Sociedade Bíblica do Brasil
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Plano de leitura da Bíblia – dia 135

Texto(s) da Bíblia

Paulo diante do Sinédrio

30No dia seguinte, querendo certificar-se dos motivos por que Paulo vinha sendo acusado pelos judeus, o comandante o soltou e ordenou que se reunissem os principais sacerdotes e todo o Sinédrio. E, mandando trazer Paulo, apresentou-o diante deles.

Atos 22:30NAAAbrir na Bíblia

1Paulo, fixando os olhos no Sinédrio, disse:

— Meus irmãos, tenho vivido até o dia de hoje com a consciência limpa diante de Deus.

2Mas Ananias, o sumo sacerdote, mandou aos que estavam perto de Paulo que lhe batessem na boca. 3Então Paulo lhe disse:

— Deus há de ferir você, parede branqueada! Você está aí sentado para me julgar de acordo com a Lei e, contra a Lei, ordena que eu seja agredido?

4Os que estavam ali perguntaram a Paulo:

— Você está insultando o sumo sacerdote de Deus?

5Paulo respondeu:

— Eu não sabia, irmãos, que ele é sumo sacerdote. Porque está escrito: “Não fale mal de uma autoridade do seu povo.”

6Como Paulo sabia que uma parte do Sinédrio se compunha de saduceus e outra, de fariseus, exclamou:

— Irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseus. Estou sendo julgado por causa da esperança e da ressurreição dos mortos!

7Ditas estas palavras, começou uma grande discussão entre fariseus e saduceus, e o Sinédrio se dividiu. 8Pois os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito, ao passo que os fariseus admitem todas essas coisas. 9Houve, pois, muita gritaria no Sinédrio. E, levantando-se alguns escribas que eram do partido dos fariseus, discutiam, dizendo:

— Não achamos neste homem mal algum. E se, de fato, algum espírito ou anjo falou com ele?

10Como a discussão ficava cada vez mais intensa, o comandante, temendo que Paulo fosse despedaçado por eles, mandou descer a guarda para que o retirassem dali e o levassem para a fortaleza.

O Senhor aparece a Paulo

11Na noite seguinte, o Senhor, pondo-se ao lado de Paulo, disse:

— Coragem! Pois assim como você deu testemunho a meu respeito em Jerusalém, é necessário que você testemunhe também em Roma.

A emboscada dos judeus

12Quando amanheceu, os judeus se reuniram e juraram que não haviam de comer, nem beber, enquanto não matassem Paulo. 13Eram mais de quarenta os que se envolveram nessa conspiração. 14Estes foram falar com os principais sacerdotes e os anciãos e disseram:

— Juramos, sob pena de maldição, não comer coisa alguma, enquanto não matarmos Paulo. 15Por isso, agora, juntamente com o Sinédrio, mandem um recado ao comandante para que ele o apresente a vocês, sob o pretexto de que desejam investigar mais acuradamente o caso dele; e nós, antes que ele chegue, estaremos prontos para matá-lo.

16Mas o filho da irmã de Paulo, tendo ouvido a respeito da trama, foi, entrou na fortaleza e contou tudo a Paulo. 17Então este, chamando um dos centuriões, disse:

— Leve este rapaz ao comandante, porque tem algo a dizer.

18O centurião levou o rapaz ao comandante e disse:

— O prisioneiro Paulo me chamou e pediu que eu trouxesse à sua presença este rapaz, pois tem algo a dizer ao senhor.

19O comandante pegou o rapaz pela mão e, levando-o para um lado, perguntou-lhe:

— O que você tem para me dizer?

20Ele respondeu:

— Os judeus decidiram pedir ao senhor que, amanhã, apresente Paulo ao Sinédrio, sob o pretexto de que desejam fazer uma investigação mais acurada a respeito dele. 21Não se deixe persuadir, porque mais de quarenta deles armaram uma emboscada. Fizeram um pacto de, sob pena de maldição, não comer, nem beber, enquanto não matarem Paulo; e agora estão prontos, esperando que o senhor prometa atender o pedido deles.

22Então o comandante despediu o rapaz, recomendando-lhe que não dissesse a ninguém ter lhe trazido estas informações.

