Sociedade Bíblica do Brasil
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Plano de leitura da Bíblia – dia 96

Texto(s) da Bíblia

Jesus entregue a Pilatos

1Ao romper o dia, todos os principais sacerdotes e os anciãos do povo entraram em conselho contra Jesus, para o matarem; 2e, amarrando-o, levaram-no e o entregaram ao governador Pilatos.

A morte de Judas

3Então Judas, que o traiu, vendo que Jesus havia sido condenado, tocado de remorso, devolveu as trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e aos anciãos, dizendo:

4— Pequei, traindo sangue inocente.

Eles, porém, responderam:

— Que nos importa? Isso é com você.

5Então Judas, atirando as moedas de prata para dentro do templo, retirou-se e se enforcou. 6E os principais sacerdotes, pegando as moedas, disseram:

— Não é lícito colocá-las no cofre das ofertas, porque é preço de sangue.

7E, tendo deliberado, compraram com elas o campo do oleiro, para cemitério de forasteiros. 8Por isso, aquele campo é chamado, até o dia de hoje, Campo de Sangue. 9Então se cumpriu o que foi dito por meio do profeta Jeremias: “Pegaram as trinta moedas de prata, preço em que foi estimado aquele a quem alguns dos filhos de Israel avaliaram, 10e as deram pelo campo do oleiro, assim como me ordenou o Senhor.”

Jesus diante de Pilatos

11Jesus estava em pé diante do governador, e este o interrogou, dizendo:

— Você é o rei dos judeus?

Jesus respondeu:

— O senhor está dizendo isso.

12E, sendo acusado pelos principais sacerdotes e pelos anciãos, Jesus nada respondeu. 13Então Pilatos perguntou:

— Não está ouvindo quantas acusações fazem contra você?

14Mas Jesus não respondeu nem uma palavra, a ponto de o governador ficar muito admirado.

Jesus é condenado à morte

15Ora, por ocasião da festa, o governador costumava soltar ao povo um preso, conforme eles quisessem. 16Naquela ocasião, eles tinham um preso muito conhecido, chamado Barrabás. 17Estando, pois, o povo reunido, Pilatos lhes perguntou:

— Quem vocês querem que eu solte: Barrabás ou Jesus, chamado Cristo?

18Porque sabia que era por inveja que eles tinham entregado Jesus.

19E, estando Pilatos sentado no tribunal, a mulher dele mandou dizer-lhe:

— Não se envolva com esse justo, porque hoje, em sonho, sofri muito por causa dele.

20Mas os principais sacerdotes e os anciãos persuadiram o povo a que pedisse Barrabás e condenasse Jesus à morte. 21De novo, o governador perguntou:

— Qual dos dois vocês querem que eu solte?

Eles responderam:

— Barrabás!

22Pilatos lhes perguntou:

— Que farei, então, com Jesus, chamado Cristo?

Todos responderam:

— Que seja crucificado!

23Pilatos continuou:

— Que mal ele fez?

Porém eles gritavam cada vez mais:

— Que seja crucificado!

24Vendo Pilatos que nada conseguia e que, ao contrário, o tumulto aumentava, mandou trazer água e lavou as mãos diante do povo, dizendo:

— Estou inocente do sangue deste homem; fique o caso com vocês!

25E o povo todo respondeu:

— Que o sangue dele caia sobre nós e sobre os nossos filhos!

26Então Pilatos lhes soltou Barrabás. E, depois de mandar açoitar Jesus, entregou-o para ser crucificado.

Os soldados zombam de Jesus

27Logo a seguir, os soldados do governador, levando Jesus para o Pretório, reuniram em torno dele toda a tropa. 28Tiraram a roupa de Jesus e o vestiram com um manto escarlate. 29E, tecendo uma coroa de espinhos, a puseram na cabeça dele, e colocaram um caniço na sua mão direita. E, ajoelhando-se diante dele, zombavam, dizendo:

— Salve, rei dos judeus!

