Sociedade Bíblica do Brasil
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Dia 50 na Palavra

Texto(s) da Bíblia

Prefácio e saudação

1Paulo, servo de Cristo Jesus, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus, 2que ele, no passado, prometeu por meio dos seus profetas nas Escrituras Sagradas. 3Este evangelho diz respeito a seu Filho, o qual, segundo a carne, veio da descendência de Davi 4e foi designado Filho de Deus com poder, segundo o Espírito de santidade, pela ressurreição dos mortos, a saber, Jesus Cristo, nosso Senhor. 5Por meio dele viemos a receber graça e apostolado por amor do seu nome, para a obediência da fé, entre todos os gentios. 6Entre esses se encontram também vocês que foram chamados para pertencerem a Jesus Cristo. 7A todos os amados de Deus que estão em Roma, chamados para ser santos.

Que a graça e a paz de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo estejam com vocês.

Paulo ora pelos cristãos de Roma e deseja vê-los

8Em primeiro lugar, por meio de Jesus Cristo, dou graças ao meu Deus por todos vocês, porque a fé que vocês têm é proclamada no mundo inteiro. 9Pois Deus, a quem sirvo em meu espírito, no evangelho de seu Filho, é minha testemunha de como nunca deixo de fazer menção de vocês 10em todas as minhas orações, pedindo que, em algum momento, pela vontade de Deus, surja uma oportunidade de visitá-los. 11Porque desejo muito vê-los, a fim de repartir com vocês algum dom espiritual, para que vocês sejam fortalecidos, 12isto é, para que nos consolemos uns aos outros por meio da fé mútua: a de vocês e a minha.

13Quero que vocês saibam, irmãos, que muitas vezes me propus a ir visitá-los — no que tenho sido, até agora, impedido —, para conseguir algum fruto igualmente entre vocês, assim como também tenho conseguido entre os outros gentios. 14Pois sou devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a insensatos. 15Por isso, quanto a mim, estou pronto a anunciar o evangelho também a vocês que estão em Roma.

O poder do evangelho

16Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego. 17Porque a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: “O justo viverá por fé.”

A injustiça e a impureza dos seres humanos

18A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e injustiça dos seres humanos que, por meio da sua injustiça, suprimem a verdade. 19Pois o que se pode conhecer a respeito de Deus é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. 20Porque os atributos invisíveis de Deus, isto é, o seu eterno poder e a sua divindade, claramente se reconhecem, desde a criação do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que Deus fez. Por isso, os seres humanos são indesculpáveis. 21Porque, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças. Pelo contrário, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, e o coração insensato deles se obscureceu. 22Dizendo que eram sábios, se tornaram tolos 23e trocaram a glória do Deus incorruptível por imagens semelhantes ao ser humano corruptível, às aves, aos quadrúpedes e aos répteis.

24Por isso, Deus os entregou à impureza, pelos desejos do coração deles, para desonrarem o seu corpo entre si. 25Eles trocaram a verdade de Deus pela mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito para sempre. Amém!

26Por causa disso, Deus os entregou a paixões vergonhosas. Porque até as mulheres trocaram o modo natural das relações íntimas por outro, contrário à natureza. 27Da mesma forma, também os homens, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo indecência, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro.

28E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a um modo de pensar reprovável, para praticarem coisas que não convêm. 29Estão cheios de todo tipo de injustiça, perversidade, avareza e maldade. Estão cheios de inveja, homicídio, discórdia, engano e malícia. São difamadores, 30caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, arrogantes, orgulhosos, inventores de males, desobedientes aos pais, 31insensatos, desleais, sem afeição natural e sem misericórdia. 32Embora conheçam a sentença de Deus, de que os que praticam tais coisas são passíveis de morte, eles não somente as fazem, mas também aprovam os que as praticam.

Romanos 1NAAAbrir na Bíblia

Paulo responde a objeções

1Qual é, então, a vantagem do judeu? Ou qual a utilidade da circuncisão? 2Muita, sob todos os aspectos. Principalmente porque aos judeus foram confiados os oráculos de Deus. 3E então? Se alguns não creram, será que a incredulidade deles anulará a fidelidade de Deus? 4De modo nenhum! Seja Deus verdadeiro, e todo ser humano, mentiroso, como está escrito:

“Para que sejas justificado

nas tuas palavras

e venhas a vencer

quando fores julgado.”

