Sociedade Bíblica do Brasil
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Plano de leitura da Bíblia – dia 128

Texto(s) da Bíblia

Paulo em Corinto

1Depois disso, deixando Atenas, Paulo foi a Corinto. 2Lá, encontrou um judeu chamado Áquila, natural do Ponto, recentemente chegado da Itália, com Priscila, sua mulher, porque o imperador Cláudio havia decretado que todos os judeus deviam sair de Roma. Paulo aproximou-se deles. 3E, como tinham o mesmo ofício, passou a morar com eles e ali trabalhava. O ofício deles era fazer tendas. 4E todos os sábados Paulo falava na sinagoga, persuadindo tanto judeus como gregos.

5Quando Silas e Timóteo chegaram da Macedônia, Paulo se entregou totalmente à palavra, testemunhando aos judeus que Jesus é o Cristo. 6Como eles se opuseram e blasfemaram, Paulo sacudiu as roupas e disse-lhes:

— Que o sangue de vocês caia sobre a cabeça de vocês! Eu estou limpo dele e, a partir de agora, vou para os gentios.

7Saindo dali, entrou na casa de um homem chamado Tício Justo, que era temente a Deus; a casa dele ficava ao lado da sinagoga. 8Crispo, o chefe da sinagoga, creu no Senhor, com toda a sua casa; também muitos dos coríntios, ouvindo, creram e foram batizados.

9Certa noite Paulo teve uma visão em que o Senhor lhe disse:

— Não tenha medo! Pelo contrário, fale e não fique calado, 10porque eu estou com você, e ninguém ousará lhe fazer mal, pois tenho muito povo nesta cidade.

11Assim, Paulo permaneceu em Corinto um ano e seis meses, ensinando entre eles a palavra de Deus.

Paulo diante de Gálio

12Quando Gálio era procônsul da Acaia, os judeus, de comum acordo, se levantaram contra Paulo e o levaram ao tribunal, 13dizendo:

— Este homem quer persuadir as pessoas a adorar a Deus de um modo contrário à lei.

14Quando Paulo ia falar, Gálio disse aos judeus:

— Se fosse, de fato, alguma injustiça ou crime de maior gravidade, ó judeus, eu teria motivo para acolher a queixa que vocês estão trazendo. 15Mas como é uma questão de palavras, de nomes e da própria lei de vocês, resolvam isso vocês mesmos; eu não quero ser juiz dessas coisas!

16E os expulsou do tribunal. 17Então todos agarraram Sóstenes, o chefe da sinagoga, e começaram a espancá-lo diante do tribunal; Gálio, todavia, não se incomodava com estas coisas.

O final da segunda viagem missionária de Paulo

18Paulo ficou ainda muitos dias em Corinto. Por fim, despedindo-se dos irmãos, navegou para a Síria, levando em sua companhia Priscila e Áquila. Antes de embarcar, rapou a cabeça em Cencreia, porque tinha feito um voto. 19Quando chegaram a Éfeso, Paulo deixou ali Priscila e Áquila. Ele, porém, entrando na sinagoga, pregava aos judeus. 20Pediram-lhe que ficasse mais algum tempo, mas Paulo não quis. 21Ao se despedir, disse:

— Se Deus quiser, virei visitá-los outra vez.

E, embarcando, partiu de Éfeso. 22Chegando a Cesareia, foi logo para Jerusalém. E, tendo saudado a igreja, seguiu para Antioquia. 23Havendo passado ali algum tempo, saiu, atravessando sucessivamente a região da Galácia e Frígia, fortalecendo todos os discípulos.

A terceira viagem missionária de Paulo. Apolo em Éfeso

24Nesse meio-tempo, chegou a Éfeso um judeu, natural de Alexandria, chamado Apolo, homem eloquente e poderoso nas Escrituras. 25Ele era instruído no caminho do Senhor; e, sendo fervoroso de espírito, falava e ensinava com precisão a respeito de Jesus, conhecendo apenas o batismo de João. 26Apolo começou a falar ousadamente na sinagoga. Quando Priscila e Áquila o ouviram falar, levaram-no consigo e, com mais exatidão, lhe expuseram o caminho de Deus. 27Quando ele resolveu percorrer a Acaia, os irmãos o animaram e escreveram aos discípulos para que o recebessem bem. Tendo chegado, Apolo auxiliou muito aqueles que, mediante a graça, haviam crido; 28porque, com grande poder, convencia publicamente os judeus, provando, por meio das Escrituras, que Jesus é o Cristo.

