Sociedade Bíblica do Brasil
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Dia 94 na Palavra

Texto(s) da Bíblia

Prefácio e saudação

1Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco obtiveram fé igualmente preciosa na justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo.

2Que a graça e a paz lhes sejam multiplicadas, no pleno conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor.

A prática das virtudes cristãs e seus resultados

3Pelo poder de Deus nos foram concedidas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo pleno conhecimento daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude. 4Por meio delas, ele nos concedeu as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por elas vocês se tornem coparticipantes da natureza divina, tendo escapado da corrupção das paixões que há no mundo. 5Por causa disso, concentrando todos os seus esforços, acrescentem à fé que vocês têm a virtude; à virtude, o conhecimento; 6ao conhecimento, o domínio próprio; ao domínio próprio, a perseverança; à perseverança, a piedade; 7à piedade, a fraternidade; à fraternidade, o amor. 8Porque essas qualidades, estando presentes e aumentando cada vez mais, farão com que vocês não sejam nem inativos, nem infrutíferos no pleno conhecimento do nosso Senhor Jesus Cristo. 9Pois aquele que não tem estas coisas é cego, vendo só o que está perto, e se esqueceu da purificação dos seus antigos pecados. 10Por isso, irmãos, procurem, com empenho cada vez maior, confirmar a vocação e a eleição de vocês; porque, fazendo assim, vocês jamais tropeçarão. 11Pois desta maneira é que lhes será amplamente suprida a entrada no Reino eterno do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

12Por esta razão, sempre estarei pronto para fazer com que vocês se lembrem destas coisas, embora já as conheçam e tenham sido confirmados na verdade que receberam. 13Também considero justo, enquanto estou neste tabernáculo, despertar essas lembranças em vocês, 14certo de que estou prestes a deixar o meu tabernáculo, como efetivamente nosso Senhor Jesus Cristo me revelou. 15Mas, de minha parte, me esforçarei ao máximo para que sempre, mesmo depois da minha partida, vocês se lembrem dessas coisas.

A superioridade da palavra de Deus

16Porque não lhes demos a conhecer o poder e a vinda do nosso Senhor Jesus Cristo seguindo fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos testemunhas oculares da sua majestade. 17Porque ele recebeu honra e glória da parte de Deus Pai, quando, pela Suprema Glória, lhe foi enviada a seguinte voz: “Este é o meu Filho amado, em quem me agrado.” 18Ora, nós ouvimos esta voz vinda do céu quando estávamos com ele no monte santo. 19Assim, temos ainda mais segura a palavra profética, e vocês fazem bem em dar atenção a ela, como a uma luz que brilha em lugar escuro, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça no coração de vocês. 20Primeiramente, porém, saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal; 21porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo.

2Pedro 1NAAAbrir na Bíblia

A vinda do Senhor

1Amados, esta é, agora, a segunda carta que escrevo a vocês. Em ambas, procuro, com lembranças, despertar a mente esclarecida de vocês, 2para que se lembrem das palavras que, anteriormente, foram ditas pelos santos profetas, e também se lembrem do mandamento do Senhor e Salvador, que os apóstolos de vocês lhes ensinaram. 3Antes de tudo, saibam que, nos últimos dias, virão escarnecedores com as suas zombarias, andando segundo as próprias paixões 4e dizendo: “Onde está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais morreram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.”

5Acontece que, de propósito, esquecem que os céus existem desde muito tempo, e que a terra surgiu da água e através da água pela palavra de Deus. 6Com base nesta palavra também o mundo daquele tempo foi destruído, afogado em água. 7Pela mesma palavra, os céus e a terra que agora existem têm sido guardados para o fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e da destruição dos ímpios.

8Mas há uma coisa, amados, que vocês não devem esquecer: que, para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos são como um dia. 9O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a julguem demorada. Pelo contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento. 10Porém, o Dia do Senhor virá como um ladrão. Naquele dia os céus passarão com grande estrondo, e os elementos se desfarão pelo fogo. Também a terra e as obras que nela existem desaparecerão.

Como esperar o Senhor

11Uma vez que tudo será assim desfeito, vocês devem ser pessoas que vivem de maneira santa e piedosa, 12esperando e apressando a vinda do Dia de Deus. Por causa desse dia, os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos se derreterão pelo calor. 13Nós, porém, segundo a promessa de Deus, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita a justiça.

