Sociedade Bíblica do Brasil
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Dia 32 na Palavra

Texto(s) da Bíblia

A parábola das dez virgens

1— Então o Reino dos Céus será semelhante a dez virgens que, pegando as suas lamparinas, saíram a encontrar-se com o noivo. 2Cinco delas eram imprudentes, e cinco, prudentes. 3As imprudentes, ao pegar as suas lamparinas, não levaram óleo consigo, 4mas as prudentes, além das lamparinas, levaram óleo nas vasilhas. 5E, como o noivo estava demorando, todas ficaram sonolentas e adormeceram. 6Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: “Eis o noivo! Saiam ao encontro dele!”

7— Então todas aquelas virgens se levantaram e prepararam as suas lamparinas. 8E as imprudentes disseram às prudentes: “Deem a nós um pouco do óleo que vocês trouxeram, porque as nossas lamparinas estão se apagando.” 9Mas as prudentes responderam: “Não! Porque então vai faltar tanto para nós como para vocês! Vão aos que o vendem e comprem óleo para vocês.” 10E, saindo elas para comprar, chegou o noivo, e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa do casamento. E fechou-se a porta. 11Mais tarde, chegaram as virgens imprudentes, dizendo: “Senhor, senhor, abra a porta para nós!” 12Mas o noivo respondeu: “Em verdade lhes digo que não as conheço.” 13Portanto, vigiem, porque vocês não sabem o dia nem a hora.

A parábola dos talentos
Lc 19.11-27

14— Pois será como um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens. 15A um deu cinco talentos, a outro deu dois e a outro deu um, de acordo com a capacidade de cada um deles; e então partiu. 16O servo que tinha recebido cinco talentos saiu imediatamente a negociar com eles e ganhou outros cinco. 17Do mesmo modo, o que tinha recebido dois ganhou outros dois. 18Mas o servo que tinha recebido um talento, saindo, fez um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.

19— Depois de muito tempo, o senhor daqueles servos voltou e fez um ajuste de contas com eles. 20Aproximando-se o que tinha recebido cinco talentos, entregou outros cinco, dizendo: “O senhor me confiou cinco talentos; eis aqui outros cinco que ganhei.” 21O senhor disse: “Muito bem, servo bom e fiel; você foi fiel no pouco, sobre o muito o colocarei; venha participar da alegria do seu senhor.”

22— E, aproximando-se também o que tinha recebido dois talentos, disse: “O senhor me confiou dois talentos; eis aqui outros dois que ganhei.” 23Então o senhor disse: “Muito bem, servo bom e fiel; você foi fiel no pouco, sobre o muito o colocarei; venha participar da alegria do seu senhor.”

24— Chegando, por fim, o que tinha recebido um talento, disse: “Sabendo que o senhor é um homem severo, que colhe onde não plantou e ajunta onde não espalhou, 25fiquei com medo e escondi o seu talento na terra; aqui está o que é seu.” 26Mas o senhor respondeu: “Servo mau e preguiçoso! Você sabia que eu colho onde não plantei e ajunto onde não espalhei? 27Então você devia ter entregado o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao voltar, receberia com juros o que é meu.”

28— “Portanto, tirem dele o talento e deem ao que tem dez. 29Porque a todo o que tem, mais será dado, e terá em abundância; mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. 30Quanto ao servo inútil, lancem-no para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes.”

O grande julgamento

31— Quando o Filho do Homem vier na sua majestade e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória. 32Todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos: 33porá as ovelhas à sua direita e os cabritos, à sua esquerda.

34— Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: “Venham, benditos de meu Pai! Venham herdar o Reino que está preparado para vocês desde a fundação do mundo. 35Porque tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de beber; eu era forasteiro, e vocês me hospedaram; 36eu estava nu, e vocês me vestiram; enfermo, e me visitaram; preso, e foram me ver.”

37— Então os justos perguntarão: “Quando foi que vimos o senhor com fome e lhe demos de comer? Ou com sede e lhe demos de beber? 38E quando foi que vimos o senhor como forasteiro e o hospedamos? Ou nu e o vestimos? 39E quando foi que vimos o senhor enfermo ou preso e fomos visitá-lo?”