5Mas, se a nossa injustiça evidencia a justiça de Deus, que diremos? Seria Deus injusto por aplicar a sua ira? Falo em termos humanos. 6É claro que não. Do contrário, como Deus julgará o mundo? 7E, se a minha mentira faz com que aumente a verdade de Deus para a sua glória, por que ainda sou condenado como pecador? 8E por que não dizemos, como alguns caluniosamente afirmam que o fazemos: “Pratiquemos o que é mau, para que nos venha o que é bom”? A condenação destes é justa.

Todos somos pecadores

9Que se conclui? Temos nós alguma vantagem? Não, de forma nenhuma. Pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado. 10Como está escrito:

“Não há justo, nem um sequer,

11não há quem entenda,

não há quem busque a Deus.

12Todos se desviaram

e juntamente se tornaram inúteis;

não há quem faça o bem,

não há nem um sequer.

13A garganta deles

é sepulcro aberto;

com a língua enganam,

veneno de víbora

está nos seus lábios.

14A boca, eles a têm cheia

de maldição e amargura;

15os seus pés são velozes

para derramar sangue.

16Nos seus caminhos,

há destruição e miséria;

17eles não conhecem

o caminho da paz.

18Não há temor de Deus

diante de seus olhos.”

19Ora, sabemos que tudo o que a lei diz é dito aos que vivem sob a lei, para que toda boca se cale, e todo o mundo seja culpável diante de Deus. 20Porque ninguém será justificado diante de Deus por obras da lei, pois pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.

A justificação pela fé em Jesus Cristo

21Mas, agora, sem lei, a justiça de Deus se manifestou, sendo testemunhada pela Lei e pelos Profetas. 22É a justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os que creem. Porque não há distinção, 23pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, 24sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, 25a quem Deus apresentou como propiciação, no seu sangue, mediante a fé. Deus fez isso para manifestar a sua justiça, por ter ele, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos, 26tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, a fim de que o próprio Deus seja justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus.

27Onde fica, então, o orgulho? Foi totalmente excluído. Por meio de que lei? A lei das obras? Não! Pelo contrário, por meio da lei da fé. 28Concluímos, pois, que o ser humano é justificado pela fé, independentemente das obras da lei. 29Ou seria Deus apenas Deus dos judeus? Será que não é também Deus dos gentios? Sim, também dos gentios, 30visto que Deus é um só, o qual justificará o circunciso a partir da fé e o incircunciso por meio da fé. 31Anulamos, então, a lei por meio da fé? De modo nenhum! Pelo contrário, confirmamos a lei.

Romanos 3NAAAbrir na Bíblia

Mensagem de Samuel ao povo

1Então Samuel disse a todo o Israel:

— Eis que atendi ao que vocês me pediram e constituí um rei sobre vocês. 2E agora eis que vocês têm o rei que irá adiante de vocês. Eu já sou velho e tenho os cabelos brancos, e os meus filhos estão com vocês. Eu tenho andado à frente de vocês desde a minha mocidade até o dia de hoje. 3Eis-me aqui. Testemunhem contra mim diante do Senhor e diante do seu ungido: de quem tomei o boi? De quem tomei o jumento? A quem enganei? A quem oprimi? E das mãos de quem aceitei suborno para encobrir com ele os meus olhos? Falem, e eu o restituirei.

4Então responderam:

— Você não nos defraudou, nem nos oprimiu, nem tomou coisa alguma das mãos de ninguém.

5E ele lhes disse:

— O Senhor é testemunha contra vocês e também o seu ungido é hoje testemunha de que vocês não encontraram nada nas minhas mãos.

E o povo confirmou:

— Deus é testemunha.