14Por essa razão, amados, esperando estas coisas, esforcem-se para que Deus os encontre sem mácula, sem culpa e em paz. 15E considerem a longanimidade do nosso Senhor como oportunidade de salvação, como também o nosso amado irmão Paulo escreveu a vocês, segundo a sabedoria que lhe foi dada, 16ao falar a respeito destes assuntos, como, de fato, costuma fazer em todas as suas cartas. Nelas há certas coisas difíceis de entender, que aqueles que não têm instrução e são instáveis deturparão, como também deturparão as demais Escrituras, para a própria destruição deles.

17Portanto, vocês, meus amados, visto que já sabem disso, tenham cuidado para que não sejam arrastados pelo erro desses insubordinados e caiam da posição segura em que se encontram. 18Pelo contrário, cresçam na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno.

2Pedro 3NAAAbrir na Bíblia

Profecia a respeito dos amonitas

1A respeito dos filhos de Amom, assim diz o Senhor:

“Por acaso Israel não tem filhos?

Não tem herdeiro?

Então por que Milcom herdou

o território de Gade,

e o seu povo mora

nas cidades dessa tribo?

2Portanto, eis que vêm dias”,

diz o Senhor,

“em que farei ouvir

o alarido de guerra

em Rabá dos filhos de Amom.

Ela se tornará

um montão de ruínas,

e as suas aldeias serão queimadas;

e Israel retomará a herança

que lhe havia sido tirada”,

diz o Senhor.

3“Chore, povo de Hesbom,

porque a cidade de Ai foi destruída.

Gritem, filhos de Rabá,

vistam roupa feita de pano de saco,

lamentem e deem voltas

por entre as muralhas.

Porque Milcom irá para o cativeiro,

junto com os seus sacerdotes

e os seus príncipes.

4Por que você se orgulha nos vales,

nos seus vales férteis,

ó filha rebelde,

que confia nos seus tesouros,

dizendo: ‘Quem me atacará?’

5Eis que de todos os lados

trarei terror sobre você”,

diz o Senhor,

o Senhor dos Exércitos.

“Vocês serão dispersos,

cada um numa direção,

e não haverá quem consiga

reunir os fugitivos.”

6— Mas depois disto mudarei a sorte dos filhos de Amom, diz o Senhor.

Profecia a respeito dos edomitas

7A respeito de Edom, assim diz o Senhor dos Exércitos:

“Por acaso não existe mais

sabedoria em Temã?

Será que pereceu

o conselho dos sábios?

Desvaneceu a sabedoria deles?

8Fujam, voltem,

escondam-se em cavernas,

ó moradores de Dedã,

porque eu trarei sobre ele

a ruína de Esaú,

o tempo do seu castigo.

9Se os que colhem uvas

fossem até você,

não deixariam pelo menos

alguns cachos?

Se ladrões viessem de noite,

não danificariam

só o que lhes bastasse?

10Mas eu despi Esaú,

descobri os seus esconderijos,

e não poderá se esconder.

Está destruída a sua descendência,

bem como os seus irmãos

e vizinhos,

e ele já não existe.

11Deixe os seus órfãos,

que eu os guardarei em vida;

e as suas viúvas

podem confiar em mim.”

12— Porque assim diz o Senhor: “Se até os que não estavam condenados a beber o cálice terão de bebê-lo, por que você ficaria impune? Você não ficará impune, mas certamente beberá esse cálice. 13Porque por mim mesmo jurei”, diz o Senhor, “que Bozra será objeto de horror, de deboche, de desolação e de maldição; e todas as suas cidades se tornarão em ruínas perpétuas.”

Os pecados e o castigo de Edom

14Eu ouvi uma notícia

vinda do Senhor,

e um mensageiro foi enviado

às nações para lhes dizer:

“Reúnam-se

e venham atacar Edom!

Preparem-se para a guerra.”

15“Eis que fiz de você

uma nação pequena

entre as outras,

desprezada entre os povos.

16O terror que você inspira

e o orgulho do seu coração

o enganaram.

Você, que vive nas fendas

das rochas

e ocupa as alturas dos montes,

ainda que eleve o seu ninho

como a águia,

de lá eu o derrubarei”,

diz o Senhor.