40— O Rei, respondendo, lhes dirá: “Em verdade lhes digo que, sempre que o fizeram a um destes meus pequeninos irmãos, foi a mim que o fizeram.”

41— Então o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: “Afastem-se de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos. 42Porque tive fome, e vocês não me deram de comer; tive sede, e vocês não me deram de beber; 43sendo forasteiro, vocês não me hospedaram; estando nu, vocês não me vestiram; achando-me enfermo e preso, vocês não foram me ver.”

44— E eles lhe perguntarão: “Quando foi que vimos o senhor com fome, com sede, forasteiro, nu, enfermo ou preso e não o socorremos?”

45— Então o Rei responderá: “Em verdade lhes digo que, sempre que o deixaram de fazer a um destes mais pequeninos, foi a mim que o deixaram de fazer.” 46E estes irão para o castigo eterno, porém os justos irão para a vida eterna.

Mateus 25NAAAbrir na Bíblia

O plano para matar Jesus

Mc 14.1-2; Lc 22.1-2; Jo 11.45-53

1Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, disse aos seus discípulos:

2— Vocês sabem que, daqui a dois dias, será celebrada a Páscoa, e o Filho do Homem será entregue para ser crucificado.

3Então os principais sacerdotes e os anciãos do povo se reuniram no palácio do sumo sacerdote, chamado Caifás, 4e deliberaram prender Jesus, à traição, e matá-lo. 5Mas diziam:

— Não durante a festa, para que não haja tumulto entre o povo.

Jesus é ungido em Betânia

Mc 14.3-9; Jo 12.1-8

6Quando Jesus estava em Betânia, na casa de Simão, o leproso, 7aproximou-se dele uma mulher, trazendo um frasco feito de alabastro com um perfume precioso, que ela derramou sobre a cabeça de Jesus, estando ele à mesa. 8Vendo isto, os discípulos ficaram indignados e disseram:

— Para que este desperdício? 9Este perfume poderia ter sido vendido por muito dinheiro, para ser dado aos pobres.

10Mas Jesus, sabendo disto, lhes disse:

— Por que vocês estão incomodando esta mulher? Ela praticou uma boa ação para comigo. 11Porque os pobres estarão sempre com vocês, mas a mim vocês nem sempre terão. 12Porque, derramando este perfume sobre o meu corpo, ela o fez para o meu sepultamento. 13Em verdade lhes digo que, onde for pregado em todo o mundo este evangelho, também será contado o que ela fez, para memória dela.

O pacto da traição

Mc 14.10-11; Lc 22.3-6

14Então um dos doze, chamado Judas Iscariotes, foi falar com os principais sacerdotes. 15Ele disse:

— Quanto me darão para que eu o entregue a vocês?

E pagaram-lhe trinta moedas de prata. 16E, desse momento em diante, Judas buscava uma boa ocasião para entregar Jesus.

Os discípulos preparam a Páscoa

Mc 14.12-16; Lc 22.7-13

17No primeiro dia da Festa dos Pães sem Fermento, os discípulos vieram a Jesus e lhe perguntaram:

— Onde quer que façamos os preparativos para que o senhor possa comer a Páscoa?

18E ele lhes respondeu:

— Vão até a cidade, procurem certo homem e digam: “O Mestre diz: O meu tempo está próximo. É em sua casa que celebrarei a Páscoa com os meus discípulos.”

19E eles fizeram como Jesus lhes havia ordenado e prepararam a Páscoa.

O traidor é indicado

Mc 14.17-21; Lc 22.21-23; Jo 13.21-30

20Ao cair da tarde, Jesus pôs-se à mesa com os doze discípulos. 21E, enquanto comiam, Jesus disse:

— Em verdade lhes digo que um de vocês vai me trair.

22E eles, muito entristecidos, começaram um por um a perguntar-lhe:

— Por acaso seria eu, Senhor?