6Então Samuel disse ao povo:

— O Senhor é testemunha, ele que escolheu Moisés e Arão e tirou os pais de vocês da terra do Egito. 7Agora fiquem aqui, porque vou discutir com vocês diante do Senhor, com relação a todos os seus atos de justiça que ele realizou em favor de vocês e dos seus pais. 8Depois que Jacó havia entrado no Egito, os pais de vocês clamaram ao Senhor, e o Senhor enviou Moisés e Arão, que os tiraram do Egito e os fizeram habitar neste lugar. 9Porém os pais de vocês se esqueceram do Senhor, seu Deus. Então ele os entregou nas mãos de Sísera, comandante do exército de Hazor, e nas mãos dos filisteus, e nas mãos do rei de Moabe, que lutaram contra eles. 10Eles clamaram ao Senhor e disseram: “Pecamos, pois deixamos o Senhor e servimos os baalins e astarotes. Mas agora livra-nos das mãos de nossos inimigos, e te serviremos.” 11O Senhor enviou Jerubaal, Baraque, Jefté e Samuel, e os livrou das mãos dos inimigos que os cercavam, e vocês viveram em segurança.

12— Quando vocês viram que Naás, rei dos filhos de Amom, vinha contra vocês, vocês me disseram: “Não! Queremos um rei sobre nós”, quando, na verdade, o Senhor, seu Deus, era o rei de vocês. 13E agora, aqui está o rei que elegeram e que pediram. E eis que o Senhor deu um rei a vocês. 14Se vocês temerem o Senhor, se o servirem, se derem ouvidos à sua voz e não forem rebeldes ao seu mandado, se seguirem o Senhor, seu Deus, tanto vocês como o rei que governa sobre vocês, então tudo lhes irá bem. 15Se, porém, vocês não derem ouvidos à voz do Senhor, mas forem rebeldes ao seu mandado, a mão do Senhor será contra vocês, como o foi contra os pais de vocês. 16Fiquem, agora, aqui e vejam esta grande coisa que o Senhor fará diante de vocês. 17Não estamos no tempo da colheita do trigo? Pois eu vou clamar ao Senhor, e ele mandará trovões e chuva. E vocês saberão e verão que é grande a maldade que praticaram aos olhos do Senhor, pedindo um rei.

18Então Samuel invocou o Senhor, e o Senhor mandou trovões e chuva naquele dia. E todo o povo temeu grandemente o Senhor e Samuel.

19Todo o povo disse a Samuel:

— Ore por estes seus servos ao Senhor, seu Deus, para que não venhamos a morrer, porque a todos os nossos pecados acrescentamos o mal de pedir para nós um rei.

20Então Samuel disse ao povo:

— Não tenham medo. Vocês, de fato, cometeram todo este mal. No entanto, não se desviem de seguir o Senhor, mas sirvam o Senhor de todo o coração. 21Não se desviem, pois vocês estariam seguindo coisas vãs, que nada aproveitam e que não os podem livrar, porque são vaidade. 22Pois o Senhor, por causa do seu grande nome, não abandonará o seu povo, porque o Senhor decidiu fazer de vocês o seu povo. 23Quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o Senhor, deixando de orar por vocês. Pelo contrário, eu lhes ensinarei o caminho bom e direito. 24Tão somente temam o Senhor e sirvam a ele fielmente de todo o coração. Vejam que coisas grandiosas ele fez por vocês! 25Se, porém, continuarem a fazer o mal, perecerão, tanto vocês como o seu rei.

1Samuel 12NAAAbrir na Bíblia

A vitória de Jônatas

1Um dia, Jônatas, filho de Saul, disse ao seu jovem escudeiro:

— Venha, vamos até a guarnição dos filisteus, que está do outro lado.

Porém ele não contou isso a seu pai.

2Saul se encontrava na extremidade de Gibeá, debaixo da romãzeira em Migrom. E o povo que estava com ele eram cerca de seiscentos homens. 3Aías, filho de Aitube, irmão de Icabô, filho de Fineias, filho de Eli, sacerdote do Senhor em Siló, trazia a estola sacerdotal. O povo não sabia que Jônatas tinha ido.