17— Assim, Edom será objeto de horror; todo aquele que passar por ele ficará espantado e zombará por causa do desastre que lhe aconteceu. 18Como na destruição de Sodoma e Gomorra e das suas cidades vizinhas, diz o Senhor, assim não habitará ninguém ali, nem morará nele homem algum. 19Eis que, assim como o leão sobe da floresta do Jordão contra o rebanho em pasto verde, assim, num momento, farei com que Edom fuja dali. E estabelecerei sobre ele a quem eu escolher. Pois quem é semelhante a mim? Quem me pedirá contas? E quem é o pastor que me poderá resistir?

20— Portanto, ouçam a decisão que o Senhor tomou contra Edom, e os planos que ele fez contra os moradores de Temã. Certamente até os menores do rebanho serão arrastados. Certamente as suas moradas serão destruídas por causa deles. 21A terra tremerá com o estrondo da sua queda; e os seus gritos serão ouvidos até o mar Vermelho. 22Eis que um inimigo, como águia, subirá, voará e estenderá as suas asas contra Bozra. Naquele dia, o coração dos valentes de Edom será como o coração da mulher que está em dores de parto.

Profecia a respeito de Damasco

23A respeito de Damasco.

“As cidades de Hamate

e Arpade estão envergonhadas;

e, tendo ouvido más notícias,

cambaleiam;

são como o mar agitado,

que não se pode sossegar.

24Damasco está enfraquecida;

virou as costas para fugir.

Tremor tomou conta dela;

angústia e dores lhe sobrevieram,

como de mulher

que está dando à luz.

25Como está abandonada

a famosa cidade,

a cidade da alegria!

26Portanto, os seus jovens

cairão nas suas praças;

todos os homens de guerra

serão reduzidos

a silêncio naquele dia”,

diz o Senhor dos Exércitos.

27“Porei fogo nas muralhas

de Damasco,

o qual queimará os palácios

de Ben-Hadade.”

Profecia a respeito de Quedar e de Hazor

28A respeito de Quedar e dos reinos de Hazor, que foram derrotados por Nabucodonosor, rei da Babilônia, assim diz o Senhor:

“Levantem-se e ataquem Quedar;

destruam esse povo do Oriente.

29Eles pegarão as suas tendas,

os seus rebanhos;

levarão embora as lonas

das suas tendas,

todos os seus bens

e os seus camelos;

e lhes gritarão:

‘Há terror por todos os lados!’

30Fujam, afastem-se

para bem longe,

escondam-se em cavernas,

ó moradores de Hazor”,

diz o Senhor.

“Porque Nabucodonosor,

rei da Babilônia,

tomou uma decisão

e formou um plano contra vocês.

31Levantem-se, babilônios,

e ataquem uma nação

que vive em paz

e sem desconfiar de nada”,

diz o Senhor;

“que não tem portões,

nem ferrolhos;

eles vivem isolados.

32Os seus camelos

serão para presa,

e os seus muitos rebanhos de gado

serão levados como despojo.

Espalharei a todos os ventos

aqueles que cortam

os cabelos nas têmporas

e de todos os lados

lhes trarei a ruína”,

diz o Senhor.

33“Hazor se tornará

em morada de chacais,

um lugar desolado para sempre.

Ninguém vai morar ali,

homem nenhum habitará nela.”

Profecia a respeito de Elão

34Palavra do Senhor que veio ao profeta Jeremias a respeito de Elão, no princípio do reinado de Zedequias, rei de Judá. 35Assim diz o Senhor dos Exércitos:

— Eis que eu quebrarei o arco de Elão, a fonte do seu poder. 36Trarei sobre Elão os quatro ventos dos quatro cantos da terra e os dispersarei na direção de todos esses ventos; e não haverá país aonde não cheguem os fugitivos de Elão. 37Farei com que o povo de Elão trema diante dos seus inimigos e diante dos que querem matá-los. Farei vir sobre os elamitas o mal, o furor da minha ira, diz o Senhor; e enviarei a espada após eles, até que eu os tenha destruído. 38Porei o meu trono em Elão e destruirei dali o rei e os oficiais, diz o Senhor. 39Mas, nos últimos dias, mudarei a sorte de Elão, diz o Senhor.