23Jesus respondeu:

— O que comigo põe a mão no prato, esse vai me trair. 24O Filho do Homem vai, como está escrito a seu respeito; mas ai daquele por quem o Filho do Homem está sendo traído! Melhor seria para ele se nunca tivesse nascido!

25Então Judas, que o traía, perguntou:

— Por acaso sou eu, Mestre?

Jesus respondeu:

— Você acabou de dizer isso.

A Ceia do Senhor

Mc 14.22-26; Lc 22.14-20; 1Co 11.23-25

26Enquanto comiam, Jesus pegou um pão, e, abençoando-o, o partiu e deu aos discípulos, dizendo:

— Tomem, comam; isto é o meu corpo.

27A seguir, Jesus pegou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos seus discípulos, dizendo:

— Bebam todos dele; 28porque isto é o meu sangue, o sangue da aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados. 29E digo a vocês que, desta hora em diante, nunca mais beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que beberei com vocês o vinho novo, no Reino de meu Pai.

30E, tendo cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras.

Pedro é avisado

Mc 14.27-31; Lc 22.31-34; Jo 13.36-38

31Então Jesus disse aos discípulos:

— Esta noite serei uma pedra de tropeço para todos vocês, porque está escrito: “Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho ficarão dispersas.” 32Mas, depois da minha ressurreição, irei adiante de vocês para a Galileia.

33Mas Pedro, tomando a palavra, disse a Jesus:

— Ainda que o senhor venha a ser um tropeço para todos, nunca o será para mim.

34Mas Jesus lhe disse:

— Em verdade lhe digo que, nesta noite, antes que o galo cante, você me negará três vezes.

35Pedro insistiu:

— Ainda que me seja necessário morrer com o senhor, de modo nenhum o negarei.

E todos os discípulos disseram o mesmo.

Jesus no Getsêmani

Mc 14.32-42; Lc 22.39-46

36Em seguida, Jesus foi com eles a um lugar chamado Getsêmani. E disse aos discípulos:

— Sentem-se aqui, enquanto eu vou ali orar.

37E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a sentir-se tomado de tristeza e de angústia. 38Então lhes disse:

— A minha alma está profundamente triste até a morte; fiquem aqui e vigiem comigo.

39E, adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo:

— Meu Pai, se é possível, que passe de mim este cálice! Contudo, não seja como eu quero, e sim como tu queres.

40E, voltando para os discípulos, achou-os dormindo. E disse a Pedro:

— Então nem uma hora vocês puderam vigiar comigo? 41Vigiem e orem, para que não caiam em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.

42Retirando-se pela segunda vez, orou de novo, dizendo:

— Meu Pai, se não é possível que este cálice passe de mim sem que eu o beba, faça-se a tua vontade.

43E, voltando, achou-os outra vez dormindo; porque os olhos deles estavam pesados. 44Deixando-os novamente, foi orar pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras. 45Então voltou para os discípulos e lhes disse:

— Vocês ainda estão dormindo e descansando! Eis que é chegada a hora, e o Filho do Homem está sendo entregue nas mãos de pecadores. 46Levantem-se, vamos embora! Eis que o traidor se aproxima.

Jesus é preso

Mc 14.43-50; Lc 22.47-53; Jo 18.1-11

47E enquanto Jesus ainda falava, eis que chegou Judas, um dos doze, e, com ele, grande multidão com espadas e porretes, vinda da parte dos principais sacerdotes e dos anciãos do povo. 48Ora, o traidor tinha dado a eles um sinal: “Aquele que eu beijar, é esse; prendam-no.” 49E logo, aproximando-se de Jesus, Judas disse:

— Salve, Mestre!

E o beijou. 50Jesus, porém, lhe disse:

— Amigo, o que você veio fazer?

Nisto, aproximando-se eles, agarraram Jesus e o prenderam. 51E eis que um dos que estavam com Jesus, estendendo a mão, sacou da espada e, golpeando o servo do sumo sacerdote, cortou-lhe a orelha. 52Então Jesus lhe disse:

— Coloque a espada de volta no seu lugar, pois todos os que lançam mão da espada à espada perecerão. 53Ou você acha que não posso pedir a meu Pai, e ele me mandaria neste momento mais de doze legiões de anjos? 54Mas como, então, se cumpririam as Escrituras, que dizem que assim deve acontecer?

