Sociedade Bíblica do Brasil
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Plano de leitura da Bíblia – dia 138

Texto(s) da Bíblia

Paulo é levado a Festo e apela para César

1Três dias depois de ter assumido o governo da província, Festo saiu de Cesareia e foi para Jerusalém. 2E, logo, os principais sacerdotes e os maiorais dos judeus lhe apresentaram queixa a respeito de Paulo. 3Contra ele, pediram a Festo o favor de mandar que ele fosse trazido a Jerusalém. É que eles tinham armado uma emboscada para matar Paulo no caminho. 4Festo, porém, respondeu que Paulo continuaria preso em Cesareia e que ele mesmo, muito em breve, partiria para lá. 5E concluiu:

— Aqueles de vocês que estiverem habilitados me acompanhem; e, havendo contra este homem qualquer crime, acusem-no.

6E, não se demorando entre eles mais de oito ou dez dias, foi para Cesareia. No dia seguinte, assentando-se no tribunal, ordenou que Paulo fosse trazido. 7Quando Paulo chegou, os judeus que tinham vindo de Jerusalém ficaram em volta dele, fazendo muitas e graves acusações contra ele, as quais, entretanto, não podiam provar. 8Então Paulo, defendendo-se, disse:

— Nenhum pecado cometi contra a lei dos judeus, nem contra o templo, nem contra César.

9Então Festo, querendo assegurar o apoio dos judeus, perguntou a Paulo:

— Você gostaria de ir a Jerusalém e ser ali julgado por mim a respeito destas coisas?

10Paulo respondeu:

— Estou diante do tribunal de César, onde convém que eu seja julgado. Não fiz mal nenhum aos judeus, como o senhor sabe muito bem. 11Se de fato pratiquei algum mal ou crime digno de morte, estou pronto para morrer. Se, pelo contrário, não são verdadeiras as coisas de que me acusam, ninguém pode me entregar a eles. Apelo para César.

12Então Festo, tendo falado com o conselho, respondeu:

— Já que apelou para César, para César você irá.

Festo expõe a Agripa o caso de Paulo

13Passados alguns dias, o rei Agripa e Berenice chegaram a Cesareia a fim de saudar Festo. 14Como se demorassem ali alguns dias, Festo expôs ao rei o caso de Paulo, dizendo:

— Félix deixou aqui preso certo homem, 15a respeito de quem os principais sacerdotes e os anciãos dos judeus apresentaram queixa, quando eu estive em Jerusalém, pedindo que o condenasse. 16Eu lhes disse que não é costume dos romanos condenar quem quer que seja, sem que o acusado tenha presentes os seus acusadores e possa defender-se da acusação. 17Assim, quando eles vieram para cá, sem nenhuma demora, no dia seguinte, assentando-me no tribunal, determinei que o homem fosse trazido. 18Levantando-se os acusadores, não mencionaram nenhum dos crimes de que eu suspeitava. 19Traziam contra ele algumas questões referentes à sua própria religião e particularmente a certo morto, chamado Jesus, que Paulo afirma estar vivo. 20Estando eu perplexo quanto ao modo de investigar estas coisas, perguntei-lhe se queria ir a Jerusalém para ali ser julgado a respeito disso. 21Mas, havendo Paulo apelado para que ficasse em custódia para o julgamento de César, ordenei que o acusado continuasse detido até que eu o enviasse a César.

22Então Agripa disse a Festo:

— Eu também gostaria de ouvir este homem.

Festo respondeu:

— Amanhã você poderá ouvi-lo.

Festo, de novo, fala a Agripa

23De fato, no dia seguinte, vindo Agripa e Berenice, com grande pompa, tendo eles entrado na sala de audiência juntamente com oficiais superiores e homens eminentes da cidade, Paulo foi trazido por ordem de Festo. 24Então Festo disse:

— Rei Agripa e todos os senhores aqui presentes, vejam este homem, por causa de quem toda a multidão dos judeus recorreu a mim tanto em Jerusalém como aqui, clamando que não convinha que ele vivesse mais. 25Porém eu achei que ele não tinha feito nada que fosse passível de morte; entretanto, tendo ele apelado para o imperador, resolvi mandá-lo para lá. 26No entanto, a respeito dele, nada tenho de mais concreto que possa escrever ao imperador. Por isso, eu o trouxe à presença dos senhores e, especialmente, à sua presença, ó rei Agripa, para que, feita a arguição, eu tenha alguma coisa que escrever. 27Porque não me parece razoável enviar um preso sem mencionar, ao mesmo tempo, as acusações que existem contra ele.

