dele para lhe tirar o penhor. 11Fique do lado de fora, e o homem a quem você fez o empréstimo trará o penhor até você. 12Porém, se for homem pobre, não fique com o penhor durante a noite; 13ao pôr do sol, restitua-lhe, sem falta, o penhor para que durma no seu manto e abençoe você; isto será para você um ato de justiça diante do Senhor, seu Deus.

14— Não oprima o empregado pobre e necessitado, seja ele um dos seus compatriotas ou um estrangeiro que está morando na terra e na cidade onde você vive. 15Pague-lhe o salário no mesmo dia, antes do pôr do sol, porque ele é pobre, e a vida dele depende disso; para que ele não clame ao Senhor contra você, e você seja culpado de pecado.

16— Os pais não serão mortos por causa dos filhos, nem os filhos serão mortos por causa dos pais; cada um será morto pelo seu próprio pecado.

17— Não pervertam o direito do estrangeiro e do órfão; nem tomem em penhor a roupa da viúva. 18Lembrem-se de que vocês foram escravos no Egito e de que o Senhor os resgatou de lá; por isso lhes ordeno que façam assim.

19— Quando estiverem no campo, fazendo a colheita, e, nele, esquecerem um feixe de espigas, não voltem para buscá-lo; deixem que fique para os estrangeiros, para os órfãos e para as viúvas, para que o Senhor, seu Deus, abençoe vocês em tudo o que fizerem. 20Quando sacudirem a oliveira, não voltem para colher os frutos que ficaram nos ramos; deixem que fiquem para os estrangeiros, para os órfãos e para as viúvas. 21Ao fazerem a colheita das uvas, não sejam rigorosos demais; deixem que o restante fique para os estrangeiros, para os órfãos e para as viúvas. 22Lembrem-se de que vocês foram escravos na terra do Egito; por isso lhes ordeno que façam assim.

Deuteronômio 24NAAAbrir na Bíblia
Falarei ao Todo-Poderoso

1“Eis que os meus olhos

viram tudo isso,

e os meus ouvidos

o ouviram e entenderam.

2O que vocês sabem

eu também sei;

em nada sou inferior a vocês.

3Mas falarei ao Todo-Poderoso

e quero defender-me

diante de Deus.

4Vocês, porém,

cobrem a verdade

com mentiras;

todos vocês são médicos

que não valem nada.

5Quem dera vocês ficassem

completamente calados!

Vocês poderiam passar

por sábios!”

Vocês zombariam de Deus?

6“Ouçam agora a minha defesa

e prestem atenção aos argumentos

dos meus lábios.

7Será que vão dizer perversidades

em favor de Deus?

Vão dizer mentiras a favor dele?

8Serão parciais por ele?

Argumentarão a favor de Deus?

9Por acaso, seria bom

se ele os examinasse?

Ou vocês zombariam dele,

como zombam das pessoas?

10Ele certamente os repreenderá,

se em oculto forem parciais.

11A grandeza dele

não os amedrontaria?

E o terror dele

não cairia sobre vocês?

12As máximas de vocês

são provérbios de cinza;

as defesas de vocês

são muralhas de barro.”

Defenderei minha causa diante de Deus

13“Calem-se diante de mim,

e eu falarei;

que venha sobre mim o que vier.

14Tomarei a minha carne

nos meus dentes

e porei a minha vida

nas minhas mãos.

15Eis que ele me matará,

já não tenho esperança;

mesmo assim defenderei

a minha conduta diante dele.

16Também isto será

a minha salvação:

o fato de um ímpio

não comparecer diante dele.

17Ouçam com atenção

as minhas palavras

e escutem a minha exposição.

18Tenho já bem-encaminhada

minha causa

e estou certo de que

serei justificado.”

Ó Deus, por que me consideras teu inimigo?

19“Quem há que possa

entrar em litígio comigo?

Se houver, eu fico calado e morro.

20Concede-me somente

duas coisas, ó Deus,

e assim não me esconderei de ti:

21tira a tua mão de cima de mim,

e não me amedronte o teu terror.”

22“Interpela-me, e eu responderei;

ou deixa-me falar, e tu responderás.

23Quantas culpas

e pecados tenho eu?

