Sociedade Bíblica do Brasil
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Dia 64 na Palavra

Texto(s) da Bíblia

Jesus diante de Pilatos

Mt 27.1-2,11-14; Lc 23.1-5; Jo 18.28-38a

1Logo pela manhã, os principais sacerdotes entraram em conselho com os anciãos, os escribas e todo o Sinédrio; e, amarrando Jesus, levaram-no e o entregaram a Pilatos. 2Pilatos perguntou:

— Você é o rei dos judeus?

Jesus respondeu:

— O senhor está dizendo isso.

3E os principais sacerdotes o acusavam de muitas coisas. 4Então Pilatos tornou a perguntar:

— Você não vai responder nada? Veja quantas acusações fazem contra você!

5Jesus, porém, não disse mais nada, a ponto de Pilatos muito se admirar.

Jesus é condenado à morte

Mt 27.15-26; Lc 23.13-25; Jo 18.38b—19.16

6Ora, por ocasião da festa, era costume soltar ao povo um dos presos, aquele que eles pedissem. 7Havia um, chamado Barrabás, preso com rebeldes, os quais em um tumulto haviam cometido homicídio. 8Vindo a multidão, começou a pedir que Pilatos lhes fizesse como de costume. 9E Pilatos lhes respondeu, dizendo:

— Vocês querem que eu lhes solte o rei dos judeus?

10Pois ele bem percebia que era por inveja que os principais sacerdotes lhe haviam entregado Jesus. 11Mas os principais sacerdotes incitaram a multidão no sentido de que lhes soltasse, de preferência, Barrabás. 12E Pilatos lhes perguntou:

— O que, então, vocês querem que eu faça com este a quem vocês chamam de rei dos judeus?

13Eles gritaram:

— Crucifique-o!

14Mas Pilatos lhes disse:

— Que mal fez ele?

Porém eles gritavam cada vez mais:

— Crucifique-o!

15Então Pilatos, querendo contentar a multidão, lhes soltou Barrabás. E, depois de mandar açoitar Jesus, entregou-o para ser crucificado.

Os soldados zombam de Jesus

Mt 27.27-31; Jo 19.2-3

16Então os soldados levaram Jesus para dentro do palácio, que é o Pretório, e reuniram toda a tropa. 17Vestiram Jesus com um manto púrpura e, tecendo uma coroa de espinhos, a puseram na cabeça dele. 18E o saudavam, dizendo:

— Salve, rei dos judeus!

19Batiam na cabeça dele com um caniço, cuspiam nele e, pondo-se de joelhos, o adoravam. 20Depois de terem zombado dele, tiraram-lhe o manto púrpura e o vestiram com as suas próprias roupas. Então conduziram Jesus para fora a fim de o crucificarem.

A crucificação de Jesus

Mt 27.32-44; Lc 23.26-43; Jo 19.17-27

21E obrigaram Simão Cireneu, que passava, vindo do campo, pai de Alexandre e de Rufo, a carregar a cruz de Jesus.

22E levaram Jesus para o Gólgota, que quer dizer “Lugar da Caveira”. 23Quiseram dar-lhe para beber vinho misturado com mirra, mas Jesus não aceitou. 24Então o crucificaram e repartiram entre si as roupas dele, tirando a sorte, para ver o que cada um levaria. 25Eram nove horas da manhã quando o crucificaram. 26E a inscrição com a acusação contra ele dizia: “O Rei dos Judeus”. 27Com ele crucificaram dois ladrões, um à sua direita e outro à sua esquerda. 28[E cumpriu-se a Escritura que diz: “Com malfeitores foi contado.”]

29Os que iam passando blasfemavam contra ele, balançando a cabeça e dizendo:

— Ah! Você que destrói o santuário e em três dias o reedifica! 30Salve a si mesmo, descendo da cruz!

31De igual modo, os principais sacerdotes com os escribas, zombando, diziam entre si:

— Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar. 32Que o Cristo, o rei de Israel, desça agora da cruz para que vejamos e creiamos.

Também os que com ele foram crucificados o insultavam.

A morte de Jesus

Mt 27.45-56; Lc 23.44-49; Jo 19.28-30

33Chegado o meio-dia, houve trevas sobre toda a terra até as três horas da tarde. 34E às três horas, Jesus clamou em alta voz:

— Eloí, Eloí, lemá sabactani? — Isso quer dizer: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”

35E alguns dos que estavam ali, ouvindo isto, diziam:

— Vejam! Ele chama por Elias!

36E um deles correu para embeber uma esponja em vinagre e, colocando-a na ponta de um caniço, deu-lhe de beber, dizendo:

— Esperem! Vejamos se Elias vem tirá-lo!