30E, cuspindo nele, pegaram o caniço e batiam na sua cabeça. 31Depois de terem zombado dele, tiraram-lhe o manto e o vestiram com as suas próprias roupas. Então o levaram para ser crucificado.

Mateus 27:1-31NAAAbrir na Bíblia

Os dez mandamentos

Êx 20.1-17

1Moisés chamou todo o Israel e lhe disse:

— Escute, Israel, os estatutos e juízos que hoje lhes anuncio, para que vocês os aprendam e tenham o cuidado de pôr em prática. 2O Senhor, nosso Deus, fez aliança conosco em Horebe. 3Não foi com nossos pais que o Senhor fez esta aliança, e sim conosco, todos os que hoje aqui estamos vivos. 4Face a face o Senhor falou conosco, no monte, do meio do fogo. 5Naquela ocasião, eu me coloquei entre o Senhor e vocês, para lhes anunciar a palavra do Senhor, porque vocês ficaram com medo do fogo e não subiram o monte. E o Senhor disse:

6— “Eu sou o Senhor, seu Deus, que o tirei da terra do Egito, da casa da servidão.”

7— “Não tenha outros deuses diante de mim.”

8— “Não faça para você imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. 9Não adore essas coisas, nem preste culto a elas, porque eu, o Senhor, seu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam, 10mas faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.”

11— “Não tome o nome do Senhor, seu Deus, em vão, porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.”

12— “Guarde o dia de sábado, para o santificar, como o Senhor, seu Deus, lhe ordenou. 13Seis dias você trabalhará e fará toda a sua obra, 14mas o sétimo dia é o sábado dedicado ao Senhor, seu Deus; não faça nenhum trabalho nesse dia, nem você, nem o seu filho, nem a sua filha, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento ou qualquer outro dos seus animais, nem o estrangeiro das suas portas para dentro, para que o seu servo e a sua serva descansem como você. 15Lembre-se de que você foi escravo na terra do Egito e que o Senhor, seu Deus, o tirou de lá com mão poderosa e braço estendido. Por isso o Senhor, seu Deus, ordenou que você guardasse o dia de sábado.”

16— “Honre o seu pai e a sua mãe, como o Senhor, seu Deus, lhe ordenou, para que você tenha uma longa vida e para que tudo vá bem com você na terra que o Senhor, seu Deus, lhe dá.”

17— “Não mate.”

18— “Não cometa adultério.”

19— “Não furte.”

20— “Não dê falso testemunho contra o seu próximo.”

21— “Não cobice a mulher do seu próximo. Não deseje a casa do seu próximo, nem o seu campo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao seu próximo.”

Moisés, mediador entre Deus e o povo

Êx 20.18-21

22— São estas as palavras que o Senhor falou a toda a congregação de vocês, junto ao monte. Ele falou do meio do fogo, da nuvem e da escuridão, com voz forte, e nada acrescentou. Ele escreveu essas palavras em duas tábuas de pedra, e as deu para mim. 23Quando ouviram a voz que vinha do meio das trevas, enquanto o monte estava em chamas, vocês se aproximaram de mim, todos os chefes das tribos e os anciãos, 24e disseram: “Eis que aqui o Senhor, nosso Deus, nos mostrou a sua glória e a sua grandeza, e ouvimos a sua voz do meio do fogo. Hoje vimos que Deus fala com as pessoas e que elas permanecem vivas. 25Agora, pois, por que morreríamos? Pois este grande fogo nos consumirá! Se continuarmos a ouvir a voz do Senhor, nosso Deus, morreremos. 26Afinal, de toda a humanidade, quem é que ouviu a voz do Deus vivo falar do meio do fogo, como nós ouvimos, e permaneceu vivo? 27Aproxime-se você e ouça tudo o que o Senhor, nosso Deus, disser. Você nos dirá tudo o que o Senhor, nosso Deus, lhe disser. Nós ouviremos e cumpriremos o que for dito.”