Atos 18NAAAbrir na Bíblia

Abimeleque se declara rei

1Abimeleque, filho de Jerubaal, foi a Siquém, aos parentes de sua mãe, e falou com eles e com toda a geração da casa de seu avô materno, dizendo:

2— Peço-lhes que perguntem a todos os cidadãos de Siquém: “O que é melhor para vocês: que setenta homens, todos os filhos de Jerubaal, dominem sobre vocês ou que vocês sejam dominados por apenas um?” Lembrem-se também de que eu sou osso e carne de vocês.

3Então os parentes de sua mãe falaram a todos os cidadãos de Siquém todas aquelas palavras, e o coração deles se inclinou a seguir Abimeleque, porque disseram: “É nosso irmão.” 4E deram-lhe setenta peças de prata, da casa de Baal-Berite, com as quais Abimeleque contratou uns homens levianos e atrevidos, que o seguiram. 5Foi à casa de seu pai, em Ofra, e matou os seus irmãos, os filhos de Jerubaal, setenta homens, sobre uma pedra. Porém Jotão, o filho mais moço de Jerubaal, escapou, porque havia se escondido. 6Então se reuniram todos os cidadãos de Siquém e toda Bete-Milo, foram e proclamaram Abimeleque rei, junto ao carvalho memorial que está perto de Siquém.

A alegoria de Jotão

7Quando soube disto, Jotão foi e se pôs no alto do monte Gerizim. E, em alta voz, gritou, dizendo:

— Cidadãos de Siquém, escutem o que vou dizer, e Deus escutará vocês! 8Certa vez as árvores foram ungir para si um rei. Disseram à oliveira: “Reine sobre nós.” 9Porém a oliveira lhes respondeu: “Deixaria eu o meu óleo, apreciado por Deus e pelos homens, para dominar sobre as árvores?” 10Então as árvores disseram à figueira: “Venha você e reine sobre nós.” 11Porém a figueira lhes respondeu: “Deixaria eu a minha doçura, o meu bom fruto, para dominar sobre as árvores?” 12Então as árvores disseram à videira: “Venha você e reine sobre nós.” 13Porém a videira lhes respondeu: “Deixaria eu o meu vinho, que agrada a Deus e aos homens, para dominar sobre as árvores?” 14Então todas as árvores disseram ao espinheiro: “Venha você e reine sobre nós.” 15E o espinheiro respondeu às árvores: “Se é verdade que querem me ungir rei sobre vocês, venham e se refugiem debaixo de minha sombra. Mas, se não, que do espinheiro saia fogo que consuma os cedros do Líbano.”

16Jotão continuou:

— E agora, se vocês agiram de boa fé e com sinceridade, proclamando Abimeleque como rei; se vocês fizeram o que é correto em relação a Jerubaal e à sua casa, e se o trataram segundo ele merecia pelo que fez 17— porque o meu pai lutou por vocês, arriscou a vida e os livrou das mãos dos midianitas; 18mas hoje vocês se levantaram contra a casa de meu pai e mataram os filhos dele, setenta homens, sobre uma pedra; e a Abimeleque, filho da escrava dele, vocês puseram como rei sobre os cidadãos de Siquém, porque é irmão de vocês —, 19se vocês agiram de boa fé e com sinceridade para com Jerubaal e a sua casa, então alegrem-se com Abimeleque, e que ele também se alegre com vocês. 20Mas, se este não for o caso, que saia fogo de Abimeleque e consuma os cidadãos de Siquém e Bete-Milo! E que saia fogo dos cidadãos de Siquém e de Bete-Milo, que consuma Abimeleque.

21Depois disso Jotão fugiu e foi para Beer, onde ficou morando, porque estava com medo de seu irmão Abimeleque.

A conspiração de Gaal

22Abimeleque havia dominado sobre Israel durante três anos, 23quando Deus suscitou um espírito de aversão entre Abimeleque e os cidadãos de Siquém, que foram desleais com Abimeleque. 24Isto aconteceu para que fosse vingada a violência praticada contra os setenta filhos de Jerubaal, e para que fossem castigados tanto Abimeleque, que era irmão deles e os havia matado, como os cidadãos de Siquém, que contribuíram para que ele matasse os seus próprios irmãos. 25Os cidadãos de Siquém puseram sobre os altos dos montes homens de emboscada contra Abimeleque, e eles assaltavam todos os que passavam pelo caminho perto deles. E Abimeleque foi informado disso.

26Gaal, filho de Ebede, veio com os seus irmãos, e se estabeleceram em Siquém. E os cidadãos de Siquém confiaram nele, 27foram ao campo, cortaram os cachos das vinhas, pisaram as uvas, fizeram festas, foram à casa de seu deus, comeram, beberam e amaldiçoaram Abimeleque.