37Mas Jesus, dando um forte grito, expirou. 38E o véu do santuário se rasgou em duas partes, de alto a baixo. 39O centurião que estava em frente de Jesus, vendo que assim havia expirado, disse:

— Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus.

40Estavam também ali algumas mulheres, observando de longe. Entre elas estavam Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, o Menor, e de José, e ainda Salomé. 41Quando Jesus estava na Galileia, essas mulheres o acompanhavam e serviam. E, além destas, havia muitas outras que tinham ido com ele para Jerusalém.

O sepultamento de Jesus

Mt 27.57-61; Lc 23.50-56; Jo 19.38-42

42Ao cair da tarde, por ser o dia da preparação, isto é, a véspera do sábado, 43José de Arimateia, ilustre membro do Sinédrio, que também esperava o Reino de Deus, dirigiu-se ousadamente a Pilatos e pediu o corpo de Jesus. 44Mas Pilatos admirou-se de que ele já tivesse morrido. E, tendo chamado o centurião, perguntou-lhe se havia muito que Jesus tinha morrido. 45Após certificar-se, pela informação do comandante, cedeu o corpo a José. 46Este, baixando o corpo da cruz, envolveu-o num lençol que tinha comprado e o depositou num túmulo que tinha sido aberto numa rocha; e rolou uma pedra para a entrada do túmulo. 47Maria Madalena e Maria, mãe de José, observaram onde ele foi posto.

Marcos 15NAAAbrir na Bíblia

A ressurreição de Jesus

Mt 28.1-8; Lc 24.1-12; Jo 20.1-10

1Passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé compraram óleos aromáticos para ungir o corpo de Jesus. 2E, bem cedo, no primeiro dia da semana, ao nascer do sol, foram ao túmulo. 3Diziam umas às outras:

— Quem nos removerá a pedra da entrada do túmulo?

4E, olhando, viram que a pedra já estava removida. É que a pedra era muito grande. 5Entrando no túmulo, viram um jovem sentado ao lado direito, vestido de branco, e ficaram atemorizadas. 6Ele, porém, lhes disse:

— Não tenham medo! Vocês procuram Jesus, o Nazareno, que foi crucificado; ele ressuscitou, não está aqui; vejam o lugar onde o tinham colocado. 7Mas vão e digam aos discípulos dele e a Pedro que ele vai adiante de vocês para a Galileia; lá vocês o verão, como ele disse.

8E, saindo elas, fugiram do sepulcro, porque estavam tomadas de temor e assombro. E não contaram nada a ninguém, porque estavam com medo.

Jesus aparece a Maria Madalena

Mt 28.9-10; Jo 20.11-18

9[Havendo Jesus ressuscitado de manhã cedo no primeiro dia da semana, apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios. 10E, partindo ela, foi anunciá-lo àqueles que, tendo sido companheiros de Jesus, estavam tristes e choravam.

11Estes, ouvindo que ele vivia e que tinha sido visto por ela, não acreditaram.

Jesus aparece a dois discípulos

Lc 24.13-35

12Depois disso, Jesus manifestou-se em outra forma a dois deles que estavam a caminho do campo. 13E, indo, eles o anunciaram aos demais, mas também a estes dois eles não deram crédito.

A ordem para a evangelização

Mt 28.16-20; Lc 24.36-49; Jo 20.19-23; At 1.6-8

14Finalmente, Jesus apareceu aos onze, quando estavam à mesa, e censurou-lhes a incredulidade e a dureza de coração, porque não deram crédito aos que o tinham visto já ressuscitado. 15E disse-lhes:

— Vão por todo o mundo e preguem o evangelho a toda criatura. 16Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado. 17Estes sinais acompanharão aqueles que creem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas; 18pegarão em serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados.

A ascensão de Jesus

Lc 24.50-53; At 1.9-11

19De fato, o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e sentou-se à direita de Deus. 20E eles foram e pregaram por toda parte, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam.]

Marcos 16NAAAbrir na Bíblia

O reinado de Abias, de Judá

2Cr 13.1-22

1No décimo oitavo ano do reinado de Jeroboão, filho de Nebate, Abias começou a reinar sobre Judá. 2Ele reinou três anos em Jerusalém. A mãe dele se chamava Maaca e era filha de Absalão. 3Abias andou em todos os pecados que seu pai havia cometido antes dele, e o seu coração não foi fiel ao Senhor, seu Deus, como havia sido fiel o coração de Davi, seu pai. 4Mas, por amor a Davi, o Senhor, seu Deus, lhe deu uma lâmpada em Jerusalém, levantando seu filho depois dele e dando estabilidade a Jerusalém. 5Porque Davi fez o que era reto aos olhos do Senhor e não se desviou em nada daquilo que o Senhor lhe havia ordenado, em todos os dias da sua vida, a não ser no caso de Urias, o heteu. 6Roboão e Jeroboão estiveram sempre em guerra.