Atos 25NAAAbrir na Bíblia

Elimeleque e a sua família em Moabe

1Nos dias em que os juízes julgavam, houve fome na terra de Israel. E um homem de Belém de Judá foi morar por algum tempo na terra de Moabe, com a sua mulher e os seus dois filhos. 2Este homem se chamava Elimeleque, e sua mulher se chamava Noemi. Os filhos se chamavam Malom e Quiliom. Eram efrateus, de Belém de Judá. Foram à terra de Moabe e ficaram ali. 3Algum tempo depois, Elimeleque, o marido de Noemi, morreu, e ela ficou sozinha com os dois filhos. 4Estes casaram com mulheres moabitas. O nome de uma delas era Orfa, e o nome da outra era Rute. E ficaram ali quase dez anos. 5Depois morreram também Malom e Quiliom, os dois filhos de Noemi. E assim ela ficou sozinha, sem os dois filhos e sem o marido.

Noemi e Rute vão para Belém

6Então Noemi voltou da terra de Moabe com as suas noras, porque ainda em Moabe ouviu que o Senhor havia se lembrado do seu povo, dando-lhe alimento. 7Assim, ela saiu do lugar onde havia morado, e as duas noras estavam com ela. Enquanto caminhavam, voltando para a terra de Judá, 8Noemi disse às suas noras:

— Vão agora e voltem cada uma para a casa de sua mãe. E que o Senhor seja bondoso com vocês, assim como vocês foram bondosas com os que morreram e comigo. 9O Senhor faça com que vocês sejam felizes, cada uma na casa de seu novo marido.

E deu um beijo em cada uma delas. Elas, porém, começaram a chorar alto 10e lhe disseram:

— Não! Nós iremos com a senhora para junto do seu povo.

11Mas Noemi disse:

— Voltem, minhas filhas! Por que vocês iriam comigo? Vocês acham que eu ainda tenho filhos em meu ventre, para que casem com vocês? 12Voltem, minhas filhas! Vão embora, porque sou velha demais para ter marido. E ainda que eu dissesse: “Tenho esperança”, ou ainda que casasse esta noite e tivesse filhos, 13será que vocês iriam esperar até que eles viessem a crescer? Ficariam tanto tempo sem casar? Não, minhas filhas! A minha amargura é maior do que a de vocês, porque o Senhor descarregou a sua mão contra mim.

14Então, de novo, choraram em alta voz. Orfa, com um beijo, se despediu de sua sogra, porém Rute se apegou a ela.

15Então Noemi disse:

— Veja! A sua cunhada voltou para o seu povo e para os seus deuses. Vá você também com ela.

16Porém Rute respondeu:

— Não insista para que eu a deixe nem me obrigue a não segui-la! Porque aonde quer que você for, irei eu; e onde quer que pousar, ali pousarei eu. O seu povo é o meu povo, e o seu Deus é o meu Deus. 17Onde quer que você morrer, morrerei eu e aí serei sepultada. Que o Senhor me castigue, se outra coisa que não seja a morte me separar de você.

18Quando Noemi viu que Rute estava mesmo decidida a acompanhá-la, deixou de insistir com ela.

19Então ambas se foram, até que chegaram a Belém. E aconteceu que, ao chegarem ali, toda a cidade se comoveu por causa delas. E as mulheres perguntavam:

— Essa não é a Noemi?

20Porém ela lhes dizia:

— Não me chamem de Noemi, mas de Mara, porque o Todo-Poderoso me deu muita amargura. 21Quando saí daqui, eu era plena, mas o Senhor me fez voltar vazia. Por que, então, querem me chamar de Noemi, se o Senhor deu testemunho contra mim e o Todo-Poderoso me afligiu?

22Foi assim que Noemi voltou da terra de Moabe, com Rute, sua nora, a moabita. E chegaram a Belém no começo da colheita da cevada.

Rute vai apanhar espigas

1Noemi tinha um parente de seu marido, dono de muitos bens, da família de Elimeleque, o qual se chamava Boaz. 2Rute, a moabita, disse a Noemi:

— Deixe-me ir ao campo para apanhar espigas atrás daquele que me permitir fazer isso.

Noemi respondeu:

— Vá, minha filha!

3Ela se foi, chegou ao campo e apanhava espigas atrás dos ceifeiros. Por casualidade entrou na parte do campo que pertencia a Boaz, que era da família de Elimeleque.

4Eis que Boaz veio de Belém e disse aos ceifeiros:

— Que o Senhor esteja com vocês!

E eles responderam:

— Que o Senhor o abençoe!