28E Gaal, filho de Ebede, disse:

— Quem é Abimeleque, e quem somos nós de Siquém, para que o sirvamos? Não é ele filho de Jerubaal? E não é Zebul o seu oficial? Seria melhor servir os homens de Hamor, pai de Siquém. Mas nós, por que serviremos a ele? 29Quem dera estivesse este povo na minha mão! Eu expulsaria Abimeleque. Eu diria a Abimeleque: “Multiplique o seu exército e venha lutar.”

30Quando Zebul, governador da cidade, ouviu as palavras de Gaal, filho de Ebede, ficou furioso. 31E enviou, secretamente, mensageiros a Abimeleque, dizendo:

— Eis que Gaal, filho de Ebede, e seus irmãos vieram a Siquém e estão alvoroçando a cidade contra você. 32Levante-se de noite, você e o povo que estiver com você, e ponham-se de emboscada no campo. 33Levante-se pela manhã, ao sair o sol, e ataque a cidade. Quando Gaal com a sua gente sair para atacar, faça com ele o que estiver ao seu alcance.

Abimeleque vence Gaal e os siquemitas

34Assim, Abimeleque se levantou, de noite, e todo o povo que estava com ele, e se puseram de emboscada contra Siquém, em quatro grupos. 35Gaal, filho de Ebede, saiu e pôs-se à entrada do portão da cidade. Com isto Abimeleque e todo o povo que estava com ele se levantaram das emboscadas. 36Gaal viu aquele povo e disse a Zebul:

— Veja! Vem gente descendo do alto dos montes.

Mas Zebul respondeu:

— Você está vendo as sombras dos montes. Elas se parecem com homens.

37Porém Gaal tornou ainda a falar e disse:

— Veja! Vem gente descendo bem na nossa frente, e uma tropa vem vindo do caminho do carvalho dos Adivinhos.

38Então Zebul disse a Gaal:

— Onde ficaram, agora, as suas ameaças? Não foi você quem dizia: “Quem é Abimeleque, para que o sirvamos?” Não é este o povo que você desprezou? Pois saia agora e vá lutar contra ele.

39Gaal saiu à frente dos cidadãos de Siquém e lutou contra Abimeleque. 40Abimeleque perseguiu Gaal, que fugiu dele. E muitos feridos caíram até a entrada do portão da cidade. 41Abimeleque ficou em Arumá. E Zebul expulsou Gaal e seus irmãos, para que não ficassem morando em Siquém.

42No dia seguinte, o povo de Siquém saiu ao campo, e Abimeleque foi avisado disto. 43Então ele reuniu os seus homens, e os dividiu em três grupos, e os pôs de emboscada no campo. Quando Abimeleque viu que o povo saía da cidade, levantou-se contra eles e os atacou. 44Abimeleque e o grupo que estava com ele correram e tomaram posição junto à entrada da cidade, enquanto os dois outros grupos atacaram todos os que estavam no campo e os destroçaram. 45Abimeleque lutou contra a cidade durante todo aquele dia. Tomou a cidade e matou o povo que nela havia. Arrasou a cidade e espalhou sal sobre ela.

46Todos os cidadãos da Torre de Siquém souberam disso e entraram na fortaleza, no templo de El-Berite. 47Mas Abimeleque soube que todos os cidadãos da Torre de Siquém se haviam reunido. 48Então ele subiu o monte Salmom, ele e todo o seu povo. Abimeleque pegou um machado e cortou o galho de uma árvore. Ele o levantou, pôs no ombro e disse ao povo que estava com ele:

— O que vocês me viram fazer, façam também vocês, depressa.

49Assim, cada um deles cortou um galho e seguiu Abimeleque. Puseram os galhos ao redor da fortaleza, e os incendiaram. Assim, morreram todos os que estavam na Torre de Siquém, mais ou menos mil pessoas, homens e mulheres.

A morte de Abimeleque

50Então Abimeleque foi a Tebes, sitiou a cidade e a tomou. 51Havia, porém, no meio da cidade, uma torre forte, e todos os homens e mulheres, todos os moradores da cidade, fugiram para lá. Fecharam as portas da torre e subiram ao terraço. 52Abimeleque veio até a torre, lutou contra ela e se aproximou da porta para a incendiar. 53Mas uma mulher jogou uma pedra superior de moinho sobre a cabeça de Abimeleque e lhe quebrou o crânio. 54Então Abimeleque chamou depressa o moço, seu escudeiro, e lhe disse:

— Tire a sua espada e me mate, para que não se diga que uma mulher me matou.

O moço o atravessou com a espada, e ele morreu. 55Quando os homens de Israel viram que Abimeleque já estava morto, foram embora, cada um para a sua casa. 56Assim, Deus fez cair sobre Abimeleque o mal que ele havia feito a seu pai, ao matar os seus setenta irmãos. 57De igual modo, Deus fez cair sobre a cabeça dos homens de Siquém todo o mal que haviam praticado. Assim, veio sobre eles a maldição de Jotão, filho de Jerubaal.