7Quanto aos demais atos de Abias e a tudo o que fez, não está tudo escrito no Livro da História dos Reis de Judá? Também houve guerra entre Abias e Jeroboão. 8Abias morreu, e eles o sepultaram na Cidade de Davi. E Asa, seu filho, reinou em seu lugar.

O reinado de Asa, de Judá

2Cr 14.1-8; 15.16—16.14

9No vigésimo ano do reinado de Jeroboão, rei de Israel, Asa começou a reinar sobre Judá. 10Ele reinou quarenta e um anos em Jerusalém. A mãe dele se chamava Maaca, e era filha de Absalão. 11Asa fez o que era reto aos olhos do Senhor, como Davi, seu pai. 12Porque tirou da terra os prostitutos cultuais e removeu todos os ídolos que seus pais fizeram. 13Ele depôs também Maaca, sua mãe, da dignidade de rainha-mãe, porque ela havia feito uma abominável imagem para servir de poste da deusa Aserá. O rei Asa destruiu essa imagem e a queimou no vale do Cedrom. 14Os lugares altos, porém, não foram destruídos. No entanto, o coração de Asa foi fiel ao Senhor durante toda a sua vida. 15Ele trouxe à Casa do Senhor as coisas consagradas por seu pai e as coisas que ele mesmo havia consagrado: prata, ouro e utensílios.

16Asa e Baasa, rei de Israel, estiveram sempre em guerra. 17Porque Baasa, rei de Israel, invadiu Judá e começou a edificar a cidade de Ramá, para impedir a entrada e a saída do território de Asa, rei de Judá. 18Então Asa pegou toda a prata e ouro restantes nos tesouros da Casa do Senhor e os tesouros do palácio real e os entregou aos seus servos. E o rei Asa os enviou a Ben-Hadade, filho de Tabrimom, filho de Heziom, rei da Síria, que morava em Damasco, dizendo:

19— Que haja uma aliança entre mim e você, como houve entre o meu pai e o seu pai. Eis que estou lhe enviando um presente, prata e ouro. Vá e anule a sua aliança com Baasa, rei de Israel, para que ele se retire do meu território.

20Ben-Hadade deu ouvidos ao rei Asa e enviou os capitães dos seus exércitos contra as cidades de Israel. Eles conquistaram Ijom, Dã, Abel-Bete-Maaca e toda a região de Quinerete, com toda a terra de Naftali. 21Quando Baasa soube disso, deixou de edificar Ramá e ficou em Tirza.

22Então o rei Asa fez apregoar por toda a região de Judá que todos, sem exceção, deviam ajudar a trazer de Ramá as pedras e a madeira que Baasa havia usado para edificá-la. Com elas o rei Asa edificou Geba de Benjamim e Mispa.

23Quanto aos demais atos de Asa, a todo o seu poder, a tudo o que fez e às cidades que edificou, não está tudo escrito no Livro da História dos Reis de Judá? Porém, no tempo da sua velhice, foi atacado por uma doença nos pés. 24Asa morreu e foi sepultado na Cidade de Davi, seu pai. E Josafá, seu filho, reinou em seu lugar.

O reinado de Nadabe, de Israel

25Nadabe, filho de Jeroboão, começou a reinar sobre Israel no segundo ano do reinado de Asa, rei de Judá, e reinou sobre Israel dois anos. 26Fez o que era mau aos olhos do Senhor e andou nos caminhos de seu pai e no pecado que seu pai levou Israel a cometer.

27Baasa, filho de Aías, da casa de Issacar, conspirou contra ele e o matou em Gibetom, que era dos filisteus, quando Nadabe e todo o Israel cercavam Gibetom. 28No terceiro ano do reinado de Asa, rei de Judá, Baasa matou Nadabe e passou a reinar em seu lugar. 29Logo que começou a reinar, matou toda a descendência de Jeroboão. Não deixou ninguém com vida; exterminou todos, segundo a palavra do Senhor, anunciada por meio do seu servo Aías, de Siló, 30por causa dos pecados que Jeroboão havia cometido e pelos que havia levado Israel a cometer, por causa da provocação com que havia irritado o Senhor, Deus de Israel.

31Quanto aos demais atos de Nadabe e a tudo o que fez, não está tudo escrito no Livro da História dos Reis de Israel? 32Asa e Baasa, rei de Israel, estiveram sempre em guerra.