55Naquele momento, Jesus disse às multidões:

— Vocês vieram com espadas e porretes para prender-me, como se eu fosse um salteador? Todos os dias, no templo, eu me assentava ensinando, e vocês não me prenderam. 56Tudo isto, porém, aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas.

Então todos os discípulos o deixaram e fugiram.

Jesus diante do Sinédrio

Mc 14.53-65; Lc 22.63-71; Jo 18.12-14,19-24

57E os que prenderam Jesus o levaram à casa de Caifás, o sumo sacerdote, onde se haviam reunido os escribas e os anciãos. 58Pedro o seguia de longe até o pátio do sumo sacerdote. E, tendo entrado, assentou-se entre os servos, para ver como aquilo ia terminar. 59E os principais sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam algum testemunho falso contra Jesus, a fim de o condenarem à morte. 60E não acharam, apesar de terem sido apresentadas muitas testemunhas falsas. Mas, afinal, compareceram duas, afirmando:

61— Este disse: “Posso destruir o santuário de Deus e reconstruí-lo em três dias.”

62E, levantando-se o sumo sacerdote, perguntou a Jesus:

— Você não diz nada em resposta ao que estes depõem contra você?

63Jesus, porém, guardou silêncio. E o sumo sacerdote lhe disse:

— Eu exijo que nos diga, tendo o Deus vivo por testemunha, se você é o Cristo, o Filho de Deus.

64Jesus respondeu:

— É o senhor mesmo quem está dizendo isso. Mas eu lhes digo que, desde agora, vocês verão o Filho do Homem sentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu.

65Então o sumo sacerdote rasgou as suas vestes e disse:

— Blasfemou! Por que ainda precisamos de testemunhas? Eis que agora mesmo vocês ouviram a blasfêmia! 66O que vocês acham?

E eles responderam:

— É réu de morte.

67Então alguns cuspiram no rosto de Jesus e bateram nele. E outros o esbofeteavam, dizendo:

68— Profetize para nós, ó Cristo! Quem foi que bateu em você?

Pedro nega Jesus

Mc 14.66-72; Lc 22.55-62; Jo 18.15-18,25-27

69Pedro estava sentado fora no pátio. Uma empregada se aproximou e lhe disse:

— Você também estava com Jesus, o galileu.

70Mas ele negou diante de todos e disse:

— Não sei o que você está dizendo.

71Quando se dirigia para a porta, Pedro foi visto por outra empregada, que disse aos que estavam ali:

— Este também estava com Jesus, o Nazareno.

72E ele negou outra vez, com juramento:

— Não conheço esse homem.

73Pouco depois, aproximando-se os que estavam ali, disseram a Pedro:

— Com certeza você também é um deles, porque o seu modo de falar o denuncia.

74Então ele começou a praguejar e a jurar:

— Não conheço esse homem!

E no mesmo instante o galo cantou. 75Então Pedro se lembrou da palavra que Jesus lhe tinha dito: “Antes que o galo cante, você me negará três vezes.” E Pedro, saindo dali, chorou amargamente.

Mateus 26NAAAbrir na Bíblia

O primeiro discurso de Moisés

1.1—4.43

Moisés conta a história de Israel

1São estas as palavras que Moisés falou a todo o Israel, a leste do Jordão, no deserto, na Arabá, diante de Sufe, entre Parã, Tofel, Labã, Hazerote e Di-Zaabe. 2É uma jornada de onze dias desde Horebe até Cades-Barneia, pelo caminho dos montes de Seir.