Jeremias 49NAAAbrir na Bíblia

A queda de Jerusalém

2Rs 24.18—25.7; 2Cr 36.11-21; Jr 39.1-7

1Zedequias tinha vinte e um anos de idade quando começou a reinar e reinou onze anos em Jerusalém. A mãe dele se chamava Hamutal e era filha de Jeremias, de Libna. 2Zedequias fez o que era mau aos olhos do Senhor, segundo tudo o que Jeoaquim havia feito. 3Foi por causa da ira do Senhor contra Jerusalém e contra Judá que isto aconteceu, a ponto de os rejeitar da sua presença.

Zedequias rebelou-se contra o rei da Babilônia. 4Aconteceu que, no nono ano do reinado de Zedequias, aos dez dias do décimo mês, Nabucodonosor, rei da Babilônia, veio contra Jerusalém, ele e todo o seu exército. Sitiaram a cidade e construíram rampas de ataque ao redor dela. 5A cidade ficou sitiada até o décimo primeiro ano do reinado de Zedequias. 6Aos nove dias do quarto mês, quando a cidade se via apertada pela fome, e não havia pão para o povo da terra, 7a cidade foi arrombada. Embora os caldeus estivessem em volta da cidade, todos os homens de guerra fugiram e saíram de noite pelo caminho do portão que fica entre as duas muralhas perto do jardim do rei. Fugiram na direção do vale do Jordão. 8Mas o exército dos caldeus perseguiu o rei Zedequias e o alcançou nas campinas de Jericó; e todo o exército deste se dispersou e o abandonou. 9Então Zedequias foi preso e levado ao rei da Babilônia, em Ribla, na terra de Hamate, o qual lhe pronunciou a sentença. 10O rei da Babilônia mandou matar os filhos de Zedequias à vista deste; também mandou matar todas as autoridades de Judá, em Ribla. 11Mandou furar os olhos de Zedequias, amarrou-o com correntes de bronze, levou-o à Babilônia e o conservou no cárcere até o dia da sua morte.

A destruição do templo

2Rs 25.8-17; 2Cr 36.17-21

12No décimo dia do quinto mês, no décimo nono ano do reinado de Nabucodonosor, rei da Babilônia, Nebuzaradã, chefe da guarda e servidor do rei da Babilônia, veio a Jerusalém. 13Ele queimou a Casa do Senhor e o palácio real, bem como todas as casas de Jerusalém. Também entregou às chamas todas as construções importantes. 14Todo o exército dos caldeus que estava com o chefe da guarda derrubou todas as muralhas ao redor de Jerusalém. 15Nebuzaradã, o chefe da guarda, levou cativos os mais pobres do povo, o resto do povo que havia ficado na cidade, os desertores que se entregaram ao rei da Babilônia e o restante da população. 16Porém Nebuzaradã, o chefe da guarda, deixou alguns dos mais pobres da terra para serem vinhateiros e lavradores.

17Os caldeus cortaram em pedaços as colunas de bronze que estavam na Casa do Senhor, bem como os suportes e o mar de bronze que estavam na Casa do Senhor; e levaram todo o bronze para a Babilônia. 18Levaram também as panelas, as pás, os apagadores, as bacias, os recipientes de incenso e todos os utensílios de bronze, com que se ministrava. 19O chefe da guarda levou também os copos, os braseiros, as bacias, as panelas, os candelabros, os recipientes de incenso e as taças, tudo o que fosse de ouro ou de prata. 20Quanto às duas colunas, ao mar de bronze e aos doze touros de bronze que o sustentavam, e que Salomão havia feito para a Casa do Senhor, o peso do bronze de todos esses utensílios era incalculável. 21Quanto às colunas, a altura de uma era de oito metros, e um cordão de cinco metros e trinta e cinco a cercava. Eram ocas, e a grossura do metal era de dez centímetros. 22Sobre ela havia um capitel de bronze; a altura de cada capitel era de dois metros e vinte. A obra de rede e as romãs sobre o capitel ao redor eram de bronze. 23Semelhante a esta era a outra coluna com as romãs. Havia noventa e seis romãs aos lados; todas as romãs sobre a obra de rede ao redor eram cem.