O reinado de Baasa, de Israel

33No terceiro ano do reinado de Asa, rei de Judá, Baasa, filho de Aías, começou a reinar sobre todo o Israel, em Tirza, e reinou vinte e quatro anos. 34Fez o que era mau aos olhos do Senhor e andou no caminho de Jeroboão e no seu pecado, o qual havia feito Israel cometer.

1Reis 15NAAAbrir na Bíblia

Elias se apresenta diante de Acabe

1Muito tempo depois, no terceiro ano da seca, a palavra do Senhor veio a Elias, dizendo:

— Vá apresentar-se a Acabe, porque farei cair chuva sobre a terra.

2Então Elias foi se apresentar a Acabe.

E a fome era extrema em Samaria. 3Acabe chamou Obadias, o responsável pelo palácio. Este Obadias era um homem que temia muito o Senhor. 4Assim, quando Jezabel exterminava os profetas do Senhor, Obadias tomou cem profetas e, em grupos de cinquenta, os escondeu em cavernas, e os sustentou com pão e água. 5E Acabe disse a Obadias:

— Vá pela terra a todas as fontes de água e a todos os vales; pode ser que achemos capim, para que salvemos a vida dos cavalos e das mulas e não percamos todos os animais.

6Repartiram entre si a terra que iam percorrer; Acabe foi sozinho por um caminho, e Obadias foi sozinho por outro.

7Quando Obadias já estava a caminho, eis que Elias se encontrou com ele. Obadias, reconhecendo-o, prostrou-se com o rosto em terra e disse:

— É você mesmo? É o meu senhor Elias?

8Ele respondeu:

— Sim, sou eu. Vá e diga a seu senhor: “Eis que Elias está aqui.”

9Mas Obadias disse:

— Em que pequei, para que você queira entregar este seu servo nas mãos de Acabe, e ele me mate? 10Tão certo como vive o Senhor, seu Deus, não houve nação nem reino aonde meu senhor, o rei, não mandasse homens à sua procura. E, quando diziam: “Ele não está aqui”, fazia aquele reino ou aquela nação jurar que não o haviam encontrado. 11E agora você quer que eu vá dizer ao meu senhor, o rei, que Elias está aqui? 12Pode ser que, tão logo eu me afaste de você, o Espírito do Senhor Deus o leve não sei para onde, e, se eu der a notícia a Acabe e ele não o encontrar, ele matará a mim, este seu servo, que temo o Senhor desde a minha mocidade. 13Por acaso não contaram a meu senhor o que fiz, quando Jezabel matava os profetas do Senhor, como escondi cem dos profetas do Senhor em cavernas, de cinquenta em cinquenta, e os sustentei com pão e água? 14E agora você quer que eu vá e diga ao meu senhor que Elias está aqui? Ele vai me matar!

15Elias respondeu:

— Tão certo como vive o Senhor dos Exércitos, a quem eu sirvo, hoje mesmo me apresentarei a ele.

16Então Obadias foi se encontrar com Acabe e lhe deu a notícia. E Acabe foi se encontrar com Elias.

17Quando Acabe viu Elias, disse:

— Então é você, o perturbador de Israel?

18Elias respondeu:

— Eu não tenho perturbado Israel. Quem tem perturbado Israel é você e a casa de seu pai, porque vocês abandonaram os mandamentos do Senhor e seguiram os baalins. 19Agora ordene que todo o Israel venha se encontrar comigo no monte Carmelo. Convoque também os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal e os quatrocentos profetas da deusa Aserá que são sustentados por Jezabel.

Elias e os profetas de Baal no monte Carmelo

20Então Acabe enviou mensageiros a todos os filhos de Israel e ajuntou os profetas no monte Carmelo. 21Depois, Elias se aproximou de todo o povo e disse:

— Até quando vocês ficarão pulando de um lado para outro? Se o Senhor é Deus, sigam-no; se é Baal, sigam-no.

Porém o povo não disse uma só palavra. 22Então Elias disse ao povo:

— Eu sou o único que restou dos profetas do Senhor, e os profetas de Baal são quatrocentos e cinquenta homens. 23Tragam, agora, dois novilhos. Eles que escolham para si um dos novilhos e, cortando-o em pedaços, o ponham sobre a lenha, porém não ponham fogo. Eu prepararei o outro novilho e o porei sobre a lenha, mas não porei fogo. 24Então eles invocarão o nome de seu deus, e eu invocarei o nome do Senhor. E há de ser que o deus que responder com fogo esse é que é Deus.

E todo o povo respondeu:

— É uma boa proposta!