28— Quando o Senhor ouviu o que vocês disseram, quando falavam comigo, o Senhor me disse: “Eu ouvi as palavras que este povo lhe falou, e em tudo eles falaram muito bem. 29Quem dera que eles sempre tivessem tal coração, e sempre me temessem e guardassem todos os meus mandamentos! Assim tudo iria bem para eles e para os filhos deles, para sempre! 30Vá e diga-lhes que voltem para as suas tendas. 31Mas você fique aqui comigo, e eu lhe direi todos os mandamentos, estatutos e juízos que você lhes ensinará, para que os cumpram na terra que eu lhes darei para que seja deles.”

32— Tenham o cuidado de fazer como o Senhor, seu Deus, lhes ordenou. Não se desviem, nem para a direita nem para a esquerda. 33Andem em todo o caminho que o Senhor, seu Deus, lhes ordenou, para que vocês vivam, para que tudo lhes vá bem, e para que se prolonguem os seus dias na terra que irão possuir.

Deuteronômio 5NAAAbrir na Bíblia

O grande mandamento

1— São estes os mandamentos, os estatutos e os juízos que o Senhor, seu Deus, ordenou que fossem ensinados a vocês, para que vocês os cumprissem na terra em que vão entrar e possuir, 2para que durante todos os dias da sua vida vocês, os seus filhos, e os filhos dos seus filhos temam o Senhor, seu Deus, e guardem todos os seus estatutos e mandamentos que eu lhes ordeno, e para que os seus dias sejam prolongados. 3Portanto, escute, Israel, e tenha o cuidado de cumprir esses mandamentos, para que tudo lhes corra bem e vocês muito se multipliquem na terra que mana leite e mel, como o Senhor, o Deus dos seus pais, lhes prometeu.

4— Escute, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. 5Portanto, ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e com toda a sua força. 6Estas palavras que hoje lhe ordeno estarão no seu coração. 7Você as inculcará a seus filhos, e delas falará quando estiver sentado em sua casa, andando pelo caminho, ao deitar-se e ao levantar-se. 8Também deve amarrá-las como sinal na sua mão, e elas lhe serão por frontal entre os olhos. 9E você as escreverá nos umbrais de sua casa e nas suas portas.

Admoestações contra a desobediência

10— Quando, pois, o Senhor, seu Deus, tiver levado vocês para a terra que, sob juramento, prometeu aos seus pais Abraão, Isaque e Jacó, que daria a vocês — uma terra com grandes e boas cidades, que vocês não construíram; 11com casas cheias de tudo o que é bom, que vocês não encheram; com poços abertos, que vocês não cavaram; com vinhas e olivais, que vocês não plantaram — e quando vocês comerem e se fartarem, 12tenham o cuidado de não esquecer o Senhor, que os tirou da terra do Egito, da casa da servidão. 13Temam o Senhor, seu Deus, sirvam a ele e jurem somente pelo nome dele. 14Não sigam outros deuses, nenhum dos deuses dos povos que estiverem à sua volta, 15porque o Senhor, seu Deus, é Deus zeloso no meio de vocês, para que a ira do Senhor, seu Deus, não se acenda contra vocês e os destrua de sobre a face da terra.

16— Não ponham à prova o Senhor, seu Deus, como o fizeram em Massá. 17Guardem cuidadosamente os mandamentos do Senhor, seu Deus, os seus testemunhos e os seus estatutos que ele lhes ordenou. 18Façam o que é reto e bom aos olhos do Senhor, para que tudo lhes vá bem, e para que vocês entrem e possuam a boa terra que o Senhor, sob juramento, prometeu aos pais de vocês, 19expulsando todos os inimigos de diante de vocês, como o Senhor prometeu.

