Sociedade Bíblica do Brasil
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Plano de leitura da Bíblia – dia 127

Texto(s) da Bíblia

O discurso de Paulo em Atenas

16Enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se revoltava em face da idolatria dominante na cidade. 17Por isso, falava na sinagoga com os judeus e os gentios piedosos; também na praça, todos os dias, com os que se encontravam ali. 18E alguns dos filósofos epicureus e estoicos discutiam com ele, havendo quem perguntasse:

— Que quer dizer esse tagarela?

Outros diziam:

— Parece pregador de deuses estranhos.

Diziam isso porque Paulo pregava Jesus e a ressurreição.

19Então, tomando-o consigo, levaram-no ao Areópago, dizendo:

— Podemos saber que nova doutrina é essa que você ensina? 20Pois você nos traz aos ouvidos coisas estranhas e queremos saber o que vem a ser isso.

21Acontece que todos os de Atenas e os estrangeiros residentes não se ocupavam com outra coisa senão dizer ou ouvir as últimas novidades. 22Então Paulo, levantando-se no meio do Areópago, disse:

— Senhores atenienses! Percebo que em tudo vocês são bastante religiosos, 23porque, andando pela cidade e observando os objetos de culto que vocês têm, encontrei também um altar no qual aparece a seguinte inscrição: “Ao Deus Desconhecido”. Pois esse que vocês adoram sem conhecer é precisamente aquele que eu lhes anuncio.

24— O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas; 25nem é servido por mãos humanas, como se precisasse de alguma coisa, pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais. 26De um só homem fez todas as nações para habitarem sobre a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação; 27para buscarem Deus se, porventura, tateando, o possam achar, ainda que não esteja longe de cada um de nós; 28pois nele vivemos, nos movemos e existimos, como alguns dos poetas de vocês disseram: “Porque dele também somos geração.” 29Portanto, visto que somos geração de Deus, não devemos pensar que a divindade é semelhante ao ouro, à prata ou à pedra, trabalhados pela arte e imaginação do homem. 30Deus não levou em conta os tempos da ignorância, mas agora ele ordena a todas as pessoas, em todos os lugares, que se arrependam. 31Porque Deus estabeleceu um dia em que julgará o mundo com justiça, por meio de um homem que escolheu. E deu certeza disso a todos, ressuscitando-o dentre os mortos.

Uns zombam, outros creem

32Quando ouviram falar de ressurreição de mortos, uns zombaram, e outros disseram:

— A respeito disso ouviremos você em outra ocasião.

33A essa altura, Paulo se retirou do meio deles. 34Houve, porém, alguns homens que se juntaram a ele e creram; entre eles estava Dionísio, o areopagita, uma mulher chamada Dâmaris e, com eles, mais algumas pessoas.

Atos 17:16-34NAAAbrir na Bíblia

Gideão vence os midianitas

1Então Jerubaal, isto é, Gideão, se levantou de madrugada, e todo o povo que com ele estava, e acamparam junto à fonte de Harode, de maneira que o arraial dos midianitas ficava ao norte deles, no vale, perto do monte de Moré.

2O Senhor disse a Gideão:

— É demais o povo que está com você, para eu entregar os midianitas nas suas mãos. Israel poderia se gloriar contra mim, dizendo: “A minha própria mão me livrou.” 3Portanto, anuncie ao povo o seguinte: “Quem estiver assustado e com medo, saia da região montanhosa de Gileade e volte para casa.”

Então vinte e dois mil homens voltaram, e dez mil ficaram.

4Então o Senhor disse a Gideão:

— Ainda há povo demais. Faça-os descer até as águas, e ali eu os provarei para você. Aquele de quem eu disser: “Este irá com você”, esse de fato irá com você; porém todo aquele de quem eu disser: “Este não irá com você”, esse não irá.

5Gideão fez com que os homens descessem até as águas. Então o Senhor lhe disse:

— Todos os que lamberem a água com a língua, como faz o cachorro, esses você deve pôr à parte, separando-os daqueles que se ajoelharem para beber.

6O número dos que lamberam, levando a mão à boca, foi de trezentos homens. Todos os outros se ajoelharam para beber a água. 7Então o Senhor disse a Gideão:

— Com estes trezentos homens que lamberam a água eu livrarei vocês, e entregarei os midianitas nas suas mãos. Diga a todos os outros que voltem para casa.