25Elias disse aos profetas de Baal:

— Escolham um dos novilhos e preparem-no primeiro, porque vocês são muitos. Depois, invoquem o nome do deus de vocês, mas não ponham fogo na lenha.

26Pegaram o novilho que lhes foi trazido, prepararam-no e invocaram o nome de Baal, desde a manhã até o meio-dia, dizendo:

— Ó Baal, responde-nos!

Porém não se ouviu nenhuma voz e não houve quem respondesse. E ficaram pulando ao redor do altar que tinham feito.

27Ao meio-dia, Elias começou a zombar deles, dizendo:

— Gritem mais alto, porque ele é deus! Pode ser que esteja meditando, atendendo a necessidades ou viajando. Talvez esteja dormindo e necessite que o acordem.

28E eles clamavam em altas vozes e se cortavam com facas e com lanças, segundo o seu costume, até ficarem cobertos de sangue. 29Passado o meio-dia, eles profetizaram, até a hora do sacrifício da tarde; porém não houve voz, nem resposta, nem atenção alguma.

30Então Elias disse a todo o povo:

— Aproximem-se de mim.

E todo o povo se aproximou dele. Elias restaurou o altar do Senhor, que estava em ruínas. 31Pegou doze pedras, segundo o número das tribos dos filhos de Jacó, a quem tinha vindo a palavra do Senhor, dizendo: “O seu nome será Israel.” 32Com aquelas pedras edificou o altar em nome do Senhor. Ao redor dele fez uma vala capaz de conter duas medidas de sementes 33e então armou a lenha, cortou o novilho em pedaços e os pôs sobre a lenha. 34Então disse:

— Encham quatro cântaros com água e derramem sobre o holocausto e sobre a lenha.

Disse ainda:

— Façam isso outra vez.

E eles o fizeram. Disse mais:

— Façam isso pela terceira vez.

E eles o fizeram pela terceira vez. 35A água escorria do altar e enchia também a vala aberta.

36Quando chegou a hora do sacrifício da tarde, o profeta Elias se aproximou do altar e disse:

— Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, que hoje se fique sabendo que tu és Deus em Israel, e que eu sou o teu servo e que, segundo a tua palavra, fiz todas estas coisas. 37Responde-me, Senhor, responde-me, para que este povo saiba que tu, Senhor, és Deus e que fizeste o coração deles voltar para ti.

38Então caiu fogo do Senhor e consumiu o holocausto, a lenha, as pedras e a terra, e ainda lambeu a água que estava na vala. 39Quando o povo viu isso, todos se prostraram com o rosto em terra e disseram:

— O Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus!

40Então Elias disse:

— Prendam os profetas de Baal! Que nem um deles escape!

Eles os prenderam, e Elias os fez descer até o ribeiro de Quisom e ali os matou.

Elias ora para que chova

41Então Elias disse a Acabe:

— Suba, vá comer e beber, porque já se ouve o barulho de abundante chuva.

42Acabe subiu para comer e beber, mas Elias subiu até o alto do Carmelo. Ali, encurvado para a terra, pôs o rosto entre os joelhos 43e disse ao seu servo:

— Vá e olhe para o lado do mar.

Ele foi, olhou e disse:

— Não vi nada.

Então Elias disse:

— Volte.

E assim por sete vezes. 44Na sétima vez o servo disse:

— Eis que se levanta do mar uma nuvem pequena como a palma da mão de um homem.

Então Elias disse:

— Suba e diga a Acabe: “Apronte o seu carro e desça, para que a chuva não o detenha.”

45Em pouco tempo o céu escureceu, com nuvens e vento, e caiu grande chuva. Acabe subiu ao carro e foi para Jezreel. 46A mão do Senhor veio sobre Elias, que cingiu os lombos e correu na frente de Acabe, até a entrada de Jezreel.

1Reis 18NAAAbrir na Bíblia

O Dia do Senhor

1Toquem a trombeta em Sião

e deem o alarme

no meu santo monte.

Que todos os moradores

da terra tremam,

porque o Dia do Senhor

está chegando;

já está próximo.

2É dia de trevas e escuridão,

dia de nuvens e densas trevas!

Como a luz do amanhecer

sobre os montes,

assim se difunde um povo grande

e poderoso,

como nunca houve igual

desde os tempos antigos,

nem haverá outro depois dele

pelos anos seguintes,

de geração em geração.

3À frente dele vai fogo devorador,

atrás dele vêm

chamas destruidoras.

Diante desse povo,

a terra é como o jardim do Éden;

mas, atrás dele, fica devastada

como um deserto.

Nada lhe escapa.