Atos 23:1-22NAAAbrir na Bíblia

O levita e a sua concubina

1Naqueles dias, em que não havia rei em Israel, houve um homem levita, que, peregrinando nos lados da região montanhosa de Efraim, tomou para si uma concubina de Belém de Judá. 2Porém ela se irritou com ele e, deixando-o, voltou para a casa de seu pai, em Belém de Judá, onde ficou durante uns quatro meses. 3Seu marido, levando consigo o seu servo e dois jumentos, foi atrás dela para tentar convencê-la a voltar. Ela o fez entrar na casa de seu pai. Este, quando viu o levita, saiu alegre a recebê-lo. 4O sogro, o pai da moça, convenceu o levita a ficar com ele durante três dias; comeram, beberam, e o casal se alojou ali. 5No quarto dia, madrugaram e se levantaram para partir. Mas o pai da moça disse a seu genro:

— Coma alguma coisa, para você ter mais força para a viagem. Depois disso vocês podem ir embora.

6Os dois se sentaram, comeram e beberam juntos. Então o pai da moça disse ao homem:

— Por favor, fique aqui mais uma noite e alegre o seu coração.

7Quando o homem se levantou para partir, o seu sogro insistiu para que ficasse, e ele mais uma vez pernoitou ali. 8No quinto dia, ele se levantou de madrugada para partir, mas o pai da moça lhe disse:

— Coma alguma coisa. Fiquem até o entardecer.

E ambos comeram juntos. 9Então o homem se levantou para partir, ele, a sua concubina e o seu servo. Mas o sogro dele, o pai da moça, lhe disse:

— Olhe! Está ficando tarde e a noite vem chegando. Passe mais uma noite aqui. Este dia já está acabando. Passe aqui a noite, e alegre o seu coração. Amanhã de madrugada vocês podem se levantar e viajar de volta para casa.

10Porém o homem não quis passar ali mais uma noite. Ele se levantou, partiu e chegou até a altura de Jebus, isto é, Jerusalém. Com ele iam os dois jumentos encilhados e também a sua concubina. 11Quando chegaram perto de Jebus, o dia já estava chegando ao fim. Então o servo disse a seu senhor:

— Venha, vamos sair da estrada e entrar nessa cidade dos jebuseus e passemos ali a noite.

12Porém o seu senhor lhe disse:

— Não vamos entrar em nenhuma cidade estranha, que não seja dos filhos de Israel. Vamos um pouco mais adiante até Gibeá.

13E continuou:

— Venha, vamos a um desses lugares e pernoitemos em Gibeá ou em Ramá.

14Assim passaram adiante e continuaram a viagem. E o sol se pôs quando chegaram a Gibeá, que pertence a Benjamim. 15Saíram da estrada para entrar em Gibeá, a fim de, nela, passarem a noite. O levita entrou e se sentou na praça da cidade, porque não houve quem os recolhesse em casa para ali pernoitarem.

16Eis que, ao anoitecer, um homem velho estava voltando do seu trabalho no campo. Ele era da região montanhosa de Efraim, mas morava em Gibeá. Os outros habitantes do lugar eram benjamitas. 17Quando o velho ergueu os olhos e viu o viajante na praça da cidade, perguntou:

— Para onde você está indo? E de onde você vem?

18O levita respondeu:

— Estamos viajando de Belém de Judá para os lados da região montanhosa de Efraim, de onde sou. Fui a Belém de Judá e, agora, estou de viagem para a Casa do Senhor. Ninguém me recebeu em sua casa, 19embora tenhamos palha e pasto para os nossos jumentos, e também pão e vinho para mim, e para esta sua serva, e para o moço que vem com estes seus servos. Não nos falta nada.

20Então o velho disse:

— Que a paz esteja com você! Tudo o que lhe vier a faltar fique a meu encargo. Só não passem a noite na praça.

21Ele os levou para a sua casa e deu pasto aos jumentos. Depois de lavarem os pés, comeram e beberam.

22Enquanto eles se alegravam, eis que os homens daquela cidade, homens malignos, cercaram a casa e começaram a bater na porta. E disseram ao velho, o dono da casa:

— Traga para fora o homem que entrou em sua casa, para que abusemos dele.

23O dono da casa saiu para falar com eles e disse:

— Não, meus irmãos, não façam esta maldade. Já que o homem está em minha casa, não façam uma loucura dessas. 24Vejam, aqui estão a minha filha virgem e a concubina dele. Vou pôr as duas para fora e vocês poderão abusar delas e fazer o que bem quiserem. Mas não façam uma loucura dessas com este homem!