3Aconteceu que, no quadragésimo ano, no primeiro dia do décimo primeiro mês, Moisés falou aos filhos de Israel, segundo tudo o que o Senhor lhe havia ordenado a respeito deles, 4depois que derrotou Seom, rei dos amorreus, que habitava em Hesbom, e Ogue, rei de Basã, que habitava em Astarote, em Edrei. 5A leste do Jordão, na terra de Moabe, Moisés encarregou-se de explicar esta lei, dizendo:

6— O Senhor, nosso Deus, nos falou em Horebe, dizendo: “Vocês já ficaram bastante tempo neste monte. 7Voltem e sigam viagem. Vão à região montanhosa dos amorreus, a todos os seus vizinhos, na Arabá, à região montanhosa, à Sefelá, ao Neguebe, à costa marítima, terra dos cananeus, e ao Líbano, até o grande rio Eufrates. 8Eis aqui a terra que eu pus diante de vocês; entrem e tomem posse da terra que o Senhor, com juramento, deu a seus pais, a Abraão, Isaque e Jacó, a eles e à sua descendência depois deles.”

A nomeação de auxiliares

Êx 18.13-27

9— Nesse mesmo tempo, eu disse a vocês: “Sozinho não poderei levá-los. 10O Senhor, o Deus de vocês, fez com que vocês se multiplicassem e eis que hoje vocês são uma multidão como as estrelas dos céus. 11O Senhor, Deus dos pais de vocês, faça com que vocês sejam mil vezes mais numerosos do que são agora e os abençoe, como prometeu. 12Mas como poderia eu sozinho suportar o peso e a carga de vocês, e como poderia eu resolver sozinho todas as questões que surgem no meio de vocês? 13Escolham homens sábios, inteligentes e experimentados, segundo as suas tribos, para que eu os ponha por chefes de vocês.”

14— Então vocês me responderam que era bom fazer o que eu tinha falado. 15Assim, peguei os chefes de suas tribos, homens sábios e experimentados, e os fiz chefes sobre vocês, chefes de milhares, chefes de cem, chefes de cinquenta, chefes de dez e oficiais, segundo as suas tribos. 16Nesse mesmo tempo, ordenei aos juízes, dizendo: “Deem atenção às questões que surgem entre os seus irmãos e julguem com justiça entre um homem e seu irmão ou o estrangeiro que está com ele. 17Não sejam parciais no julgamento. Ouçam tanto o pequeno como o grande; não tenham medo de ninguém, porque o julgamento é de Deus. Porém, se a questão for demasiadamente difícil para vocês, tragam para mim, e eu a ouvirei.”

18— Assim, naquele tempo, eu lhes ordenei todas as coisas que vocês deveriam fazer.

Os espias na terra de Canaã

Nm 13.1-33

19— Então partimos de Horebe e caminhamos por todo aquele grande e terrível deserto que vocês viram, pelo caminho da região montanhosa dos amorreus, como o Senhor, nosso Deus, nos havia ordenado; e chegamos a Cades-Barneia. 20Então eu lhes disse: “Vocês chegaram à região montanhosa dos amorreus, que o Senhor, nosso Deus, nos dá. 21Eis que o Senhor, seu Deus, colocou esta terra diante de vocês. Vão e tomem posse dessa terra, como o Senhor, o Deus de seus pais, falou. Não tenham medo e não se assustem.”

22— Então todos vocês se aproximaram de mim e disseram: “Vamos mandar alguns homens adiante de nós, para que espiem a terra e nos digam por que caminho devemos seguir e a que cidades devemos ir.” 23Isto me pareceu uma boa ideia, de maneira que escolhi, do meio de vocês, doze homens, um de cada tribo. 24Eles saíram e foram à região montanhosa, e, espiando a terra, foram até o vale de Escol. 25Tomaram do fruto da terra nas mãos e o trouxeram até nós. E nos informaram, dizendo: “É boa esta terra que o Senhor, nosso Deus, nos dá.”

26— Porém vocês não quiseram ir, mas foram rebeldes à ordem do Senhor, seu Deus. 27Ficaram murmurando em suas tendas e disseram: “O Senhor está com ódio de nós e por isso nos tirou da terra do Egito para nos entregar nas mãos dos amorreus e nos destruir. 28Para onde iremos? Nossos irmãos nos deixaram com medo, dizendo: ‘Aquele povo é maior e mais alto do que nós. As cidades são grandes e fortificadas até o céu. Também vimos ali os filhos dos anaquins.’”