4A sua aparência é

como a de cavalos;

e, como cavaleiros, assim correm.

5Com um estrondo semelhante

ao de carros de guerra,

eles vêm saltando

no alto dos montes,

crepitando como chamas de fogo

que devoram a palha,

como um povo poderoso

posto em ordem de combate.

6Diante deles, os povos tremem;

todos os rostos empalidecem.

7Correm como valentes;

como homens de guerra,

sobem muros.

Cada um vai no seu caminho

e não se desvia da sua fileira.

8Não empurram uns aos outros;

cada um segue o seu rumo.

Avançam entre as lanças

e não se detêm no seu caminho.

9Invadem a cidade,

correm pelas muralhas,

sobem pelas paredes das casas,

entram pelas janelas como ladrões.

10Diante deles, a terra treme

e os céus se abalam;

o sol e a lua se escurecem,

e as estrelas deixam de brilhar.

11O Senhor levanta a voz

diante do seu exército.

Porque o seu arraial é enorme,

e quem executa as suas ordens

é poderoso.

Sim, grande e mui terrível

é o Dia do Senhor!

Quem o poderá suportar?

A misericórdia do Senhor

12Ainda assim, agora mesmo,

diz o Senhor:

“Convertam-se a mim

de todo o coração;

com jejuns, com choro

e com pranto.

13Rasguem o coração,

e não as suas roupas.”

Convertam-se ao Senhor,

seu Deus,

porque ele é bondoso

e compassivo,

tardio em irar-se

e grande em misericórdia,

e muda de ideia quanto ao mal

que havia anunciado.

14Quem sabe se ele não se voltará

e mudará de ideia,

e, ao passar, deixe uma bênção,

para que vocês possam trazer

ofertas de cereais e libações

ao Senhor, seu Deus?

15Toquem a trombeta em Sião,

proclamem um santo jejum,

convoquem uma reunião solene.

16Reúnam o povo,

santifiquem a congregação,

congreguem os anciãos,

reúnam as crianças

e os que mamam no peito.

Que o noivo saia do seu quarto,

e a noiva, dos seus aposentos.

17Que os sacerdotes,

ministros do Senhor,

chorem entre o pórtico e o altar,

e orem:

“Poupa o teu povo, ó Senhor,

e não faças da tua herança

um objeto de deboche

e de zombaria entre as nações.

Por que hão de dizer

entre os povos:

‘Onde está o Deus deles?’”

A compaixão de Deus

18Então o Senhor

teve grande amor pela sua terra

e se compadeceu do seu povo.

19O Senhor respondeu

ao seu povo:

“Eis que lhes envio o cereal,

o vinho e o azeite,

e vocês ficarão satisfeitos.

Nunca mais farei de vocês

motivo de zombaria

entre as nações.

20Mas o invasor que vem do Norte,

eu o removerei

para longe de vocês

e o lançarei para uma terra seca

e deserta.

Lançarei a sua vanguarda

para o mar oriental,

e a sua retaguarda,

para o mar ocidental.

Subirá o seu mau cheiro,

e subirá a sua podridão;

porque agiu poderosamente.”

21“Não tenha medo, ó terra;

alegre-se e exulte,

porque o Senhor

faz grandes coisas.

22Não tenham medo,

animais selvagens,

porque os pastos do deserto

reverdecerão,

porque as árvores

darão os seus frutos,

as figueiras e as videiras

produzirão com vigor.

23Filhos de Sião, alegrem-se

e exultem no Senhor, seu Deus,

porque ele lhes dará as chuvas

em justa medida;

fará descer, como no passado,

as primeiras e as últimas chuvas.

24As eiras se encherão de trigo,

e os lagares transbordarão

de vinho e de azeite.

25Restituirei os anos

que foram consumidos

pelos gafanhotos

— o migrador, o devorador

e o destruidor —,

o meu grande exército

que enviei contra vocês.

26Vocês terão comida

em abundância

e ficarão satisfeitos,

e louvarão o nome do Senhor,

seu Deus,

que fez maravilhas

em favor de vocês.

E nunca mais o meu povo

será envergonhado.

27Vocês saberão que eu estou

no meio de Israel,

e que eu sou o Senhor,

o Deus de vocês,

e que não há outro.

E nunca mais o meu povo

será envergonhado.”

A promessa do derramamento do Espírito

28“E acontecerá, depois disso,

que derramarei o meu Espírito

sobre toda a humanidade.

Os filhos e as filhas de vocês

profetizarão,

os seus velhos sonharão,

e os seus jovens terão visões.

29Até sobre os servos

e sobre as servas

derramarei o meu Espírito

naqueles dias.