4Entre os desfiladeiros pelos quais Jônatas procurava passar à guarnição dos filisteus, havia um penhasco íngreme de um lado, e outro penhasco íngreme do outro lado. Um se chamava Bozez; o outro, Sené. 5Um deles se erguia ao norte, diante de Micmás; o outro, ao sul, diante de Geba.

6Jônatas disse ao seu escudeiro:

— Venha, vamos até a guarnição desses incircuncisos. Talvez o Senhor nos ajude, porque nada pode impedir o Senhor de livrar, seja com muitos ou com poucos.

7Então o escudeiro disse:

— Faça tudo o que estiver em seu coração. Eu estou com você e farei o que você decidir.

8Jônatas respondeu:

— Então vamos atravessar na direção daqueles homens e deixar que eles nos vejam. 9Se nos disserem assim: “Fiquem parados até que cheguemos perto de vocês”, então ficaremos onde estamos e não subiremos a eles. 10Porém se disserem: “Subam até aqui”, então subiremos, pois o Senhor os entregou em nossas mãos. Isto nos servirá de sinal.

11Quando os dois se deixaram ver pela guarnição dos filisteus, estes disseram:

— Eis que os hebreus estão saindo dos buracos onde estavam escondidos.

12Os homens da guarnição disseram a Jônatas e ao seu escudeiro:

— Subam até aqui e nós daremos uma lição em vocês.

Então Jônatas disse ao escudeiro:

— Venha atrás de mim, porque o Senhor os entregou nas mãos de Israel.

13Então Jônatas subiu engatinhando, e o seu escudeiro foi atrás. Os filisteus caíram diante de Jônatas, e o seu escudeiro os matava atrás dele. 14Neste primeiro ataque, Jônatas e o seu escudeiro mataram perto de vinte homens, numa pequena área de terra. 15Houve grande espanto no arraial, no campo e entre todo o povo. Também a guarnição e os saqueadores tremeram, e até a terra tremeu. Foi um terror causado por Deus.

16Em Gibeá de Benjamim, as sentinelas de Saul olharam e eis que a multidão dos filisteus se dispersava, correndo uns para cá, outros para lá. 17Então Saul disse ao povo que estava com ele:

— Contem os soldados e vejam quem é que saiu do acampamento.

Contaram, e eis que nem Jônatas nem o seu escudeiro estavam ali. 18Saul disse a Aías:

— Traga aqui a arca de Deus.

Isso porque, naquele dia, ela estava com os filhos de Israel. 19Enquanto Saul falava ao sacerdote, o alvoroço que havia no arraial dos filisteus aumentava cada vez mais. Então Saul disse ao sacerdote:

— Desista de trazer a arca.

20Saul e todo o povo que estava com ele se reuniram e foram à batalha. E eis que a espada de um era contra o outro, e houve grande tumulto. 21Também os hebreus que anteriormente haviam estado com os filisteus e que tinham ido com eles ao arraial, também estes se juntaram com os israelitas que estavam com Saul e Jônatas. 22Quando todos os homens de Israel que estavam escondidos na região montanhosa de Efraim ouviram que os filisteus estavam fugindo, também eles entraram na batalha e os perseguiram. 23Assim o Senhor livrou Israel naquele dia. E a batalha passou além de Bete-Áven.

O voto de Saul

24Naquele dia os homens de Israel estavam angustiados, porque Saul havia levado o povo a fazer um juramento, dizendo:

— Maldito o homem que comer algo antes de anoitecer, antes de eu me vingar dos meus inimigos.

Por isso todo o povo se absteve de comer naquele dia. 25Todo o povo chegou a um bosque onde havia mel no chão. 26Quando o povo entrou no bosque, eis que o mel estava escorrendo. Mas ninguém provou do mel, porque o povo estava com medo do juramento. 27Jônatas, porém, não sabia que o pai havia levado o povo a fazer aquele juramento. Por isso, estendeu a ponta da vara que tinha na mão, e a molhou no favo de mel. Quando comeu, os seus olhos voltaram a brilhar. 28Então alguém do meio do povo disse:

— O seu pai levou o povo a jurar solenemente, dizendo: “Maldito o homem que comer algo no dia de hoje.” Por isso o povo está exausto.