Juízes 9NAAAbrir na Bíblia

Diálogo final

38.1—42.6

Primeira resposta de Deus a Jó

38.1—40.2

1Então, do meio de um redemoinho, o Senhor respondeu a Jó e disse:

2“Quem é este

que obscurece os meus planos

com palavras sem conhecimento?

3Cinja os lombos como homem,

pois eu lhe farei perguntas,

e você me responderá.”

Eu lancei os fundamentos da terra

4“Onde você estava,

quando eu lancei

os fundamentos da terra?

Responda, se você

tem entendimento.

5Quem determinou

as medidas da terra,

se é que você o sabe?

Ou quem estendeu sobre ela

uma linha de medir?

6Sobre o que estão firmadas

as suas bases

ou quem lhe assentou

a pedra angular,

7quando as estrelas da alva,

juntas, alegremente cantavam,

e todos os filhos de Deus

gritavam de alegria?”

8“Ou quem encerrou

o mar com portões,

quando irrompeu do ventre,

9quando eu lhe pus

as nuvens por vestimenta

e a escuridão por fraldas,

10quando eu lhe tracei limites,

e lhe pus ferrolhos e portas,

11e disse: ‘Até aqui

você pode chegar,

mas deste ponto não passará.

Aqui se quebrará o orgulho

das suas ondas’?”

De onde vêm a luz e a escuridão?

12“Alguma vez na vida

você deu ordens à madrugada

ou mostrou ao amanhecer

o seu lugar,

13para que agarrasse a terra

pelas extremidades

e dela sacudisse os perversos?

14A terra se modela

como o barro debaixo do selo,

e tudo se apresenta

como um vestido.

15Dos ímpios é retirada a sua luz,

e o braço levantado

para ferir se quebra.”

16“Você foi até

as nascentes do mar

ou percorreu o mais profundo

do abismo?

17Será que a você foram reveladas

as portas da morte?

Você viu essas portas

da região tenebrosa?

18Você tem noção clara

da largura da terra?

Responda, se você sabe tudo isso.”

19“Onde está o caminho

para a morada da luz?

E, quanto às trevas,

onde é o seu lugar,

20para que você as conduza

ao seu território

e conheça o caminho

para a sua casa?

21Você sabe isso,

porque nesse tempo

já era nascido

e porque é grande

o número dos seus dias!”

Quem faz a neve?

22“Você alguma vez

entrou nos depósitos da neve

ou viu os reservatórios do granizo,

23que eu guardo

até o tempo da angústia,

até o dia da batalha e da guerra?

24Qual é o caminho para o lugar

onde se difunde a luz

e onde o vento leste

se espalha sobre a terra?”

Quem faz a chuva, o orvalho, o gelo e a geada?

25“Quem abriu canais

para o aguaceiro

ou caminho para os relâmpagos

e trovões,

26para fazer chover sobre a terra

onde não há ninguém,

e nos lugares desertos

onde ninguém mora;

27para dessedentar a terra deserta

e assolada

e para fazer crescer

os renovos da erva?

28Por acaso a chuva tem pai?

Ou quem gera as gotas de orvalho?

29De que ventre procede o gelo?

E quem dá à luz a geada do céu?

30As águas ficam duras

como a pedra,

e a superfície das profundezas

se torna compacta.”

Você conhece as leis que governam o céu?

31“Será que você pode atar

as correntes do Sete-estrelo

ou soltar as cordas do Órion?

32Você pode fazer aparecer

as constelações a seu tempo

ou guiar a Ursa Maior

com os seus filhos?

33Você conhece as leis

que governam os céus,

e pode estabelecer

a sua influência sobre a terra?”

Quem pode derramar a chuva?

34“Você é capaz de levantar

a sua voz até as nuvens,

para que a abundância das águas

cubra você?

35Você pode dar ordens

aos relâmpagos,

para que saiam e lhe digam:

‘Às suas ordens!’?

36Quem pôs sabedoria no coração

ou deu entendimento à mente?

37Quem pode numerar

com sabedoria as nuvens?

Ou os cântaros dos céus,

quem os pode despejar,

38para que o pó se transforme

em massa sólida,

e os torrões se apeguem

uns aos outros?”

Quem alimenta os animais e as aves?

39“Será que é você que caça

a presa para a leoa

ou mata a fome dos leõezinhos,

40quando se agacham nos covis

e ficam à espreita nas suas covas?

41Quem prepara o alimento

para o corvo,

quando os seus filhotes

clamam a Deus

e andam vagueando,

por não terem o que comer?”

Sociedade Bíblica do Brasilv.4.19.0
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