O povo de Judá é levado para a Babilônia

2Rs 25.18-21

24O chefe da guarda também levou cativos Seraías, sumo sacerdote, Sofonias, segundo sacerdote, e os três guardas da porta. 25Da cidade ele levou um oficial, que era comandante das tropas de guerra, e sete conselheiros do rei que ainda estavam na cidade, bem como o escrivão-chefe do exército, que alistava o povo da terra, e sessenta homens do povo do lugar, que estavam na cidade. 26Nebuzaradã, o chefe da guarda, levou-os ao rei da Babilônia, em Ribla. 27O rei da Babilônia os matou ali mesmo, em Ribla, na terra de Hamate.

Assim Judá foi levado cativo para fora de sua terra. 28Este é o povo que Nabucodonosor levou para o exílio: no sétimo ano, três mil e vinte e três judeus; 29no décimo oitavo ano de Nabucodonosor, ele levou cativas de Jerusalém oitocentas e trinta e duas pessoas; 30no vigésimo terceiro ano de Nabucodonosor, Nebuzaradã, o chefe da guarda, levou cativas, dentre os judeus, setecentas e quarenta e cinco pessoas. Ao todo, foram levadas quatro mil e seiscentas pessoas.

O rei Joaquim é libertado

2Rs 25.27-30

31No trigésimo sétimo ano do cativeiro de Joaquim, rei de Judá, no dia vinte e cinco do décimo segundo mês, Evil-Merodaque, rei da Babilônia, no ano em que começou a reinar, libertou Joaquim, rei de Judá, e o fez sair do cárcere. 32Falou com ele de modo bondoso e lhe deu um lugar de mais honra do que a dos reis que estavam com ele na Babilônia. 33Permitiu que ele deixasse de usar as roupas de prisioneiro, e Joaquim passou a comer na presença dele todos os dias da sua vida. 34E da parte do rei da Babilônia lhe foi dada subsistência vitalícia, uma pensão diária, até o dia da sua morte, durante todos os dias da sua vida.

Jeremias 52NAAAbrir na Bíblia

Jerusalém destruída

Álefe — 1Como jaz solitária

a cidade outrora populosa!

Tornou-se como viúva

a que foi grande entre as nações!

Princesa entre as províncias,

ficou sujeita a trabalhos forçados!

Bete — 2Chora amargamente

de noite,

e as lágrimas lhe correm

pelo rosto.

Entre todos os seus amantes

não tem quem a console.

Todos os seus amigos a traíram;

tornaram-se seus inimigos.

Guímel — 3Judá foi levado ao exílio,

afligido e sob grande servidão;

agora habita entre as nações,

sem encontrar descanso.

Todos os seus perseguidores

o apanharam nas suas angústias.

Dálete — 4Os caminhos de Sião

estão de luto,

porque não há quem venha

à reunião solene.

Todas as suas portas

estão desertas,

os seus sacerdotes

vivem gemendo,

as suas virgens estão tristes,

e ela mesma se acha em amargura.

Hê — 5Os seus adversários

a dominam,

os seus inimigos prosperam.

Porque o Senhor a afligiu,

por causa da multidão

das suas transgressões;

os seus filhinhos tiveram de ir

para o exílio,

na frente dos adversários.

Vau — 6Da filha de Sião já se passou

todo o esplendor.

Os seus príncipes ficaram sendo

como corços que não acham pasto

e caminham exaustos

na frente do perseguidor.

Zaine — 7Agora que está aflita

e andando sem rumo,

Jerusalém se lembra

de todas as coisas preciosas

que teve nos tempos antigos.

Ela se recorda de como o seu povo

caiu nas mãos do adversário,

sem que ninguém

viesse socorrê-la,

e de como os adversários a viram

e deram risada da sua queda.

Hete — 8Jerusalém pecou

gravemente;

por isso, se tornou repugnante.

Todos os que a honravam

agora a desprezam,

porque viram a sua nudez;

ela também geme

e se retira envergonhada.

Tete — 9A sua impureza está

nas suas saias.

Ela não pensava

no que poderia acontecer;

por isso, caiu de modo espantoso

e não tem quem a console.

“Vê, Senhor, a minha aflição,

porque o inimigo se exalta.”

Iode — 10O adversário pôs a mão

em todas as coisas preciosas dela.

Ela viu as nações entrarem

no seu santuário,

apesar de teres proibido

que entrassem

na tua congregação.

Cafe — 11Todo o seu povo

anda gemendo

e à procura de pão;

trocaram as suas coisas preciosas

por mantimento,

para poderem restaurar as forças.

“Vê, Senhor, e contempla,

pois me tornei desprezível.”