29— Então eu lhes disse: “Não fiquem apavorados, nem tenham medo deles. 30O Senhor, o seu Deus, que vai adiante de vocês, ele lutará por vocês, segundo tudo o que viram que ele fez conosco no Egito, 31e também no deserto, onde vocês viram que o Senhor, seu Deus, os levou, como um homem leva o seu filho, por todo o caminho pelo qual vocês andaram, até chegar a este lugar.”

32— Mas nem assim vocês creram no Senhor, seu Deus, 33que foi adiante de vocês por todo o caminho, para procurar o lugar onde deveriam acampar; de noite, estava no fogo, para mostrar o caminho por onde vocês deveriam andar, e, de dia, estava na nuvem.

O castigo de Deus

Nm 14.20-38

34— O Senhor ouviu o que vocês disseram, ficou irado e jurou, dizendo: 35“Nenhum dos homens desta geração perversa verá a boa terra que jurei dar aos pais de vocês, 36com a exceção de Calebe, filho de Jefoné. Ele verá essa terra e darei a ele e aos filhos dele a terra em que ele pisou, porque perseverou em seguir o Senhor.” 37Também contra mim se indignou o Senhor por causa de vocês, dizendo: “Também você não entrará nessa terra. 38Josué, filho de Num, que está diante de você, ele é quem vai entrar; anime-o, porque ele fará com que Israel a receba por herança. 39E as crianças de vocês, de quem vocês disseram que seriam presa do inimigo, sim, os filhos de vocês, que hoje nem sabem distinguir entre bem e mal, esses ali entrarão, e a eles darei a terra, e eles a possuirão. 40Mas vocês voltem e sigam para o deserto, pelo caminho do mar Vermelho.”

O povo é derrotado em Horma

Nm 14.39-45

41— Então vocês responderam: “Pecamos contra o Senhor. Nós iremos e lutaremos, segundo tudo o que o Senhor, nosso Deus, nos ordenou.” Vocês se armaram, cada um com os seus instrumentos de guerra, e pensaram que seria fácil entrar na região montanhosa. 42Mas o Senhor mandou que eu dissesse a vocês: “Não vão, nem comecem a lutar, pois não estou no meio de vocês, e vocês serão derrotados pelos seus inimigos.” 43Isso eu lhes falei, mas vocês não quiseram escutar; pelo contrário, foram rebeldes às ordens do Senhor e, presunçosos, foram na direção das montanhas. 44Os amorreus que habitavam naquela região montanhosa saíram contra vocês e os perseguiram como fazem as abelhas e os derrotaram desde Seir até Horma. 45Vocês voltaram e foram se queixar diante do Senhor, porém o Senhor não lhes deu atenção e não inclinou os ouvidos a vocês. 46Assim, vocês permaneceram muitos dias em Cades.

Deuteronômio 1NAAAbrir na Bíblia

O grande mandamento

1— São estes os mandamentos, os estatutos e os juízos que o Senhor, seu Deus, ordenou que fossem ensinados a vocês, para que vocês os cumprissem na terra em que vão entrar e possuir, 2para que durante todos os dias da sua vida vocês, os seus filhos, e os filhos dos seus filhos temam o Senhor, seu Deus, e guardem todos os seus estatutos e mandamentos que eu lhes ordeno, e para que os seus dias sejam prolongados. 3Portanto, escute, Israel, e tenha o cuidado de cumprir esses mandamentos, para que tudo lhes corra bem e vocês muito se multipliquem na terra que mana leite e mel, como o Senhor, o Deus dos seus pais, lhes prometeu.

4— Escute, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. 5Portanto, ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e com toda a sua força. 6Estas palavras que hoje lhe ordeno estarão no seu coração. 7Você as inculcará a seus filhos, e delas falará quando estiver sentado em sua casa, andando pelo caminho, ao deitar-se e ao levantar-se. 8Também deve amarrá-las como sinal na sua mão, e elas lhe serão por frontal entre os olhos. 9E você as escreverá nos umbrais de sua casa e nas suas portas.