30Mostrarei prodígios no céu

e na terra:

sangue, fogo e colunas de fumaça.

31O sol se transformará em trevas,

e a lua, em sangue,

antes que venha o grande

e terrível Dia do Senhor.”

32E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Porque, no monte Sião e em Jerusalém, estarão os que forem salvos, como o Senhor prometeu; e, entre os sobreviventes, aqueles que o Senhor chamar.

Os juízos de Deus sobre as nações inimigas

1— Eis que, naqueles dias e naquele tempo, em que mudarei a sorte de Judá e de Jerusalém, 2congregarei todas as nações e as farei descer ao vale de Josafá. E ali entrarei em juízo contra elas por causa do meu povo e da minha herança, Israel, a quem elas espalharam entre os povos, repartindo a minha terra entre si. 3Lançaram sortes sobre o meu povo, e deram meninos em troca de prostitutas, e venderam meninas por vinho, que beberam. 4O que vocês têm contra mim, Tiro, Sidom, e todas as regiões da Filístia? Estão querendo se vingar de mim? Se é isso que vocês querem, sem demora farei com que essa vingança caia sobre a cabeça de vocês. 5Visto que vocês levaram a minha prata e o meu ouro, e puseram as minhas joias preciosas nos seus templos, 6e venderam os filhos de Judá e os filhos de Jerusalém aos filhos dos gregos, para afastá-los da sua terra, 7eis que eu os trarei desse lugar para onde vocês os venderam e farei com que a vingança caia sobre a própria cabeça de vocês. 8Venderei os filhos e as filhas de vocês aos filhos de Judá, e estes os venderão aos sabeus, que são uma nação distante, porque o Senhor o disse.

9— Proclamem isto

entre as nações:

“Declarem guerra santa

e convoquem os valentes.

Que todos os homens de guerra

se apresentem e se preparem.

10Transformem as suas lâminas

de arado em espadas,

e as suas foices, em lanças.

Que o fraco diga: ‘Eu sou forte.’”

11“Todos vocês, povos vizinhos,

apressem-se e venham depressa,

e reúnam-se ali.”

Faze descer os teus valentes,

ó Senhor!

12“Que todas as nações

se levantem

e sigam para o vale de Josafá,

porque ali me assentarei

para julgar todas

as nações vizinhas.

13Peguem a foice

e comecem a colher,

porque a plantação está madura.

Venham, pisem as uvas,

porque o lagar está cheio,

os seus compartimentos

transbordam.

Porque é grande a maldade

dessas nações!”

14“Multidões, multidões

no vale da Decisão!

Porque o Dia do Senhor

está perto,

no vale da Decisão.

15O sol e a lua se escurecem,

e as estrelas deixam de brilhar.

16O Senhor rugirá de Sião

e de Jerusalém fará ouvir

a sua voz.

Os céus e a terra tremerão,

mas o Senhor será o refúgio

do seu povo

e a fortaleza dos filhos de Israel.”

A restauração de Israel

17“Assim vocês saberão

que eu sou o Senhor,

o Deus de vocês,

que habito em Sião,

o meu santo monte.

Jerusalém será santa;

estranhos não passarão

mais por ela.

18E acontecerá que, naquele dia,

os montes destilarão vinho,

e as colinas manarão leite,

e todos os rios de Judá

estarão cheios de água.

Uma fonte sairá

da Casa do Senhor

e regará o vale de Sitim.

19O Egito se tornará

uma desolação,

e Edom se fará

um deserto abandonado,

por causa da violência que fizeram

aos filhos de Judá,

em cuja terra derramaram

sangue inocente.

20Judá, porém, será habitada

para sempre,

e Jerusalém,

de geração em geração.

21Eu vingarei o sangue deles,

que ainda não foi vingado.”

E o Senhor habitará em Sião.

1Palavras que, em visão, vieram a Amós, um pastor da cidade de Tecoa, a respeito de Israel. Isso aconteceu nos dias de Uzias, rei de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel, dois anos antes do terremoto. 2Amós disse:

“O Senhor rugirá de Sião

e de Jerusalém fará ouvir a sua voz.

Os campos dos pastores

estarão de luto,

e o alto do Carmelo secará.”

Ameaças contra diversas nações

Síria

3Assim diz o Senhor:

“Por três transgressões

de Damasco,

sim, por causa de quatro,

não suspenderei o castigo.

Porque passaram

um instrumento de trilhar

com pontas de ferro sobre Gileade.

4Por isso, porei fogo

à casa de Hazael,

fogo que consumirá

as fortalezas de Ben-Hadade.

5Quebrarei os ferrolhos

de Damasco

e eliminarei o morador

de Biqueate-Áven

e o que tem o cetro de Bete-Éden.