25Porém aqueles homens não o quiseram ouvir. Então o levita pegou a sua concubina e a entregou a eles do lado de fora. E eles a forçaram e abusaram dela toda a noite até pela manhã; e, quando estava amanhecendo, eles a deixaram. 26Ao amanhecer, a mulher veio e caiu à porta da casa do homem, onde o seu senhor estava hospedado. E ela ficou ali até o clarear do dia.

27De manhã, quando o seu senhor se levantou e abriu as portas da casa, para continuar a viagem, eis que a mulher, sua concubina, jazia à porta da casa, com as mãos sobre a soleira. 28Ele lhe disse:

— Levante-se, e vamos embora!

Porém não houve resposta. Então o homem a pôs sobre o jumento e foi para a sua casa. 29Chegando a casa, pegou uma faca e cortou o corpo da concubina em doze pedaços. E enviou os pedaços para todas as regiões da terra de Israel. 30Todos os que viram isso diziam:

— Nunca se fez uma coisa dessas, nem se viu nada semelhante desde o dia em que os filhos de Israel saíram da terra do Egito até o dia de hoje. Pensem nisso, discutam entre si e digam o que se deve fazer.

Juízes 19NAAAbrir na Bíblia

Apelo por auxílio divino

Ao mestre de canto. Dos filhos de Corá. Salmo didático

1Ó Deus, nós ouvimos

com os próprios ouvidos;

nossos pais nos contaram

o que fizeste outrora, em seus dias.

2Com a tua mão

expulsaste as nações

e estabeleceste os nossos pais;

afligiste os povos

e ampliaste o território

de nossos pais.

3Pois não foi por sua espada

que eles conquistaram a terra,

nem foi o seu braço

que lhes deu vitória,

e sim a tua mão poderosa,

e o teu braço,

e a luz do teu rosto,

porque te agradaste deles.

4Tu és o meu rei, ó Deus;

ordena a vitória de Jacó.

5Com o teu auxílio,

vencemos os nossos inimigos;

em teu nome, pisamos sobre

os que se levantam contra nós.

6Não confio no meu arco,

e não é a minha espada

que me salva.

7Pois tu nos salvaste

dos nossos inimigos

e cobriste de vergonha

os que nos odeiam.

8Em Deus, nos temos gloriado

continuamente

e para sempre louvaremos

o teu nome.

9Agora, porém, tu nos rejeitaste

e nos expuseste à vergonha,

e já não acompanhas

os nossos exércitos.

10Tu nos fazes bater em retirada

diante dos nossos inimigos,

e os que nos odeiam

nos tomam por seu despojo.

11Entregaste-nos como ovelhas

para o matadouro

e nos espalhaste entre as nações.

12Vendes por nada o teu povo

e não tens lucro com a sua venda.

13Tu nos fazes objeto de deboche

para os nossos vizinhos,

de escárnio e de zombaria

aos que nos rodeiam.

14Tu fazes de nós provérbio

entre as nações;

os povos nos veem

e balançam a cabeça.

15A minha humilhação

está sempre diante de mim;

o meu rosto se cobre de vergonha,

16ante os gritos do que afronta

e blasfema,

à vista do inimigo e do vingador.

17Tudo isso nos sobreveio;

entretanto, não nos esquecemos

de ti,

nem fomos infiéis à tua aliança.

18O nosso coração

não voltou atrás,

nem os nossos passos

se desviaram

dos teus caminhos,

19para nos esmagares

onde vivem os chacais

e nos envolveres

com as sombras da morte.

20Se tivéssemos esquecido

o nome do nosso Deus

ou se tivéssemos estendido

as mãos a um deus estranho,

21será que Deus

não teria descoberto isso,

ele, que conhece

os segredos dos corações?

22Mas, por amor de ti,

somos entregues

à morte continuamente,

somos considerados como ovelhas

para o matadouro.

23Desperta! Por que dormes,

Senhor?

Desperta! Não nos rejeites

para sempre!

24Por que escondes o rosto

e te esqueces da nossa miséria

e da nossa opressão?

25Pois a nossa alma

está abatida até o pó,

e o nosso corpo está

como que pegado no chão.

26Levanta-te para socorrer-nos;

resgata-nos por amor

da tua bondade.

Salmos 44NAAAbrir na Bíblia
Sociedade Bíblica do Brasilv.4.19.0
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