Lâmede — 12“Todos vocês que passam

pelo caminho,

será que isto não os comove?

Olhem e vejam se há dor

igual à minha,

essa dor que me sobreveio,

com que o Senhor me afligiu

no dia do furor da sua ira.”

Mem — 13“Lá do alto ele enviou fogo

aos meus ossos,

o qual se apoderou deles;

estendeu uma rede aos meus pés,

e me fez voltar para trás;

deixou-me desolada

e sofrendo todo o dia.”

Num — 14“Ele, com a sua mão,

fez das minhas transgressões

um jugo;

elas foram entretecidas

e penduradas no meu pescoço.

O Senhor abateu a minha força;

ele me entregou

nas mãos daqueles

contra os quais não posso resistir.”

Sâmeque — 15“O Senhor dispersou

todos os valentes

que estavam comigo;

convocou um exército contra mim,

para esmagar os meus jovens;

o Senhor pisou, como num lagar,

a virgem filha de Judá.”

Aim — 16“Por estas coisas, eu choro;

os meus olhos, os meus olhos

se desfazem em lágrimas.

Porque o consolador,

que devia restaurar

as minhas forças,

se afastou de mim.

Os meus filhos estão desolados,

porque o inimigo prevaleceu.”

Pê — 17Sião estende as mãos,

e não há quem a console.

O Senhor ordenou

a respeito de Jacó

que os seus vizinhos se tornem

seus inimigos;

para eles, Jerusalém

se tornou coisa impura.

Tsadê — 18“Justo é o Senhor,

pois me rebelei

contra a sua palavra.

Escutem, todos os povos,

e vejam a minha dor;

as minhas virgens e os meus jovens

foram levados para o cativeiro.”

Cofe — 19“Chamei os meus amantes,

mas eles me enganaram;

os meus sacerdotes

e os meus anciãos

morreram na cidade,

quando estavam

à procura de mantimento

para restaurarem as suas forças.”

Rexe — 20“Olha, Senhor,

porque estou angustiada!

A minha alma se agita,

o meu coração está transtornado

dentro de mim,

porque gravemente

me rebelei contra ti.

Lá fora, a espada mata os filhos;

aqui dentro, a morte se propaga.”

Chim — 21“Ouvem-se os meus

gemidos,

mas não tenho quem me console.

Todos os meus inimigos

que souberam

da minha desgraça

se alegram, porque tu a fizeste

cair sobre mim;

mas, quando trouxeres

o dia que anunciaste,

eles serão semelhantes a mim.”

Tau — 22“Venha toda a sua iniquidade

à tua presença,

e faze com eles

como fizeste comigo

por causa de todas

as minhas transgressões;

porque os meus gemidos

são muitos,

e o meu coração desfalece.”

Lamentações 1NAAAbrir na Bíblia

Oração pedindo misericórdia

1Lembra-te, Senhor,

do que nos aconteceu;

considera e olha

para a nossa desgraça.

2A nossa herança foi entregue

a estranhos,

e as nossas casas,

a estrangeiros.

3Somos órfãos,

já não temos pai;

as nossas mães

são como viúvas.

4Temos de comprar

a nossa própria água;

temos de pagar

pela nossa própria lenha.

5Os nossos perseguidores

estão sobre o nosso pescoço;

estamos exaustos

e não temos descanso.

6Submetemo-nos aos egípcios

e aos assírios,

para nos fartarem de pão.

7Nossos pais pecaram

e já não existem;

nós é que recebemos o castigo

pelas suas iniquidades.

8Escravos dominam sobre nós;

não há ninguém

que nos livre das suas mãos.

9Arriscamos a vida

para conseguir o nosso pão,

por causa da ameaça

que vem do deserto.

10Nossa pele queima

como um forno,

por causa do ardor da fome.

11As mulheres foram

violentadas em Sião;

as virgens, nas cidades de Judá.

12Enforcaram os príncipes,

não tiveram nenhum respeito

pelos velhos.

13Os jovens são obrigados

a virar os moinhos;

os meninos tropeçam

debaixo das cargas de lenha.

14Os anciãos já não se reúnem

junto ao portão da cidade;

os jovens já não cantam mais.

15Cessou a alegria

de nosso coração;

a nossa dança se transformou

em lamentações.

16Caiu a coroa da nossa cabeça.