8Os trezentos homens pegaram as provisões e as trombetas dos outros. Gideão mandou todos os homens de Israel cada um à sua tenda, porém reteve consigo os trezentos homens. O arraial dos midianitas estava abaixo dele, no vale.

9Naquela mesma noite, o Senhor lhe disse:

— Levante-se e ataque o arraial, porque o entreguei nas suas mãos. 10Se você ainda estiver com medo de atacar, desça ao arraial com o seu ajudante Pura 11e ouça o que eles dizem. Então você ganhará coragem e atacará o arraial.

Gideão desceu até a vanguarda do arraial com o seu ajudante Pura. 12Os midianitas, os amalequitas e todos os povos do Oriente cobriam o vale como uma nuvem de gafanhotos. Os camelos deles eram uma multidão inumerável como a areia que está na praia do mar. 13Quando Gideão se aproximou, eis que certo homem estava contando um sonho ao seu amigo. Ele dizia:

— Tive um sonho. Eis que um pão de cevada vinha rolando dentro do arraial dos midianitas. Bateu contra a tenda, de maneira que esta caiu, se virou de cima para baixo e ficou estendida no chão.

14O amigo respondeu:

— Isso não é outra coisa a não ser a espada de Gideão, filho de Joás, homem israelita. Deus entregou nas mãos dele os midianitas e todo este arraial.

15Quando Gideão ouviu o relato desse sonho e o seu significado, adorou a Deus. Voltou para o arraial de Israel e disse:

— Levantem-se, porque o Senhor entregou o arraial dos midianitas nas mãos de vocês.

16Então repartiu os trezentos homens em três companhias e entregou a cada homem uma trombeta e um cântaro vazio, com uma tocha dentro dele. 17E disse-lhes:

— Olhem para mim e façam como eu fizer. Quando eu chegar às imediações do arraial, assim como eu fizer, façam vocês também. 18Quando eu tocar a trombeta, e todos os que comigo estiverem, então vocês também tocarão a sua trombeta ao redor de todo o arraial e dirão: “Pelo Senhor e por Gideão!”

19Gideão e os cem homens que estavam com ele chegaram às imediações do arraial por volta da meia-noite, pouco tempo após a troca das guardas. Tocaram as trombetas e quebraram os cântaros que tinham nas mãos. 20Assim, as três companhias tocaram as trombetas e despedaçaram os cântaros. Seguravam a tocha na mão esquerda e a trombeta na mão direita. E gritavam: “Uma espada pelo Senhor e por Gideão!” 21E cada um permaneceu no seu lugar ao redor do arraial. Todo o exército dos midianitas começou a correr, a gritar e a fugir. 22Ao soar das trezentas trombetas, o Senhor tornou a espada de um contra o outro, e isto em todo o arraial, que fugiu na direção de Zererá, até Bete-Sita, até a divisa de Abel-Meolá, perto de Tabate.

23Então os homens de Israel, de Naftali, de Aser e de todo o Manassés foram convocados e perseguiram os midianitas. 24Gideão enviou mensageiros a todas as montanhas de Efraim, dizendo:

— Desçam para atacar os midianitas e impedir que eles passem pelas águas do Jordão até Bete-Bara.

Assim, todos os homens de Efraim foram convocados. E eles cortaram a passagem dos midianitas pelas águas do Jordão, até Bete-Bara. 25E prenderam dois príncipes dos midianitas, Orebe e Zeebe. Mataram Orebe no rochedo de Orebe e mataram Zeebe no lagar de Zeebe. Perseguiram os midianitas e trouxeram a cabeça de Orebe e a cabeça de Zeebe a Gideão, do outro lado do Jordão.

Juízes 7NAAAbrir na Bíblia

A derrota final dos midianitas

1Então os homens de Efraim disseram a Gideão:

— Que é isto que você fez conosco, não nos chamando quando foi lutar contra os midianitas?

E discutiram fortemente com ele. 2Porém ele lhes disse:

— Que mais fiz eu, agora, do que vocês? Não é fato que os poucos cachos de uvas deixados por Efraim são melhores do que toda a colheita de Abiezer? 3Deus entregou nas mãos de vocês os príncipes dos midianitas, Orebe e Zeebe. O que pude eu fazer em comparação com o que vocês fizeram?