20— Quando, no futuro, os seus filhos perguntarem: “Que significam os testemunhos, estatutos e juízos que o Senhor, nosso Deus, lhes ordenou?”, 21vocês dirão a eles: “Nós éramos escravos de Faraó, no Egito, mas o Senhor nos tirou de lá com mão poderosa. 22Diante dos nossos olhos o Senhor fez sinais e maravilhas, grandes e terríveis, contra o Egito e contra Faraó e toda a sua casa. 23Ele nos tirou do Egito, para nos trazer e nos dar a terra que, sob juramento, prometeu aos nossos pais. 24O Senhor nos ordenou que cumpríssemos todos estes estatutos e temêssemos o Senhor, nosso Deus, para o nosso perpétuo bem, para nos preservar a vida, como tem feito até hoje. 25E será justiça para nós, quando tivermos cuidado de cumprir todos estes mandamentos diante do Senhor, nosso Deus, como ele nos ordenou.”

Deuteronômio 6NAAAbrir na Bíblia

Resposta de Jó

Caps.6—7

Por que prolongar a vida, se o fim é certo?

1Então Jó respondeu:

2“Ah! Se a minha queixa, de fato,

pudesse ser pesada,

e contra ela, numa balança,

se pusesse a minha miséria,

3esta, na verdade, pesaria mais

que a areia dos mares.

Por isso é que as minhas palavras

foram precipitadas.

4Porque as flechas

do Todo-Poderoso

estão cravadas em mim,

e o meu espírito sorve

o veneno delas;

os terrores de Deus

se armam contra mim.

5Será que o jumento selvagem

zurra quando está junto à relva?

Ou será que o boi berra

junto ao seu pasto?

6Pode-se comer sem sal

o que é insípido?

Ou haverá sabor na clara do ovo?

7Aquilo que a minha alma

recusava tocar,

isso é agora a minha comida

repugnante.”

8“Quem dera que se cumprisse

o meu pedido,

e que Deus me concedesse

o que desejo!

9Que fosse do agrado de Deus

esmagar-me,

que soltasse a sua mão

e acabasse comigo!

10Isto ainda seria

a minha consolação,

e eu saltaria de contente

na minha dor, que é implacável;

porque não tenho negado

as palavras do Santo.

11Por que esperar,

se já não tenho forças?

Por que prolongar a vida,

se o meu fim é certo?

12Por acaso a minha força

é a força da pedra?

Ou é de bronze a minha carne?

13Não encontro socorro

em mim mesmo;

foram afastados de mim

os meus recursos.”

Meus amigos me enganaram

14“Ao aflito deve o amigo

mostrar compaixão,

mesmo ao que abandonou

o temor do Todo-Poderoso.

15Meus irmãos me enganaram;

são como um ribeiro,

como a torrente

que transborda no vale,

16turvada com o gelo e com a neve

que nela se esconde,

17torrente que seca

quando o tempo aquece,

e que no calor desaparece

do seu lugar.

18As caravanas se desviam

dos seus caminhos,

sobem para lugares desolados

e perecem.

19As caravanas de Temá procuram

essa torrente,

os viajantes de Sabá

por ela suspiram.

20Ficam envergonhados

por terem confiado;

quando chegam ali,

ficam decepcionados.

21Assim também vocês

não me ajudaram em nada;

veem os meus males

e ficam com medo.

22Por acaso pedi

que me dessem recompensa?

Ou que da riqueza de vocês

me trouxessem algum presente?

23Será que pedi que me livrassem

do poder do opressor?

Ou que me resgatassem

das mãos dos tiranos?”

Vejam que não estou mentindo

24“Ensinem-me, e eu me calarei;

mostrem-me em que tenho errado.

25Como são persuasivas

as palavras retas!

Mas o que é que a repreensão

de vocês repreende?

26Por acaso vocês pensam

em reprovar

as minhas palavras,

ditas por um desesperado

ao vento?

27Até sobre um órfão

vocês lançariam sortes

e seriam capazes

de vender um amigo!

28Agora, pois, tenham a bondade

de olhar para mim

e vejam que não estou mentindo

na cara de vocês.

29Por favor, mudem de parecer,

e que não haja injustiça;

mudem de parecer,

e a justiça da minha causa

triunfará.

30Há iniquidade em meus lábios?

Será que a minha

boca não consegue

discernir coisas perniciosas?”

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