O povo da Síria será levado

em cativeiro a Quir”,

diz o Senhor.

Filístia

6Assim diz o Senhor:

“Por três transgressões de Gaza,

sim, por causa de quatro,

não suspenderei o castigo.

Porque levaram em cativeiro

todo um povo,

para entregá-lo a Edom.

7Por isso, porei fogo

nas muralhas de Gaza,

fogo que consumirá

as suas fortalezas.

8Eliminarei o morador de Asdode

e o que tem o cetro de Asquelom.

Voltarei a minha mão

contra Ecrom,

e o resto dos filisteus perecerá”,

diz o Senhor Deus.

Tiro

9Assim diz o Senhor:

“Por três transgressões de Tiro,

sim, por causa de quatro,

não suspenderei o castigo.

Porque levaram em cativeiro

todo um povo,

para entregá-lo a Edom

e não se lembraram

da aliança de irmãos.

10Por isso, porei fogo

nas muralhas de Tiro,

fogo que consumirá

as suas fortalezas.”

Edom

11Assim diz o Senhor:

“Por três transgressões de Edom,

sim, por causa de quatro,

não suspenderei o castigo.

Porque perseguiu o seu irmão

com a espada

e não teve nenhuma compaixão dele.

A sua ira não cessou

de despedaçar,

e conservou a sua indignação

para sempre.

12Por isso, porei fogo em Temã,

fogo que consumirá

as fortalezas de Bozra.”

Amom

13Assim diz o Senhor:

“Por três transgressões

dos filhos de Amom,

sim, por causa de quatro,

não suspenderei o castigo.

Porque rasgaram o ventre

das grávidas

da região de Gileade,

para ampliarem as suas fronteiras.

14Por isso, porei fogo

nas muralhas de Rabá,

fogo que consumirá

as suas fortalezas,

com alarido no dia da batalha,

com turbilhão

no dia da tempestade.

15O seu rei irá para o cativeiro,

ele e os seus príncipes com ele”,

diz o Senhor.

Amós 1NAAAbrir na Bíblia

O castigo contra a maldade de Israel

1Ouçam a palavra que o Senhor fala contra vocês, filhos de Israel, contra toda a família que ele tirou da terra do Egito. Ele diz:

2“De todas as famílias da terra,

somente a vocês eu escolhi;

portanto, eu os punirei

por todas as suas iniquidades.

3Será que dois andarão juntos,

se não estiverem de acordo?

4Será que o leão

vai rugir na floresta,

sem que tenha encontrado presa?

Será que o leãozinho

fará ouvir a sua voz no covil,

se não tiver apanhado nada?

5Será que a ave

cairá na armadilha,

se o laço não estiver armado?

Será que o laço se levanta do chão,

sem que tenha apanhado

alguma coisa?

6Será possível tocar a trombeta

na cidade,

sem que o povo comece a tremer?

Será que sobrevirá algum mal

à cidade,

sem que o Senhor o tenha feito?”

7“Certamente o Senhor Deus

não fará coisa alguma,

sem primeiro revelar o seu segredo

aos seus servos, os profetas.

8O leão rugiu,

quem não ficará com medo?

O Senhor Deus falou,

quem não profetizará?”

9“Proclamem nas fortalezas

de Asdode

e nos palácios

da terra do Egito o seguinte:

‘Reúnam-se nos montes

de Samaria

e vejam que grandes tumultos

lá existem

e que opressões há no meio dela.’

10Porque o povo de Samaria

não sabe fazer o que é reto”,

diz o Senhor,

“e entesoura nos seus palácios

a violência e a devastação.”

11Portanto, assim diz o Senhor Deus:

“Um inimigo cercará a sua terra,

destruirá o seu poder,

e os seus palácios

serão saqueados.”

12Assim diz o Senhor:

— Como o pastor livra da boca do leão as duas pernas ou um pedacinho da orelha de um animal, assim serão salvos os filhos de Israel que vivem em Samaria com apenas o canto da cama e parte do leito.

13“Ouçam e deem testemunho

contra a casa de Jacó”,

diz o Senhor Deus,

o Deus dos Exércitos:

14“No dia em que eu punir Israel,

por causa das suas transgressões,

visitarei também

os altares de Betel;

e as pontas do altar serão cortadas

e cairão por terra.

15Derrubarei a casa de inverno

com a casa de verão;

as casas de marfim

ficarão em ruínas,

e as grandes casas

serão destruídas”,

diz o Senhor.

Amós 3NAAAbrir na Bíblia
Sociedade Bíblica do Brasilv.4.19.0
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