29Então Jônatas disse:

— Meu pai trouxe desastre sobre a terra. Vejam como os meus olhos brilham por ter eu provado um pouco deste mel. 30Teria sido muito melhor se hoje o povo tivesse comido livremente do que encontrou entre os despojos de seus inimigos. A derrota dos filisteus teria sido bem maior!

31Naquele dia derrotaram os filisteus, desde Micmás até Aijalom. O povo estava muito exausto. 32Então, lançando-se sobre o despojo, pegaram ovelhas, bois e bezerros, e os mataram no chão, e comeram a carne com sangue. 33Foram contar isto a Saul, dizendo:

— Eis que o povo está pecando contra o Senhor, porque comem a carne com sangue.

Saul gritou:

— Traidores! Rolem para aqui uma grande pedra.

34E Saul disse mais:

— Espalhem-se entre o povo e digam a eles que cada um me traga o seu boi, a sua ovelha, e que os matem aqui, e então comam. E que não pequem contra o Senhor, comendo carne com sangue.

Então todo o povo trouxe, de noite, cada um o seu boi e o matou ali. 35E Saul edificou um altar ao Senhor. Foi o primeiro altar que lhe edificou.

Jônatas é salvo pelo povo

36Então Saul disse:

— Vamos descer esta noite no encalço dos filisteus. Vamos saqueá-los até o raiar do dia, e não deixemos que fique nem sequer um deles.

Eles responderam:

— Faça como achar melhor.

37Mas o sacerdote disse:

— Vamos primeiro nos aproximar de Deus.

Então Saul consultou a Deus, dizendo:

— Devo descer no encalço dos filisteus? Tu os entregarás nas mãos de Israel?

Porém naquele dia Deus não lhe respondeu. 38Então Saul disse:

— Venham cá, todos os chefes do povo, e informem-se e descubram qual é o pecado que foi cometido hoje. 39Porque tão certo como vive o Senhor, que salva Israel, ainda que o meu filho Jônatas seja o culpado, certamente morrerá.

Porém ninguém de todo o povo lhe respondeu. 40Então Saul disse a todo o Israel:

— Fiquem vocês de um lado, e eu e o meu filho Jônatas ficaremos do outro.

E o povo disse a Saul:

— Faça como achar melhor.

41Então Saul falou ao Senhor, Deus de Israel:

— Mostra a verdade.

Então Jônatas e Saul foram indicados por sorteio, e o povo saiu livre. 42Então Saul disse:

— Lancem a sorte entre mim e Jônatas, meu filho.

E Jônatas foi indicado.

43Então Saul disse a Jônatas:

— Diga-me o que foi que você fez.

E Jônatas respondeu:

— Eu apenas provei um pouco de mel com a ponta da vara que tinha na mão. Eis-me aqui; estou pronto para morrer.

44Então Saul disse:

— Que Deus me castigue se você não for morto, Jônatas.

45Porém o povo disse a Saul:

— Como é que Jônatas pode ser morto, ele que efetuou tamanha salvação em Israel? Nada disso! Tão certo como vive o Senhor, nem um de seus cabelos cairá no chão! Pois foi com a ajuda de Deus que ele fez isso, hoje.

Assim o povo salvou Jônatas, para que não morresse. 46E Saul deixou de perseguir os filisteus, e estes voltaram para a sua terra.

47Quando assumiu o reinado de Israel, Saul lutou contra todos os seus inimigos ao redor: contra Moabe, os filhos de Amom e Edom; contra os reis de Zobá e os filisteus; e, para onde quer que se voltava, era vitorioso. 48Lutou com coragem, derrotando os amalequitas e libertando Israel das mãos dos que o saqueavam.

49Os filhos de Saul eram Jônatas, Isvi e Malquisua. Os nomes de suas duas filhas eram Merabe, a mais velha, e Mical, a mais nova. 50A mulher de Saul se chamava Ainoã, filha de Aimaás. O nome do general do seu exército era Abner, filho de Ner, tio de Saul. 51Quis era pai de Saul; e Ner, pai de Abner, era filho de Abiel.