5Depois, Boaz perguntou ao servo encarregado dos ceifeiros:

— De quem é essa moça?

6O servo respondeu:

— Essa é a moça moabita que veio com Noemi da terra de Moabe. 7Ela me pediu que a deixasse recolher espigas e ajuntá-las entre os feixes após os ceifeiros. Assim, ela veio e ficou aqui desde a manhã até agora. Só parou um pouco para descansar no abrigo.

8Então Boaz disse a Rute:

— Escute, minha filha, você não precisa ir colher em outro campo, nem se afastar daqui. Fique aqui com as minhas servas. 9Fique atenta ao campo onde forem colher e vá atrás delas. Eu dei ordem aos servos para que não toquem em você. Quando você ficar com sede, vá até as vasilhas e beba da água que os servos tiraram.

10Então Rute se inclinou e, encostando o rosto no chão, disse a Boaz:

— Por que o senhor está me favorecendo e se importa comigo, se eu sou uma estrangeira?

11Boaz respondeu:

— Já me contaram tudo o que você fez pela sua sogra, depois que você perdeu o marido. Sei que você deixou pai, mãe e a terra onde nasceu e veio para um povo que antes disso você não conhecia. 12O Senhor lhe pague pelo bem que você fez. Que você receba uma grande recompensa do Senhor, Deus de Israel, sob cujas asas você veio buscar refúgio.

13Então Rute disse:

— Meu caro senhor, você está me favorecendo muito, pois me consolou e falou ao coração desta sua serva, e eu nem mesmo sou como uma das suas servas.

14Na hora de comer, Boaz disse a Rute:

— Venha para cá e coma do pão. Molhe o seu bocado no vinho.

Ela se sentou ao lado dos ceifeiros, e Boaz lhe deu grãos tostados de cereais. Ela comeu até ficar satisfeita, e ainda sobrou. 15Quando ela se levantou para ir apanhar espigas, Boaz deu esta ordem aos seus servos:

— Deixem que ela apanhe espigas até no meio dos feixes e não sejam rudes com ela. 16Tirem também algumas espigas dos feixes e deixem cair, para que ela as apanhe, e não a repreendam.

17E assim Rute esteve apanhando espigas naquele campo até de tarde. Depois debulhou o que havia apanhado, e foi quase vinte litros de cevada. 18Ela pegou o cereal e voltou para a cidade. E a sogra viu o quanto de cereal ela havia conseguido apanhar. Rute também deu para a sogra a comida que lhe havia sobrado, depois que ela comeu até ficar satisfeita. 19Então Noemi perguntou:

— Onde você foi colher hoje? Onde trabalhou? Bendito seja aquele que acolheu você com tanta generosidade!

E Rute contou à sua sogra onde havia trabalhado. E acrescentou:

— O nome do homem com quem trabalhei hoje é Boaz.

20Então Noemi disse à sua nora:

— Que ele seja abençoado pelo Senhor Deus, que não deixou de ser bondoso, nem para com os vivos nem para com os mortos.

E Noemi acrescentou:

— Esse homem é nosso parente chegado e um dos nossos resgatadores.

21Então Rute, a moabita, disse:

— Ele também me disse que eu posso continuar com os servos dele, até que eles terminem de fazer a colheita.

22Noemi respondeu:

— É melhor mesmo que você vá com as servas dele, minha filha. Noutro campo, poderiam maltratar você.

23Assim Rute ficou na companhia das servas de Boaz, para apanhar espigas, até que a colheita da cevada e do trigo se acabou. E continuou morando com a sua sogra.

Deus, o rei de toda a terra

Ao mestre de canto. Salmo dos filhos de Corá

1Batam palmas, todos os povos;

aclamem a Deus

com vozes de júbilo.

2Pois o Senhor Altíssimo

é tremendo,

é o grande rei de toda a terra.

3Ele nos submeteu os povos

e pôs as nações

debaixo dos nossos pés.

4Escolheu para nós

a nossa herança,

a glória de Jacó,

a quem ele ama.

5Deus subiu em meio a aclamações,

o Senhor, ao som de trombeta.

6Cantem louvores a Deus,

cantem louvores;

cantem louvores ao nosso Rei,

cantem louvores.

7Deus é o Rei de toda a terra;

cantem louvores

com harmonioso cântico.

8Deus reina sobre as nações;

Deus se assenta

no seu santo trono.

9Os príncipes dos povos

se reúnem

com o povo do Deus de Abraão,

porque a Deus pertencem

os escudos da terra;

ele se exaltou gloriosamente.

Salmos 47NAAAbrir na Bíblia
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