Admoestações contra a desobediência

10— Quando, pois, o Senhor, seu Deus, tiver levado vocês para a terra que, sob juramento, prometeu aos seus pais Abraão, Isaque e Jacó, que daria a vocês — uma terra com grandes e boas cidades, que vocês não construíram; 11com casas cheias de tudo o que é bom, que vocês não encheram; com poços abertos, que vocês não cavaram; com vinhas e olivais, que vocês não plantaram — e quando vocês comerem e se fartarem, 12tenham o cuidado de não esquecer o Senhor, que os tirou da terra do Egito, da casa da servidão. 13Temam o Senhor, seu Deus, sirvam a ele e jurem somente pelo nome dele. 14Não sigam outros deuses, nenhum dos deuses dos povos que estiverem à sua volta, 15porque o Senhor, seu Deus, é Deus zeloso no meio de vocês, para que a ira do Senhor, seu Deus, não se acenda contra vocês e os destrua de sobre a face da terra.

16— Não ponham à prova o Senhor, seu Deus, como o fizeram em Massá. 17Guardem cuidadosamente os mandamentos do Senhor, seu Deus, os seus testemunhos e os seus estatutos que ele lhes ordenou. 18Façam o que é reto e bom aos olhos do Senhor, para que tudo lhes vá bem, e para que vocês entrem e possuam a boa terra que o Senhor, sob juramento, prometeu aos pais de vocês, 19expulsando todos os inimigos de diante de vocês, como o Senhor prometeu.

20— Quando, no futuro, os seus filhos perguntarem: “Que significam os testemunhos, estatutos e juízos que o Senhor, nosso Deus, lhes ordenou?”, 21vocês dirão a eles: “Nós éramos escravos de Faraó, no Egito, mas o Senhor nos tirou de lá com mão poderosa. 22Diante dos nossos olhos o Senhor fez sinais e maravilhas, grandes e terríveis, contra o Egito e contra Faraó e toda a sua casa. 23Ele nos tirou do Egito, para nos trazer e nos dar a terra que, sob juramento, prometeu aos nossos pais. 24O Senhor nos ordenou que cumpríssemos todos estes estatutos e temêssemos o Senhor, nosso Deus, para o nosso perpétuo bem, para nos preservar a vida, como tem feito até hoje. 25E será justiça para nós, quando tivermos cuidado de cumprir todos estes mandamentos diante do Senhor, nosso Deus, como ele nos ordenou.”

Deuteronômio 6NAAAbrir na Bíblia

Primeira fala de Elifaz

Caps.4—5

Chegou a sua vez de sofrer

1Então Elifaz, o temanita, tomou a palavra e disse:

2“Se alguém tentar falar,

você terá paciência para ouvir?

Mas quem poderá conter

as palavras?

3Veja bem! Você ensinou a muitos

e fortaleceu mãos cansadas.

4As suas palavras sustentaram

os que tropeçavam,

e você fortaleceu

joelhos vacilantes.

5Mas agora,

quando chega a sua vez,

você perde a paciência;

ao ser atingido,

você fica apavorado.

6Você não tem confiança

no seu temor a Deus?

Não tem esperança na integridade

dos seus caminhos?

7Pense bem: será que algum

inocente já chegou a perecer?

E onde os retos foram destruídos?

8Segundo eu tenho visto,

os que lavram a iniquidade

e semeiam o mal,

isso mesmo eles colhem.

9Com o hálito de Deus perecem;

e com o sopro da sua ira

são consumidos.

10Cessa o bramido do leão

e a voz do leão feroz,

e os dentes dos leõezinhos

são quebrados.

11O leão morre,

porque não há presa,

e os filhos da leoa

andam dispersos.”

Pode um mortal ser justo diante de Deus?

12“Uma palavra me foi trazida

em segredo,

e os meus ouvidos perceberam

um sussurro dela.

13Entre pensamentos

de visões noturnas,

quando o sono profundo

cai sobre as pessoas,

14sobrevieram-me

o espanto e o tremor,

e todos os meus ossos

estremeceram.

15Então um espírito passou

por diante de mim;

e se arrepiaram os cabelos

do meu corpo.

16Ele parou, mas não reconheci

a sua aparência.