Depois de ele dizer isto, abrandou-se a ira deles contra Gideão.

4Quando Gideão chegou ao Jordão, passou com os trezentos homens que com ele estavam, cansados mas ainda perseguindo os inimigos. 5E disse aos homens de Sucote:

— Por favor, deem alguns pães para estes que me seguem, pois estão cansados, e eu vou ao encalço de Zeba e Salmuna, reis dos midianitas.

6Porém os chefes de Sucote disseram:

— Será que você já tem Zeba e Salmuna em seu poder, para que demos pão ao exército que está com você?

7Então Gideão disse:

— Por isso, quando o Senhor entregar Zeba e Salmuna nas minhas mãos, rasgarei a carne de vocês com espinheiros e outras plantas do deserto.

8Dali Gideão foi a Penuel e fez o mesmo pedido aos homens daquele lugar. Mas esses de Penuel lhe responderam como os homens de Sucote lhe haviam respondido. 9Por isso também falou aos homens de Penuel, dizendo:

— Quando eu voltar em paz, derrubarei esta torre.

10Ora, Zeba e Salmuna estavam em Carcor com os seus exércitos, uns quinze mil homens, todos os que restaram do exército de povos do Oriente, pois cento e vinte mil homens que puxavam da espada tinham sido mortos. 11Gideão foi pelo caminho dos nômades, a leste de Noba e Jogbeá, e atacou aquele exército de surpresa. 12Zeba e Salmuna fugiram, mas Gideão os perseguiu. Ele prendeu os dois reis dos midianitas, Zeba e Salmuna, e deixou todo aquele exército em pânico.

13Quando Gideão, filho de Joás, voltou da batalha, pela subida de Heres, 14prendeu um moço de Sucote e lhe fez perguntas. E o moço deu por escrito o nome dos chefes e anciãos de Sucote, setenta e sete homens. 15Então Gideão foi falar com os homens de Sucote e lhes disse:

— Vejam! Aqui estão Zeba e Salmuna, a respeito dos quais vocês zombaram de mim, dizendo: “Será que você já tem Zeba e Salmuna em seu poder, para que demos pão aos seus homens cansados?”

16E prendeu os anciãos da cidade. Pegou espinheiros e outras plantas do deserto e, com eles, deu severa lição aos homens de Sucote. 17Derrubou a torre de Penuel e matou os homens da cidade. 18Depois perguntou a Zeba e a Salmuna:

— Como eram os homens que vocês mataram em Tabor?

E eles responderam:

— Como você, assim eram eles; cada um se parecia com um filho de rei.

19Gideão disse:

— Eram meus irmãos, filhos de minha mãe. Tão certo como vive o Senhor, se vocês os tivessem deixado com vida, eu não mataria vocês.

20E disse a Jéter, seu primogênito:

— Levante-se e mate-os.

Porém o moço não arrancou da sua espada, porque teve medo, pois ainda era jovem. 21Então Zeba e Salmuna disseram:

— Venha você mesmo e nos mate. Pois o homem é conhecido por sua valentia.

Gideão foi, matou Zeba e Salmuna e pegou os ornamentos em forma de meia-lua que estavam no pescoço dos camelos deles.

22Então os homens de Israel disseram a Gideão:

— Domine sobre nós, tanto você como o seu filho e o filho de seu filho, porque você nos livrou do poder dos midianitas.

23Porém Gideão lhes disse:

— Não dominarei sobre vocês, nem tampouco meu filho dominará sobre vocês. O Senhor Deus dominará sobre vocês.

24E Gideão continuou:

— Mas quero fazer um pedido: que cada um de vocês me dê as argolas do seu despojo.

É que os midianitas tinham argolas de ouro, pois eram ismaelitas. 25Então eles responderam:

— De bom grado as daremos.

E estenderam uma capa, e cada um deles colocou ali uma argola do seu despojo. 26O peso das argolas de ouro que pediu foi de uns vinte quilos de ouro — sem contar os ornamentos em forma de meia-lua, os pendentes e as roupas de púrpura que os reis dos midianitas usavam, e sem contar os ornamentos que os camelos traziam ao pescoço.