Mostra-me a minha transgressão

e o meu pecado.”

24“Por que escondes o teu rosto

e me consideras teu inimigo?

25Queres aterrorizar uma folha

levada pelo vento?

E perseguirás a palha seca?”

26“Pois decretas contra mim

coisas amargas

e me atribuis as culpas

da minha mocidade.

27Também prendes os meus pés

com correntes,

observas todos os meus caminhos

e traças limites

à planta dos meus pés,

28apesar de eu ser

como uma coisa podre

que se consome

e como a roupa

que é comida pela traça.”

Segundo diálogo

Caps.15—21

Segunda fala de Elifaz

Cap. 15

A sua própria boca o condena

1Então Elifaz, o temanita, tomou a palavra e disse:

2“Será que um sábio

daria respostas vazias?

Será que encheria a si mesmo

de vento leste?

3Argumentaria com palavras

que de nada servem

e com razões

das quais nada se aproveita?

4Mas você destrói

o temor de Deus

e diminui a devoção a ele devida.

5Pois o que você fala

se inspira em sua iniquidade,

e você adota a língua dos astutos.

6A sua própria boca o condena,

e não eu;

os seus lábios dão testemunho

contra você.”

7“Será que você é

o primeiro homem que nasceu?

Por acaso, você foi formado

antes dos montes?

8Será que você ouviu

o conselho secreto de Deus

e detém toda a sabedoria?

9O que você sabe,

que nós não sabemos?

O que você entende,

que nós não entendemos?

10Também há entre nós

homens idosos

e de cabelos brancos,

muito mais velhos

do que o seu pai.”

11“Você faz pouco caso

das consolações de Deus

e das suaves palavras

que dirigimos a você?

12Por que você se deixa levar

pelo seu coração?

Por que os seus olhos flamejam,

13para que você dirija

contra Deus o seu furor?

E por que deixa que tais palavras

saiam de sua boca?”

14“Que é o homem,

para que seja puro?

E o que nasce de mulher,

para ser justo?

15Eis que Deus não confia

nem nos seus santos!

Nem os céus são puros

aos seus olhos,

16quanto menos o homem,

que é abominável e corrupto,

que bebe a iniquidade

como a água!”

O ímpio é atormentado todos os dias

17“Escute o que eu vou explicar;

vou contar-lhe o que eu vi,

18o que os sábios anunciaram,

sem ocultar nada,

tendo-o recebido dos pais deles,

19aos quais somente foi dada

esta terra,

sem que nenhum estrangeiro

passasse entre eles.”

20“O ímpio é atormentado

todos os dias,

no curto número de anos

que se reservam

para o opressor.

21O som dos horrores

está nos seus ouvidos;

na prosperidade lhe sobrevém

o destruidor.

22Não crê que possa escapar

das trevas,

e sim que a espada o espera.

23Anda vagando, em busca de pão,

dizendo: ‘Onde está?’

Bem sabe que o dia das trevas

está perto.

24A angústia e a tribulação

o assombram;

prevalecem contra ele,

como o rei preparado

para a batalha.

25Porque ele levantou a mão

contra Deus

e desafiou o Todo-Poderoso;

26arremete contra ele

obstinadamente,

protegido por um grosso escudo.

27Porque cobriu o rosto

com a sua gordura,

que se acumulou também na cintura;

28morou em cidades assoladas,

em casas em que ninguém

devia morar,

que estavam prestes a virar ruínas.

29Por isso, não ficará rico,

nem subsistirá a sua riqueza;

nem se estenderão os seus bens

pela terra.

30Não escapará das trevas;

a chama do fogo

secará os seus rebentos,

e ao sopro da boca de Deus

será arrebatado.

31Que ele não confie na vaidade,

enganando a si mesmo,

porque a vaidade

será a sua recompensa.

32Esta lhe chegará antes da hora,

e o seu ramo não reverdecerá.

33Será como a videira

que perde as uvas ainda verdes,

como a oliveira que deixa cair

a sua flor.

34Porque a companhia dos ímpios

será estéril,

e o fogo consumirá

as tendas do suborno.

35Concebem o mal

e dão à luz a iniquidade;

o coração deles

só prepara enganos.”

Sociedade Bíblica do Brasilv.4.19.0
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