Ai de nós, porque pecamos!

17Por causa disso,

o nosso coração está doente;

por causa dessas coisas,

os nossos olhos se escureceram.

18Pelo monte Sião,

que está abandonado,

vagueiam os chacais.

19Tu, Senhor,

reinas eternamente,

o teu trono subsiste

de geração em geração.

20Por que te esquecerias

de nós para sempre?

Por que nos desampararias

por tanto tempo?

21Converte-nos a ti, Senhor,

e seremos convertidos;

renova os nossos dias como

antigamente.

22Por que nos rejeitarias de vez?

Por que ficarias tão enfurecido

contra nós?

Lamentações 5NAAAbrir na Bíblia

Súplica por libertação

Salmo de Davi

1Ouve, Senhor, a minha oração,

dá ouvidos às minhas súplicas.

Responde-me,

segundo a tua fidelidade,

segundo a tua justiça.

2Não entres em juízo

com o teu servo,

porque à tua vista

não há justo nenhum vivente.

3Pois o inimigo tem perseguido

a minha alma;

tem lançado por terra a minha vida;

tem-me feito habitar na escuridão,

como aqueles que morreram

há muito tempo.

4Por isso, dentro de mim

esmorece o meu espírito,

e o coração está aflito.

5Lembro-me dos dias de outrora,

penso em todos os teus feitos

e medito nas obras das tuas mãos.

6A ti levanto as mãos;

a minha alma anseia por ti

como terra sedenta.

7Senhor, responde-me depressa!

O meu espírito desfalece;

não me escondas a tua face,

para que eu não me torne

como os que baixam à cova.

8Faze-me ouvir, pela manhã,

da tua graça,

pois em ti confio;

mostra-me o caminho

por onde devo andar,

porque a ti elevo a minha alma.

9Livra-me, Senhor,

dos meus inimigos;

pois em ti é que me refugio.

10Ensina-me a fazer a tua vontade,

pois tu és o meu Deus;

que o teu bom Espírito me guie

por terreno plano.

11Vivifica-me, Senhor,

por amor do teu nome;

por amor da tua justiça,

tira a minha alma da angústia.

12E, por tua misericórdia,

acaba com os meus inimigos

e destrói todos

os meus adversários,

pois eu sou teu servo.

Salmos 143NAAAbrir na Bíblia

Louvor ao Deus poderoso

1Aleluia!

Bom e amável é cantar louvores

ao nosso Deus;

fica-lhe bem o cântico de louvor.

2O Senhor edifica Jerusalém

e congrega os dispersos de Israel.

3Ele sara os que têm

o coração quebrantado

e trata das feridas deles.

4Conta o número das estrelas,

chamando-as todas

pelo seu nome.

5Grande é o Senhor nosso

e mui poderoso;

o seu entendimento

não se pode medir.

6O Senhor ampara os humildes,

mas faz com que os ímpios

caiam por terra.

7Cantem ao Senhor

com ações de graças;

ao som da harpa,

cantem louvores ao nosso Deus,

8que cobre de nuvens o céu,

prepara a chuva para a terra,

faz brotar nos montes a erva

9e dá o alimento aos animais

e aos filhos dos corvos,

quando clamam.

10Não faz caso da força do cavalo,

nem se compraz

nos músculos do guerreiro.

11O Senhor se agrada

dos que o temem

e dos que esperam

na sua misericórdia.

12Louve o Senhor, ó Jerusalém!

Louve o seu Deus, ó Sião!

13Pois ele reforçou

as trancas dos seus portões

e abençoou os que habitam

em seu meio.

14Estabeleceu a paz

em seu território

e farta você com o melhor do trigo.

15Ele envia as suas ordens à terra,

e sua palavra corre velozmente.

16Faz cair a neve como lã

e espalha a geada como cinza.

17Faz cair o seu gelo

como se fossem migalhas;

quem pode resistir ao seu frio?

18Manda a sua palavra

e o gelo se derrete;

faz soprar o vento,

e as águas correm.

19Anuncia a sua palavra a Jacó,

as suas leis e os seus preceitos,

a Israel.

20Não fez assim

com nenhuma outra nação;

todas ignoram os seus preceitos.

Aleluia!

Salmos 147NAAAbrir na Bíblia
Sociedade Bíblica do Brasilv.4.19.0
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