27Disso Gideão fez uma estola sacerdotal e a pôs na sua cidade, em Ofra. E todo o Israel se prostituiu ali, adorando essa estola. E isso veio a ser um tropeço para Gideão e toda a sua casa.

28Assim, os midianitas foram subjugados pelos filhos de Israel e nunca mais levantaram a cabeça. E a terra ficou em paz durante quarenta anos nos dias de Gideão.

A morte de Gideão

29Jerubaal, filho de Joás, retirou-se e ficou morando em sua casa. 30Gideão teve setenta filhos, todos provindos dele, porque tinha muitas mulheres. 31A sua concubina, que morava em Siquém, lhe deu também à luz um filho, e ele lhe deu o nome de Abimeleque. 32Gideão, filho de Joás, morreu em boa velhice e foi sepultado no túmulo de Joás, seu pai, em Ofra, cidade da família de Abiezer.

33Depois que Gideão morreu, os filhos de Israel voltaram a se prostituir com os baalins e puseram Baal-Berite por deus. 34Os filhos de Israel não se lembraram do Senhor, seu Deus, que os havia livrado do poder de todos os seus inimigos ao redor. 35Também não usaram de bondade com a casa de Jerubaal, a saber, Gideão, segundo todo o bem que ele tinha feito a Israel.

Juízes 8NAAAbrir na Bíblia

1“Diante disto,

o meu coração treme

e salta do seu lugar.

2Ouçam atentamente

o trovão de Deus,

o estrondo que sai da sua boca.

3Ele o solta por baixo

de todos os céus,

e o seu relâmpago chega

até os confins da terra.

4Depois deste, ruge a sua voz,

troveja com o estrondo

da sua majestade,

e ele já não retém o relâmpago

quando se ouve a sua voz.

5Com a sua voz Deus

troveja maravilhosamente;

ele faz grandes coisas,

que nós não compreendemos.

6Porque ele diz à neve:

‘Caia sobre a terra’;

e à chuva e ao aguaceiro:

‘Sejam fortes’.

7Assim, ele torna inativas

as mãos de todos,

para que reconheçam

as obras dele.

8Os animais entram

nos seus esconderijos

e ficam nas suas cavernas.

9De suas recâmaras

sai a tempestade,

e os ventos fortes trazem o frio.

10Pelo sopro de Deus

se dá a geada,

e uma grande extensão de água

congela.

11Carrega de umidade

as densas nuvens,

e do meio delas

irradia o seu relâmpago.

12Então as nuvens,

segundo o rumo que ele dá,

se espalham

para uma e outra direção,

para fazerem tudo

o que lhes ordena

sobre a superfície da terra.

13E tudo isso ele faz vir

para disciplina,

se convém à terra,

ou para exercer

a sua misericórdia.”

Deus é perfeito em conhecimento

14“Dê ouvidos a isto, Jó;

pare e pense

nas maravilhas de Deus.

15Será que você sabe

como Deus comanda as nuvens

e como faz resplandecer

o relâmpago da sua nuvem?

16Será que você sabe algo

sobre o equilíbrio das nuvens

e sobre as maravilhas

daquele que é perfeito

em conhecimento?

17Você, cujas roupas

ficam aquecidas

quando há forte calor

por causa do vento sul,

18será que você pode ajudar

Deus a estender o firmamento,

que é sólido como espelho

de metal fundido?

19Ensine-nos o que devemos

dizer a ele,

porque nós, envoltos em trevas,

não podemos expor

a nossa causa diante dele.

20Será que alguém deveria

contar a Deus que eu quero

falar com ele?

Se alguém fizesse isso,

seria devorado.”

21“Eis que ninguém

pode olhar para o sol,

que brilha no céu,

uma vez passado o vento

que o deixa limpo.

22Do norte vem o áureo esplendor,

pois Deus está cercado

de tremenda majestade.

23Quanto ao Todo-Poderoso,

não o podemos compreender.

Ele é grande em poder,

porém não perverte o juízo

e a plenitude da justiça.

24Por isso, as pessoas o temem;

ele não olha

para os que se julgam sábios.”

Sociedade Bíblica do Brasilv.4.19.0
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