52Durante todo o reinado de Saul, houve forte guerra contra os filisteus. Por isso, sempre que via um homem forte e valente, Saul o agregava a si.

1Samuel 14NAAAbrir na Bíblia

Louvor pela bondade de Deus

Ao mestre de canto, segundo a melodia “Não destruas”. Hino de Davi, quando fugia de Saul, na caverna

1Tem misericórdia de mim, ó Deus,

tem misericórdia,

pois em ti a minha alma se refugia;

à sombra das tuas asas me abrigo,

até que passem as calamidades.

2Clamarei ao Deus Altíssimo,

ao Deus que por mim

tudo executa.

3Dos céus ele me envia

o seu auxílio e me livra;

cobre de vergonha

os que procuram me destruir.

Envia a sua misericórdia

e a sua fidelidade.

4A minha alma está

rodeada de leões,

ávidos por devorar

os filhos dos homens;

lanças e flechas são os seus dentes,

espada afiada é a língua deles.

5Sê exaltado, ó Deus,

acima dos céus;

e em toda a terra

brilhe a tua glória.

6Armaram uma rede

aos meus passos,

a minha alma está abatida.

Abriram uma cova diante de mim,

mas eles mesmos caíram nela.

7Firme está o meu coração,

ó Deus,

o meu coração está firme;

cantarei e entoarei louvores.

8Acorde, ó minha alma!

Acordem, lira e harpa!

Quero acordar o alvorecer.

9Eu te darei graças

entre os povos;

cantarei louvores a ti

entre as nações.

10Pois a tua misericórdia

se eleva até os céus,

e a tua fidelidade, até as nuvens.

11Sê exaltado, ó Deus,

acima dos céus;

e em toda a terra

brilhe a tua glória.

Salmos 57NAAAbrir na Bíblia

Súplica por libertação

Ao mestre de canto, segundo a melodia “Não destruas”. Hino de Davi, quando Saul mandou que lhe vigiassem a casa, para o matar

1Livra-me, Deus meu,

dos meus inimigos;

põe-me fora do alcance

dos meus adversários.

2Livra-me dos que praticam

a iniquidade

e salva-me

dos homens sanguinários.

3Pois eis que armam ciladas

à minha alma;

contra mim se reúnem os fortes,

sem que eu tenha cometido

qualquer transgressão

ou pecado, ó Senhor.

4Sem culpa minha,

eles se apressam

para me atacar;

desperta, vem ao meu encontro

e vê.

5Tu, Senhor, Deus dos Exércitos,

és o Deus de Israel;

desperta, pois, e castiga

todas as nações;

não te compadeças de nenhum

dos que traiçoeiramente

praticam a iniquidade.

6Ao anoitecer, uivam como cães,

à volta da cidade.

7Proferem ameaças;

em seus lábios há espadas.

Pois dizem: “Quem vai ouvir?”

8Mas tu, Senhor, vais rir deles;

zombarás de todas as nações.

9Em ti, força minha, esperarei;

pois Deus é meu alto refúgio.

10Meu Deus virá ao meu encontro

com a sua misericórdia,

Deus me fará ver

a derrota dos meus inimigos.

11Não os mates, para que

o meu povo não se esqueça;

dispersa-os pelo teu poder

e abate-os,

ó Senhor, escudo nosso.

12Pelo pecado de sua boca,

pelas palavras dos seus lábios,

na sua própria soberba

sejam enredados

e pelas maldições

e mentiras que proferem.

13Consome-os com indignação,

consome-os,

para que deixem de existir

e se saiba que Deus reina em Jacó,

até os confins da terra.

14Ao anoitecer, uivam como cães,

à volta da cidade.

15Vagueiam à procura de comida

e, se não se fartam, então rosnam.

16Eu, porém, cantarei a tua força;

pela manhã louvarei com alegria

a tua misericórdia,

pois tu me tens sido alto refúgio

e proteção no dia

da minha angústia.

17A ti, força minha,

cantarei louvores,

porque Deus é meu alto refúgio,

é o Deus da minha misericórdia.

Salmos 59NAAAbrir na Bíblia
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