Um vulto estava

diante dos meus olhos;

houve silêncio, e ouvi uma voz:

17‘Pode um mortal ser justo

diante de Deus?

Pode alguém ser puro

diante do seu Criador?

18Eis que Deus não confia

nos seus servos

e aos seus anjos

atribui imperfeições;

19quanto mais àqueles

que habitam em casas de barro,

cujo fundamento está no pó,

e que são esmagados

como a traça!

20Nascem de manhã

e à tarde são destruídos;

perecem para sempre,

sem que ninguém

se importe com isso.

21Se o fio da vida lhes é cortado,

morrem e não alcançam

a sabedoria.’”

Resposta de Jó

Caps.6—7

Por que prolongar a vida, se o fim é certo?

1Então Jó respondeu:

2“Ah! Se a minha queixa, de fato,

pudesse ser pesada,

e contra ela, numa balança,

se pusesse a minha miséria,

3esta, na verdade, pesaria mais

que a areia dos mares.

Por isso é que as minhas palavras

foram precipitadas.

4Porque as flechas

do Todo-Poderoso

estão cravadas em mim,

e o meu espírito sorve

o veneno delas;

os terrores de Deus

se armam contra mim.

5Será que o jumento selvagem

zurra quando está junto à relva?

Ou será que o boi berra

junto ao seu pasto?

6Pode-se comer sem sal

o que é insípido?

Ou haverá sabor na clara do ovo?

7Aquilo que a minha alma

recusava tocar,

isso é agora a minha comida

repugnante.”

8“Quem dera que se cumprisse

o meu pedido,

e que Deus me concedesse

o que desejo!

9Que fosse do agrado de Deus

esmagar-me,

que soltasse a sua mão

e acabasse comigo!

10Isto ainda seria

a minha consolação,

e eu saltaria de contente

na minha dor, que é implacável;

porque não tenho negado

as palavras do Santo.

11Por que esperar,

se já não tenho forças?

Por que prolongar a vida,

se o meu fim é certo?

12Por acaso a minha força

é a força da pedra?

Ou é de bronze a minha carne?

13Não encontro socorro

em mim mesmo;

foram afastados de mim

os meus recursos.”

Meus amigos me enganaram

14“Ao aflito deve o amigo

mostrar compaixão,

mesmo ao que abandonou

o temor do Todo-Poderoso.

15Meus irmãos me enganaram;

são como um ribeiro,

como a torrente

que transborda no vale,

16turvada com o gelo e com a neve

que nela se esconde,

17torrente que seca

quando o tempo aquece,

e que no calor desaparece

do seu lugar.

18As caravanas se desviam

dos seus caminhos,

sobem para lugares desolados

e perecem.

19As caravanas de Temá procuram

essa torrente,

os viajantes de Sabá

por ela suspiram.

20Ficam envergonhados

por terem confiado;

quando chegam ali,

ficam decepcionados.

21Assim também vocês

não me ajudaram em nada;

veem os meus males

e ficam com medo.

22Por acaso pedi

que me dessem recompensa?

Ou que da riqueza de vocês

me trouxessem algum presente?

23Será que pedi que me livrassem

do poder do opressor?

Ou que me resgatassem

das mãos dos tiranos?”

Vejam que não estou mentindo

24“Ensinem-me, e eu me calarei;

mostrem-me em que tenho errado.

25Como são persuasivas

as palavras retas!

Mas o que é que a repreensão

de vocês repreende?

26Por acaso vocês pensam

em reprovar

as minhas palavras,

ditas por um desesperado

ao vento?

27Até sobre um órfão

vocês lançariam sortes

e seriam capazes

de vender um amigo!

28Agora, pois, tenham a bondade

de olhar para mim

e vejam que não estou mentindo

na cara de vocês.

29Por favor, mudem de parecer,

e que não haja injustiça;

mudem de parecer,

e a justiça da minha causa

triunfará.

30Há iniquidade em meus lábios?

Será que a minha

boca não consegue

discernir coisas perniciosas?”

Sociedade Bíblica do Brasilv.4.19.0
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